terça-feira, abril 10, 2007

Eleições: Ramos Horta lidera em Díli, contados 26% dos votos

Diário Digital / Lusa
10-04-2007 6:47:00

José Ramos Horta lidera de forma clara os resultados parciais para o distrito de Díli quando estão contados 26% dos votos na capital, afirmou esta terça-feira o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), padre Martinho Gusmão.

Os dados disponíveis às 11:00 horas locais (05:00 horas em Lisboa) indicam que o actual primeiro-ministro recolheu cerca de 30% dos votos apurados na capital, acrescentou Martinho Gusmão na primeira conferência de imprensa da CNE de hoje.

Outros três candidatos obtiveram até ao momento resultados entre os 20 e os 30% em Díli: Fernando «Lassama» de Araújo, Francisco Xavier do Amaral e Francisco Guterres «Lu Olo».
«A indicação que temos da contagem parcial é que José Ramos Horta e Fernando Lassama aparecem lado-a-lado em Baucau e também em Díli», adiantou à Lusa o porta-voz da CNE.
Os distritos de Díli e Baucau têm 159.812 de um total de 522.933 eleitores apurados no recenseamento para as presidenciais de 09 de Abril.

«Usamos Díli e Baucau como parâmetro» para uma projecção da votação, explicou Martinho Gusmão.

Questionado pela Lusa sobre se está surpreendido pelo bom resultado de Fernando «Lassama» de Araújo, o porta-voz da CNE, respondeu que a campanha eleitoral apontava para isso.
«Se seguir a campanha, vê que Ramos Horta e 'Lassama' aumentaram constantemente o seu apoio», acrescentou Martinho Gusmão.

«Por comparação, 'Lu Olo' estabilizou o seu apoio de distrito para distrito, porque trouxe os mesmos apoiantes de um lado para outro», analisou o porta-voz da CNE.

Na primeira reacção às eleições de 09 de Abril, o chefe da missão das Nações Unidas, Atul Khare, congratulou-se com o êxito do escrutínio e exortou todos os candidatos a aceitar os resultados.

«Aceitar os resultados inclui aceitar a derrota», declarou Atul Khare logo após a conferência de imprensa da CNE.

«A derrota é também uma oportunidade de constituir uma oposição forte», comentou.
O representante-especial do secretário-geral da ONU acrescentou que «o verdadeiro desafio para a nação timorense começa agora».

«O teste é a habilidade para um governo forte e uma oposição com força providenciarem uma boa governação para todos», disse Atul Khare.

Finn Reske-Nielsen, o número dois da missão internacional com a tutela dos assuntos humanitários e do apoio às eleições, declarou-se «impressionado» pelo trabalho da CNE e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Sem terem números oficiais, os responsáveis da UNMIT afirmaram que as impressões recolhidas em várias estações de voto apontam para «uma afluência muito grande» às urnas.

Também a situação de segurança mereceu o aplauso e a surpresa da UNMIT:
«Pela primeira vez em 93 países onde trabalhei ou visitei, tive um relatório de polícia com zero crimes, zero vítimas e zero detenções», sublinhou Atul Khare.

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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