terça-feira, abril 10, 2007

Notícias - 10 de Abril de 2007

DA COMUNICAÇÃO SOCIAL EM PORTUGUÊS:

Timor-Leste/Eleições: Ban Ki-Moon saúda o bom desenrolar das presidenciais


Nações Unidas, Nova Iorque, 09 Abr (Lusa) - O secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, congratulou-se hoje com o desenrolar, num ambiente de calma e ordem, da eleição presidencial em Timor-Leste, saudando as primeiras estimativas de uma forte participação.

"O secretário-geral congratula-se que a eleição tenha decorrido num ambiente geral de ordem e de calma, e saúda as primeiras indicações de uma forte participação", declarou o seu gabinete de imprensa, em comunicado.

Ban "espera que a contagem dos votos e o anúncio dos resultados se façam com calma", de acordo com o comunicado.

Qualificando a eleição em Timor-Leste de "etapa importante no caminho da paz e estabilidade", Ban Ki-moon apelou à comunidade internacional para prosseguir com a ajuda dada à antiga colónia portuguesa a braços com a pobreza e a violência.

"Timor-Leste aplica-se a tratar os problemas ligados à segurança, ao Estado de direito, ao bom governo e ao desenvolvimento", declarou.

A eleição, a primeira desde a independência de Timor-Leste em 2002, deverá permitir encontrar um sucessor para o presidente Xanana Gusmão, que não se recandidatou. O ex-guerrilheiro apelou à calma dos eleitores e exortou os responsáveis políticos a aceitarem os resultados da votação.

Duzentos e trinta e dois observadores estrangeiros fiscalizaram o escrutínio, enquanto 1.645 polícias das Nações Unidas, originários de 41 países, estavam no terreno para reforçar os cerca de 3.000 polícias timorenses, além dos 1.300 elementos das forças de estabilização, na sua maioria militares australianos.

TM-Lusa/Fim


Timor-Leste/Eleições: "Vantagem clara" de Ramos Horta em Díli - Porta-voz CNE

Dili, 10 Abr (Lusa) - A contagem provisória dos votos no distrito de Díli dá uma "vantagem clara" de José Ramos Horta na votação das presidenciais timorenses, revelou hoje o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o padre Martinho Gusmão.

De acordo com o porta-voz da CNE, os números apurados no distrito de Díli permitem ainda perceber que "há quatro candidatos com resultados provisórios entre os 20 e os 30 por cento", casos de José Ramos Horta, Fernando "Lasama" de Araújo, Francisco Xavier do Amaral e Francisco Guterres "Lu Olo".

Martinho Gusmão anunciou estes dados às 11:00 locais (03:00 em Lisboa) numa conferência de imprensa em que revelou que relativamente ao apuramento da votação nos outros distritos do país, "o processo está atrasado por dificuldades técnicas de tratamento dos dados".
Apenas quarta-feira deverão ser conhecidos os resultados parciais a nível de cada distrito e a primeira projecção nacional deverá acontecer apenas sexta-feira.

Os resultados finais oficiais das presidenciais timorenses serão anunciados a 20 de Abril, depois da recontagem dos votos e de apreciados os eventuais recursos e queixas, afirmou segunda-feira a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste/Eleições: Ramos Horta lidera em Díli, contados 25% dos votos

Díli, 10 Abr (Lusa) - José Ramos Horta lidera de forma clara os resultados parciais para o distrito de Díli quando estão contados 26 por cento dos votos na capital, afirmou hoje o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), padre Martinho Gusmão.

Os dados disponíveis às 11:00 locais (05:00 em Lisboa) indicam que o actual primeiro-ministro recolheu cerca de 30 por cento dos votos apurados na capital, acrescentou Martinho Gusmão na primeira conferência de imprensa da CNE de hoje.

Outros três candidatos obtiveram até ao momento resultados entre os 20 e os 30 por cento em Díli: Fernando "Lassama" de Araújo, Francisco Xavier do Amaral e Francisco Guterres "Lu Olo".

"A indicação que temos da contagem parcial é que José Ramos Horta e Fernando 'Lassama' aparecem lado-a-lado em Baucau e também em Díli", adiantou à Lusa o porta-voz da CNE.

Os distritos de Díli e Baucau têm 159.812 de um total de 522.933 eleitores apurados no recenseamento para as presidenciais de 09 de Abril.

"Usamos Díli e Baucau como parâmetro" para uma projecção da votação, explicou Martinho Gusmão.

Questionado pela Lusa sobre se está surpreendido pelo bom resultado de Fernando "Lassama" de Araújo, o porta-voz da CNE, respondeu que a campanha eleitoral apontava para isso.

"Se seguir a campanha, vê que Ramos Horta e 'Lassama' aumentaram constantemente o seu apoio", acrescentou Martinho Gusmão. "Por comparação, 'Lu Olo' estabilizou o seu apoio de distrito para distrito, porque trouxe os mesmos apoiantes de um lado para outro", analisou o porta-voz da CNE.

Na primeira reacção às eleições de 09 de Abril, o chefe da missão das Nações Unidas, Atul Khare, congratulou-se com o êxito do escrutínio e exortou todos os candidatos a aceitar os resultados.

"Aceitar os resultados inclui aceitar a derrota", declarou Atul Khare logo após a conferência de imprensa da CNE. "A derrota é também uma oportunidade de constituir uma oposição forte", comentou.

O representante-especial do secretário-geral da ONU acrescentou que "o verdadeiro desafio para a nação timorense começa agora". "O teste é a habilidade para um governo forte e uma oposição com força providenciarem uma boa governação para todos", disse Atul Khare.

Finn Reske-Nielsen, o número dois da missão internacional com a tutela dos assuntos humanitários e do apoio às eleições, declarou-se "impressionado" pelo trabalho da CNE e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Sem terem números oficiais, os responsáveis da UNMIT afirmaram que as impressões recolhidas em várias estações de voto apontam para "uma afluência muito grande" às urnas.

Também a situação de segurança mereceu o aplauso e a surpresa da UNMIT:
"Pela primeira vez em 93 países onde trabalhei ou visitei, tive um relatório de polícia com zero crimes, zero vítimas e zero detenções", sublinhou Atul Khare.

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste/Eleições: Escrutínio transparente, segundo observador australiano

Sydney, Austrália, 10 Abr (Lusa) - O responsável de uma equipa de observadores australianos saudou hoje a transparência e a serenidade que caracterizaram as primeiras eleições presidenciais em Timor-Leste, desde a independência em 2002.

O deputado australiano David Tollner afirmou não ter recebido qualquer sinal de violência ou de intimidação contra os eleitores, sublinhando ter ficado "extremamente impressionado" com o desenrolar global da votação.

"É seguramente difícil ter informações provenientes de todas as regiões do país, mas sem a menor dúvida tudo o que vimos foi conduzido com muita serenidade e regularidade", afirmou Tollner à rádio ABC, desde a capital timorense, Díli.

"As pessoas respeitaram o processo eleitoral. Nas assembleias de voto havia uma fila de espera de perto de 400 pessoas, apertadas como sardinhas, que esperaram ao calor durante três horas para votar, sem a menor tensão", afirmou David Tollner.

Numa altura em que a contagem dos votos tarda devido a problemas técnicos, o australiano destacou a "extraordinária transparência do sistema. Tão transparente que até se torna fastidioso".

Segundo os primeiros resultados ainda muito parciais e que se referem apenas à capital Díli, o actual primeiro-ministro José Ramos Horta lidera com cerca de 30 por cento, seguido de Fernando "Lasama" de Araújo, presidente do Partido Democrático (25 por cento) e do candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo".

Nenhum dos candidatos deve ultrapassar a barreira dos 50 por cento e uma segunda volta deverá ser necessária a 09 de Maio, segundo os observadores.

LMP-Lusa/Fim

Público – 10 de Abril de 2007
Em Timor-Leste "votar é a coisa mais séria do mundo"
Paulo Moura, em Díli

Os timorenses foram votar em massa e em ordem. Têm poucas razões para acreditar na democracia, mas acreditam

Manuel vive num campo de deslocados, em Díli. Há meses, a sua casa foi destruída por ser oriundo da parte oeste do país. Já tentou reconstruir a casa mas nem se consegue aproximar. "Loromono, vai-te embora, ou corto-te a cabeça", dizem-lhe os vizinhos. Manuel tem medo. De tudo. Não se queixa porque tem medo, não trabalha porque tem medo, não fala porque tem medo. De votar, não. Em quem? "Secreto."

Maria estudou na Austrália, o namorado na Indonésia. Não falam português. Estão os dois na fila, ao sol. Fernando "Lasama" de Araújo vale o sacrifício. "Ele compreende os problemas dos jovens", diz Maria. Muito magra e alta, nunca diz uma frase sem olhar primeiro o namorado, como pedindo permissão. Ela, 26 anos, trabalha na ONU, ele, 27, está desempregado.

"Gostaríamos de ter dinheiro para casar, comprar uma casa. Mas agora é impossível. Mas temos muita esperança neste país. Temos contactos lá fora, poderíamos emigrar. Mas não queremos.
Vamos trabalhar por este povo." Dois dos cinco irmãos de Maria foram mortos durante a ocupação indonésia.

A Simão doem-lhe os ossos. Passou os últimos três dias na caixa aberta de um camião de apoiantes da Fretilin. Às voltas pelas ruas, aos berros, a dar e levar pedrada. Foi duro. Mas o pior era o último método inventado pelos condutores do partido: pára-arranca com toda a força, ao som do slogan gritado ao megafone, com a horda de militantes aos trambolhões na caixa aberta. "Fre-ti-lin! Fre-ti-lin!" Finalmente, Simão vai votar. Que alívio. "Lu-Olo ganha à primeira volta", diz ele. "Se não ganhar, é porque houve fraude." E lá volta Simão ao carro, para protestar. "Fre-ti-lin! Fre-ti-lin!"

João apostou oito vacas. Lá no bairro, a parada foi alta. Oito vacas em "Lasama", depois de uma discussão muito acesa com os amigos. "Se não estivesse absolutamente seguro, não tinha apostado todas as vacas que tenho", justifica, acrescentando a sua teoria: "Na primeira volta, Horta ganha e "Lasama" fica em segundo. Na segunda volta são todos contra o Horta. É simples."

E se o Lu-Olo ganha? "Não. A Fretilin fez de tudo. Foi de aldeia em aldeia intimidar as pessoas.

Dizer que se não votassem em Lu-Olo seria um banho de sangue. Mas os timorenses já não se deixam levar por essas ameaças. Em 1999, os indonésios distribuíram dinheiro, espalharam homem armados pelas ruas. Não adiantou nada. O povo votou pela independência. A Fretilin pode fazer muito barulho. Mas o povo sabe que eles são responsáveis pelo estado em que estamos. E não vai votar no candidato deles."

Ao lado, na bicha para votar, os amigos de João aplaudem o discurso. Mas um deles aproxima-se e diz: "Não acredite. Ele nunca teve vaca nenhuma."

Margarida tem 12 filhos. Vive numa espécie de barraca coberta com chapas de zinco, o que, para os padrões de Díli, é uma casa. Poderia votar em Lúcia Lobato, que defende as mulheres e o planeamento familiar. Mas vota em Ramos-Horta. "Gosto muito da doutora. Mas o problema dela é que tem pouca experiência." Lúcia Lobato tem dois filhos.

"Tirar o chapéu"

Cristóvão quer que Timor se pareça com um país europeu, "onde as pessoas não mandem bocas". Está farto de viver aqui, mas não quer ir embora. É homossexual e gostaria de poder sentir-se em paz em Timor.

O pai expulsou-o de casa, mesmo tendo já perdido dois filhos na luta contra a Indonésia. Cristóvão foi viver com um namorado, que lhe batia. Agora vive com uma irmã. Vota em Ramos-Horta e gostaria de mudar de sexo.

Carlos é cozinheiro. Aprendeu o ofício em Bali, na Indonésia. Toda a sua vida votará no mesmo partido. É fácil, não é preciso pensar muito. Nem ler os programas ou ouvir os candidatos. A decisão vem de longe e é para sempre. O pai de Carlos morreu em 1975 na guerra civil, combatendo pela UDT. "Voto em João Carrascalão, presidente da UDT, porque o meu pai era da UDT". Diz isto com o rosto cheio de suor mas os olhos secos, imóveis. Como se votar fosse a coisa mais séria do mundo.

Para milhares de timorenses, votar é a coisa mais séria do mundo. Por todo o país, das ruas imundas de Díli às aldeias isoladas das montanhas, esperaram horas ao sol, em filas intermináveis.

Em cinco anos de independência, não vislumbraram uma única razão para acreditar na democracia. Os líderes que elegeram deixaram empobrecer ainda mais aquele que já era um dos países mais pobres do mundo. Depois, lançaram-no na violência.

Por fim, chamaram forças estrangeiras para evitar o massacre do país onde 200 mil pessoas morreram para o libertar de forças estrangeiras.

Depois disto, "se o candidato da Fretilin ganhar, é razão para tirar o chapéu", disse ao PÚBLICO José Ramos-Horta.

"Depois de toda a crise pela qual são responsáveis, seria prova de que têm uma máquina partidária como ninguém e que estão profundamente enraizados na população, apesar dos erros da liderança." Se Lu-Olo não ganhar, será também razão para tirar o chapéu.

Quando fecharam as urnas, em muitas assembleias os delegados vieram para a rua contar os votos, para que todos vissem como o faziam seriamente. "O voto é a coisa mais séria do mundo", disse ao PÚBLICO um homem descalço e desdentado vestindo uma camisa rota. E vota em quem? "Secreto."

Guerra de números
Grande afluência

O único dado oficial sobre as presidenciais em Timor-Leste consistia ontem num comunicado governamental afirmando que se registou "uma alta participação cívica" e que, "em geral," o processo operacional e logístico "foi um sucesso". Ainda as urnas não tinham encerrado e já se registava, porém, uma verdadeira guerra de declarações de vitória. Conforme as fontes, assim eram dados como estando à frente Lu-Olo - que poderia ganhar à primeira volta, tal a tendência de votos fora de Díli - ou Ramos-Horta e Fernando "Lasama". Um porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, em declarações à TSF, não hesitou em colocar estes dois últimos "acima de tudo", em sete dos 13 distritos. Fonte: informações que iam chegando de "reportagens e dos centros de votação"...

Jornal de Notícias – Terça-feira, 10 de Abril de 2007
Ramos-Horta e "Lu Olo" lideram
Orlando Castro

Ramos-Horta, "Lu Olo" e Fernando "Lasama" de Araújo são, segundo a Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste citada pela Rádio Renascença, os candidatos mais votados, terminada que foi a primeira contagem global dos votos. No entanto, a Lusa adianta que a CNE não revela resultados mas apenas informa que aqueles são os candidatos melhor colocados nas informações parcelares, "não confirmadas", que vão chegando das assembleias de voto.

De acordo com o calendário eleitoral da CNE, os resultados de todos os distritos serão conhecidos amanhã e, nas 72 horas seguintes, recontados em Díli, sendo afixados no 14 de Abril.

Eventuais queixas e irregularidades serão apreciadas no dia 15 pelo Tribunal de Recurso. Se não for alegada nenhuma irregularidade, a CNE apresenta dia 16 o seu relatório ao tribunal, e o presidente deste tem 72 horas para o apreciar, podendo o anúncio dos resultados definitivos ser feito a partir do dia 20.

Certa é a indicação de que os timorenses compareceram em massa às eleições presidenciais, tendo a afluência sido de tal forma que o incidente mais relevante envolveu a falta de boletins de voto suficientes para a procura em alguns dos 705 locais de votação. Tanto os observadores internacionais como o director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, Tomás Cabral, qualificam a votação como "um sucesso".

Embora os resultados definitivos e oficiais ainda não sejam conhecidos, tudo indica que Ramos-Horta é o candidato mais votado, seguido de Francisco Guterres "Lu Olo", Fernando "Lasama" de Araújo e Francisco Xavier do Amaral.

O cenário de uma segunda volta foi já admitido por Horta, mas "Lu Olo" perspectiva uma vitória na primeira volta, "tendo por base as indicações da Fretilin". Segundo especialistas, "Lu Olo", candidato da Fretilin, terá sido prejudicado pela percepção popular de que foi o seu partido que mais contribuiu para a crise social que o país vive.

Milhares de refugiados ainda estão em campos de acolhimento, o desemprego atinge mais de metade da população, 60% das crianças com menos de cinco anos apresentam subnutrição e quase todos os timorenses vivem em extrema pobreza.

Círculo eleitoral único

Fazendo recordar o referendo de 1999 em que decidiram ser independentes, cerca de 500 mil timorenses (metade da população do país) esperaram horas para votar no sucessor de Xanana Gusmão, dizendo-se esperançados de que o próximo presidente ajude o país a sair da crise.

A escassez dos boletins de voto foi causada pela concentração de eleitores nalguns centros de votação, ao contrário da dispersão que as autoridades esperavam que resultasse de um fim-de-semana que envolveu actividades religiosas em torno da Páscoa. O sistema adoptado, um único círculo eleitoral, permitiu aos eleitores votarem em qualquer ponto do país.

"Se eu pudesse, teria ido votar por uma liderança mais nova. Já é altura de haver em Timor-Leste uma nova liderança. O que eu sei é que a 'velha guarda' parece que quer continuar a competir com as novas gerações de timorenses apesar de nunca ter tido um plano político para Timor-Leste", disse Leandro Isaac, o deputado rebelde que tem apoiado o major Alfredo Reinado, evadido da cadeia de Díli em Agosto de 2006 e que se encontra a monte depois de ter escapado ao cerco das forças australianas, em Same.

Estadão (Brasil) – Terça-Feira, 10 de Abril de 2007
Resultado de eleições em Timor

Dili, Timor Leste - Pesquisas realizadas antes da votação mostraram uma população dividida, o que revela uma grande possibilidade de segundo turno daqui a 30 dias. Após uma eleição presidencial relativamente tranquila, o governo do Timor Leste anunciou nesta segunda-feira, 9, que os resultados preliminares do pleito devem sair apenas a partir da quarta-feira, 11. No entanto, pesquisas realizadas antes da votação mostraram uma população dividida, o que revela uma grande possibilidade de segundo turno.

A Comissão Eleitoral Nacional deve anunciar o resultado oficial no final de semana, embora ainda não haja uma data estabelecida. Segundo analistas, o fato de oito candidatos terem se apresentado à Presidência indica que haverá um novo turno entre os dois mais votados dentro de 30 dias.

Depois de quase um ano de instabilidade política, os timorenses compareceram às urnas em um ambiente de tranquilidade para escolher novo presidente, o segundo desde que o país conquistou sua independência, em 2002.

O principal destaque da jornada eleitoral foi a ausência de incidentes violentos tanto em Díli, a capital, como no resto do país, segundo confirmou aos jornalistas a missão da Polícia da ONU (UNPOL), encarregada de garantir a segurança durante o processo.

As mesmas fontes asseguraram que houve um grande comparecimento de eleitores para decidir quem será o presidente da ex-colônia portuguesa durante os próximos cinco anos.
Candidatos Dos oito principais candidatos à chefia de Estado, o atual primeiro-ministro e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, aparece como o favorito.

Ramos-Horta foi um dos candidatos que escolheu votar logo no começo da manhã, em uma escola do distrito de Meti Aut.

"Ganhará o povo, seja qual for o resultado, e ganhará a democracia se todo mundo respeitar os resultados", disse o prêmio Nobel da Paz de 1996, que se candidatou como independente.
Pouco depois aparecia para votar o seu rival, Francisco "Lu-Olo" Guterres, presidente da Frente Revolucionária do Timor-Leste (Fretilin) e candidato à Presidência por esse histórico partido que liderou a luta pela independência e ostenta a maioria no Parlamento.

Ramos Horta aproveitou para acusar alguns militantes do Fretilin de fazer uma campanha "porta a porta" para intimidar os eleitores e influir em seus votos.

As acusações foram rechaçadas pelo vice-secretário-geral do Fretilin, José Manuel Fernandes, que afirmou que esta era uma tentativa de Ramos Horta de diminuir os votos de Guterres.
Em Díli também votou o presidente do país, Xanana Gusmão, que após deixar a Presidência pretende se transformar no novo primeiro-ministro, caso vença as próximas eleições legislativas, previstas para junho ou julho.

As eleições presidenciais são encaradas como um duelo entre Ramos Horta e Guterres, embora exista a possibilidade de segundo turno, que acontecerá caso o mais votado não obtenha mais de 50% dos votos.

O pleito também serve como um teste político para os outros seis candidatos: Fernando de Araújo, do Partido Democrático; Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social Democrática Timorense; Lúcia Lobato, do Partido Social Democrático; João Carrascalão, da União Democrática Timorense; Avelino Coelho da Silva, do Partido Socialista Timorense, e Manuel Tilman, da União dos Filhos Heróis das Montanhas de Timor.

Eleições Cerca de 700 colégios eleitorais encerraram seus trabalhos às 16h (04h, em Brasília), após nove horas abertos e depois de atender aos cerca de 500 mil eleitores convocados em todo o país.

Além da UNPOL, a ordem pública ficou sob responsabilidade das tropas de Austrália e Nova Zelândia postadas no país após a onda de violência ocorrida em Díli em meados de ano passado.
As eleições foram supervisionadas por 1.900 observadores nacionais e cerca de 200 internacionais, liderados por uma missão da União Européia.

História O vencedor destas eleições presidirá um dos países mais pobres do mundo, e que ainda não superou as feridas de 2006, quando a expulsão de cerca de 600 militares e policiais gerou uma espiral de violência que esteve a ponto de afundar o país em uma guerra civil.

A crise evidenciou também a falta de sintonia entre Gusmão e o então primeiro-ministro, Mari Alkatiri, que renunciou em consequência desses fatos e foi substituído por Ramos Horta.

O Timor Leste foi uma colônia portuguesa por mais de três séculos antes de ser invadida pela Indonésia em 1976. Isto iniciou um conflito que durou 24 anos no país - época em que Ramos-Horta estava no exílio.

Quando a população votou em favor da independência em 1999, tropas indonésias mais de mil pessoas em uma investida em Díli.

AGÊNCIA NOTICIOSAS ESTRANGEIRAS :

EFE - 10 de abril de 2007 - 03:54
[Publicado também no Estadão e Globo]

Ramos Horta e Guterres devem disputar 2º turno no Timor

Resultado preliminar deve ser divulgado na quarta-feira; O oficial apenas no dia 19
Díli - O primeiro-ministro do Timor-Leste, José Ramos Horta, e o líder do governamental Fretilin, Francisco Guterres, aparecem nesta terça-feira, 10, como os dois principais candidatos à Presidência do país. Ao que tudo indica a decisão ficará para o segundo turno, de acordo com a apuração de votos das eleições de segunda-feira, 9.

O padre Martinho Gusmão, porta-voz da Comissão Eleitoral Nacional, disse em entrevista coletiva que os dois candidatos travam uma forte disputa em Díli, apesar de Ramos Horta liderar após a apuração de 80% desses votos.

Junto a eles, Gusmão citou Fernando de Araujo, do Partido Democrático, e Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social Democrática Timorense, além de se aventurar a arriscar uma decisão apenas no segundo turno.

Caso nenhum candidato consiga mais de 50% dos votos válidos emitidos, será realizado o segundo turno entre os dois mais votados dentro de 30 dias.

No entanto, o ex-primeiro-ministro e secretário-geral do Fretilin, Mari Alkatiri, indicou por telefone à Efe que os resultados na capital não devem ser tomados como nacionais, e que Guterres obterá a vitória em todo o país.

"Lu-Olo (como Guterres é conhecido) não precisa de segundo turno, porque ele e o Fretilin ganharão de forma absoluta", disse Alkatiri.

Está previsto que os resultados preliminares sejam divulgados nesta quarta-feira, enquanto a Comissão Eleitoral Nacional planeja anunciar o resultado oficial em 19 de abril.

O pleito transcorreu sem incidentes violentos e foi supervisado por observadores nacionais e internacionais, e vigiados por forças militares da ONU, da Nova Zelândia e da Austrália.

AAP/TVNZ - Apr 10, 2007

Fretilin support down, says observer

Early counting in East Timor's presidential election suggests support for the ruling Fretilin party has dropped, an international election observer said.

Damien Kingsbury, who is helping monitor the poll in the troubled nation, said that while it was very early days, Fretilin seemed to be falling short of the party's predictions of a landslide victory.

Counting proceeded at an extremely slow pace on Tuesday. With eight candidates splitting the vote, political analysts say its highly unlikely any of them will win the required majority.
They say a second ballot next month, between the two top contenders, will almost certainly be needed to decide who will be the troubled nation's next president.

Kingsbury - from Deakin University's School of International and Political Studies - said Fretilin's Francisco Guterres "Lu Olo" appeared to be struggling.

"On the very early figures the Fretilin candidate 'Lu Olo' Guterres is struggling, but it would be too early to write him off at this stage," he cautioned on Tuesday. "The indications certainly are that Fretilin is struggling ... that the Fretilin candidate ... is not doing nearly as well as he expected or his party expected. "The indications are that he is almost certainly not going to get ... elected in the first round as president - that's almost completely off the cards. The real question will be whether he gets into the second round."

In the capital Dili - one of 13 voting districts - the National Electoral Commission (CNE) on Tuesday said preliminary estimates put Prime Minister Jose Ramos Horta slightly ahead in the presidential race.

However counting is in its very early stages, he cautioned, warning against reading too much into early trends.

Ramos Horta, an independent, along with Guterres and the Democratic Party's Fernando "La Sama" de Araujo are considered the favourites to replace independence fighter Xanana Gusmao as president.

The United Nations on Tuesday called on political parties to accept the election result when it finally comes, or to challenge it in the courts.

"In some ways the real challenge for the nation begins now - accepting results, includes accepting defeat and using the defeat as an opportunity to form a strong opposition," said the UN's special representative in East Timor Atul Khare said.

The UN congratulated the East Timorese for the absence of violence during yesterday's vote, and said the turnout had been "very high". "Voting in the presidential elections proceeded without major incidents of violence or intimidation, which is already a very good result for these elections of Timor Leste," Khare said. "From whatever I saw ... I sincerely believe that the attitude of the voters was positive, confident and excited."

Kingsbury said early indications showed 90% of registered voters had cast a ballot, with only minor technical issues and virtually no incidents of violence.

"The East Timorese themselves came out as they did in 1999, full of hope and expectation, they were early, they were there before the polling stations were opened wearing their best clothes - happy and committed and I think genuinely committed to having a say in the future of their own country," he said.

Kingsbury said it would be good for East Timor's stability if the Fretilin candidate made it to any run-off vote. "I think in terms of political stability in East Timor it would be good for Fretilin to make it into the second round because if they were not successful it would take some of the sting out of their defeat," he said. "But if they don't make it into the second round I think there is going to be a great deal of disappointment in the Fretilin camp."

Thousands of police, backed by Australian and New Zealand troops, remain on guard in Dili, working to prevent any outbreak of violence. However, the situation is expected to remain tense for months, with parliamentary elections across East Timor due to follow in June.

AAP - April 10, 2007

Observer praises Timor poll conduct

The head of an Australian delegation observing the East Timorese presidential election has praised the poll's peaceful and transparent conduct.

Federal Government MP David Tollner said today he had been "extremely impressed" with the way yesterday's election had been run, as he led an Australian team of observers.

He had not heard any reports of violence or intimidation of voters at polling booths.
"It's very difficult, of course, to get information from across Timor. Communications are bad, roads are poor, so it's difficult to sort of judge what's happening around the rest of the country," Mr Tollner told ABC radio from Dili.

"But certainly everything that we've seen has been very peaceful and orderly and well run.
"People treated the election process almost reverentially. At one place we were at, people were lined up - literally 400 people in a line, breast to back - like sardines in the hot sun for three hours to vote, and there was no tension there at all."

Mr Tollner acknowledged there had been complaints about the time it was taking to count the votes, but defended the process. "It is taking a long time, there's no doubt about that, but I have to say the system is extraordinarily transparent. It's transparent to the point where it's rather boring," he said.

"On one hand people complain it's taking too long but on the other hand there should be no doubt about the results when they come through."

Mr Tollner would not comment on speculation that tensions could flare later in the year when further elections are held, particularly if Fretilin supporters refuse to accept the outcome.
There was a heavy police presence in Dili yesterday but little sign of the military, he said.

AP – Apr. 10, 2007
No Clear Winner In East Timor Election

Officials Say No Clear Winner Has Emerged In East Timor Election; Run-Off Vote Likely
Dili, East Timor - East Timor waited on tenterhooks Tuesday as ballots were tallied in presidential elections that many hoped would end instability in the young nation a year after it was pushed to the brink of civil war.

Prime Minister Jose Ramos-Horta, who won the 1996 Nobel Peace Prize for championing East Timor's struggle to end decades of brutal Indonesian rule, initially had been considered a sure winner for the five-year role of president, now held by popular former resistance leader Xanana Gusmao. But Ramos-Horta acknowledged he may have lost support after taking over a transitional government dominated by rival politicians, and election officials said no clear winner among the eight candidates emerged in early counting Tuesday.

An outright majority is needed to avoid a runoff which _ together with more crucial parliamentary elections in June _ could prolong tensions for months.

East Timor was heralded as a success in nation-building when it formally declared independence in 2002, but descended into chaos last year after then-Prime Minister Mari Alkatiri fired a third of the tiny army, provoking gunbattles between rival security forces that spiraled into gang warfare and looting.

At least 37 people were killed and some 155,000 fled their homes before the government collapsed. Peace largely returned with the arrival of nearly 3,000 international peacekeepers, but there has been sporadic unrest. Tens of thousands of refugees have yet to return home, and the country remains desperately poor, with 50 percent unemployment.

Preliminary results were expected Wednesday and the final tally April 19. If a second round is needed, it would be held next month.

The presidential post is largely ceremonial in East Timor, but the vote is seen as a gauge of support for a plan by Ramos-Horta and his close ally, Gusmao - who will run for prime minister in June's general elections - to seize control of Parliament from the powerful left-wing Fretilin party.

Unofficial numbers started to trickle in from the capital, where 90,000 of the 522,000 eligible voters are registered. The scene of bloody street battles last April and May, it is not necessarily considered representative of the rest of the nation.

National Election Committee spokesman Martinho Gusmao said Tuesday that Ramos-Horta, an independent, had 30 percent of the vote in Dili, trailed by Fernando "Lasama" de Araujo of the Democratic Party at 25 percent.

Two others, Francisco Xavier do Amaral of the Timorese Social Democratic Association and Francisco "Lu-Olo" Guterres, a former guerrilla fighter and leader of the Fretilin party, were tied at 20 percent.

Gusmao earlier said Ramos-Horta was leading in an early nationwide count as well, but insisted Tuesday newspaper reports of a landslide win for the Nobel laureate were premature and based on inaccurate numbers.

Though Ramos-Horta is by far the best-known candidate, having also held the posts of foreign minister and defense minister, turnout at his recent election campaign rallies was lower than expected. Angry protests broke out last month when Australian troops tried to capture popular rebel leader Alfredo Reinado in a raid backed by Ramos-Horta. Reinado escaped, but four of his followers were killed. Ramos-Horta has also been criticized for failing to imprison former Interior Minister Rogerio Lobato, accused of helping arm civilian militias during last year's unrest. "If I win, I will bear a wooden cross almost as heavy as Christ's," said Ramos-Horta, who claimed he would prefer to retire, write books and travel. "If I lose, I will win my freedom."
East Timor was a Portuguese colony for more than three centuries before it was invaded by Indonesia in 1976. Insurgents spent the next 24 years fighting the occupation, a struggle Ramos-Horta championed from exile.

When its people voted for independence in 1999, Indonesian troops nd their militia allies went on a rampage, killing more than 1,000 people and razing Dili to the ground.

- Associated Press writers Zakki Hakim and Guido Goulart contributed to this report.

East Timor Vote Count Delayed

Dili, April 10 (AFP) - Technical problems held up vote counting across much of East Timor on Tuesday but the troubled nation's first presidential election since independence was praised as asuccess.

Voters cast their ballots Monday with hopes of a new era for the tiny nation, choosing a replacement for the charismatic guerrilla leader Xanana Gusmao, who has held the office since full independence in 2002.

Despite fears of violence, allegations by rival politicians of voter intimidation and some last-minute scrambles for ballot papers, the vote was orderly and fair and turnout was high, observers said.

"At one place we were at, people were lined up -- literally 400 people in a line, breast to back -- like sardines in the hot sun for three hours to vote, and there was no tension there at all," said Australian MP David Tollner.

Tollner, head of a group of Australian election observers, said he was "extremely impressed" with the overall conduct of the vote and downplayed concerns about delays in tallying the results.

"On one hand people complain it's taking too long, but on the other hand there should be no doubt about the results when they come through," he said.

Current Prime Minister Jose Ramos-Horta, who shared the Nobel Peace Prize in 1996 for his efforts to find a peaceful solution to the conflict that rocked the country, is among the favourites for the largely ceremonial job.

The election commission said counting was delayed due to "technical support like computers, printers and generators" everywhere except in the capital Dili, where Ramos-Horta had 30 percent of an almost complete provisional count.

Fernando "Lasama" de Araujo, a former political prisoner in Indonesia and the chairman of the opposition Democratic Party, was on 25 percent in Dili, the commission said.

The ruling Fretilin party's candidate, Francisco "Lu-Olo" Guterres, and Fransisco Xavier do Amaral, the chairman of the Timorese Social Democrat Association party, were behind Lasama.
If no candidate gets more than 50 percent nationwide, a run-off will be held.

But for a country that saw years of bloodshed under Indonesian rule after 1974, and an orgy of killing as it voted for independence in a UN-sponsored referendum in 1999, the peaceful vote was already seen as a success.

"Voting in the presidential election proceeded without major incidents of violence or intimidation, which is already a very good result for Timor-Leste," said Atul Khare, the head of the UN mission in East Timor, referring to country by its formal name.

The vote followed a turbulent year in East Timor. Foreign peacekeepers arrived in May to quell violence that left at least 37 people dead and forced over 150,000 people to flee their homes.
The violence erupted after then prime minister Mari Alkatiri dismissed hundreds of army deserters. Firefights subsequently broke out between factions of the military, and between the army and police, and degenerated into gang violence.

UN Secretary General Ban Ki-moon said he hoped calm would prevail as the votes were tallied.
"The Secretary General is heartened that the election was conducted in a general atmosphere of order and calm, and that the initial indications show high voter turnout," his office said in a statement.

Eight candidates stood to replace Gusmao, who won a pre-independence vote. Monday's contest has been seen as a three-way race between Ramos-Horta, Lu-Olo and Lasama.

Officials were forced to scramble 5,000 extra ballot papers to remote locations following the high turnout. More than half the population of about one million was registered to vote.

Ramos Horta Leads in Preliminary Count From East Timor Election
By Emma O'Brien

April 10 (Bloomberg) - Jose Ramos Horta, East Timor's prime minister, is leading in the country's first presidential election since independence from Indonesia, according to preliminary results issued by the electoral commission.

The Nobel Peace Prize winner has most votes in the capital, Dili, after results from 108 of the city's 130 polling stations, the National Electoral Committee said. Vote counting is scheduled to be completed tomorrow, it said.

“It looks like there may be a second round,'' Dionisio Babo, Ramos Horta's spokesman, said in a telephone interview from Dili today. “We have to wait and see. If he can claim 70 percent of the vote he can win outright.''

Eight candidates stood in yesterday's ballot in the Southeast Asian nation. East Timor, also known as Timor Leste, has been unstable since former Prime Minister Mari Alkatiri fired a third of the army last May, a move that provoked clashes between people from the eastern and western parts of the country, resulting in 37 deaths.

In the past year, fighting between factions of the security forces and gang violence drove 150,000 people from their homes. A peacekeeping contingent led by Australia has been stationed in Dili since shortly after the unrest began. The country lies about 500 kilometers (310 miles) north of Australia.

Ramos Horta “knows he's leading in almost all districts, but he also recognizes that the others could pick up their numbers,'' Babo said. “He doesn't want to claim any progress until the official results are released.''

Economy, Jobs

Whoever wins the presidency will face the challenge of sparking economic growth, which was negative in 2006, creating jobs when half the population of more than 1 million people is unemployed and improving conditions for the 42 percent of people living below the poverty line.

Democratic Party candidate, Fernando De Araujo, is currently placed second in Dili, the Timor Social Democratic Association's Francisco Xavier do Amaral is third, while the Fretilin party candidate, Franciso Guterres, known as `Lu'Olo', is fourth, the commission said.

The commission anticipates having ballots from all 13 districts counted by tomorrow afternoon.
Ramos Horta, an independent, vowed during his campaign to heal divisions in the nation that was occupied by Indonesia for 24 years.

Fretilin Party

Fretilin, formed out of the resistance movement to the Indonesian occupation, has dominated East Timorese politics since independence in 2002. It was founded by Ramos Horta and current President Xanana Gusmao was once a member.

“There's still a hope, it is too early to call Dili,'' Arsenio Bano, a Fretilin member and spokesman for Lu'Olo, a former freedom fighter, said by telephone from the capital. “We are now expecting the worse scenario of a second round, Ramos Horta against Lu'Olo perhaps.''

The winning candidate must receive more than 50 percent of the vote to claim the presidency. A second round will be held if no candidates reaches that mark.

More than 2,000 observers were monitoring the election, including teams from the European Union, Australia and Japan. United Nations police and members of the Australian-led force provided security at the 504 polling stations and for the candidates.

UN Secretary-General Ban Ki-moon is heartened the elections weren't marred by violence, his spokesman Michele Montas said in a statement yesterday.

“He hopes that calm will prevail wile the counting proceeds and when results are announced,'' she said.

The commission hadn't completed its figures on the voter turnout. It could be as high as 98 percent, Helen Hill, a professor at Australia's Victoria University, said in an April 2 interview from Melbourne. More than 98 percent of registered voters cast a ballot in the 1999 independence referendum.

Reuters – Tue Apr 10, 2007 1:37AM EDT
Early East Timor vote counting points to run-off
By Ahmad Pathoni

Dili - East Timor Prime Minister Jose Ramos-Horta was leading in the capital Dili in presidential elections, preliminary vote counting showed on Tuesday, but a run-off looked likely.
The polls in the young nation a day earlier passed peacefully with only fairly minor glitches reported.

Eight candidates contested the vote, including Ramos-Horta, a Nobel peace prize winner who spearheaded an overseas campaign for independence from Indonesia.

Monday's turnout appeared to be high and, although official results are not due until next week, an election commission spokesman said preliminary results could emerge on Tuesday.

Ramos-Horta, former guerrilla fighter and Fretilin Party candidate Francisco Guterres and the Democratic Party's Fernando de Araujo were ahead in the capital Dili, where a fifth of East Timor's 1 million people live, according to preliminary figures.

"Preliminary results we have in Dili show Ramos-Horta, La Sama and Lu'olo on top," election commission spokesman Martinho Gusmao told reporters. "La Sama" and "Lu'olo" are the respective rebel nicknames of De Araujo and Guterres during the guerrilla war against Indonesian forces.

The spokesman said Ramos-Horta was leading in Dili with about 30 percent of the vote, followed by De Araujo with around 25 percent and Guterres with about 20 percent.

No Failed State

The Suara Timor Leste newspaper also said Ramos-Horta was winning convincingly in Dili, while the preliminary standings of candidates appeared mixed in some regional areas outside the capital contacted by Reuters.

Over half a million people were eligible to vote in the election, which outgoing President Xanana Gusmao described as a chance to demonstrate his nation was not a failed state.
If no one wins more than half the vote, a run-off will be held, a scenario some analysts see as likely.

Supporters of rival candidates clashed during campaigning last week, injuring more than 30 people and prompting international troops to fire tear gas and warning shots.

But over the election itself, few acts of violence or intimidation were reported by poll observers.
Campaigns had focused on how to reunite East Timorese, split by a regional divide that erupted into bloodshed last May after the sacking of 600 mutinous troops from the western region
Gusmao, an ally of Ramos-Horta, is not running for re-election but plans to seek the more hands-on post of prime minister in a separate parliamentary election later this year.

Ramos-Horta, who has the highest international profile and is considered the front-runner, appeared upbeat in comments on the elections he made to Reuters at a Dili hotel on Monday. "So far, I think (it's) very positive; enormous participation of the people. The incidents are marginal," he said.

Xinhua - April 10, 2007 - 15:31
Timor Leste's president candidate to hold consolidation

Dili, Timor Leste - Timor Leste's presidential candidates Jose Ramos Horta ruled out on Tuesday the fears of security tension should the second round of the presidential election was held.

"No, I do not think that there will be a problem of instability in the second round," he said.
The prime minister said that the people had been able to control themselves, as it was on the Monday's election, which ends very peaceful. "So far people have shown great maturity. l have traveled around the country, 99 percent of the people are peaceful, only in Dili and around Dili (sometime not)," he said.

He appealed other presidential candidates to bring stability and consolidations among concerned parties in Timor Leste. "So the important thing is, whoever the winner, at the first round or the second round, has to be very consolatory, convincing, persuasive, eloquent, and really making people believe him, trust him, that he will work with every body, not just with one group of people," said Horta.

The Monday's presidential election will be continued to the second round on May 8 should no one of the eight candidates fail to get more than 50 percent of votes.

Xinhua - April 10, 2007 - 15:31
Timor Leste's president candidate to hold consolidation

Dili, Timor Leste - Timor Leste's presidential candidate Jose Ramos Horta said he would consolidate all concerned parties and create a favorable investment climate, in a bid to achieve stability and reducing poverty in the fledgling nation, should he win the election.

Interviewed by Chinese media here Tuesday, the Timor Leste's Prime Minister, who is the winner of Nobel price, said that he would hold an intensive dialogue with all parties and groups, as well as to speed up defense reform if he wins the election.

Horta said many Timor Leste people were divided because of the many years of conflict. "The new president has to urgently work on the reform of security sector, accelerate the reform of our defense forces, our police. He has to create national understanding through dialogue, healing the wounds of the nation," he said.

Street-gang fighting, rivalry among the political leaders, and rebellion of security forces are among the problems hit the nation, he said.

Timor Leste descended into chaos last May after the government sacked 600 rebellious soldiers.

Horta said that he would be ready to work with any winner of the new prime minister if he wins. "I have good relations with all the political leaders, with all the political parties, with the Fretelin," said.

The incumbent President Xanana Gusmao, an ally of Horta, is not running for re-election but plans to seek the more powerful post of prime minister in separate parliamentary elections later this year.

Horta is a founding member of the Fretelin. He and Dr Alkatiri and other, found the Fretelin more than 30 years ago. "So if Fretelin win in election in June. I know how to work with Fretelin," he said.

The country's parliamentarian election is to be held in June.

On economic sector, the prime minister said that the country had introduced some very radical fiscal reform each year that would make Timor Leste an entity like Hong Kong in term of tax policy.

"Most tax will be eliminated, income tax will be no more than one thousand a month. (They) will pay tax that is progressive. Company and other investors do not pay tax at all," he said.
The prime minister said that he would use the huge revenue from oil to build infrastructure to reduce poverty and serious unemployment in the country.

The country has already received about 100 million U.S. dollar income from oil since 2004. Should the new gas field begin production in the next three or six years, Timor Leste would get additional 200 million U.S. dollars, according to Horta.

Asian Development Bank predicted the country will face the highest economic growth rate of more than 30 percent this year, he said.

The growth will be driven by oil production, the government and public expenditures, as well as the international presence, said Horta.

"We will be spending a lot of money on poverty reduction, and on building infrastructures. Through a massive investment in infrastructure. When you build infrastructure, you have to employ thousands of people," he said.

He also planned to launch projects to plant trees in the country, which also need a lot of worker.
The prime minister said that he would build roads, hospitals, schools, bridges, upgrading the airport and the ports.

Besides, the government would also injected 40 million U.S. dollars per year to the poor people, said Horta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Notícias - 10 de Abril de 2007

Fretilin com apoio em baixo, diz observador

O princípio da contagem nas eleições presidenciais em Timor-Leste sugerem que o apoio à Fretilin desceu, disse um observador internacional nas eleições.

Damien Kingsbury, que está a ajudar a monitorizar as eleições na nação inquieta, disse que apesar de estar ainda muito no início, parece que a Fretilin parece ficar aquém da previsão do partido de uma ampla vitória.

A contagem decorreu num ritmo muito lento na Terça-feira. Com oito candidatos a dividirem os votos, analistas políticos dizem que é altamente improvável que algum deles tenha a maioria requerida.
Dizem que uma segunda volta no próximo mês, entre os dois contentores de topo, será quase de certeza necessária para decidir quem será o próximo presidente da nação inquieta.

Kingsbury – da Escola de Estudos internacionais e políticos da Universidade de Deakin – disse que Francisco Guterres "Lu Olo" da Fretilin parece estar a lutar.

"Sobre os primeiros números o candidato da Fretilin 'Lu Olo' Guterres está a lutar, mas será demasiado cedo tirá-lo do palco," disse cauteloso na Terça-feira. "As indicações de certeza é que a Fretilin está a lutar ... não está a fazer tão bem quanto esperava ou o seu partido esperava. "As indicações é que quase de certeza não vai ... ser eleito na primeira volta das presidenciais – isso está quase completamente excluído. A questão real é se vai à segunda volta."

Na capital Dili – um dos 13 distritos – a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) na Terça-feira disse que estimativas primárias põem o Primeiro-Ministro José Ramos Horta está um pouco à frente na corrida presidencial.

Contudo a contagem está mesmo no início, avisou, alertando contra demasiadas leituras tão cedo.

Ramos Horta, um independente, ao lado com Guterres e Fernando "La Sama" de Araujo do Partido Democrático são considerados os favoritos para substituírem o lutador da independência Xanana Gusmão como presidente.

A ONU na Terça-feira apelou aos partidos políticos para aceitar os resultados da eleição quando finalmente chegarem ou para os desafiarem nos tribunais.

"De certa forma o verdadeiro desafio para a nação começa agora – aceitando os resultados, o que inclui aceitar a derrota e usar a derrota como uma oportunidade para formar uma oposição forte," disse o representante especial da ONU em Timor-Leste Atul Khare.

A ONU deu os parabéns aos Timorenses pela ausência de violência durante a eleição de ontem, e disse que a participação tinha sido "muito alta". "As eleições eleitorais decorreram sem incidentes maiores de violência ou intimidação, o que já é um muito bom resultado para estas eleições de Timor-Leste," disse Khare. "Do que vi ... acredito sinceramente que a atitude dos eleitores foi positiva, confiante e excitada."

Kingsbury disse que as primeiras indicações mostraram que 90% dos eleitores registados tinham ido votar, tendo apenas havido questões técnicas menores se virtualmente nenhum incidente de violência.

"Os Timorenses vieram como vieram em 1999, cheios de esperança e expectativas, vieram cedo, estavam lá antes da abertura das assembleias de voto vestindo as suas melhores roupas – felizes e comprometidos e penso genuinamente comprometidos em darem uma opinião para o futuro do seu próprio país," disse.

Kingsbury disse que será bom para a estabilidade de Timor-Leste se o candidato da Fretilin for à segunda volta. "Penso em termos de estabilidade política em Timor-Leste seria bom para a Fretilin ir à segunda volta porque se não tiver sucesso tirará alguma da amargura da sua derrota," disse. "Mas se não forem à segunda volta penso que vai haver muita desilusão no campo da Fretilin."

Milhares de polícias, apoiados por tropas Australianas e da Nova Zelândia, mantém-se de guarda em, trabalhando para evitar uma explosão de violência. Contudo, espera-se que a situação se mantenha tensa durante meses, devendo seguir-se as eleições parlamentares em Timor-Leste em Junho.

AAP - Abril 10, 2007

Observador louva a condução da eleição em Timor

O responsável da delegação Australiana que esteve a observar a eleição presidencial Timorense louvou a condução pacífica e transparente da eleição.

O deputado David Tollner do Governo Federal disse hoje que tinha ficado "extremamente impressionado" com o modo como as eleições de ontem tinham sido conduzidas, dado que ele liderou uma equipa de observadores Australiana.

Não tinha ouvido nenhum relato de violência ou de intimidação de eleitores em assembleias de voto.
"É muito difícil, obviamente, obter informações através de Timor. As comunicações são más, as estradas são pobres, assim é difícil julgar o que está a acontecer á volta do resto do país," disse o Sr Tollner à ABC radio de Dili.

"Mas de certeza que tudo o que vimos foi muito pacífico e ordeiro e bem dirigido.
"As pessoas trataram o processo eleitoral quase que com reverência. Num sítio onde estivemos as pessoas estavam alinhadas – literalmente 400 pessoas numa fila, peito contra costa – como sardinhas no sol quente durante três horas para votarem, e não havia lá nenhuma tensão, nenhuma."

O Sr Tollner reconheceu que houve queixas sobre o tempo que está a demorar contar os votos, mas defendeu o processo. "Está a demorar muito tempo, não há dúvida nisso, mas tenho que dizer que o sistema é extraordinariamente transparente. É transparente a um tal ponto que se torna aborrecido,"disse.

"Por um lado queixam-se que demora demasiado tempo mas por outro não deve ficar qualquer dúvida acerca dos resultados quando vierem."

O Sr Tollner não comentou as especulações que as tensões podiam incendiar-se mais tarde, particularmente se os apoiantes da Fretilin recusarem aceitar o resultado.
Houve uma pesada presença da polícia em Dili ontem mas pouco sinal dos militares, disse.

AP – Abril 10, 2007
Não há vencedor claro das eleições em Timor-Leste

Fontes oficiais dizem que não emergiu um vencedor claro das eleições de Timor-Leste; Provável uma segunda volta
Dili, Timor-Leste – Timor-Leste esperava pendurada na Terça-feira quando os votos estavam a ser contados das eleições presidenciais que muitos esperam pode terminar a instabilidade na jovem nação um ano depois de ter sido empurrado para a beira da guerra civil.

O Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, que ganhou em 1996 o Nobel da Paz por ter patrocinado a luta de Timor-Leste para terminar as décadas de brutal governação da Indonésia, inicialmente tinha sido considerado um vencedor certo para o cargo de cinco anos de presidente, ocupado agora pelo popular antigo líder da resistência Xanana Gusmão. Mas Ramos-Horta reconheceu que pode ter perdido apoio depois de assumir um governo de transição dominado por políticos rivais, e funcionários eleitorais dizem que não há nenhum vencedor claro entre os oito candidatos que emergiram, no início da contahem na Terça-feira.

Uma maioria absoluta é necessária para evitar uma segunda volta que _ juntamente com as eleições parlamentares mais cruciais em Junho _ pode prolongar durante meses a tensão.

Timor-Leste foi considerado um sucesso na construção de nação quando declarou formalmente a independência em 2002, mas caiu no caos o ano passado depois do então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri ter despedido um terço das pequenas forças armadas, provocando tiroteios entre forças de segurança rivais que transbordaram para lutas de gangs e pilhagens.

Pelo menos 37 pessoas foram mortas e cerca de 155,000 fugiram das suas casas antes de o governo ter caído. A paz regressou largamente com a chegada de quase 3,000 tropas internacionais, mas tem havido desassossego esporádico. Dezenas de milhares de deslocados não regressaram ainda a casa, e o país mantém-se desesperadamente pobre, com 50 por cento de desempregados.

Resultados preliminares são esperados na Quarta-feira e a contagem final em 19 de Abril. Se for necessária uma segunda volta realiza-se no próximo mês.

O posto presidencial é largamente cerimonial em Timor-Leste, mas a votação é vista como uma medida de apoio para um plano de Ramos-Horta e o seu próximo aliado, Gusmão – que concorrerá a primeiro-ministro nas eleições gerais em Junho – para tirar o controlo do Parlamento ao poderoso partido de ala esquerda a Fretilin.

Números não oficiais começaram a correr da capital, onde 90,000 dos 522,000 eleitores estão registados. A cena de sangrentas batalhas de rua em Abril e Maio do ano passado não é necessariamente considerada representativa do resto da nação.

O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições Martinho Gusmão disse na Terça-feira que Ramos-Horta, um independente, tinha 30 por cento dos votos em Dili, seguido por Fernando "Lasama" de Araujo do Partido Democrático com 25 por cento.

Dois outros, Francisco Xavier do Amaral da ASDT e Francisco "Lu-Olo" Guterres, um antigo comandante da guerrilha e líder da Fretilin estavam empatados com 20 por cento.

Gusmão antes disse que Ramos-Horta estava à frente também numa contagem à escala do país, mas insistiu que relatos dos jornais na Terça-feira de uma grande vitória para o laureado do Nobel eram prematuros e baseados em números incorrectos.

Apesar de Ramos-Horta ser de longe o candidato mais conhecido, tendo também ocupado os cargos de ministro dos estrangeiros e de ministro da defesa, a participação nos comícios na recente campanha eleitoral foi mais baixa do que a esperada. Protestos irados rebentaram o mês passado quando tropas Australianas tentaram capturar o popular líder amotinado Alfredo Reinado num assalto apoiado por Ramos-Horta. Reinado escapou, mas quatro dos seus seguidores foram mortos. Ramos-Horta tem sido ainda criticado por ter falhado em prender o antigo Ministro do Interior Rogério Lobato, acusado de ter ajudado a armar milícias civis durante o desassossego do ano passado. "Se ganhar carregarei uma cruz de madeira quase tão pesada como a de Cristo," disse Ramos-Horta, que afirmou que preferiria reformar-se, escrever livros e viajar. "Se perder, ganharei a minha liberdade."
Timor-Leste foi uma colónia Portuguesa durante mais de três séculos antes de ter sido invadido pela Indonésia em 1976. Insurgentes passaram os 24 anos seguintes a lutar contra a ocupação, uma luta que Ramos-Horta patrocinou do exílio.

Quando o seu povo votou pela independência em 1999, as tropas Indonésias e as suas milícias entraram numa fúria matando mais de 1,000 pessoas e arrazando Dili até às fundações.

- Os escritores Zakki Hakim e Guido Goulart da Associated Press contribuiram para esta reportagem.

Atrasada a contagem dos votos em Timor

Dili, Abril 10 (AFP) – Problemas técnicos atrasaram a contagem dos votos através de Timor-Leste na Terça-feira mas as primeiras eleições presidenciais realizadas na nação inquieta foram louvadas como sendo um sucesso.

Os eleitores depositaram os seus votos na Segunda-feira com esperanças de uma nova era para a pequena nação, que foi escolher um substituto para o carismático líder da guerrilha Xanana Gusmão, que tem ocupado o cargo desde a independência total em 2002.

Apesar de receios de violência, alegações por políticos rivais de intimidação aos eleitores e correrias de último momento por falta de boletins eleitorais, a votação foi ordeira e correcta e a participação foi alta, disseram os observadores.

"Num sítio aonde fomos, as pessoas estavam alinhadas – literalmente 400 pessoas numa fila, peitos contra costas – como sardinhas no sol quente durante três horas para votarem, e não havia lá nenhuma tensão, nenhuma," disse o deputado Australiano David Tollner.

Tollner, chefe de um grupo de observadores eleitorais Australianos, disse que estava "extremamente impressionado" com a condução geral da votação e desvalorizou preocupações com atrasos na contagem dos resultados.

"Por um lado as pessoas queixam-se de demorar demasiadamente mas por outro lado não deve haver qualquer dúvida sobre os resultados quando eles chegaram," disse.

O corrente Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, que partilhou o Nobel da Paz em 1996 pelos seus esforços para encontrar para encontrar uma solução pacífica para o conflito que sacudiu o país, está entre os favoritos para o cargo largamente cerimonial.

A comissão de eleições disse que a contagem estava atrasada devida a "apoio técnico como computadores, impressoras e geradores" em todo o lado excepto na capital Dili, ondeRamos-Horta teve30 por cento numa contagem provisória quase completa.

Fernando "Lasama" de Araujo, um antigo preso político na Indonésia e o presidente do Partido Democrático da Oposição estava com 25 por cento em Dili, disse a comissão.

O candidato Francisco "Lu-Olo" Guterres da Fretilin e Fransisco Xavier do Amaral, o presidente da ASDT estavam atrás de Lasama.
Se nenhum candidato obtiver mais de 50 por cento da votação global será feita uma segunda volta.

Mas para um país que viu anos de derramamento de sangue sob a governação Indonésia depois de 1974, e uma orgia de mortes quando votou pela independência num referendo patrocinado pela ONU em 1999, a votação pacífica já foi vista como um sucesso.

"A votação nas eleições presidenciais decorreu sem um incidente de violência maior ou intimidação, o que já é um resultado muito bom para Timor-Leste," disse Atul Khare, o responsável da missão da ONU em Timor-Leste.

A votação seguiu-se a um ano turbulento em Timor-Leste. Tropas estrangeiras chegaram em Maio para acalmar a violência que deixou pelo menos 37 pessoas mortas e forçou mais de 150,000 pessoas a fugirem das suas casas.
A violência irrompeu depois de o então primeiro-ministro Mari Alkatiri ter demitido centenas de desertores das forças armadas. Subsequentemente rebentaram tiroteios entre facções dos militares e entre militares e polícias, e degeneraram em violência de gangs.

O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon disse que esperava que a calma prevalecesse enquanto os votos estão a ser contados.
"O Secretário-Geral está satisfeito que a eleição tenha corrido num ambiente geral de ordem e calma, e que a indicação inicial mostra uma grande participação dos eleitores," disse numa declaração do seu gabinete.

Concorreram oito candidatos para substituir Gusmão, que ganhou umas eleições pré-independência. A corrida de Segunda-feira tem sido vista como uma corrida a três entre Ramos-Horta, Lu-Olo e Lasama.

Os funcionários foram forçados a levar 5,000 boletins de voto extras para locais remotos, dada a grande participação. Mais de metade da população de cerca de um milhão está registada para votar.

Ramos Horta lidera na contagem preliminar na eleição em Timor-Leste
Por: Emma O'Brien

Abril 10 (Bloomberg) - José Ramos Horta, o primeiro-ministro de Timor-Leste, está a liderar as primeiras eleições presidenciais no país desde a independência da Indonésia, de acordo com resultados preliminares emitidos pela comissão eleitoral.

O vencedor do Nobel tem mais votos na capital, Dili, depois de contagem em 108 das 130 assembleias de voto, disse a Comissão Nacional Eleitoral. Está prevista que a contagem dos votos esteja terminada amanhã, disse.

“Parece que pode haver uma segunda volta,'' disse Dionisio Babo, porta-voz de Ramos Horta, numa entrevista telefónica de Dili hoje. “Temos de esperar para ver. Se ele poder reclamar 70 por cento da votação ele pode ganhar a maioria absoluta.''

Oito candidatos concorreram à eleição na nação do Sudoeste Asiático. Timor-Leste, tem estado instável desde que o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri despediu um terço das forças armadas em Maio passado, um gesto que provocou confrontos entre pessoas das partes do leste e do oeste do país, resultando em 37 mortes.

No ano passado, lutas entre facções das forças de segurança e violência de gangs levaram 150,000 pessoas das suas casas. Um contingente liderado pelos Australianos tem estado estacionado em Dili desde que o desassossego começou. O país está situado a cerca de 500 quilómetros (310 milhas) a norte da Austrália.

Ramos Horta “sabe que está à frente em quase todos os distritos, mas reconhece também que os outros o podem apanhar,'' disse Babo. “Ele não quer reclamar nenhum progresso até serem emitidos os resultados oficiais.''

Economia, empregos

Seja quem for que ganhe as eleições enfrentará o desafio de desencadear o crescimento económico, que foi negativo em 2006, criando empregos quando metade da população de mais de um milhão de pessoas está desempregada e melhorando as condições para os 42 por cento das pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza.

O candidato do Partido Democrático, Fernando De Araujo, está correntemente colocado em segundo lugar em Dili, Francisco Xavier do Amara da ASDT está em terceiro e Francisco Guterres, conhecido como `Lu'Olo' o candidato da Fretilin é o quarto disse a comissão.

A comissão antecipou ter os boletins de voto dos 13 distritos contados amanhã à tarde.
Ramos Horta, um independente, prometeu durante a sua campanha curar as divisões na nação que foi ocupada pela Indonésia durante 24 anos.

Fretilin

A Fretilin, formada do movimento de resistência à ocupação da Indonésia, dominou a política Timorense desde a independência em 2002. Foi fundada por Ramos Horta e o corrente Presidente Xanana Gusmão foi seu membro.

“Há ainda uma esperança, é demasiado cedo para falar de Dili,'' disse pelo telefone da capital Arsenio Bano, membro da Fretilin e porta-voz de Lu'Olo, um antigo combatente pela liberdade. “Agora estamos à espera do pior cenário da segunda volta, talvez Ramos Horta contra Lu'Olo.''

O candidato vencedor tem de ter mais de 50 por cento dos votos para reclamar a presidência. Uma segunda volta será realizada se nenhum candidato alcançar a marca.

Mais de 2,000 observadores estiveram a monitorizar a eleição, incluindo equipas da União Europeia, Austrália e Japão. Polícia da ONU e tropas lideradas pelos Australianos providenciaram a segurança nas 504 estações de voto e aos candidatos.

O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon está satisfeito porque as eleições não foram manchadas pela violência, disse ontem o seu porta-voz Michele Montas numa declaração.

“Espera que a calma prevaleça enquanto se fizer a contagem e quando o resultado for anunciado,'' disse.

A comissão não tinha completado os números sobre a participação. Pode chegar aos 98 por cento, disse Helen Hill, uma professora da Universidade Victória da Austrália numa entrevista em 2 de Abril de Melbourne. Mais de 98 por cento de eleitores registados votaram no referendo para a independência em 1999.

Reuters – Terça-feira Abril 10, 2007 1:37AM EDT
Contagem inicial dos votos em Timor-Leste aponta para uma segunda volta
Por: Ahmad Pathoni

Dili – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta estava a liderar na capital Dili nas presidenciais, mostrou a contagem preliminar dos votos na Terça-feira, mas é provável uma segunda volta.
As eleições no dia anterior na jovem nação correram pacíficamente com somente falhas menores relatadas.

Oito candidatos concorreram, incluindo Ramos-Horta, um vencedor do Nobel que patrocinou uma campanha no exterior pela independência da Indonésia.

A participação de Segunda-feira parece ter sido alta, apesar de só serem esperados os resultados oficiais na próxima semana, um porta-voz da comissão eleitoral disse que podem emergir na Terça-feira resultados preliminares.

Ramos-Horta, antigo combatente da guerrilha, o candidato da Fretilin Francisco Guterres e Fernando de Araujo do Partido Democrático estavam à frente na capital Dili, onde vive um quinto do milhão de pessoas de Timor-Leste de acordo com números preliminares.

"Resultados preliminares que temos em Dili mostram que Ramos-Horta, La Sama e Lu'olo estão à frente," disse aos repórteres o porta-voz da comissão Martinho Gusmão. "La Sama" e "Lu'olo" são os respectivos diminutivos de De Araujo e Guterres durante a guerra de guerrilha contra as forças Indonésias.

O porta-voz disse que Ramos-Horta estava à frente em Dili com cerca de 30 por cento dos votos, seguido por De Araujo com cerca de 25 por cento e Guterres com cerca de 20 por cento.

Não Estado falhado

O jornal Suara Timor Leste disse ainda que Ramos-Horta estava a vencer convincentemente em Dili, enquanto as posições preliminares dos candidates apareciam misturadas nalgumas áreas regionais fora da capital contactadas pela Reuters.

Mais de metade de um milhão de pessoas estavam registadas para votar nas eleições, que o Presidente de partida Xanana Gusmão descreveu como uma oportunidade para mostrar que não era um Estado falhado.
Se ninguém obtiver mais de metade dos votos, faz-se uma segunda volta, um cenário que alguns analistas dizem considerar provável.

Apoiantes de candidatos rivais confrontaram-se durante a campanha na semana passada ferindo mais de 30 pessoas e levando as tropas internacionais a dispararem gás lacrimogéneo e tiros de aviso.

Mas durante a própria eleição, poucos actos de violência e de intimidação foram relatados por observadores eleitorais.
As campanhas focaram-se em como reunir os Timorenses, divididos por divisões regionais que irromperam em derramamento de sangue em Maio passado depois do despedimento de 600 tropas amotinadas da região oeste.
Gusmão, um aliado de Ramos-Horta, não se recandidata mas planeia tentar o cargo mais executivo de primeiro-ministro em eleições parlamentares mais tarde este ano.

Ramos-Horta, que tem o estatuto internacional mais alto e é considerado o corredor da frente, apareceu vitorioso em comentários que fez à Reuters num hotel de Dili na Segunda-feira. "Até agora, penso que é muito positivo; enorme participação do povo. Os incidentes são marginais," disse.

Xinhua - Abril 10, 2007 - 15:31
Candidato a presidente de Timor-Leste apela à consolidação

Dili, Timor-Leste – O candidato presidencial de Timor-Leste José Ramos Horta descartou na Terça-feira receios de tensões de segurança caso se realize uma segunda volta da eleição presidencial.

"Não, não penso que vá haver um problema de instabilidade na segunda volta," disse.
O primeiro-ministro disse que o povo foi capaz de se controlar a si próprio, como aconteceu na eleição de Segunda-feira, que acabou muito pacificamente. "Até agora as pessoas mostraram grande maturidade. Viajei pelo país, 99 por cento do povo é pacífico, somente em Dili e à volta de Dili (às vezes não é)," disse.

Apelou aos candidatos presidenciais para trazerem estabilidade e consolidações entre os partidos em Timor-Leste. "Assim a coisa importante é, seja quem for o vencedor, na primeira ou na segunda volta, tem de ser muito consolador, convincente, persuasivo, eloquente, e fazer que as pessoas acreditem nele, confiem nele que ele trabalhará com cada órgão, não apenas com um grupo de pessoas," disse Horta.

Aveleição presidencial de Segunda-feira continuará numa segunda volta em 8 de Maio caso nenhum candidato obtenha mais de 50 por cento dos votos.

Xinhua - Abril 10, 2007 - 15:31
Candidato a presidente de Timor-Leste apela à consolidação

Dili, Timor-Leste – O candidato presidencial de Timor-Leste José Ramos Horta disse que consolidará todos os partidos políticos e criará um clima favorável ao investimento, numa tentativa para alcançar a estabilidade e reduzir a pobreza na jovem nação, caso ganhe as eleições.

Entrevistado pelos media Chineses aqui na Terça-feira, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste que ganhou o Nobel disse que terá intenso diálogo com todos os grupos e partidos e que também apressará a reforma da defesa se ganhar as eleições.

Horta disse que muita gente em Timor-Leste estava dividida por causa de tantos anos de conflito. "O novo presidente tem de trabalhar com urgência na reforma do sector de segurança, acelerar a reforma das forças de defesa, da nossa polícia. Tem de criar um entendimento nacional através do diálogo, curar as feridas da nação," disse.

Lutas de gangs de rua, rivalidade entre líderes políticos e motins nas forças de segurança estão entre os problemas que atingem a nação, disse.

Timor-Leste caiu no caos em Maio último depois do governo ter despedido 600 soldados amotinados.

Horta disse que estará pronto para trabalhar com qualquer vencedor ou novo primeiro-ministro se ganhar. "Tenho boas relações com todos os líderes políticos, com todos os partidos políticos, com a Fretelin," disse.

O corrente Presidente Xanana Gusmão, um aliado de Horta, não se recandidata mas planeia tentar o csargo mais poderoso de primeiro-ministro nas eleições parlamentares.

Horta é um membro fundador da Fretelin. Ele e o Dr Alkatiri e outros fundaram a Fretelin há mais de 30 anos. "Assim se a Fretilin ganhar as eleições em Junho sei como trabalhar com a Fretelin," disse.

As parlamentarem realizam-se em Junho.

No sector económico o primeiro-ministro disse que o país tinha introduzido uma reforma fiscal muito radical que faria de Timor-Leste uma entidade como Hong Kong em termos de política fiscal.

"A maioria dos impostos serão eliminados, impostos de rendimento serão só para rendimentos superiores a mil dólares por mês. Pagarão imposto que é progressivo. Empresas e outros investidores não pagarão qualquer imposto," disse.
O primeiro-ministro disse que usará os enormes rendimentos do petróleo para construir infra-estruturas para reduzir a pobreza e o desemprego sério do país.

O país já recebeu cerca de 100 milhões de USA dólares de rendimentos do petróleo desde 2004. Caso os campos de gás comecem a produção nos próximos de três a seis anos, Timor-Leste terá uns adicionais 200 milhões de USA dólares de acordo com Horta.

O Banco de Desenvolvimento Asiático prevê que o país enfrentará a mais alta taxa de crescimento de mais de 30 por cento este ano, disse.

O crescimento será produzido pela produção do petróleo, despesas do governo e públicas, bem como da presença internacional disse Horta.

"Gastaremos muito dinheiro na redução da pobreza, e na construção de infra-estruturas. Através de um investimento massivo em infra-estruturas. Quando se constrói infra-estruturas tem que se empregar milhares de pessoas," disse.

Também planeou lançar projectos para plantar árvores no país, o que também precisa de muitos trabalhadores.
O primeiro-ministro disse que construirá estradas, hospitais, escolas, pontes, beneficiará aeroportos e portos.

Além disso o governo também injectará 40 milhões de USA dólares por ano para os pobres, disse Horta.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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