A Lusa continua coerente no seu apoio a Xanana Gusmão. O título escolhido para a "notícia", "Xanana Gusmão ilibado...", não é verdadeiro, pois o papel desta comissão não consistia em condenar ou ilibar ninguém. Tal como se pode ler na parte inicial do relatório, onde estão descritas as competências da comissão de inquérito.
Para além disso, a "notícia" diz que Xanana foi ilibado... "de responsabilidade na violência de Abril e Maio". Assim mesmo, nada de concreto. O que é concretamente a "violência"? Não se sabe. Pode ser tudo e nada. Portanto, somos induzidos a concluir que Xanana não foi responsabilizado pela comissão de inquérito em relação a nada, o que é falso. O que consta do relatório é, sim, que ele "não ordenou ou autorizou o grupo de homens armados sob o comando do major Reinado a praticar actos criminosos", o que é bem diferente. Mas não nos esqueçamos que ninguém o tinha acusado de tal. Portanto, Xanana não poderia ser "ilibado" de uma coisa de que nem era acusado. As acusações que pendiam e pendem sobre ele são outras, que curiosamente não mereceram qualquer menção no inquérito, que nem as confirma nem desmente, antes pelo contrário. Só para dar um exemplo dos mais inocentes, porque é que Rai Los é responsabilizado no inquérito por várias acções subversivas, entre as quais o ataque às FFDTL e nem uma palavra sobre o envolvimento de Xanana, sabendo a intimidade quase familiar que os dois mantinham e continuaram a manter (vide manifestação de 22 de Junho - "ganhámos esta guerra!")?
Isto para não falarmos dos acontecimentos de Junho, Julho, Agosto, Setembro... etc. Porque não foi investigada a razão pela qual o Presidente deu um salvo-conduto a Reinado para ele poder circular por Dili à vontade sem ser incomodado pelas forças militares estrangeiras, apesar de ser suspeito de ter assassinado elementos das FFDTL? Porque lhe ofereceu uma casa para ele se instalar com os seus apaniguados mesmo em frente ao quartel-general das forças australianas? Será que ele sabia do arsenal bélico que havia dentro dessa casa e das outras contíguas? Porque se opôs a que Reinado fosse detido pela GNR? Como vêem, estas são apenas algumas das perguntas incómodas que ficaram sem resposta. Muitas mais haveria.
Mas o título da "notícia" poderia ser outro: Alkatiri "ilibado" das acusações de que foi alvo durante meses a fio pela campanha de intoxicação levada a cabo contra ele por australianos e alguma imprensa portuguesa. Estas acusações gratuitas correram mundo pela internet. Quem não se lembra dos famosos papéis que "provavam" a distribuição de armas a civis por Alkatiri para eliminar adversários políticos ou a responsabilidade na morte dos 10 polícias em Caicoli e dos 60 "mortos" (100, segundo José Luís Guterres!) em Tasi Tolu, num "massacre" que nunca existiu? Lembro que a própria Lusa sempre escrevia nos seus despachos que tinham morrido "pelo menos 30 pessoas"...
Mas o mais grave disto tudo foi a famosa "reportagem" do programa Four Seasons, que justificou a exigência da sua demissão por Xanana. Confirma-se agora que nada foi provado e por isso Alkatiri deveria ter continuado em funções. Xanana, ao querer agir sem esperar pelas investigações, arvorou-se em juíz por sua iniciativa e assim caiu um governo legitimamente eleito, afinal o objectivo principal de Xanana, guiado apenas por questões pessoais e ajustes de contas com a Fretilin. Era preciso demitir o Governo a todo o custo, sem esperar por inquéritos ou julgamentos, que poderiam decidir de outro modo (como se verificou), daí a pressa. Alguns ingénuos, encandeados pelo fulgor do grande líder, acreditaram que era tudo verdade e que a demissão de Alkatiri iria acabar imediatamente com os distúrbios, crimes, incêndios, refugiados. Puro engano. Os crimes continuam (11 mortos confirmados desde que Ramos Horta é 1º Ministro), os incêndios também e os refugiados estãio onde sempre estiveram, com a diferença de que são agora mais do que no tempo de Alkatiri.
Xanana devia pedir desculpas a Alkatiri e ao povo timorense. Mas, tal como aconteceu com a sentença judicial que o desmentiu na questão do voto de braço no ar, agora Xanana também não irá pedir desculpa a ninguém. É que a tão falada "honestidade política" é só para os outros, não para ele.
Henrique.
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quinta-feira, outubro 19, 2006
De um leitor
Por Malai Azul 2 à(s) 15:23
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
16 comentários:
José Ramos-Horta reafirma confiança em Taur Matan Ruak
O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, reafirmou hoje «total confiança» no comandante das forças armadas, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, alvo de uma recomendação da comissão de ONU para que seja responsabilizado criminalmente por ter distribuído armas a civis.
Em comunicado enviado à Agência Lusa, José Ramos-Horta, que acumula a chefia do governo com a pasta da Defesa, salienta que falou com Taur Matan Ruak, que lhe disse aceitar as conclusões da comissão, cujo relatório classificou como «justo e equilibrado».
«Como ministro da Defesa, regozijo-me em dizer que falei com o general Taur Matan Ruak e que ele expressou a aceitação do relatório, que classificou como bastante justo e equilibrado», lê-se no comunicado hoje divulgado.
O relatório da Comissão Especial de Inquérito Independente da ONU foi divulgado terça-feira e contém várias recomendações ao sistema judicial timorense para que proceda criminalmente contra antigos membros do governo, responsáveis das forças armadas e da polícia e também civis.
O relatório passou em revista as razões da crise político-militar desencadeada em Abril e chamou a atenção para as responsabilidades individuais nesses acontecimentos.
Diário Digital / Lusa
18-10-2006 7:45:49
Contingente de 17 elementos da PSP chegou a Díli
O primeiro contingente de 17 elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), do total de 58 que até Janeiro vão integrar a missão d a ONU em Timor-Leste, chegou hoje a Díli.
À chegada a Timor-Leste, José Ferreira, Chefe da PSP de Vila Real, salientou que as expectativas «são as melhores» e que o facto do grupo integrar vários agentes que já estiveram no país vai ajudar a facilitar a integração dos demais.
«As expectativas são as melhores uma vez que dentro do grupo alguns já estiveram nesta missão. Têm bastante experiência, daí o facto do resto do pessoal vir bastante mais à vontade e com as expectativas no máximo», salientou.
Os agentes da PSP, que chegaram hoje a Díli, ainda não têm funções definidas, mas fonte da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) disse à Lusa que o trabalho que os espera inclui patrulhamentos, funções de comando e formação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).
Para o Chefe da PSP de Vila Real, a instabilidade que ainda se vive em Timor-Leste constitui uma «preocupação» mas representa igualmente um «desafio».
«É evidente que traz preocupações e, paralelamente a isso, um desafio. Aliás a polícia existe justamente para isso. Vamos trabalhar no sentido de que todas as dificuldades, com tempo, com perseverança e com o nosso trabalho, sejam vencidas», vincou.
Um segundo grupo de 20 agentes da PSP e três militares da GNR chegam a Díli na próxima sexta-feira. No total, Portugal vai ter 255 efectivos na UNMIT.
Este total compreende os actuais 127 militares do sub-agrupamento Bravo da GNR, que vão passar para 140, e aos quais se juntarão outros 48, que terão responsabilidades em acções de formação da polícia timorense e devem participar no Estado-Maior da força policial, ao serviço das Nações Unidas.
Integrarão ainda aquele total de 252 efectivos, os cinco agentes da PSP, m is o actual comissário da UNPOL (Polícia das Nações Unidas), Antero Lopes, que já se encontram em Timor-Leste, os 17 polícias que chegaram hoje e os restantes os 41 que hão-de vir, mais três agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que também ainda se encontram em Portugal.
Diário Digital / Lusa
18-10-2006 8:16:15
Este relatório não podia fazer referência ao discurso de 22 de Junho e muito menos às acções de Julho, Agosto e Setembro de Xanana, como pretendia o autor do post, simplesmente porque o o que a comissão foi mandatada para avaliar, foram os actos de violência de Abril e Maio.
E não podia tecer considerações sobre o que se passou posteriormente a esse período.
Pode-se criticar o relatório, mas sempre dentro do âmbito do mesmo.
Atoardas demagógicas não colhem.
O Relatório da Comissão Especial Independente de Inquérito das NU (CEII) é globalmente aceitável e poderá constituir, apenas mais um instrumento para o sistema judicial, tendo em vista evitar a impunidade dos responsáveis pelos crimes graves e violações dos direitos humanos ocorridos no âmbito da grave crise político-militar. Para tal é essencial, que seja constituído um tribunal específico (especial) com juízes, procuradores e defensores públicos independentes e internacionais especialmente destacados para tratarem dos casos resultantes da crise político-militar, como recomenda a própria comissão. Caso contrário, teremos mais uma vez tentativas de reconciliação com a finalidade de “branquear” os crimes cometidos o que levará à tal impunidade tão característica em Timor-Leste e que já ficou provado não resultar na consolidação de um Estado de direito, que não pode existir sem democracia e justiça.
Assim, este relatório pouco acrescenta e é insuficientemente esclarecedor em relação às suspeições que têm vindo a ser lançadas desde o início da crise politico-militar, sendo descaradamente tendencioso e pouco isento. As conclusões e recomendações são muito generalistas e pouco objectivas não sendo por isso um contributo importante para a resolução dos problemas como era esperado.
No entanto, considerando a reconhecida capacidade técnica dos membros da comissão, dos meios utilizados, das entrevistas efectuadas, testemunhos recolhidos (200) e documentos obtidos (2000), o relatório parece ser demasiado superficial em aspectos considerados essenciais, apesar das cerca de 90 páginas, para que fosse possível efectuar a análise da crise e ser suficientemente conclusivo, no sentido de “… clarificar a responsabilidade pelos acontecimentos e recomendar medidas de responsabilização pelos crimes…”, nomeadamente os seguintes:
- Origem da crise (causas) e narrativa cronológica dos acontecimentos sem distorcer a verdade dos factos (por exemplo: seria importante referir que a carta dos peticionários foi entregue ao General Ruak sobre a forma de anonimato e averiguar o que esteve por trás desta situação);
- Antecedentes da crise (remotos e recentes relacionados com a criação das Forças de Segurança e Defesa, acções de âmbito subversivo, as circunstâncias que envolveram a carta dos peticionários, os níveis de manipulação identificados com actores internos e externos e as circunstâncias e modalidade autorizada para a manifestação dos militares que foram desligados da instituição);
- Caracterização dos incidentes e das Forças que estiveram em oposição ao Estado de direito, assim como as suas verdadeiras motivações e envolvimentos com personalidades e partidos da oposição. Não podem nem deviam ter sido omitidos factos (intencionalmente), pois a CEII tem conhecimento dos eventos e testemunhos de Internacionais e Nacionais. Por exemplo: Em 25MAI06 a unidade das F-FDTL em Caicoli (QG da PM) foi flagelada por parte de elementos da PNTL liderados por Abílio Mesquita e Ângelo Kelo e só depois desta situação ter ocorrido é que o Comando das F-FDTL deu ordens para abrir fogo sobre quem os estava a atacar.
- A iniciativa dos ataques às posições das F-FDTL por parte de desertores e dissidentes da PNTL é perfeitamente evidente, pois os militares das F-FDTL estiveram sempre confinados às suas unidade em posições defensivas;
- Motivos e circunstâncias da falência da hierarquia da PNTL, as implicações e consequências da desintegração do seu efectivo (Distrito de Dili), assim como o abandono da instituição com o respectivo armamento.
Neste contexto, importa ter presentes os termos do mandato da Comissão de Inquérito (curiosamente no mandato não é referido o dia 24MAI06 em que o QG das F-FDTL foi atacado durante uma manhã e ocorreram baixas como é do conhecimento geral) para facilmente se concluir, que o sucesso da CEII, solicitada pelas autoridades timorenses (preferia não referir apenas o nome de Ramos Horta como aparece na maioria da comunicação social), dependia fundamentalmente de três factores:
- Capacidade técnica;
- Investigar com profundidade e imparcialidade;
- Conhecer a realidade timorense e serem criadas as condições para poder ser obtida toda a informação, mesmo a considerada critica/sensível.
No entanto, infelizmente, aquela comissão só teve a capacidade técnica, que é reconhecida internacionalmente e, facilmente poderá ser provado, que esteve sujeita a grupos de pressão (lobbies nacionais/internacionais que estão envolvidos no processo de desestabilização de Timor-Leste – façam o favor de fazer pesquisa atenta dos locais e com quem estiveram alguns dos seus membros logo que saíram de Dili) e foi feita a blindagem de muita informação que seria importante no processo de análise. Aliás também facilmente se constata que foi apresentada muita contra-informação (uma das características endémicas da sociedade timorense).
Portanto, a CEII não teve a sua tarefa, já de si complexa, facilitada e daí não ter ido tão longe quanto se desejaria para o apuramento da verdade. No processo de análise tem de haver a necessária integração dos factos com fundamentação clara, que possa conduzir a conclusões objectivas. Constata-se, que neste relatório existem diversas deficiências no processo de análise, porque nem sempre foi efectuada a devida integração dos factos pelo que as conclusões nem sempre são objectivas, tendo as constatações ficado muito aquém daquilo que seria naturalmente expectável.
O referido relatório está bem elaborado tecnicamente (se não estivesse é que seria de admirar!), utilizando alguns artifícios para tornar o envolvimento do PR na crise politico-militar o mais “soft” possível, mas não é suficientemente isento o que poderá ser inferido por qualquer timorense ou internacional que conheça a realidade dos factos e não seja faccioso ou tendencioso. Importa lembrar, que a versão original terá sido submetida a “censura” por parte do lobby australiano e americano, de acordo com algumas fontes a que também não é estranho a intervenção dos lideres do ICG (Gareth Evans antigo MNE da Austrália e Thomas Pickering, antigo embaixador dos EUA na ONU com interessantes ligações, que não nos deixam ver aquela organização sendo independente tal como é apresentada pelos seus dirigentes), cujo relatório foi estrategicamente publicado imediatamente antes deste - perguntem ao chefe de gabinete do PR e seus amigos, José Luís Guterres (dá sempre jeito os seus conhecimentos das NU), assim como ao Ramos Horta qual o nível do seu envolvimento neste processo nas últimas semanas. Já agora, seria interessante a 1ª dama explicar com quem tem andado a falar nos últimos tempos na AUST e nos EUA. A globalização e a tecnologia também têm coisas boas!!! Claro que o PR tem um staff que lhe facilita a vida e não só…. Façam pesquisa na NET e noutras fontes que é muito interessante! A Informação de Timor não está só neste Blog.
Sobre o nível de envolvimento do PR não deixa de ser interessante (triste e dramático) verificar, que aquele relatório não é conclusivo como seria desejável, pois “contra factos não há argumentos” e por isso seria importante esclarecer o seu envolvimento no Golpe de Estado (institucional). Assim, julga-se pertinente apresentar as seguintes questões ao nível político, institucional e moral, que não estão devidamente referidas apesar dos testemunhos e provas obtidas:
- Ao nível político porque razão não são referidas as violações grosseiras da Constituição e as manipulações internas, através do seu grande amigo Lassama (os australianos nem querem ouvir falar em tal e estão a preparar terreno para que seja alterada à sua medida, ou seja mudarem ou influenciarem a mudança de governo quando assim o entendem). A comissão tem factos e documentos do envolvimento de diversos actores;
- Ao nível institucional e moral apesar de não restar dúvidas que houve falta da tal solidariedade, estranhamente não é criticado e culpabilizado o envolvimento do PR no seu apoio (aqui já solidário) aos desertores e dissidentes como o Reinado e Railos, que pelos vistos são indiciados de terem cometido crimes e por isso é recomendado que sejam processados judicialmente. Pois é, como resolvem este beco sem saída? Se o PR publicamente os incentivou e apoiou. Importa lembrar, que Reinado afirmou publicamente, só receber ordens do PR e ser toda a sua actividade do seu conhecimento; Por outro lado, o mais alto representante do Estado também publicamente, na sua presença e do Director-Geral da PNTL (Paulo Fátima Martins), junto à residência presidencial (TVTL), assumiu, que tinha conhecimento de toda a actividade de Reinado e seus homens, que apenas garantiam a segurança das populações em determinadas áreas!! De facto não será verosímil que o PR tenha dado ordens específicas para atacar posições das F-FDTL, mas não é possível vir agora dizer que o PR não tinha conhecimento dos crimes que foram cometidos e, isto é suficientemente grave para um órgão de soberania com a responsabilidade do PR, que mostrou total solidariedade para com os desertores e não fez nada para impedir a sua acção e actividade criminosa (lembram-se da cumplicidade evidenciada na manifestação logo a seguir à queda de Mari Alkatiri, onde são feitas trocas de grandes afectos com Tara e Railos- está gravado na TVTL e em outros órgãos de comunicação social), será que não deve ser compelido a assumir as suas responsabilidades, pelo menos, ao nível moral? O relatório, em certa medida, procura “branquear” as intervenções do PR, no sentido de evitar a sua impunidade!!! pois essa situação deixaria por certo os australianos sem o apoio institucional que precisam,
- Ainda ao nível institucional e constitucional, julga-se que num relatório deste tipo deviam ser referidos em detalhe os diversos atropelos do PR, pois o país tem uma Constituição que ele jurou defender. Também não são referidas, lamentavelmente, as intervenções directas do PR em algumas instituições, como por exemplo, no âmbito do sistema judicial ao dar ordem directa (bilhete por si assinado) para ser libertado um indivíduo indiciado de ter cometido graves crimes em Becora (Jacinto Kulau), que chegou a estar no centro de detenção e após um telefonema de um procurador português para a presidência acabou por ser libertado em condições, que outro procurador considerou inaceitáveis. Onde anda aquele indivíduo? A comissão teve conhecimento deste e de outros factos? Simplesmente incrível e preocupante pelo que se pode inferir que existem questões importantes, que foram deliberadamente e cuidadosamente omitidas.
Sempre disse, que as missões das NU, têm sido responsáveis directa ou indirectamente por quase toda a instabilidade que se tem vivido nos últimos 5 anos (quer por omissão ou falta de acção). A comissão vai apontar alguns dos responsáveis (arraia miúda) mas os principais, VÃO FICAR IMPUNES!!!!! Como é que já sabia disto? Descansem que não sou bruxo. Como já tinha referido o Reinado e companhia foram utilizados e, parece ter chegado o momento de serem descartados. Talvez tenha chegado a hora de Reinado começar a falar! Porque será que o PR nunca deu instruções aos australianos para deterem o Reinado e os restantes desertores? Obviamente, que o relatório devia ter investigado e chegado a conclusões! Para o PR e seus amigos (ou inimigos?) o grande tribunal será a sua própria consciência e o povo timorense.
Em relação a outras imprecisões ou omissões, julga-se importante referir o seguinte:
No âmbito do mandato deste relatório e, tendo em conta o teor das conclusões, seria muito importante ter sido investigado com seriedade o motivo e âmbito das acções de subversão identificadas na PNTL e F-FDTL, desde 2004, e a quem interessava a fragilidade das Forças de Segurança, especialmente das F-FDTL e quem se aproveitou desse facto para criar a instabilidade política, militar e sócio-económica, que levou à grave crise politico-militar. Neste contexto, importa acentuar que o anteriormente referido está directamente relacionado com uma das importantes conclusões do relatório, sendo possível inferir, que a frágil estrutura do Estado e as dissenções latentes numa sociedade onde a organização e o funcionamento das instituições se situam ainda muito aquém do desejável, como é o caso das F-FDTL e PNTL potenciam a eclosão, limitada mas recorrente, de conflitos cujos contornos nem sempre se conhecem, mas que constituem uma preocupação pelo facto de se prestarem às mais diversas formas de manipulação ao nível interno e externo;
Em relação à actuação das F-FDTL em 28/29ABR06, poderão de facto não ter sido utilizados todos os mecanismos previstos na lei, mas devia ter ficado clarificado, que no âmbito do Gabinete Crise do governo, o PM convocou as F-FDTL para colaborar com PNTL (elementos da UIR) no restabelecimento ordem e lei, de acordo e nos termos do artigo 18º Dec-Lei nº07/05MAIO04 –Lei Orgânica das F-FDTL, tendo sido claramente definida a MISSÃO/ÁREA ACTUAÇÃO através de documento escrito próprio (Despacho nº 05-A/2006 PM);
Não é apresentada uma explicação credível em relação a um problema institucional ter sido rapidamente projectado para o plano político, com o consequente aproveitamento e manipulação, por parte de diversos intervenientes, no sentido de interromper o processo político em curso (Não esquecer que o protesto começou por 159 militares e acabou com 594 a abandonarem as F-FDTL);
Não existe referência à contradição nas declarações do PR (estão gravadas e escritas na comunicação social), ao pretender (forçar/impor), que os militares em protesto fossem reintegrados nas F-FDTL, quando na concentração dos militares no Palácio da Presidência (cerca de 400 militares, ou seja um acréscimo demais do dobro) lhes disse claramente que se não regressassem às unidades deixavam de ser militares;
Em relação à entrega de armas a civis os factos apresentados podem induzir a perigosos equívocos e contribuir para as campanhas de desinformação, que foram fomentadas por Reinado, partidos da oposição e australianos, no sentido de desacreditar as F-FDTL e facilitar o seu desarmamento (o grande sonho do Comando das Forças australianas em Timor-Leste). Assim, considerando que as circunstâncias e objectivos foram completamente diferentes, importa esclarecer que:
- Na PNTL (URP), desde OUT/NOV05 que vinham sendo recrutados e armados civis, que realizaram operações reais, designadas por Rogério Lobato de operações de contra-guerrilha, onde foram mortos indivíduos referenciados como ex-milicias que se verificou serem apenas elementos ligados ao contrabando. Para além disso, antes da desintegração da PNTL foram armados outros grupos de civis como já ficou suficientemente provado com conhecimento ou não do antigo PM;
- Nas F-FDTL a situação é significativamente diferente, pois na sequências dos confrontos armados e estando as F-FDTL em posições defensivas não tinham efectivos suficientes (menos 600 militares que foram desligados da instituição) para garantirem capacidade de resposta aos ataques que estavam eminentes por parte dos desertores e dissidentes da PNTL e daí ter sido convocada a Reserva, que é constituída por antigos combatentes. Importa lembrar que a Reserva está prevista na lei, mas nunca foi devidamente regulamentada. O procedimento poderá ser questionável, mas o armamento esteve sempre devidamente controlado dentro das unidades;
- A existência de armamento na posse de civis não teve a sua origem na F-FDTL, como se pode constatar da inspecção/verificação efectuada, em JUN06, efectuada por representantes da comunidade internacional; Esta situação dá suporte a algumas notícias, que se têm vindo a registar, desde 2003, relativamente ao processo de aquisição e entrada ilegal de armamento em Timor-Leste, assim como o seu deficiente controlo por parte dos responsáveis da PNTL. Neste contexto, julga-se que a análise detalhada no relatório da CEII devia ter sido feita a três níveis: O aspecto legal, as questões relacionadas com a segurança e o controlo do armamento e os critérios que devem ser seguidos no processo de aquisição.
- O Comando das F-FDTL solicitou em 17MAI06 uma inspecção/verificação de armamento, através de oficio dirigido aos diversos órgãos de soberania, antes da ocorrência dos confrontos armados, tendo em conta os indícios e factos que existiam sobre a aquisição ilegal e falta de controlo do armamento por parte da PNTL. No entanto aquela inspecção só foi efectuada em 08 e 09JUN06 e apenas às F-FDTL (por pressão do Comando das Forças australianas estacionadas para ocupação? em Timor-Leste). A PNTL solicitou mais 07 (sete) dias para se aprontar, cujo prazo expirou sem ter existido nenhuma informação oficial sobre a estranha e preocupante situação, que poderá constituir um indicio de estar em curso uma campanha apoiada pela AUST, tendo em vista a impunidade dos responsáveis. O facto de não ter sido efectuada a inspecção de armamento solicitada pelo General Ruak com carácter urgente, constitui um indício muito forte de envolvimento do poder político a diversos níveis.
- Considerando que a CEII tem cópia daquele ofício, no mínimo, é de estranhar não haver uma abordagem diferenciada deste problema relacionado com o armamento de civis, que deveria constituir uma das principais vulnerabilidades do governo e restantes órgão de soberania no âmbito da investigação internacional, pois, caso tivesse sido efectuada a referida inspecção, poderiam ter sido evitados ou mitigados os confrontos armados. Porque não foi efectuada a referida inspecção/verificação de armamento? Quem assume a responsabilidade desta grave situação? Lendo o relatório com atenção, verifica-se, que, este facto, foi habilmente contornado, porque punha em causa diversos órgãos de soberania e deixa a posição das F-FDTL vulnerável em relação ao armamento atribuído a civis (argumento sempre utilizado pelo Comando da Força australiana) o que acaba por, injustamente, afectar a sua credibilidade – ou seja, é uma forma de “agradar a gregos e troianos”. Assim, face ao anteriormente exposto o relatório não foi isento e, de alguma forma, foi injusto para com o Comandante das F-FDTL, quando refere nas constatações: “…O Chefe da Força de defesa não esgotou todas as vias quer para evitar quer para pôr fim ao confronto entre as F-FDTL e a PNTL…”
Finalmente, para terminar este comentário, julga-se que seria importante o relatório apontar alguns dos factores de que depende a estabilização e consolidação da situação de segurança:
Resolução das questões ao nível político, que têm estado a interferir directa ou indirectamente com o empenhamento operacional da Força Internacional de Intervenção;
Coordenação mais efectiva das Forças Internacionais de Intervenção, tendo em vista os seguintes aspectos:
– Deter e desarmar todos os militares e elementos da PNTL, que são considerados desertores, que se encontra fora da cidade de Dili (Ermera, Aileu, Ainaro e Bobonaro) e que atacaram as posições das F-FDTL, flagelando com armas de fogo outros locais na cidade de Dili; Em qualquer país normal o facto de ser desertor, só por si é crime punido pela lei; (em Timor-Leste preferem a reconciliação e esquecer a legislação, depois admiram-se de o Estado de direito ser posto em causa);
– Impedir a liberdade de movimentos, deter e desarmar os grupos de elementos da PNTL, que se encontram referenciados desde 16MAI06 e de outros grupos de actividade criminal apoiados por elementos da PNTL desertores e ex-militares (peticionários), que são responsáveis pela destruição de casas e bens de civis conotados como sendo de Lorosae; Neste contexto, os elementos da PNTL referenciados como desertores/dissidentes não devem continuar a servir oficiais de ligação com a Força australiana;
– Garantir segurança efectiva aos locais que foram alvo de actos de vandalismo, permitindo assim o regresso da população refugiada, que continua a sentir-se insegura, ameaçada e intimidada.
Coordenação efectiva de todos os intervenientes no sistema judicial, tendo em vista a eficácia das investigações e, consequentemente, evitar a impunidade dos responsáveis (autores) materiais e morais dos crimes que têm vindo a ser cometidos e a destruição de provas ou a sua fuga para fora do país.
Reorganização, consolidação e desenvolvimento harmonioso, equilibrado e sustentado das Forças de Segurança, uma vez que a sua fragilidade constitui terreno propício às manipulações internas/externas, que interessam objectivamente a determinados sectores da sociedade timorense e vão ao encontro dos objectivos estratégicos de alguns países da região, que não querem ou têm receio do desenvolvimento sustentado das Forças Armadas de Timor-Leste, que é a única instituição capaz de garantir a unidade e soberania nacional, que actualmente já foi hipotecada à AUST. Neste âmbito sabe-se que existe um Estudo estratégico (“Força 2020”), que visa, precisamente, o desenvolvimento das F-FDTL para os próximos 20 anos. No entanto, o país dos cangurus não deve estar muito interessado e tudo fará para bloquear ou impedir esse desenvolvimento, pois as F-FDTL são a única instituição que poderá garantir a unidade nacional dos timorenses e soberania do país.
JACO ASUWAN.
Ao Anonimo de Outubro 19, 2006 5:12:35 PM:
Tem toda a razão em afirmar que o mandato da Comissão só abrange os acontecimentos dos dias 28 e 29 de Abril e 23, 24 e 25 de Maio ...
Contudo, o mesmo mandato também refere 'e as questões ou acontecimentos conexos que contribuíram para a crise' ... tendo até incluido a fuga de Reinado da prisão e, indo mais longe ainda, incluido nas Recomensações, o reforço de segurança do sistema prisional. Isto é, foi claramente referir um acontecimento ocorrido em 30 de Agosto e mesmo inclui-lo nas recomendações ...
Como explica então que o Relatório omita acontecimentos fulcrais da crise (nomeadamente o discurso do 'ganhámos esta guerra' e o de 22 de Junho) que tiveram por desfecho a demissão do PM com base em factos que o proprio Relatorio nao considera provados ... mas, pelos vistos, o PR considerou - do alto do seu pedestal onde se encontra a verdade absoluta - provados e utilizou-os para afastar o PM Mari Alkatiri???!!!
Este Relatório tem falhas graves resultantes de importantes omissões: papel do ex-major Tilman e restantes grupos desertores, papel da igreja católica e da oposição no desenrolar e aprofundar da crise, e importantes inconclusoes: papel real do Superintendente Paulo Martins, papel de Leandro Isaac - sobre o qual até existem imagens e entrevistas!! - etc.....
Gostaria que o Babija criasse um grupo para uma nova investigacao e sugiro que este grupo liderado por Babija. Espero a tua investigacao...
"José Ramos-Horta reafirma confiança em Taur Matan Ruak"
Ha, ha, ha... o Ramos-Horta ja esta a querer dar uma no cravo e outra na ferradura. Que cinismo...hein!? Deixe de tretas, pois todo o mundo ja conhece bem quem o Ramos-Horta.
Eu não discuto que o relatório peca por defeito em muitas áreas, nomeadamente as que nomeou no último parágrafo. Nem tenho dúvidas que o eixo, EUA-Japão-Austrália teve uma mãozinha neste relatório.
Mas daí a exigir que o relatório apreciasse factos ocorridos após o período que é âmbito do mandato da Comissão, é demagógico.
Isto só prova que ser lusófono não significa automaticamente solidariedade com as necessidades de outro país lusófono.
É que o Presidente da Comissão até é Brasileiro. Tal como Sérgio Vieira de Melo que também teve os seus pecadilhos na questão de Timor.
Aliás, basta ter acompanhado o comportamento do Brasil na Assembleia Geral da ONU quando a questão de Timor era suscitada.
Concordo quando um comentarista, assinado Henrique, diz que, visto o Dr Mari Alcatiri ser ilibado de graves acusações que pendiam sobre ele, devia voltar a exercer as suas funções até às próximas eleições.
Aliás, o modo em que foi exigida a sua demissão foi completamente ilegítima e inconstitucional, que quase levou o sistema judicial de Timor Leste, apontado no relatório como um dos sectores mais fracos, ao total colapso e criou uma justiça da feira executada pelos próprios feirantes.
Não será demais voltar a reiterar que, caso havia suspeições do envolvimento do Dr Alcatiri como figura a encabeçar um dos órgãos de soberania, ele mantinha-se em funções até o seu julgamento e decisão do tribunal competente que devia demitir-se ou ser exonerado.
Correcção da omissão: Não será demais a reiterar que, caso havia suspeições do envolvimento em crimes do Dr Alcatiri como figura...
Não foram "vocês" que têm a mania de utilizar as expressões: "Não há provas. Onde estão as provas? Apresentem as provas",
ou ainda "É inocente até se provar o contrário".
Pela mesma lógica o Dr Alcatir devia reassumir as suas funções, decorrendo simultaneamente as investigações recomendadas pela Comissão.
Se se provar que ele é culpado, seria então legítimo exigir a sua demissão ou exoneração, senão manter-se em funções até às próximas eleições.
And by the way, a Comissão "esqueceu-se" de recomendar que, sendo asssim, a legalidade democrática terá que ser reposta!
Ao anónimo das 10:56:57 de 19 de Outubro
Concordo inteiramente com o que disse. Vamos lá a saber o que é que fez o Mari desde o Governo de Transição da Untaet em que foi o Chief-Minister até à sua demissão de PM?O balanço é tristemente doloroso para os Timorenses.Fome, miséria, destruição de propriedades e instabilidade e morte para os timorenses.Não se pode continuar a ludibriar meio mundo como fazem os ora apoiantes do MA e não diho apoiantes da FRETILIN. O MA e o Grupo de Maputo usurparam a história e os feitos dos combatentes da FRETILIN, serviram-se do nome FRETILIN e POVO Maubere para fomentarem uma política acima de tudo para agradar aos seus patrões australianos, americanos (Banco Mundial, FMI, etc)! E nao me venham com histórias de que o MA foi um opositor intransigente às cobiças dos cipaios australianos, etc..Os timorenses vivem hoje a desgraca de o seu País Timor ter uma conta bancária de quase 800 milhões de ´dolares USA, em Nova Yorque, mas, por outro lado, como dizia alguém recentemente neste blogue, centenas e milhares de familias vivem endividados e completamente asfixiados pela politica dos Bancos que operam em Timor, neste momento.O Mari Alkatiri tem de deixar de ser autista e olhar para a dsgraça que fez cair sobre Timor e os Timorenses. Ja nao falo no Rogério Lobato a quem o Mari deu toda a força para as estravagâncias e prepotências exercidas durante o exercicio de suas funções como Ministro do Interior. TEKI LIRAS
Leitor das 9:22:34 PM: duas questões. A primeira é que não se devem misturar alhos com bogalhos, neste caso não se devem comparar posições de brasileiros que são funcionários da ONU (Vieira de Mello, presidente da COI) com a posição do Estado Brasileiro na ONU A segunda é que já há muito tempo que não acompanha as posições do Brasil sobre Timor-Leste na ONU. Ou pelo menos não acompanhou a última.
Quando em 25 de Agosto o Conselho de Segurança da ONU reuniu e aprovou a Resolução 1704 sobre a criação da UNMIT, o Representante do Brasil na ONU proferiu a seguinte declaração que eu traduzi, mas deixei o link no fim para poder verificar:,
“PIRAGIBE TARRAGO ( Brasil) disse que sempre que a presença da ONU é encurtada por razões orçamentais ou por meio de calendários artificiais, isso tinha levado a más experiências. A redução de operações de manutenção da paz deve ter em conta os progressos reais feitos na recuperação de um conflito e na construção de instituições. Na verdade, a decisão precipitada de sair de Timor-Leste pode ter contribuído para os problemas de segurança nos últimos meses. Mais ainda, não ter prestado atenção adequada à soberania nacional nos processos de manutenção de paz e de construção de paz tinha sido um outro erro. Para a futuras missão ser efectiva, deve respeitar a soberania Timorense.
Disse que a missão deve ter um mandato claro e meios adequados para o cumprirem, visto que privar a missão do pessoal necessário, de meios financeiros ou outros prejudicaria a sua capacidade para cumprir o seu mandato e provavelmente traria mais sofrimentos no futuro. O Brasil estava também preocupado com a tendência de transferir as responsabilidades da ONU e do Conselho de Segurança para países individuais. Conquanto um tal expediente pode ajudar em emergências, acarreta muitos riscos, que vão de associar a ONU a compensadores “proteccionismos”, aos prejuízos causados à imagem do corpo de ser um provedor de assistência neutro e imparcial. Era importante para a credibilidade do Conselho que a nova missão seja estabelecida em acordo totam com as autoridades Timorenses, e que informe periodicamente o Conselho.
Novas operações de manutenção da paz, disse, devem compreender elementos em todas as áreas incluindo uma componente civil com uma forte unidade eleitoral, uma componente policial capaz de garantir a segurança pública e uma pequena unidade militar sob comando e controlo da ONU. Pela sua parte, o Brasil estava a considerar a possibilidade de contribuir com tropas, ao lado de contribuições nos outros aspectos da operação. Finalmente, deviam ser reconhecidos os esforços Timorenses para a reconciliação e a sua procura de justiça.”
http://www.un.org/News/Press/docs/2006/sc8810.doc.htm
PS: Ou ainda acha que esta posição tão frontal, solidária e clara do Brasil pode ser rotulada de “pecadilho”? Ou quer que eu traduza as posições Australianas, Neo-zelandezas, ou dos USA por exemplo? Essas nem pecados veniais foram mas sim capitais!
A Tamagoshi só recua anos e anos para pretender remotamente ligar certas pessoas a certos eventos.
Eu sei muito bem qual foi a posição do Estado Brasileiro nesta última votação.
Desafio-a a enumerar aqui as posições do Brasil desde 1974 em todas as resoluções da Assembleia Geral da ONU sobre Timor.
Lamento desapontá-la mas o Brasil só há pouco (desde 1999) é que virou a sua posição.
Ao Teki Liras,
A desgraça de que se tem falado, e volta a falar, da qual toda a culpa é da FRETILIN e do Mari Alcatiri, não já está a passar agora quando principal desgraçador já não está no poder e quando os Timorenses têm o proteccionismo de patriotas RH e sobretudo do Alexandre Gusmão?
Não deviam os próprios Timorenses ter se esforçado um pouco mais, pelo menos aqueles que tinham tido a sorte de terem algum trabalho? Os assim chamados seguranças, por exemplo?
De seguranças nem "s" existia. Tinham "emprego" para nunca estarem nele, para dormirem quando estão e para permitirem que as coisas possam ser roubadas.
Para evitar alongar, nem falarei de outros exemplos.
É bom estar a verificar-se que a violência que reinou nos últimos tempos está a silenciar-se, mas também é muito estranho, mas mesmo muito estranho disto não ter acontecido duma maneira gradual e controlada, mas assim de repente.
O som da violência está a calar-se tão rapidamente como tinha começado.
Estranho, muito estranho mesmo...
O idiota de serviço anda sempre a fugir para os anos 70. Ainda não descobriu que já estamos no século XXI e que o que lá vai lá vai e que agora o que é preciso é que depois dos Timorenses terem libertado o seu país dos Indonésios, corram com as botas Australianas para fora do país. E que, solidariamente com os Timorenses, os Brasileiros como os Portugueses e muitos outros amigos que felizmente os Timorenses têm espalhados pelo mundo ofereceram as suas tropas para ajudar TL sob comando e bandeira da ONU. Como aliás deve ser.
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