segunda-feira, janeiro 14, 2008

Fretilin prevê aumento da violência caso Gusmão não renuncie no Timor Leste

14/01 - 09:38 - EFE

Díli, 14 jan (EFE).- O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, pediu hoje ao primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que renuncie para evitar a violência no país.

O pedido foi feito depois que o comandante rebelde Alfredo Reinado acusou Gusmão de ter orquestrado a crise de dois anos atrás, que forçou Alkatiri a renunciar à chefia de governo, em 26 de junho de 2006.

"Volto a pedir a Xanana que renuncie, como ele me forçou a fazer em 2006, ou terá que enfrentar as conseqüências e aceitar a responsabilidade do que possa vir a ocorrer este ano", disse Alkatiri.

"Isto não quer dizer que os militantes do Fretilin recorrerão a todos os meios a seu alcance para forçar o primeiro-ministro Xanana a renunciar. O melhor para ele é renunciar", acrescentou.

"Ele manipulou as coisas e utilizou todos os meios para me forçar a renunciar, o que eu fiz em benefício da população inocente e pobre. Chegou o momento para que ele também renuncie", acrescentou Alkatiri.

Reinado foi um dos responsáveis pela violência que entre abril e maio de 2006 matou 30 pessoas e forçou o deslocamento de outras 150 mil, e permanece foragido desde que escapou da prisão em agosto.

Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal acudiram à chamada do Governo de Alkatiri, e enviaram tropas ao país em maio. A Força Internacional de Segurança e a Polícia da ONU (UNPol) também voltou ao território, e restabeleceu uma certa ordem, possibilitando a realização de eleições gerais em 2007.

As eleições presidenciais foram vencidas por José Ramos Horta, e as legislativas por Fretilin, embora com pequena margem de vantagem sobre o segundo, Gusmão, que montou uma aliança tripartida que lhe assegurava a maioria parlamentar e tirou a chefia do Governo de Fretilin.

Após a entrevista coletiva do líder do Fretilin, Gusmão afirmou que "não queria entrar em uma guerra de palavras com Alkatiri".

"O povo me deu um mandato (de cinco anos), e o cumprirei da melhor forma possível", afirmou. EFE flg gs

1 comentário:

Anónimo disse...

A Freilin "prevê" aumento da violência ou PROMETE ???
Cuidado com as ameaças!...

Sejam verdadeiros, senhores dirigentes da Fretilin!

Se fossem um partido seriamente interessado no bem do povo de Timor, estariam a fazer um trabalho responsável - assumir-se como oposição forte e atenta, cobrando do Governo as acções prometidas e não cumpridas, fazendo propostas, reclamando no PN e apresentando alternativas concretas para os grandes problemas da Nação!

Seria assim numa democracia a sério, mas não o é em Timor-Leste porque alguns se julgam "donos" do grande partido histórico e não admitem a alternância de poderes.

Cresçam e tenham vergonha, meus senhores. Timor merece mais e melhor!

Viva Timor Lorosa'e!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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