quinta-feira, agosto 30, 2007

Se políticos assim não são traidores, o que são?

Timor Lorosae Nação – Quarta-feira, 29 de Agosto de 2007

Vulcão Timor pode vir a explodir!
Gonçalo Tilman Gusmão

Pelo facto de não se estarem a registar incidentes violentos relevantes em Timor-Leste não se pense que a pacificaçaõ da sociedade timorense foi conseguida. Essa meta só será atingida quando tivermos políticos a governarem-nos à altura do povo, dos eleitores, daqueles que por décadas resistiram e nunca deixaram de sentirem-se e serem timorenses.

Foram os que aqui ficaram a mascar que resistiram sem cansaço, sem negociações dúbias com os ocupantes para que os levassem para Cipinang e compusessem o "ramalhete" de notáveis heróis e nobeis da paz. Da paz que não tinhamos e que continuamos a não ter porque até o galardoado Nobel se compromete com o golpismo, a venda da Pátria, a irregularidade política e ética de nos forçar a ser governados por quem os timorenses condenam e acusam de ter exacerbado ódios, despoletado rancores étnicos, mentido, portar falsa modéstia e ter demonstrado incapacidade humana, política e intelectual para desempenhar altos cargos de cariz governamental.

A sociedade timorense compara-se neste momento a um vulcão a que taparam as fumarolas e todas as possibilidades de respirar saudavelmente. Isso significa que tarde ou cedo o vulcão entrará em erupção e que o pior pode estar para vir. Os timorenses querem a paz mas também querem independência, liberdade e democracia. Querem justiça social, justiça governativa, justiça legislativa, justiça nos tribunais...

A sede do Poder está a cegar alguns dos nossos políticos, mas a sede de justiça vai acabar por cegar os timorenses... Tudo isto pela mão de um Nobel da Paz que nos está a conduzir para a guerra, juntamente com o contestado herói que hoje é indevidamente primeiro-ministro.

Para quem quer paz, independência, transparência, justiça e democracia é impossível presenciar de bom grado a permanente insistência destes políticos em fazerem o que querem e não o que os eleitores votaram, assim como não é bem visto, nem sentido que estrangeiros nos colonizem sob a capa de "amigos", quando afinal só são amigos dos que estão no Poder, porque foram eles que os puseram no Poder, porque se protegem uns aos outros e nos pisam.
Tudo isto afinal porque Timor-Leste é um pequeno país rico em fontes naturais de energia, no mar e no seu sub-solo.

É impossível ter pensamentos positivos relacionados com governantes, políticos, que estão de mãos dados com os ocupantes que somente se interessam pelas nossas riquezas e de arquitectarem qual o melhor modo de nos explorarem. Se políticos assim não são traidores, o que são?

Quem pode condenar que o vulcão um dia expluda?

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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