quinta-feira, novembro 16, 2006

Comunicado - PM em inglês

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE

Dili, November 15 2006
Timor-Leste medical students in Cuba ‘the best and most disciplined’

Timor-Leste’s 498 students in Cuba are considered to be the best among thousands of overseas people studying medicine there – in terms of results and discipline, according to Vice-Minister of Health Luis Lobato.

“Our young people are a credit to all of Timor-Leste as they work hard and show great discipline,” Mr Lobato said. “I am told by Cuban authorities that they are the best.

“The kindness, sincerity and generosity of the Cuban people and Government is overwhelming. Despite all it is currently doing for Timor-Leste, Cuba is taking another 200 of our students in the coming months.”

Twenty one other countries have people studying medicine in Cuba, which is a poor and developing nation but with one of the best health systems in the world – in some cases far better than in the United States, where public hospitals in some instances are no better than hospitals in developing countries.

Cuba also has 302 doctors working throughout Timor-Leste. More than 120 of these doctors are specialists working in hospitals in Dili, Maliana, Baucau, Suai, Oecussi and Maubissi. Although the Timor-Leste Government initially contributed a modest amount to the costs associated with the program, the Cuban Government now pays the wages of all its doctors and charges our medical students nothing for studies.

Prime Minister Dr José Ramos-Horta today praised the commitment and courage of the Cuban doctors helping Timor-Leste.

“During the worst of the crisis in May, June and July our Cuban doctors stayed unconditionally in the villages and hospitals with the patients and the people, providing the much-needed moral, medical and psychological support,” Dr Ramos-Horta said.

“This is in contrast with American Peace Corp volunteers, who, even though there was not the slightest threat to their safety and well-being in rural areas, were given orders by the US administration to leave our country.

“The Cuban courage and commitment is also in contrast with the Japanese. JICA, the Japanese International Co-operation Agency, abruptly interrupted its co-operation in Timor-Leste, even though there was never any threat to Japanese nationals, particularly in the rural areas.”

The original scholarship program between Cuba and Timor-Leste was discussed on the sidelines at a summit meeting of the Non-Aligned Movement in Kuala Lumpur in 2003 when President Xanana Gusmão met Cuban President Fidel Castro and 50 medical scholarships were offered at that time. Dr Ramos-Horta was there in his capacity as Foreign Minister.

Subsequently, the Cuban Government raised the number of scholarships to a maximum of 1000.

“Thanks to the generosity of another relatively poor nation, when we have at least 500 of our students complete the course and return – together with the ones studying in Timor-Leste and other countries – we will have a ratio of doctors-to-population as high as that of any developed country,” Dr Ramos-Horta said.

“Timor-Leste has been blessed by having many nations as real friends, but I must ask: what greater gift can we receive than a guaranteed health system for our people? This is the gift from the people of Cuba.”

The Prime Minister stressed that Timor-Leste did not interfere in the internal affairs of other countries and their choice of political system.

“The US and Cuba might not have diplomatic relations and have been in a state of “no war, no peace” for the past 40 years or so,” Dr Ramos-Horta said, “but Timor-Leste has good solid relations with both.

“The Cubans treat our young people wonderfully. They are allowed to practise their religion without interference and I have asked our church whether they could send a chaplain to Cuba to minister to our students’ spiritual needs.

“I have also asked Bishop Carlos Belo to visit our students and he will do this soon.”

Last Monday the Prime Minister and Vice-Minister for Health addressed a gathering of several hundred parents and other relatives of the students in Dili. Dr Ramos-Horta told the gathering that all of Timor-Leste was very proud of the commitment the students were making to the nation.

Timor-Leste has other medical students in Indonesia, Portugal, the Philippines, Fiji, Malaysia and Australia.

“When our doctors return in 2012 I hope we will have one doctor for every village,” Dr Ramos-Horta said.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Comunicado - PM em inglês

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

COMUNICADO DE IMPRENSA

Dili, Novembro 15, 2006
Estudantes de medicina de Timor-Leste em Cuba ‘os melhores e os mais disciplinados’

Os 498 estudantes de Timor-Leste em Cuba são considerados os melhores entre milhares de estrangeiros que estudam lá medicina – em termos de resultados e de disciplina, de acordo com o Vice-Ministro da Saúde Luis Lobato.

“Os nossos jovens são um crédito para todos em Timor-Leste porque trabalham no duro e mostram muita disciplina,” disse o Sr Lobato. “Foi-me dito pelas autoridades Cubanas que são os melhores.

“A bondade, sinceridade e generosidade dos Cubanos e do seu Governo são impressionantes. Apesar de tudo o que correntemente está a fazer por Timor-Leste, Cuba vai receber mais outros 200 dos nossos estudantes nos próximos meses.”

Vinte e um outros países têm gente a estudar medicina em Cuba, que é uma nação pobre e em desenvolvimento mas que tem um dos melhores sistemas de saúde no mundo – nalguns casos muito melhor que nos USA, onde os hospitais públicos nalguns casos não são melhores do que os hospitais em países em desenvolvimento.

Cuba tem também 302 doutores a trabalharem em Timor-Leste. Mais de 120 desses doutores são especialistas e estão a trabalhar em hospitais em Dili, Maliana, Baucau, Suai, Oecussi e Maubissi. Apesar do Governo de Timor-Leste ter inicialmente contribuído com uma quantia modesta para os custos associados ao programa, agora, o Governo Cubano paga os salários de todos os doutores e não cobra nada pelos estudos dos nossos estudantes de medicina.

O Primeiro-Ministro Dr José Ramos-Horta hoje louvou o compromisso e a coragem dos doutores Cubanos que estão a ajudar Timor-Leste.

“Durante o pior (período) da crise em Maio, Junho e Julho os nossos doutores Cubanos permaneceram nas aldeias e hospitais sem (porem) condições, com os doentes e o povo, dando um muito necessário apoio moral, médico e psicológico,” disse o Dr Ramos-Horta.

“Isto é um contraste com os voluntários Americanos do Peace Corp, que, mesmo apesar de não haver a mínima ameaça à sua segurança e bem-estar nas áreas rurais, receberam ordens da administração dos USA para deixarem o país.

“A coragem e compromisso dos Cubanos contrasta também com a dos Japoneses. JICA, a Agência Japonesa Internacional de Cooperação, interrompeu abruptamente a sua cooperação em Timor-Leste, mesmo apesar de nunca ter havido qualquer ameaça a nacionais Japoneses, particularmente em áreas rurais.”

O original programa de bolsas de estudo entre Cuba e Timor-Leste foi discutido à margem de um encontro na Cimeira do Movimento dos Não Alinhados em Kuala Lumpur em 2003 quando o Presidente Xanana Gusmão se encontrou com o Presidente Cubano Fidel de Castro e foram oferecidas nessa altura 50 bolsas de estudo para medicina. O Dr Ramos-Horta estava lá na sua qualidade de Ministro dos Estrangeiros.

Subsequentemente, o Governo Cubano elevou o número de bolsas de estudo para um máximo de 1000.

“Graças à generosidade de outra nação relativamente pobre, quando tivermos pelo menos 500 dos nossos estudantes com o curso acabado e de regresso – juntamente com os que estão a estudar em Timor-Leste e noutros países – teremos um ratio de doutores por número de habitantes tão alto como o de qualquer país desenvolvido,” disse o Dr Ramos-Horta.

“Timor-Leste tem sido abençoado por ter tantas nações como verdadeiros amigos, mas tenho de perguntar: que melhor prenda podemos receber do que um sistema de saúde garantido para o nosso povo? Esta é a prenda do ovo de Cuba.”

O Primeiro-Ministro sublinhou que Timor-Leste não interferiu nos assuntos internos doutros países e nas suas escolhas de sistema político.

“Os USA e Cuba podem não ter relações diplomáticas e têm estado num estado “nem guerra, nem paz” nos últimos 40 anos ou à volta disso,” disse o Dr Ramos-Horta, “mas Timor-Leste tem relações boas e sólidas com ambos.

“Os Cubanos tratam os nossos jovens maravilhosamente. É-lhes permitido praticar a sua religião sem interferências e eu pedi à nossa igreja se podiam enviar um capelão a Cuba para cuidar das necessidades espirituais dos nossos estudantes.

“Pedi também ao Bispo Carlos Belo para visitar os nossos estudantes e ele fá-lo-á em breve.”

Na última Segunda-feira o Primeiro-Ministro e o Vice-Ministro da Saúde dirigiram-se a um encontro de várias centenas de pais e outros familiares dos estudantes em Dili. Dr Ramos-Horta disse no encontro que todos em Timor-Leste estavam muito orgulhosos do compromisso que os estudantes estão a fazer para a nação.

Timor-Leste tem outros estudantes de medicina na Indonésia, Portugal, Filipinas, Fiji, Malásia e Austrália.

“Quando os nossos doutores regressarem em 2012 espero que tenhamos um doutor em cada aldeia,” disse o Dr Ramos-Horta.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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