sábado, outubro 07, 2006

De um leitor

The President of Timor-Leste was right in stating the things he has about the Cuban medical assistant. He is expressing, a rare thing nowadays, the strong sentiments of his people.

The cries of marxist/Communists rang loudest from Australia and the USA over the Cuban Doctors' presence in Timor-Leste ignores the great contribution the Cuban Aid Effort is doing to improving health conditions in Timor-Leste. Deputy PM and Health minister was interviewed by an ABC journalist on 19 may 2006 and asked if the Cuban Doctors were "spies". His response was clear...they are doing medical work in the districts and sub-districts where we have never had doctors before.

Why don't these journalists and their ideologically driven persecution just leave the Timorese alone? Let them build a unversal and free health care system which is only the envy of a dream of what once was for both the Australian and US societies, where today people die waiting for surgery simply because they do not have health insurance and not because their nation is poor and cannot provide them with health care.

They simply refuse to make it a priority for their people and so their poor are the ones who suffer most. Here is a challenge to both the US and Australia.

If you truly believe that these cuban doctors are bad for Timor-Leste then send to Timor-Leste the same number of doctors and teachers of medicine which helped to establish a medical school years before was even dreamed possible, and I am certain the Timorese will hold you in the same respect and in the same light as they hold the Cubans today.

But neither of these countries will be able to do that because their profit driven medical professions means a doctor costs far too much to "waste" on a developing nation like Timor-Leste. Medicine is for people and to make them healthy, but it seems that it is ideological all of a sudden when you try to porvide it to poor people. Many Timorese I know feel the same way.

Timorese just want to make friends and not enemies...and saving the lives of their people is a number one priority for them and their leaders, especially Doctor Alakatiri who worked tirelessly in this regard, wherever it comes from. No cold war hangups of disputes should stop them in this noble pursuit. Yet Australian surgeons struggle with Ausaid or other branches of the Australian governement for very minor financial support for the voluntary efforts of Australian surgeons in Timor.

As for the US, there is almost no funding in this vital sector of primary health care. Further, of all the scholarships they offer none are for medical degrees....far too expensive for that to be given away too easily. Freedom and democracy, as many Americans are fond of sprouting, does not it seems extend to freedom from poverty or the democratic right to live with the same opportunities others have in developed nations like the US. God Bless Timor-Leste and its leaders as they seek to free their people from poverty.

An American Health Care Professional.

Tradução da Margarida:

O Presidente de Timor-Leste teve razão nas coisas que disse sobre a assistência médica Cubana. Expressou, uma coisa rara nos dias de hoje, os fortes sentimentos do seu povo.

Os clamores de marxistas/comunistas ouvem-se mais alto na Austrália e nos USA - sobre a presença em Timor-Leste dos Doutores Cubanos – e ignora a grande contribuição que o Esforço de Ajuda Cubana está a dar para melhorar as condições de saúde em Timor-Leste.

O Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Saúde foi entrevistado por um jornalista da ABC em 19 de Maio de 2006 que lhe perguntou se os Doutores Cubanos eram “espiões”. A sua resposta foi clara...eles estão a fazer trabalho médico em distritos e sub-distritos onde nunca tivemos doutores antes.

Porque é que estes jornalistas e a sua perseguição politicamente motivada não deixam simplesmente os Timorenses em paz? Deixem-nos construir um sistema de saúde universal e gratuito que é tão só a inveja do que antes foi um sonho nas sociedades Australiana e dos USA, onde hoje morre gente à espera duma cirurgia simplesmente porque não têm seguro de saúde e não por a sua nação ser pobre e não lhes poder dar cuidados de saúde.

Eles simplesmente recusam-se a fazer do seu povo uma prioridade e por isso os seus pobres são quem mais sofre. Aqui está um desafio tanto para os USA como para a Austrália. Se acreditam de verdade que estes doutores cubanos são maus para Timor-Leste então enviem para Timor-Leste o mesmo número de doutores e de professores de medicina que estão a ajudar a estabelecer uma escola médica anos antes de até se poder sonhar com isso, e eu tenho a certeza que os Timorenses teriam por vocês o mesmo respeito e os veriam sob a mesma luz com que hoje têm pelos Cubanos.

Mas nenhum destes países será capaz de fazer isso porque as suas profissões médicas são guiadas pelo lucro o que significa que um doutor custa demasiado para se “estragar” numa nação em desenvolvimento como Timor-Leste. A medicina é para o povo e para o tornar saudável, mas parece que de repente vira ideologia quando se tenta dá-la aos pobres.

Muitos Timorenses que conheço sentem o mesmo. Os Timorenses só querem fazer amigos e não inimigos...e salvar a vida do seu povo é a prioridade número um para eles e para os seus líderes, especialmente para o Doutor Alakatiri que trabalhou sem descanso em relação a isto, viessem eles (os doutores) de onde viessem. Nenhum bloqueio mental de disputas da Guerra Fria deve pará-los nesta nobre busca.

Todavia, cirurgiões Australianos lutam com a Ausaid e outros ramos do governo Australiano para pequenas ajudas financeiras para os esforços voluntários de cirurgiões Australianos em Timor.

Quanto aos USA, não há quase nenhum financiamento neste sector vital de cuidados de saúde primários. Mais ainda, de todas as bolsas de estudo que oferecem nenhuma é para cursos de medicina....demasiado caros para serem dados com demasiada facilidade. A liberdade e a democracia, que muitos Americanos gostam de desenvolver, parece que não se alarga à liberdade da pobreza e ao direito democrático de viver com as mesmas oportunidades que outros têm nas nação desenvolvidas como os USA. Deus abençoe Timor-Leste e os seus líderes quando procuram libertar o seu povo da pobreza.

Um Profissional Americano de Cuidados de Saúde

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3 comentários:

Anónimo disse...

Congratulations to the American Health worker. Well said and well done. Wished all the Americans were like you.
Ze Cinico

Anónimo disse...

CIFRÕES, A QUANTO OBRIGAM...

"No melhor pano cai a nódoa" e este profissional de saúde americano de certeza que não será bem vindo na Casa de Bush e de seus apaniguados e arregimentados.
Um grande bem haja para ele.

Sabe-se que a classe médica do "mundo desenvolvido e civilizado" procura somente o lucro e que comete grandes patifarias - uma infima parte é que não o faz.
Os médicos cubanos têm uma cultura diferente e daí merecerem elogios, respeito e admiração.
Os jornalistas sabem-no, mas muitos não compreendem o desprendimento dos médicos cubanos em relação ao lucro financeiro e à sua postura solidária e internacionalista.

Os jornalistas que não entendem são as "almas gémeas" dos médicos que tudo fazem para obter mais lucros.

Pergunta este amigo americano "porque é que estes jornalistas não deixam os timorenses em paz?" - a proposito da presença dos médicos cubanos em Timor-Leste e da eventualidade de serem espiôes ou andarem a vender a "banha da cobra do comunismo".

Pois estes jornalistas são mesmo uns "caça lucros" e fazem estas perguntas e leituras das situações em conformidade com os objectivos dos serviços de inteligência ou grupos económicos para quem também trabalham.
São autênticas aves de rapina e necrofagas.
Será o caso deste jornalista da ABC e de outros por esse mundo fora.
Somos nós que temos de estar atentos.

Anónimo disse...

Popularidade cubana na Indonésia

POR TOM FAWTHROP

A maior parte do pessoal da ajuda internacional que chegou à Indonésia, após a passagem do terramoto pela ilha de Java, em 27 de Maio passado, já arrumou as malas e foi embora. Mas uma equipe de médicos cubanos se tornou tão popular que os moradores estão pedindo para ficar mais tempo.
Mais de dois meses após o terramoto, o grupo de 135 médicos cubanos atende a milhares de pacientes em dois hospitais provisórios, levantados na zona afectada, a 30 quilómetros de Jogyakarta.
Nos arredores se pode ver casas destruídas e escombros, lúgubres recordações de um movimento sísmico que matou mais de 6 mil pessoas e que destruiu 100 mil casas.
Os cubanos se tornaram a última esperança para milhares de indonésios.
Mas isso não só acontece em Java: as equipas de médicos assumiram pelas caladas um papel importante nas operações humanitárias globais, as quais só eram feitas pelas nações mais ricas.
"Os pacientes confiam em nós", explica o doutor Oscar Pujol, que trabalha na unidade de cuidados intensivos do hospital de campo Gantiwarno.
Khalida Ahmad, da Unicef, concorda nisso pois foi testemunha do trabalho das equipes de ajuda médica cubana, quando da emergência no Paquistão.
"Eles tratam os pacientes como pessoas, não são só casos clínicos. Todas as pessoas com as que falei nas zonas afectadas se mostraram muito agradecidas. Elas sentiam que sempre podiam acudir aos médicos cubanos e perguntar alguma coisa, sem se importarem com as diferenças da linguagem".
O coordenador regional de saúde da Indonésia, dr. Ronny Rockito fala entusiasticamente acerca da repercussão da ajuda cubana.
"Apreciamos imenso o trabalho da equipa de médicos cubanos. Seu estilo é muito amigável. Os hospitais cubanos são completos e gratuitos, sem contar a ajuda económica de nosso governo. Quero agradecer especialmente a Fidel Castro".

Extraído de BBC Noticias)
http://www.granma.cu/portugues/2006/agosto/mar22/35popula-p.html

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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