segunda-feira, julho 03, 2006

No Ponte Europa

Notas soltas: Junho/2006

Timor – A presença da GNR, sem submissão a forças australianas, honra o actual Governo que, salvo em missões da ONU, preserva a autonomia dos seus militares.

Austrália – As tropas comportam-se como exército de ocupação. Os interesses do petróleo não são alheios à ingerência nos assuntos internos de Timor e a ambição de transformar o jovem país num protectorado é um desejo que a ONU não pode consentir.

2 comentários:

Anónimo disse...

A ONU tem é que entrar e já em Timor-Leste! Com mais tropas da Austrália e seja lá de que país for, desde que pela ONU.

Porquê?

Para haver segurança e as pessoas sentirem que podem livremente e sem ameaças de desestabilização futuras. Portanto devem permanecer até amadurecimento das classes políticas. Sim, é preferível isso que este arrazoado de prepotência do Poder instalado como se sabe.

Há certamente muitas armas espalhadas... não venham cá com cantigas de que não existirá um plano B!

E a máxima de que sem a Fretilin não haverá estabilidade em Timor-Leste é claríssima. Aliás toda esta situação só deriva exactamente do comportamento daqueles que detêm o Poder em Timor-Leste. De outro modo não se andavam a matar uns aos outros.

Anónimo disse...

Anónimo das 1:08:40 PM: essa de defender que as forças externas “devem permanecer até amadurecimento das classes políticas” é piada para o Xanana, Ramos Horta, e amigos? Só pode, eles é que são os verdadeiros profissionais da política de aí. E tanto que, fora de Dili, no resto do país, os eleitos locais da Fretilin têm conseguido que a vida continue com normalidade e que as instituições funcionem com regularidade. Só mesmo em Dili, que é onde estes estão é que armaram toda esta confusão, pondo militares contra militares, polícias contra polícias e militares contra polícias.

Mas cá em Portugal, quando foi do 25 de Abril também os colonialistas diziam que não se podia dar a independência às colónias porque os povos de lá não tinham maturidade... É bem verdade que se em Timor 80% votaram a favor da independência houve 20% que votou contra. De certeza que você está neste lote. O lote dos colonialistas que para manterem a pata em cima dos outros acham que os outros nunca estão preparados para se tornarem independentes. Mas como vê por aí, a larga maioria do povo está preparadíssima, só a uma certa elite de Dili, das amizades do Xanana é que não está. Por isso tiveram que chamar as tropas australianas para lhes protegerem as costas e a golpada.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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