sexta-feira, julho 07, 2006

Alkatiri ataca a Austrália por ter sido parcial

Tradução da Margarida:

The Age
Lindsay Murdoch, Dili
Julho 6, 2006

O deposto primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, atacou a Australia, dizendo que houve uma tentativa para o demonizar nos media e que alguns ministros e funcionários do governo Australiano “não gostam de mim” ".

O Sr Alkatiri acredita que foi alvejado por causa das suas negociações duras sobre as reservas de petróleo e de gás do Mar de Timor.

"Não tenho nenhuma dúvida que a totalidade dos media Australianos tentaram demonizar-me," disse o Sr Alkatiri ao The Age nas sua primeira entrevista com um jornalista Australiano desde que foi forçado a resignar na semana passada.

Disse que tanto a Austrália como Timor-Leste podem ambos perder com a sua queda porque ele estava prestes a introduzir uma lei para ratificar o negócio de $41 biliões negociado com Canberra para desenvolver o campo de gás e de petróleo do Greater Sunrise, sob o qual os dois países partilhariam royalties em partes iguais. "Agora, tudo regressou há mesa."

O Sr Alkatiri descreveu a sua queda como uma "manobra orquestrada ", mas não nomeou o autor. "Tenho a certeza que um dia se saberá," disse.

Falando pela primeira vez sobre as suas intenções politicaa, o Sr Alkatiri disse que se manterá como secretário-geral do partido no poder, a Fretilin e que a liderará para as eleições, previstas no próximo ano.

"Ganhar as eleições é agora a minha tarefa principal. Mas isso será muito mais difícil por causa da situação de segurança. Os membros da Fretilin, particularmente os do lado ocidental do país, ainda estão a ser intimidados por homens armados."

O Sr Alkatiri disse que a não ser que a situação de segurança melhore, "pode ser difícil organizar as eleições ".

Perguntado se poderá ser re-indicado primeiro-ministro se a Fretilin ganhar, ele disse: "Essa será uma decisão do partido … Espero que o partido não me force.

"Talvez seja melhor ter outros para serem primeiro-ministro … talvez que o que tenhamos de fazer é não pensar no passado e olhar para o futuro."

Não comentou na especulação espalhada de que o laureado do prémio Nobel José Ramos Horta será nomeado dentro de dias para o substituir.

O Sr Ramos Horta, o ministro dos estrangeiros e da defesa, não é membro da Fretilin mas é um membro fundador do partido.

Sob a Constituição de Timor-Leste, a Fretilin como partido maioritário tem o direito de indicar o primeiro-ministro, mas o indicado deve ser aprovado pelo Presidente Xanana Gusmão. O Sr Ramos Horta é um aliado próximo do Sr Gusmão.

O Sr Alkatiri declinou responder a questões sobre alegações que ajudou a formar um esquadrão de ataque para eliminar rivais políticos antes das eleições.

7 comentários:

Anónimo disse...

Alkatiri should accept media criticism: Howard
Prime Minister John Howard says East Timor's former prime minister, Mari Alkatiri, should accept that the Australian media has the right to be critical of him.
Dr Alkatiri says he has been demonised by the Australian media and accuses some Australian Government ministers of not liking him.
He says he has been targeted because of his tough negotiations over oil and gas reserves in the Timor Sea.
Mr Howard says as a public figure, Dr Alkatiri should expect to be scrutinised by the media.
"I am not responsible for anything the Australian media may or may not have done and like any other public figure he's subject to criticism," he said.
Dr Alkatiri resigned as prime minister after weeks of protests and riots in the capital, Dili.
He has been summonsed to answer questions over an alleged plot to set up and arm a private militia to neutralise his political opponents.
(ABC onlineNews)

Anónimo disse...

Coitado. Anda a chorar que a media e alguns politicos autralianos nao gostam dele. Ja deu uma olhada a muitos que faziam parte do seu proprio governo? E os milhares de timorenses que manifestaram contra ele? Tambem nao gostam dele? Mas que tristeza! Realmente.
O papa aquele menino nao gosta de mim!

Anónimo disse...

Coitado. Anda a chorar que a media e alguns politicos autralianos nao gostam dele. Ja deu uma olhada a muitos que faziam parte do seu proprio governo? E os milhares de timorenses que manifestaram contra ele? Tambem nao gostam dele? Mas que tristeza! Realmente.
O papa aquele menino nao gosta de mim!

Anónimo disse...

Anónimo das 1:54:06 AM: Como parece não ter percebido o sentido da palavra demonizar, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa:

Demonizar: tornar demoníaco; transformar em demónio

Demónio: o sentimento ou a prática da maldade; pessoa movida por sentimentos malignos ou que se comporta de forma cruel e destrutiva; espírito do mal, diabo; etc.

Anónimo disse...

Acho deveriam ler todos para saberem como que se trata de um sujeito das colonias.

http://www.crikey.com.au/articles/2003/03/06-downertimor.html

Anónimo disse...

Margarida: voce e ca uma peca vou-lhe contar. Entao traduz e esquece daquilo que traduz? Tire ja umas ferias porque ja esta a dar sinais de esgotamento cerebral.

O que e isto? "dizendo que houve uma tentativa para o demonizar nos media e que alguns ministros e funcionários do governo Australiano “não gostam de mim” ".

Tire ja umas ferias!

Anónimo disse...

Anónimo das 12:06:23 AM: além deste artigo do The Age ge 6 de Julho, já leu o que está lá em cima do dia 7? É que pelo menos por aqui, em Portugal, a s coisas amainaram, mas nos media na Austrália a campanha contra Alkatiri continua mais forte que nunca, e o que estão a fazer ao PM é mesmo demonização.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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