quinta-feira, junho 01, 2006

The Voice of the Timorese People

The last few weeks have been of extreme violence and fear on Timorese soil. But what is the origin of this crisis? This temporary crisis is a result of the will of minority groups led or motivated by certain entities to destabilize the promising development of the young Timorese Nation, which has already started and has been extremely evident during the last 4 years.

The bright future of Timor-Leste’s development is guaranteed not just by the competent work of the Timorese Government led by the Prime-Minister Mari Alkatiri but is also guaranteed by the strong majority of Timorese people all over the country.

The positive popularity of Timor-Leste’s Government is undeniable and it has been witnessed by anyone who has been in the country, especially by those, who find more important the interaction with the locals instead of “diplomatic” talks with ambassadors or representatives of other nations.Articles like “As East Timor Burns” by Loro Horta, which can be found on the Asia Times Online website tend to mislead the reality in Timor-Leste and to promote inexistent facts created to destroy the stability of the country.

The first of the few points mentioned by this “intellectual” scholar aims to criticize the re-election of Mari Alkatiri as the Secretary General of FRETILIN, which is the leading political party in the country. Horta describes the voting system (show of hands) used in the election as contradictory to the party’s “own internal rules”. The ignorance of this statement shows how poorly connected Loro Horta is with the reality of the country and especially with the affairs of FRETILIN. The FRETILIN statues were reviewed and approved on the II National Congress which took place in Dili from 17th to 19th of May 2006.

They provide the freedom of choice between an open and secret voting to elect national bodies, such as the President and the Secretary General of FRETILIN. The majority of the Congress delegates preferred an open voting system with a simple show of hands, and everyone’s vote was respected equally.

The II National Congress involved 586 delegates, including 464 party members (4/5 of the total) who were elected at the grass root level in each district Conference. Five hundred and fifteen delegates out of a total of 566 delegates (97%) who were present at the election time, voted for the re-election of Francisco Guterres Lu’olo as President and Mari Alkatiri as Secretary General. Therefore the re-election of both leaders was based on the party rules.Still criticizing Alkatiri, Loro Horta used the Prime Minister’s racial and religious background as a reason for Alkatiri’s “unpopularity” in a country with a catholic majority.

Once again the author of the article promotes misleading information that contradicts with the reality of the nation. Mari Alkatiri took over the leadership of the Timorese government as a result of the 2001 legislative elections under the UN auspices in which FRETILIN won the support of the majority of the Timorese people.

This was a decision of the Timorese people, who chose a party whose leadership included this historical veteran of the Timorese struggle for independence. The majority voted for FRETILIN in 2001 with the previous knowledge that Mari Alkatiri was the Secretary General of the party.

This fact is evidence that, unlike the minority groups, who have been encouraging violence in the country, the majority of Timorese people looks beyond race and religion and keep the spirit of nationalism and democracy safe.

Secondly, Horta shows his “idolization” for western politics and political systems by bringing up, among other unreliable points, the arrival of Cuban doctors, who have been very committed to aid the people without asking for anything in return, as a reason for objections by certain Western Governments. Doctors are needed in this country that is slowly but strongly developing and the Cuban doctors have gained the Timorese peoples’ respect and trust for their incomparable help. The existence of the Latin American doctors in Timor-Leste should not be seen as a “pick” of international political sides, but as recognition of a generous gesture of support by a friendly nation.

The intelligent scholar recalls previous events by criticizing the government for taking decisive stands to maintain peace and prosperity in Timor-Leste. Loro Horta fails or ignores to mention the existence of rebel forces led by individuals with an ambitious thirst for power as the ones responsible for the past and recent violent events.It is certain that the Timorese will overcome this violent but temporary situation with the aid of international forces as well as with the positive actions by their leaders and government. The government will not resign as long as the voice of the Timorese people doesn’t ask them to.

And until now the People have decided to keep their trust on the government led by Mari Alkatiri, a fact, as said before, known to anyone who has closely witnessed the recent events.

To my friend Loro, I shall advise him to come to the country he knows so much about, and try to find some free time in his “diplomatic agenda” to hear what the Timorese people have to say. Stop dreaming, being a professional and eternal student. Stop trying to please your boss as a way to get scholarships. You know nothing about Timor- Leste, believe me.

By: Lukeno Ribeiro Alkatiri, Political Science student at the National University of Singapore

3 comentários:

Anónimo disse...

Outra tradução:

A Voz dos Timorenses
As últimas semanas têm sido de extrema violência e medo na terra Timorense. Mas qual é a origem desta crise? Esta crise temporária é o resultado da vontade de grupos minoritários liderados ou motivados por certas entidades para desestabilizar o prometedor desenvolvimento da jovem mação Timorense, que já começou e tem sido extremamente evidente nos últimos 4 anos.

O futuro brilhante do desenvolvimento de Timor-Leste é garantido não só pelo trabalho competente do governo Timorense liderado pelo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri mas é também garantido pela forte maioria dos Timorenses por todo o país.

A popularidade positiva do Governo de Timor-Leste é indisputável e tem sido testemunhada por qualquer um que tenha estado no país, especialmente por aqueles, que acham que é mais importante a interacção com os locais em vez das conversas “diplomáticas” com embaixadores ou representantes de outras nações. Artigos como “Enquanto Timor-Leste arde” por Loro Horta, que se pode encontrar no Asia Times Online website tendem a deturpar a realidade em Timor-Leste e a promover factos inexistentes criados para destruir a estabilidade do país.

O primeiro dos poucos pontos mencionados por este académico “intelectual” tem por objectivo criticar a re-eleição de Mari Alkatiri como Secretario Geral da FRETILIN, que é o partido liderante do país. Horta descreve o sistema de votação (mãos no ar) usado na eleição como contraditório com as “próprias regras internas” do partido. A ignorância desta afirmação mostra como Loro Horta está pouco conectado com a realidade do país e especialmente com os assuntos da FRETILIN. Os estatutos da FRETILIN foram revisos e aprovados no II Congresso Nacional que teve lugar em Dili de 17 a 19 de Maio de 2006.

Eles dão a liberdade de escolha entre um voto aberto ou secreto para eleger os órgãos nacionais, tal como o Presidente e o Secretario Geral da FRETILIN. A maioria dos delegados do Congresso preferiu um sistema de votação aberta com a simples mostra das mãos, e o voto de cada um foi igualmente respeitado.

O II Congresso Nacional envolveu 586 delegados, incluindo 464 membros do partido (4/5 of the total) que foram eleitos pelas bases em cada Conferência distrital. Quinhentos e quinze delegados dum total de 566 delegados (97%) que estiveram presentes no momento da votação, votaram pela re-eleição de Francisco Guterres Lu’olo como Presidente e Mari Alkatiri como Secretario Geral. Portanto a re-eleição de ambos os líderes foi com base nas regras do partido. Ainda criticando Alkatiri, Loro Horta usou o como razão para a “impopularidade” de Alkatiri o background racial e religioso do Primeiro Ministro num país com uma maioria católica.

Mais uma vez o autor do artigo promove informação enganadora que contradiz com a realidade da nação. Mari Alkatiri tomou a liderança do governo Timorense como resultado das eleições legislativas de 2001 sob os auspícios da ONU e nas quais a FRETILIN ganhou o apoio da maioria dos Timorenses.

Esta foi uma decisão dos Timorenses, que escolheram um partido cuja liderança incluia este veterano histórico da luta dos Timorenses pela independência. A maioria votou pela FRETILIN em 2001 com o prévio conhecimento de que Mari Alkatiri era o Secretario Geral do partido.

Este facto é a evidência de que, ao contrário dos grupos minoritários, que têm encorajado a violência no país, a maioria dos Timorenses vê para além da raça e da religião e conservam o espírito do nacionalismo e da democracia.

Em segundo lugar, Horta mostra a sua “idolização” pelas políticas e sistemas políticos ocidentais ao realçar, entre outros pontos indignos, a vinda dos médicos Cubanos, que têm sido muito dedicados a ajudar o povo sem pedir nada em troca, como uma razão para objecção por certos governos Ocidentais. Os médicos são necessários neste país que está lenta mas fortemente a desenvolver-se e os médicos Cubanos ganharam o respeito e a confiança dos Timorenses pela sua incomparável ajuda. A existência dos médicos Latino Americanos em Timor-Leste não deve ser visto como uma “escolha” de lados políticos internacionais, mas como o reconhecimento dum gesto generoso de ajuda por uma nação amiga.

O académico inteligente relembra eventos anteriores criticando o governo por ter tomado posturas decisivas para manter a paz e a prosperidade em Timor-Leste. Loro Horta falha ou esquece-se de mencionar a existência de forças rebeldes lideradas por individuos com uma ambiciosa sede pelo poder como os responsáveis pelos eventos violentos recentes ou do passado. É certo que os Timorenses ultrapassarão esta situação violenta mas temporaria com a ajuda de forças internacionais mas também com as acções positivas dos seus líderes e do governo. O governo não se demitirá enquanto a voz dos Timorenses não lhe pedir para o fazer.

Até agora o povo decidiu manter a sua confiança no governo liderado por Mari Alkatiri, um facto, como disse antes, conhecido por quem quer que tenha testemunhado de perto os eventos recentes.

Ao meu amigo Loro, eu aconselho a vir ao país de que ele conhece tanto, e que tente encontrar algum tempo livre na sua “agenda diplomática” para ouvir o que os Timorenses têm para dizer. Pare de sonhar, sendo como é um estudante profissional e eterno. Pare de tentar agradar ao seu patrão como um modo de obter bolsas de estudo. Você não conhece nada de Timor- Leste, acredite.

Por: Lukeno Ribeiro Alkatiri, estudante de Ciência Politica na Universidade Nacional de Singapura

Anónimo disse...

Bem dito Luke! Eis o que eu chamo uma resposta ao mais alto nível
Parabéns

Anónimo disse...

E' bom ver 2 jovens a debaterem-se e a darem os seus pontos de vista.
Lukeno continue assim. Parabens

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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