sábado, junho 10, 2006

Qual será?! Deixa ver...

The Age
Political leader goes into hiding

Tom Hyland and Lindsay Murdoch, Dili
June 11, 2006

THE leader of East Timor's main opposition party has gone into hiding, fearing for his life following a death threat he says came from Prime Minister Mari Alkatiri.

Democratic Party leader Fernando de Araujo said he feared for his safety after local police told him they had orders from "high levels in the Government" to shoot him.

The threat was delivered by police intelligence officers, he said, but they refused to carry out the order, "as their conscience told them a different thing".

The officers did not say who in the Government issued the order, but Mr de Araujo said he believed it came from Mr Alkatiri.

"The Prime Minister is one of the most extreme guys we have in this country," Mr de Araujo told The Sunday Age from a village safe house in East Timor's west. "It's not impossible for him to kill."

He also accused Mr Alkatiri of orchestrating violence that has plunged the country into a political and security crisis, and of ordering the distribution of weapons to militants loyal to the Fretilin party, led by Mr Alkatiri and which dominates the Government.

"He's already created terror in our society," Mr de Araujo said. "Now people are living in fear, not only in Dili but in all the districts, because guns are now in the hands of civilians.

"Who created this situation? It's the Prime Minister."

Mr de Araujo's wife, Jacqueline Siapno, a Melbourne University political science lecturer, fled Dili with their three-year-old son last week, after their house was burnt down.

Mr de Araujo blamed the destruction of his house on Fretilin militants who feared the Democratic Party was a threat to their control.

Mr Alkatiri is resisting pressure to stand down following the eruption of the crisis in late April that has paralysed the Government and forced tens of thousands to flee their homes.

He has consistently denied orchestrating the violence. He has also denied issuing death threats and has promised to co-operate with a United Nations investigation into the violence.

The Australian Government has sought to appear not to be taking sides in the political stand-off, saying it was up to the East Timorese themselves to resolve.

At the same time, Foreign Minister Alexander Downer has said allegations against Mr Alkatiri were "extremely serious".

Yesterday, a spokesman for Mr Downer said the allegations needed to be investigated by East Timorese authorities. If they lacked the capacity, the allegations should be handed to the UN to investigate.

Mr de Araujo's comments came as the leader of a heavily armed group holed up in the western mountains raised the possibility of joining hundreds of rebel soldiers to force Mr Alkatiri's downfall.

Vincente da Concecao, alias "Railos", said that while he had different grievances to the rebels in two other groups, "we have a common objective to bring down Alkatiri's regime".

Mr da Concecao appealed for protection from international peacekeepers in Dili after publicly accusing Mr Alkatiri last week of arming his men and ordering them to wipe out Government opponents.

Australian forces in Dili said they would protect the men if they surrendered their weapons.

Speaking at a mountain-top coffee plantation, Mr da Concecao said his main demand was for his 30 men to be protected. "I am under threat. But I am prepared to testify before an independent tribunal and say that Alkatiri gave us weapons to be used to ensure that he remains in power," he said.

But suspicions remain that an unidentified political force is behind his group.


.

1 comentário:

Anónimo disse...

Margarida said...
A história passou-se exactamente ao contrário do que diz este leitor:

1 – Quando surgiram as primeiras queixas, os soldados apresentaram-nas ao PR – ultrapassando a sua hierarquia – o PR enredou-se em conversas e reuniões com eles, e quando entendeu, remeteu a resolução para a hierarquia militar.

2 – A hierarquia militar tentou dialogar, convocou os queixosos para reuniões, estes exigeiram uma comissão, arranjou-se uma comissão que tentou dialogar com eles individualmente, um a um, mas recusaram, não compareceram a uma única reunião e acabaram por sair dos quartéis, desertando.

3 – Dois meses depois de terem desertado e perante a impossibilidade da comissão apurar fosse o que fosse (por falta de comparência dos queixosos) a hierarquia militar decidiu com base nos regulamentos e com a pena mínima: aceitar a situação consumada, isto é o auto-despedimento dos próprios, sem qualquer outra punição.

4 – Perante a decisão legítima da hierarquia militar, o PR apressou-se a criticar publicamente essa decisão da hierarquia militar, e atribuiu as responsabilidades da decisão ao governo em geral e ao PM em particular. O PM, responsavelmente, endossou a decisão da hierarquia militar, entendeu – e bem – que apesar dos queixosos terem saído, se devia mesmo assim investigar as queixas e nomeou outra comissão de notáveis (com representantes dos quatro órgãos de soberania, Igreja e sociedade civil), decisão esta que os “peticionários” aceitaram em teoria, mas que boicotaram na prática, pois que, deram de imediato início a manifestações públicas onde a reclamação não era a satisfação das suas queixas contra alegadas “discriminações”, mas sim a demissão do PM.

O resto da história, já conhecemos. Depois da divisão nas forças armadas, com a subsequente desestabilização, foi a divisão na força policial, e tiroteios contra forças armadas e policiais, e depois, violência nas ruas, queima de casas, entrada das tropas australianas e acantonamento das forças armadas fiéis ao governo (e de lá impedidas de sair), nova vaga de mais violência, agora também de edifícios públicos e sedes da Fretilin (com os australianos a assistirem e a permitirem), etc.

Sexta-feira, Julho 07, 2006 7:30:13 PM


Anonymous said...
Ao ponto 1 da dona margarida pode ler-se o que obviamente pensa do assunto bem como pintar a movimentação cronológica dos envolventes, mas terá de admitir que o seu Comando Supremo é exactamente o PR. A quem achava melhor apresentar tais questões? Então no quadro do que o aparelho de Estado estava a desenvolver era engraçado apresentar "queixa" contra os que estavam a tomar a posição de descriminação das quais se queixavam! Faz-me lembrar o mesmo comportamento quando, agora, ficaram todos contentes por não ter sido, em prazo legal, apresentada queixa em tribunal contra o processo usado no Congresso da Fretilin em relação ao método de votação...

O ponto 2 parece mais uma sequência de "enrolamento" para que tudo se mantivesse na alçada dum já de si processo de silenciamento. E por falar em Comissões (ou comichões), já deliberou a Comissão sobre os crimes cometidos pela Fretilin em outros tempos?

O ponto 3 é deveras a posição tomada. Eis aqui a decisão legal. E isso resolveu também a crise? Como se vê, deu no que deu.

No ponto 4 sobre a injustiça da decisão parece mais que evidente. Não é porque um órgão decida A, B ou C que lhe assista ser essa a decisão mais correcta. Como se viu não a foi. Não se poderia apontar politicamente culpas à oposição mas sim ao Governo, muito menos ao PR... e mais uma vez se assistiu à criação de outra Comissão, agora de Notáveis... os peticionários passaram ao método das manifs... que chatice! Que fez então o Governo? Usou o aparelho militar sem conhecimento do PR em espaço da responsabilidade da PNTL... deu no que deu.

O resto como bem diz, todos sabem o que aconteceu...

E o que se viu durante esse processo foi que de facto a Fretilin tudo fará para desestabilizar o país. Nunca ouvi dizer que o Governo estaria a tentar ou de facto a desenvolver contactos com todos aqueles que se colocaram em posição oposta à sua tomada de posição.

Pelo contrário aquilo que se sabe e tão criticado aqui, ali e além é que o sr. PR dialoga com todos inclusivé com os peticionários, com os rebeldes, com os desertores, com os actores, com os manifestantes pró e contra e o acusam disso mesmo como se de um criminoso fosse. Ele sempre foi assim. Dialogar, dialogar mesmo que fosse com o inimigo.

Não há nada a aprender?

Sexta-feira, Julho 07, 2006 7:55:04 PM


Anonymous said...
E mais nada!! foi mesmo isso que aconteceu. As resposabilidades devem ser sempre de quem governa! louvor quando governa bem e critica quando governa mal. PONTO FINAL!

Sexta-feira, Julho 07, 2006 9:06:26 PM

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.