segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Conselho de Segurança volta a reunir-se para decidir prolongamento da UNMIT

Nova Iorque, Nações Unidas, 18 Fev (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai voltar a discutir a situação em Timor-Leste na quinta-feira, disseram fontes da organização.

A reunião tem como objectivo essencial debater uma proposta do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon para a prorrogação do mandato da missão da ONU em Timor, UNMIT, por mais um ano.

O mandato da UNMIT termina no fim do mês.

O relatório de Ban Ki-moon foi elaborado e entregue ao Conselho de Segurança das Naçoes Unidas antes da última crise no país causada pelas tentativas de assassínio do Presidente José Ramos-Horta e do primeiro-ministro Xanana Gusmão.

Contudo, as fontes na ONU disseram à Lusa que o representante do secretário-geral em Timor deverá estar presente à reunião para informar o Conselho de Segurança sobre os últimos desenvolvimentos no território além de prestar esclarecimentos sobre o relatorio de Ban Ki-moon.

Citando a “fragilidade” da situação em Timor-Leste, o secretário-geral da ONU propôs a extensão do mandato da missão da UNMIT no país, por mais um ano.

O documento sublinhou em particular a incapacidade de a polícia de Timor-Leste assumir responsabilidades pela segurança do pais.

O relatório está em parte ultrapassado pelos últimos acontecimentos pois Ban Ki-moon tinha escrito que a situação de segurança havia melhorado através do pais “sem grandes incidentes de segurança ou de violência”.

No entanto, “diferenças persistentes e e falta de cooperação entre alguns dirigentes políticos e partidos impediu o consenso em se resolver algumas questões-chave” como a questão dos cerca de 100.000 deslocados internos.

Ban aludiu também a problemas entre a polícia timorense e as forças policiais da ONU afirmando que agentes da polícia timorense têm “resistido” a ser supervisionados e aconselhados pela polícia da UNMIT, “por se considerarem prontos a assumir maiores responsabildiades operacionais”.

O secretário-geral da ONU disse que vários dirigentes timorenses tinham tambem manifestado “preocupações” sobre o ritmo lento de “certifcação” de agentes da polícia timorenses e de entrega de responsabilidades à policia nacional.

Não obstante, Ban Ki-moon indica que a polícia de Timor-Leste está longe de estar pronta a assumir grandes responsabilidades.

A polícia é uma das “instituições mais críticas” para Timor-Leste, que “precisa de ajuda sustentável”, requerendo ainda “mais treino, desenvolvimento institucional e maiores capacidades para estar em posição de assumir responsabildades totais para fazer face a potenciais situações de segurança voláteis”.

Ban Ki-moon faz notar que, em Timor-Leste, agentes da força polical da ONU “continuam a ser necessários para responder a lutas entre grupos e da istúrbios públicos”.

“A ocorrência diária de distúrbios públicos faz sublinhar a necessidade da continuação da presença policial da UNMIT para levar a cabo interinamente a aplicação da lei até a força policial nacional estar totalmente reconstruída,” afirma o documento.

Ban Ki-moon propõe de seguida a extensão do mandato da UNMIT “por mais 12 meses na sua actual força e composição”.



JSR.

Lusa/fim.

1 comentário:

Anónimo disse...

"a incapacidade de a polícia de Timor-Leste assumir responsabilidades pela segurança do pais."

A polícia de Timor-Leste??? Não será antes a UNPOL?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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