sexta-feira, janeiro 25, 2008

“O Governo AMP não consegue defender o estado”, afirma a FRETILIN

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
Rua dos Mártires da Pátria, Comoro, Dili, Timor-Leste

Dili, 24 Janeiro 2008

A FRETILIN, o maior partido político de Timor-Leste, acusou hoje o governo “AMP”de ter falhado totalmente por não ter assumido a sua responsabilidade de defender e reforçar as instituições chaves do estado de Timor-Leste como nação independente.

Em conferência de imprensa que decorreu hoje em Dili, o Secretário-Geral da FRETILIN, Mari Alkatiri disse que, nas últimas semanas, registaram-se várias actuações ilegítimas e irresponsáveis do Governo de Xanana Gusmão.

“Quase diariamente verificamos que são tomadas decisões ilegais e inconstitucionais, especialmente no tocante à forma como são feitas as despesas públicas e à utilização dos bens públicos”, disse Alkatiri.

“Na semana passada, milhares de hectares da escassa área de terras agrícolas foram concedidos aos investidores estrangeiros para a produção da cana-de-acúcar sem consulta prévia às comunidades locais e sem qualquer referência ao plano de uso e desenvolvimento de terras para fins agrícolas”.

Alkatiri continuou: “ Os processos de aprovisionamento não são transparentes. Os Ministros não consultam os seus Directores antes de tomarem decisões. Utilizam task force em vez das instituições já existentes aumentando assim a nossa dependência em relação às assessorias externas”.

O Presidente da FRETILIN, Lu Olo, reforçou a declaração de Alkatiri afirmando: “ O sector de justiça é claramente menosprezado”, disse Lu’Olo. “Reinado continua a viver em liberdade apesar de ser acusado de ter cometido crimes graves contra o estado. As forças de segurança não podem providenciar segurança e não podem defender o estado de direito porque os nossos órgãos de soberania emitem orientações diferentes.

Os deslocados não regressarão às suas casas se não houver segurança”.

A FRETILIN exige que haja investigação dos casos de má administração, incluindo a demissão ou despromocão de funcionários públicos sem recurso a processos devidos; selecção inapropriada de funcionários públicos; gastos excessivos dos membros do governo nos serviços de protecção pessoal; viagens ao estrangeiro realizadas sem programas claros; ataques à liberdade de imprensa e ao Parlamento.

“O Parlamento é uma instituição chave na democracia”, disse Lu Olo. “O governo AMP não respeita o Parlamento, utiliza a maioria para forçar a aprovação de propostas indevidamente discutidas e viola os regulamentos do Parlamento. O orçamento geral do estado foi aprovado apesar de o processo de execução do mesmo não ser transparente.

Alkatiri concluiu: “Timor-Leste corre o risco de se tornar num estado falhado. A FRETILIN tem propostas claras para travar isto. Apresentamos a nossa proposta ao Secretário-Geral das Nações Unidas para a criação de Comissões de alto nível que incluam a FRETILIN, para investigar e resolver os problemas principais, incluindo a Segurança, a Justiça, Reinado e os peticionários, e as Reformas na Administração Pública, PNTL e F-FDTL”.

Para mais informações, contactar com Arsénio Bano pelo telefone 733 9416

1 comentário:

Anónimo disse...

Just a Press Release.....
It seems like "NATO=No Action Talk Only.

Waste the time just to have press conference....just go to bad and sleep and dream and hold a girl...enjoy your life man....

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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