domingo, setembro 23, 2007

UE e Nova Zelândia debatem reforço das relações e Timor

Diário Digital / Lusa
20-09-2007 10:23:31

A União Europeia e a Nova Zelândia assinam sexta-feira, em Lisboa, uma declaração conjunta para aprofundar as relações entre as duas partes e vão discutir a situação e o desenvolvimento de Timor-Leste.

A declarações conjunta, que será assinada no final da reunião da Troika Ministerial UE/Nova Zelândia, que se realiza no âmbito da actual presidência portuguesa do bloco europeu dos 27, foca vários aspectos das relações políticas, económicas, comerciais e ambientais, nomeadamente na área do combate às alterações climáticas, disse à Agência Lusa fonte comunitária, em Bruxelas.

A delegação da UE é liderada pelo chefe da diplomacia portuguesa e presidente em exercício do Conselho de Ministros dos 27, Luís Amado, e a da Nova Zelândia pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Winston Peters.

A Comissão Europeia defende que a batalha contra as emissões de gases com efeito de estufa e o consequente aquecimento global tem que ser travada internacionalmente e a Nova Zelândia tem sido pioneira neste campo.

A preparação da ronda negocial sobre alterações climáticas, que decorrerá de 04 a 13 de Dezembro, a encerrar o semestre da presidência portuguesa da União Europeia (UE), em Bali (Indonésia), sob a égide das Nações Unidas, é um dos temas a debater pela Troika.

Em Bali, será decidido um mandato para o desenvolvimento de negociações formais que vão definir um novo acordo para o período pós 2012 - quando termina o primeiro período de cumprimento do Protocolo de Quioto, que estabelece as primeiras metas para a redução de emissões de gases de efeito de estufa.

A UE quer reduzir em 20 por cento, até 2020, as emissões de gases causadores do efeito de estufa, responsável pelas alterações climáticas, em relação a valores de 1999, valor que poderá aumentar para 30 por cento se os restantes países industrializados acompanharem o esforço europeu.

A reunião da Troika Ministerial UE/Nova Zelândia foi já preparada em Junho, por ocasião de uma visita ao país da comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, com as autoridades de Wellington.

A questão de Timor-Leste será um dos assuntos a abordar pela Troika, integrada no tema geral da situação na região da Ásia-Pacífico, tanto mais que o ministro da Defesa, Phil Goff, visitou recentemente o país onde a Nova Zelândia tem cerca de 180 militares integrados nas Forças de Estabilização Internacionais.

A fonte comunitária destacou à Lusa que a UE tem estado muito envolvida na questão de Aceh, bem como na de Timor, para cujas últimas eleições presidenciais e legislativas destacou uma missão de observadores.

A declaração conjunta que será adoptada na sexta-feira prevê ainda um crescimento nas relações comerciais e dos investimentos entre os 27 e a Nova Zelândia.

A UE é o segundo maior mercado das exportações neozelandesas, a seguir à Austrália.

A seguir à Troika, os ministros Luís Amado e Winston Peters reúnem-se para analisarem questões de interesse bilateral entre Portugal e a Nova Zelândia, principalmente a situação e o futuro de Timor-Leste.

Em comunicado publicado no site oficial do Governo neozelandês, o chefe da diplomacia de Wellington, Winston Peters, salienta que «a Nova Zelândia e a Europa são parceiros naturais. Partilhamos o compromisso com a democracia, o primado da Lei e o respeito pelos direitos humanos».

Em Lisboa, segundo o ministro Peters, «discutiremos uma série de assuntos políticos que afectam as relações da Nova Zelândia com a Europa e trocaremos pontos de vista sobre questões da actualidade internacional, como o Afeganistão, Irão, Médio Oriente e Coreia do Norte».

Sobre as relações bilaterais com Portugal, Winston Peters destaca o interesse mútuo de Lisboa e de Wellington «no desenvolvimento de Timor-Leste».

A Nova Zelândia é um dos países terceiros que tem uma Parceria Estratégica com a UE, havendo consultas regulares (semestrais) de alto-nível entre as duas partes.

Antes de se deslocar a Lisboa, o chefe da diplomacia neozelandesa tem encontros políticos em Madrid, nomeadamente com o seu homólogo espanhol, Miguel Moratinos.

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"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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