segunda-feira, junho 11, 2007

«Vitória de 1999 muito se deve a Portugal», diz Ramos-Horta

Diário Digital / Lusa
10-06-2007 15:29:46

O Presidente da República timorense afirmou este domingo, numa recepção para assinalar o Dia de Portugal, que «a vitória de 1999 muito se deve à sábia, paciente, discreta e prudente diplomacia portuguesa».

José Ramos-Horta, convidado para a cerimónia na residência do embaixador de Portugal em Díli, agradeceu o apoio português durante a crise de 1999 em torno do referendo pela independência e, de novo, na resposta à grande crise de 2006.

«Se compararmos com há um ano, demos alguns passos significativos na vida do país», explicou José Ramos-Horta numa breve intervenção à comunidade portuguesa em Timor-Leste, acrescentando que, «para esta normalização, muito contribuiu a comunidade internacional, nomeadamente Austrália, Nova Zelândia, Malásia, e, de muito mais longe e em curto espaço de tempo, Portugal».

Perante a grave crise política e militar, Portugal respondeu ao apelo das autoridades timorenses fazendo desembarcar um contingente da GNR a 4 de Junho, em Baucau, demonstrando, segundo o chefe de Estado, «a extrema generosidade do povo português que atravessava períodos difíceis após a aquisição da sua independência».

«Desde os dias mais difíceis, em que pouco se conhecia Timor no mundo e poucos acreditavam e poucos nos apoiavam, era em Portugal que nós encontrávamos maior apoio e maior refúgio», recordou Ramos-Horta, que referiu ter percorrido nesses anos «Portugal de lés-a-lés».

4 comentários:

Anónimo disse...

A evidencia do Cinismo do Ramos Horta!

SHU PASAKI

Anónimo disse...

Carrascalão: «Gente à volta de Xanana é do pior que há»
Diário Digital / Lusa
11-06-2007 11:12:17

O ex-Presidente Xanana Gusmão, líder do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e candidato às legislativas de 30 de Junho, está rodeado de «gente do pior que há em Timor-Leste», afirmou hoje Mário Viegas Carrascalão.
«Há indivíduos que estão com ele que se chamavam, por exemplo, Francisco UDT, depois chamaram-se Francisco APODETI, hoje são Francisco CNRT», disse à Agência Lusa o presidente do Partido Social Democrata (PSD) e cabeça-de-lista da coligação eleitoral com a Associação Social Democrática Timorense (ASDT).
«São um grupo de pessoas que viram no fascínio de Xanana, na posição que Xanana tem, a possibilidade de viver à sombra dele», acrescentou Mário Carrascalão numa entrevista concedida a meio da campanha eleitoral, acrescentando que «o objectivo número um de Xanana é destruir Mari Alkatiri».
«Não é destruir a FRETILIN», analisou o líder do PSD e ex-governador de Timor durante dez anos, quando o território se encontrava sob a ocupação indonésia.
«Xanana Gusmão está a dar guarida à chamada FRETILIN-Mudança, que vai depois regressar à FRETILIN quando destituírem Mari Alkatiri», secretário-geral do partido maioritário e ex-primeiro-ministro.
«Isso não é saudável aqui para Timor», considerou Mário Viegas Carrascalão.
«Eu gostaria de ver Alkatiri destruído democraticamente, e quando digo destruído é eliminado da cena política em eleições», não de qualquer maneira.
«Mas a última coisa que eu queria era ser acusado de contribuir para a instabilidade em Timor e tenho de arranjar forma de convivência com o próprio CNRT, que tem muita gente, muita gente, de quem não gosto», adiantou Mário Carrascalão.
«Isto engana o povo, que olha a sigla e pensa que este partido lutou pela libertação de Timor», continuou o presidente do PSD pegando num jornal do dia e apontando o artigo de primeira página sobre o CNRT.
«Eu tenho explicado na campanha que, se este partido fosse o antigo CNRT, eu próprio faria parte, todos juntando esforços. Mas não é o caso», destacou o presidente do PSD, que integrou o primeiro CNRT (Conselho Nacional da Resistência Timorense) antes da independência do país.
«Eu não gostaria de ver um herói nacional, um dos pais da nossa unidade nacional, como primeiro-ministro se o CNRT vencer, sofrer as consequências de erros que o destituirão da História como o homem de quem todos os timorenses se orgulham que passa a ser como qualquer outro».
Para Carrascalão, Xanana corre o risco de perder a credibilidade que tinha, porque «para ser governo, é preciso ter-se sensibilidade para assuntos dministrativos e temas sociais. Não é só discursar. É preciso saber como».
«Há com certeza técnicos para fazer as coisas, mas se um líder não acompanhar, é co-responsável. É engolido», prosseguiu, opinando que Alkatiri é odiado em Timor-Leste.
«A maior parte da população odeia-o. Talvez sem razão. Eu não sei», afirmou, esclarecendo que ele liderou um Governo que «nunca disse a Alkatiri que discordava dele ou em que algum ministro ameaçasse sair. Todos querem comer. E isso vai ser pior com o CNRT».
«Xanana é um homem bom demais para fazer o que eu fiz durante dez anos aqui em Timor: usar o princípio de que só morro uma vez mas aquilo que eu entender que está certo, é isso que eu vou fazer», analisou ainda Mário Viegas Carrascalão.
«Xanana parte de piores condições, porque já tem um adversário muito grande que é a FRETILIN-Maputo, ou Radical como muita gente diz (...), e vão mobilizar cada vez com mais força contra ele».
«Xanana é um homem muito sensível, um homem que actua muito emocionalmente. É um homem bom», disse Mário Viegas Carrascalão na entrevista à Lusa.
«Eu não sou como ele. Sou bom mas não sou aquele bom como o Xanana, que chora e comove as pessoas. Para mim, o que é, é. Quem gosta, gosta, quem não gosta, não gosta. Não vou modificar-me para fazer jeitos», declarou.
Sobre a candidatura de Xanana Gusmão, o candidato do PSD às legislativas declarou que «ele é uma pessoa que devia continuar na posição de um pai deste país, e não meter-se em questões de governos».
«Já com José Ramos-Horta eu disse: você é um Nobel da Paz, deve cuidar da paz, da harmonia, e um chefe de governo tem que tomar decisões drásticas. Vai causar muita antipatia».
Para Mário Viegas Carrascalão, o novo Presidente da República «deu o primeiro passo errado» ao promulgar a lei de alteração eleitoral.
«Eu adiava as eleições mas nunca assinaria uma lei contra a minha consciência. O próprio José Ramos-Horta dizia que não concordava com a lei», concluiu.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=280402

Anónimo disse...

Duas mulheres sem mãos a medir

Jornal de Notícias, 09/06/07

Timorenses e portugueses são apoiados pela consulesa honorária em Darwin, que fugiu de Timor em 1975

São duas mulheres e dois casos de consulesas honorários com competências alargadas. Podem ambas fazer trabalho de registo civil, notariado e de recenseamento eleitoral, mas uma está no Mindelo, Cabo Verde, e outra em Darwin, na Austrália, e têm condições de trabalho diversas.

Rosália Vasconcelos Lopes recebe um subsídio para instalação e funcionamento dos serviços no Mindelo, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente. É professora de profissão, tem 65 anos, nasceu no Vimieiro, no Alentejo, vive há 42 anos em Cabo Verde, e foi nomeada em 2002.

"Fiquei surpreendida com a minha escolha. O meu nome foi um dos sugeridos ao embaixador pela comunidade portuguesa, resisti a aceitar. Tinha pouco tempo, mas acabei por ceder", contou a consulesa ao JN. Tem a seu cargo quatro funcionárias a tempo inteiro e duas em part-time. "A comunidade é pequena em termos de inscritos, mas são muitos os lusodescendentes e muito entusiasmados com tudo o que diz respeito a Portugal. Há, por isso, muito trabalho para fazer", confessa.

Trabalho é o que também não falta a Maria dos Anjos Vidigal de Castro, com 68 anos, e que há 17 foi nomeada consulesa honorária em Darwin. Nasceu em Timor, filha de pai português e mãe timorense. Em 1975, era funcionária dos Correios e, com a ocupação de Timor pela Indonésia, refugiou-se na Austrália. Trabalhou no que pôde para sustentar a família e colaborou com uma associação de portugueses, o que a levou a ser nomeada para o cargo. Confessou ao JN que tem actualmente muitas dificuldades.

"Além de apoiar os portugueses, auxilio os timorenses, por exemplo, quando têm de vir a Darwim para o hospital". Para estas tarefas, a consulesa trabalha sozinha e dispõe de uma sala na sua casa. O subsídio que recebe de Lisboa não chega para mais.
tp://jn.sapo.pt/2007/06/09/nacional/duas_mulheres_maos_a_medir.html

jrodrigues sarmento disse...

“Aqui é Timor-Leste”

Noticias de destaque:

1- Timor-Leste/Eleições: "Gente à volta de Xanana é do pior que há" - Mário Carrascalão

2/ Queen's Birthday Honours

3/ «Vitória de 1999 muito se deve a Portugal», diz Ramos-Horta


Este é o endereço
http://aquietimorlestenumeroum.blogspot.com/

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.