sábado, junho 30, 2007

Timor/Eleições: 98 por cento das urnas abriu à hora prevista

00:54 sábado, 30 JUN 07

Eleições: 98 por cento das urnas abriu há hora prevista
Díli, 30 Jun (Lusa) - Cerca de 98 por cento das urnas das eleições legislativas de hoje em Timor-Leste abriu à hora prevista, estando ainda em curso o envio dos boletins de voto para as zonas mais remotas do distrito de Viqueque (centro sul).

Os dados foram avançados à Agência Lusa por fonte do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) cerca das 08:00 locais (00:00 em Lisboa), e correspondem a um primeiro balanço efectuado uma hora após a abertura das urnas.

Os restantes 2 por cento das assembleias de voto deverão abrir ao longo da próxima hora, uma vez que todo o material eleitoral está a ser distribuído por helicópteros, que se deslocam para as áreas mais inacessíveis de Covalima, Bobonaro e Manafachi, acrescentou a fonte.
Ainda não existem dados sobre a afluência às urnas.

O resultado "animador" da abertura das urnas a tempo deveu-se, segundo a fonte, a um trabalho feito todo ao longo da noite, tendo fontes das forças de segurança garantido que não se registou, até agora, "rigorosamente nenhum incidente".

Cerca 530 mil eleitores vão hoje às urnas, que encerram às 16:00 locais (08:00 em Lisboa) para escolher os novos 65 deputados ao Parlamento nacional, a que se apresentam 12 partidos e duas coligações.
JSD/PRM.

6 comentários:

Anónimo disse...

Xanana tenta desalojar a Fretilin do poder
Legislativas em Timor: Urnas já fecharam mas não se prevê uma maioria absoluta
30.06.2007 - 08h11 Adelino Gomes

As urnas de voto para as legislativas, a que concorrem 12 partidos e duas coligações, encerraram às 8h00 de hoje (hora de Lisboa), em Timor-Leste, após uma campanha que decorrreu, segundo a ONU, de forma "largamente pacífica", embora marcada pela morte duas pessoas, uma das quais segurança de Xanana Gusmão, e por actos intermitentes de violência, que provocaram dezenas de feridos, quase todos ligeiros.
O ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e o ex-presidente, Xanana Gusmão, polarizaram a campanha eleitoral, com o antigo comandante supremo da resistência a liderar uma nova formação política, o CNRT, que pretende desalojar do poder a Fretilin, detentora da maioria absoluta de lugares no Parlamento Nacional.

Tanto os responsáveis da Fretilin como os do CNRT se manifestam convencidos da vitória, mas observadores citados pela imprensa internacional não acreditam que qualquer dos contendores obtenha maioria absoluta de modo a governar sozinho.

Independentemente dos resultados, o Presidente e Nobel da Paz, José Ramos-Horta, aliado do seu antecessor na crise de Abril de 2006, quando um terço do contingente militar abandonou as Forças de Defesa do país (F-FDTL), apela à constituição de um governo de unidade nacional, pois não há, em Timor-Leste, hoje, "um único partido capaz de erguer um único governo pacífico, de assegurar a estabilidade e uma boa economia, obtendo a confiança e a ajuda da comunidade internacional".

O CNRT concorda com esta proposta, tendo anunciado já que, se vencer as eleições, convidará o dirigente do PSD e antigo governador no tempo indonésio, Mário Carrascalão, para a chefia do Governo, entregando a presidência do Parlamento a Xanana Gusmão.

Embora os seus dirigentes se mostrem mais reservados, a Fretilin poderá aceitar igualmente a proposta presidencial.

Em declarações aos jornalistas no comício de encerramento da campanha do CNRT, Ramos-Horta disse que a maioria dos partidos com quem falou sobre ela "inclusive a Fretilin, estão abertos para formar um governo de unidade nacional".

Apesar das chuvas, que dificultam as deslocações, e da maior complexidade de processos do que nas recentes eleições presidenciais, os responsáveis da Missão das Nações Unidas para Timor-Leste (UNMIT) declararam que a votação tinha "todas as condições para começar e terminar à hora marcada", nas 708 estações e nos 520 centros de voto espalhados pelo país.

O acto eleitoral - o terceiro em menos de três meses - está a ser fiscalizado por 3 mil observadores de 45 países e organizações nacionais e internacionais. Portugal, a União Europeia e a CPLP enviaram delegações. Os resultados oficiais só devem ser anunciados a meio da próxima semana.

Dinheiros do petróleo

Atravessada pelo choque de personalidades mais do que de programas, a campanha eleitoral assistiu ao esgrimir de argumentos sobre os grandes problemas que Timor-Leste enfrenta (a pobreza e o desemprego à frente de todos) e ao modo como o futuro Governo deve aplicar os dinheiros gerados pelo petróleo.

A oposição, e em particular o CNRT, na linha das posições de Ramos-Horta e de outros candidatos presidenciais, acusa o partido ainda no poder de ter deixado milhões de dólares a apodrecer numa conta no estrangeiro, enquanto o povo timorense sofre as maiores privações.

"Não é apenas uma questão de gastar o dinheiro do fundo do petróleo, mas de gastá-lo responsavelmente", respondeu a Fretilin, lembrando que os mil milhões de dólares de que o país dispõe neste momento no Fundo Petrolífero - aliás, aprovado por unanimidade no Parlamento - "foi gerado por recursos não-renováveis", pelo que "precisa de ser investido em actividades que sejam sustentáveis".

Após propostas concretas de distribuição de dinheiro pelos mais necessitados, vindas do lado dos seus adversários e do presidente Ramos-Horta, a Fretilin anunciou que se dispõe a entregar 10 mil dólares por cada suco (equivalente a freguesia) dos 13 distritos do país e a investir 100 milhões de dólares na criação de empregos.

Governar com "transparência", "privilegiar" a justiça, saúde e educação e "combater" a corrupção foram as bandeiras apresentadas por Xanana Gusmão.

Para além dos resultados do CNRT (o mesmo é dizer de Xanana Gusmão, a sua única cabeça de cartaz), os analistas olharão com especial interesse para o número de lugares que obterá o Partido Democrático (PD), o segundo partido mais votado nas últimas legislativas.

O seu líder, Fernando "Lasama" Araújo, conquistou o terceiro lugar na primeira volta das presidenciais, a escassa distância de Ramos. É visto, neste momento, como a principal figura da geração de políticos que se prepara para suceder aos velhos líderes da resistência, representados por Xanana, Horta e Alkatiri.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1298117

Anónimo disse...

Legislativas em Timor-Leste: opções de futuro para um país
30.06.2007, Paulo Castro Seixas
Apesar das tensões, há uma possibilidade real de consolidação
do regime democrático

A realização, em Abril-Maio, das eleições presidenciais e, no dia de hoje, das legislativas em Timor--Leste era algo que, ainda no início do ano, nem todos consideravam possível devido ao que no país se designa simplesmente "a situasaun", ou seja, a crise que em 2006 parou o país.

Em Timor-Leste a tensão persiste e a violência está sempre presente entre o ressentimento, o medo e a revolta. Não menosprezando este caldo cultural, localizadamente explosivo, creio poder-se já dizer que estas duas eleições são um importante contributo para a reconciliação nacional e para a consolidação do regime.

As performances eleitorais de duas grandes personagens, Ramos-Horta e Xanana Gusmão, contribuíram para estabelecer uma relação entre passado e futuro, tradição e modernidade. Ramos-Horta reconciliou o Estado com a Igreja para benefício da autoridade do primeiro e apresentou-se em cartazes junto ao Papa, ao bispo Ximenes Belo e a Jeniffer Lopez e Antonio Banderas, tendo ido votar com a paixão de Cristo estampada na camisa. Xanana, por sua vez, apresentou--se a estas eleições legislativas com três personagens: nos cartazes aparece como guerrilheiro e presidente, mas antes dos comícios incorpora o líder tradicional quando a população o pára para lhe impor as respectivas insígnias.

Quanto à consolidação do regime democrático, mesmo que a alternância não se efective, a sua real possibilidade, que se sente no país, evidencia a compreensão do processo democrático e o fortalecimento do regime num curtíssimo espaço de tempo.

Por outro lado, a percepção muito mais clara que em 2001 de um espectro partidário com possibilidade de disputar o poder (Fretilin, CNRT, PD, ASDT-PSD), a aprendizagem da negociação política pelas coligações formais e informais e, mesmo, a possibilidade de um bipartidarismo em emergência (Fretilin-CNRT) são um sinal de forte consolidação do regime. Para além disso, a existência destes dois partidos não só reflecte muito melhor as divergências complementares do tempo da resistência como torna o regime muito mais legível pelo pensamento social e político tradicional em Timor-Leste, dominado nas suas estruturas de parentesco e poder por um dualismo complementar (clãs tomadores e doadores de mulheres; autoridade sagrada e poder laico, etc.).

Estes aspectos positivos não nos devem fazer esquecer os imensos problemas a resolver: a) a capital fragmentada em bairros, os grupos rivais e os campos de refugiados; b) a dependência do apoio internacional e os seus custos; c) a falta de horizontes da nova geração, a desvalorização dos seus diplomas, o desemprego; d) a falta de quadros e de capacidades para o desenvolvimento económico e social; e) a pobreza acrescida pela crise e seus deslocamentos de população, assim como pelo mau ano agrícola; f) a latência de problemas de divergências culturais, políticas e outras; g) a existência de armas entre a população e, pior ainda, em partidos ou facções dos mesmos; h) a narrativa cultural predominante do guerrilheiro que implica uma sociedade estruturada pelo e no conflito; i) a ausência de uma cultura urbana, identificável ao nível dos padrões dominantes de higiene, natalidade, competências técnicas, responsabilidade no trabalho, integridade, capacidade de organização e de gestão de tempo, espaço, grupos, etc.

As opções de futuro que se colocaram aos timorenses nestas eleições parecem relativamente divergentes. A Fretilin parece apontar um caminho de continuidade na construção do Estado de forma institucionalista, cujo perigo é o de um Estado tutelar criador de uma classe económica directamente relacionada com o aparelho e seus interesses. Já o CNRT aposta na modernização fulgurante de tipo liberal, em função de grandes contratos com multinacionais e outros Estados, sendo o perigo desta aposta a dependência face ao capital estrangeiro e seus interesses. Numa como noutra das opções talvez o maior dos perigos seja - mais uma vez - a subalternização dos timorenses face a uma classe de quadros intermédios que acaba por ter de vir de fora.

E não se vislumbram grandes soluções a curto prazo para tal problema.

De facto, o grande desafio para Timor-Leste, quer se seja adepto de uma opção ou de outra, é o da Cultura e o da Educação. No entanto, urbanizar a cultura e elevar o nível educacional implica um investimento prévio em infra-estruturas de transporte e telecomunicações. Sem saneamento, sem estradas, sem electricidade e sem televisão, faltará sempre a sustentação ambiental para uma cultura urbana e para a imaginação de mudança que a educação propicia como horizonte. Mas, para além das infra-estruturas, torna-se necessário uma política da cultura que identifique os timorenses com Timor, pelo ambiente, pelo edificado, pelas histórias, pelos livros... pela(s) língua(s), possibilitando uma coerência de unidade na diversidade entre o passado, o presente e o futuro. Substituir o guerrilheiro pelo estudante e a catana e a busca de liberdade pela caneta, caderno e busca de conhecimento é o desafio para o país.

Antropólogo e vice-presidente de Médicos do Mundo Portugal,
recém-regressado de Timor-Leste

Anónimo disse...

Lusa "fecha" notícias

Público, 30.06.2007

Adelino Gomes

Restrição no acesso
ao noticiário sobre Timor abre polémica


Abrir as notícias sobre Timor--Leste a toda a gente não seria uma boa política da agência Lusa "porque isso iria defraudar os clientes que pagam esse serviço", disse o director da agência noticiosa, Luís Miguel Viana, ao PÚBLICO. Viana respondia a críticas na blogosfera local à agência, que deixou de disponibilizar gratuitamente o serviço de Timor . Num apelo que circula no blogue Em Directo de Timor (timor-online.blogspot.com), sustenta-se que "o investimento que a Lusa tem feito em Timor-
-Leste desde 1999 é substancial e digno de enorme respeito", razão pela qual a agência deveria voltar a permitir o acesso livre "a todos" os despachos sobre Timor-Leste. "Como é possível ser mais acessível e rápido aceder a notícias sobre Timor-
-Leste de qualquer outra agência, nomeadamente Reuters, France Presse, Associated Press e Australian Associated Press?", pergunta, por sua vez, Paula Pinto, que mantém e distribui, graciosamente, um apanhado diário sobre notícias relacionadas com Timor. "O número de notícias acessíveis sobre Timor-Leste em portais do Nepal ou Brunei - claro, em inglês - é superior ao da Lusa!", queixa-se, classificando o comportamento da Lusa de "vergonhoso".

Apesar desta política restritiva, Luís Miguel Viana diz que a agência tem vindo a disponibilizar a utilizadores em Timor-Leste passwords (senhas) individuais que permitem o acesso àquele noticiário. Estas são atribuídas pelo correspondente da agência em Díli, o jornalista e escritor Pedro Rosa Mendes, que canaliza a proposta para os serviços comerciais da empresa pública, na qual se procede a uma análise que tem como ponto essencial "o seu não-uso para fins comerciais".

Entre os utilizadores locais contemplados até agora, encontram-se o Governo timorense, a GNR, as duas dioceses e professores de Português. A.G.

Anónimo disse...

Tradução:
Coligação a dois ou a três levará Fretilin à oposição
Diário de Notícias, 30/06/07

ARMANDO RAFAEL

Governo poderá juntar CNRT, PD e PSD/ASDT

Quem será o próximo primeiro-ministro de Timor-Leste? Esta é a pergunta que todos fazem no dia em que os timorenses vão às urnas para escolherem os 65 deputados do novo Parlamento.

O que, em termos práticos, sucederá pela primeira vez, uma vez que as eleições de 2001 se destinavam a eleger uma Assembleia Constituinte.

Na altura, previa-se que as legislativas se realizariam um ano depois. Mas por decisão unânime dos deputados, que optaram por transformar a Constituinte num Parlamento, isso nunca ocorreu.

Seis anos depois tudo mudou no país, salvo a falta de empregos e a pobreza extrema em que ainda vivem muitos timorenses.

Xanana Gusmão deixou de ser Presidente da República, criou um partido - Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) - e pretende afastar a Fretilin e o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri do poder. Contando, para isso, com o apoio dos restantes partidos, que pretendem recorrer às verbas de um Fundo Petrolífero que já ultrapassou os mil milhões de dólares. A começar pelo PD e pelo PSD/ASDT. Só que ninguém sabe quem poderá liderar esse Executivo.

Xanana já disse que preferia ser presidente do Parlamento, sugerindo que Mário Carrascalão, que lidera a coligação PSD/ASDT, poderia ser o primeiro-ministro ideal para o pós-Fretilin. Tudo dependerá de se saber quem fica à frente, partindo do pressuposto que nem a Fretilin, nem o CNRT, PSD/ASDT ou PD estão em condições de obter uma maioria absoluta.

Uma tal situação deixaria tudo ou quase tudo em aberto. Mesmo que a Fretilin, que tem liderado o país, ainda conseguisse vencer as eleições e suplantar o CNRT.

A avaliar pelos resultados das presidenciais que se realizaram há pouco mais de um mês, e em que Ramos-Horta bateu o candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu-Olo", não é totalmente impossível que o partido de Mari Alkatiri possa vencer as legislativas. Mas se o conseguir, ficará limitado a uma maioria relativa e terá de passar à oposição, não tendo com quem se coligar. Pelo menos, nesta fase.

Se assim for, o novo Governo timorenses acabará por sair de uma plataforma que reúne CNRT, PD e PSD/ASDT. Aos quais se poderão juntar outras formações, desde que elas ultrapassem a barreira dos três por cento imposta pela nova lei eleitoral, que reduziu o número de deputados (de 88 para 65) e substituiu os 13 distritos por um único círculo eleitoral.

O que, para já, ninguém consegue prever é o peso real da Undertim, liderada pelo ex-guerrilheiro Cornélio Gama (L7), ou do Partido da Unidade Popular, que é presidido por Fernanda Borges, uma ex-ministra das Finanças que é sobrinha do Bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento. E que tenderão a juntar-se ao CNRT, PSD/ASDT e PD. Contra a Fretilin.

Anónimo disse...

Tradução:
Timor-Leste: CNE destaca grande afluência às urnas
Diário Digital / Lusa
30-06-2007 10:05:00

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Timor-Leste destacou hoje que os eleitores timorenses «votaram em grande número» nas legislativas que decorreram no país e cujas urnas já encerraram.
Numa nota de imprensa e sem adiantar números, a CNE sublinha a satisfação por a votação ter decorrido «pacificamente» e que a parte logística permitiu que as urnas abrissem e fechassem à hora prevista.
«Como vem sendo hábito, a grande maioria dos eleitores votou às primeiras horas da manhã. A adesão de eleitores foi aparentemente elevada, embora em alguns distritos se tenha notado uma ligeira redução do número de votantes, comparativamente às eleições presidenciais», lê-se no documento.
«À hora do fecho das urnas, as equipas da CNE no terreno reportaram que o processo eleitoral decorreu com normalidade. Os procedimentos de votação, tais como controlo de filas, identificação dos eleitores, verificação e colocação de tinta nos dedos, foram respeitados de forma eficaz pelos oficiais das Estações de Voto», acrescenta-se.
No entanto, refere-se no documento, foram detectados alguns problemas que, embora menores, afectaram temporariamente algumas assembleias de voto.
Entre eles, a CNE registou a entrega de boletins de voto no local errado, outros sem número de série ou manchados, menores de idade que tentaram votar e a existência de materiais de propaganda política em algumas estações de voto.
«Todas estas questões foram resolvidas correctamente pelos oficiais das assembleias de voto, com a ajuda das equipas do STAE (Serviço Técnico de Administração Eleitoral) e da CNE, sob a supervisão dos Comissários da CNE», sublinha-se no documento.
A CNE adianta ainda que, cerca das 16:30 locais (08:30 em Lisboa), meia-hora após o encerramento da votação, as urnas, já seladas, começaram a ser transportadas para as Assembleias de Apuramento Distritais.
É aí que se vai proceder à contagem dos votos, a partir das 07:00 locais de domingo (23:00 de hoje em Lisboa).
Os resultados estarão disponíveis através da Internet e serão actualizados de quatro em quatro horas, no sítio da CNE em: www.cne.tl.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=283504

Anónimo disse...

Timor-Leste/Eleições: Menos votantes do que nas presidenciais - STAE
11:37 sábado, 30 JUN 07

Díli, 30 Jun (Lusa) - Os primeiros dados sobre as eleições legislativas que hoje decorreram em Timor-Leste "apontam para uma descida de afluência em relação às presidenciais", declarou o director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Tomás Cabral.

Nenhum incidente de segurança grave ocorreu no país no dia da votação, afirmou o director do STAE, apesar de em Ossú, Distrito de Viqueque (Leste), a votação ter estado temporariamente interrompida.

A interrupção aconteceu às 15:05 (07:15 em Lisboa) devido ao apedrejamento de uma estação de voto por indivíduos que se encontravam no exterior, explicou Tomás Cabral.

"Não houve tiroteio", declarou à agência Lusa o chefe da Unidade Eleitoral da Missão das Nações Unidas (UNMIT), Steven Wagenseil, pouco antes da conferência de imprensa do STAE.

O incidente foi rapidamente controlado por militares do Bangladesh da Polícia das Nações Unidas.

Outros incidentes menores, com alegadas tentativas de fraude que estão a ser investigadas, ocorreram em Balibó (Oeste), Ainaro (centro) e Metinaro (com uma forte concentração de deslocados, a leste da capital).

A votação foi considerada um sucesso pelo STAE e pela UNMIT.

A normalidade das legislativas foi também a conclusão unânime de
observadores internacionais contactados pela Lusa depois do encerramento das urnas.

"Eleições profissionais, bem organizadas e muito calmas", resumiu um dos responsáveis da missão de observação da África do Sul.

O mesmo sublinharam observadores da União Europeia e do parlamento Europeu, da CPLP e do Japão ouvidos pela Lusa.
PRM/JSD
Lusa/fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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