segunda-feira, abril 30, 2007

Nações Unidas têm dois pesos e duas medidas

Que autoridade tem as Nações Unidas para virem exigir que se façam cumprir as recomendações da sua própria Comissão Independente de Inquérito, que incluia os casos de Reinado e Railos como fortes suspeitos de terem cometido crimes de homicídio, quando a própria polícia das Nações Unidas não executa as ordens dos tribunais e não os capturam?

Existem dois pesos e duas medidas em Timor-Leste. Até agora apenas Rogério Lobato foi levado a tribunal, e condenado. Neste caso as Nações Unidas souberam elogiar o sistema judicial timorense. E convém não esquecer que Rogério Lobato foi condenado por ser o autor moral de crimes executados por Railos! Este continua à solta, aparece em público todos os dias em actividades de campanha de Ramos-Horta e do CNRT!

Mas as Nações Unidas não respeitam o mesmo sistema judicial e não cumprem os mandados de captura de assassinos protegidos de Ramos-Horta e Xanana Gusmão.

As Nações Unidas são um organismo cada vez mais desacreditado. Em África e aqui.

Shame on you, Mr. Atul...

3 comentários:

Anónimo disse...

“Greater Sunrise” entre a Austrália e Timor-Leste
A ajuda da Austrália está fortemente centrada no reforço das competências do Governo de Timor-Leste em áreas como direito, justiça e governação.

Diário Económico, 30/04/07
Luke Williams

Recentemente, a Austrália e Timor-Leste efectuaram uma troca formal de notificações para a entrada em vigor dos dois tratados que regulam os acordos entre ambos os países relativos ao Mar de Timor.
O “Acordo Internacional de Unificação” (AIU) e o “Tratado sobre certos Acordos Marítimos no Mar de Timor” (Tratado CAMMT) definem, em conjunto, regimes legais e fiscais estáveis, entre a Austrália e Timor-Leste, para a exploração dos recursos petrolíferos no Mar de Timor, em benefício de ambos os países.

O CAMMT suspende durante cinquenta anos as reivindicações de ambas as partes quanto à jurisdição e delimitação de fronteiras do Mar de Timor. A Austrália concordou em repartir de forma igual com Timor-Leste as receitas das reservas do “Greater Sunrise”, o que irá ajudar a sustentar a independência económica do seu vizinho.

O AIU permitirá o desenvolvimento do “Greater Sunrise”, um vasto campo de gás que ladeia a fronteira oriental da Área de Desenvolvimento Petrolífero Conjunto (ADPC) no Mar de Timor. A partilha idêntica das receitas do “Greater Sunrise” ao abrigo do CAMMT poderá fazer com que a Austrália e Timor-Leste recebam até 10 milhões de US$ cada durante a vida do projecto.

Estes novos acordos marítimos vêm juntar-se à generosa repartição estipulada pela ADPC no âmbito do Tratado do Mar de Timor de 2002, segundo a qual Timor-Leste recebe 90% das receitas da produção de petróleo, o que poderá valer 15 mil milhões de US$. O Fundo de Petróleo de Timor-Leste, estabelecido para receber e administrar as receitas originárias das vendas de petróleo e gás, tem actualmente um saldo de mil milhões de US$ proveniente da exploração dos recursos da ADPC.

Segundo os novos acordos, a Austrália continuará a exercer jurisdição sobre a plataforma continental fora do ADPC e a sul do limite do leito marinho definido entre a Austrália e a Indonésia em 1972, ao passo que Timor-Leste poderá exercer legislação relativa às pescas dentro da ADPC. Será igualmente criada uma Comissão Marítima para permitir o diálogo ao mais alto nível sobre uma série de questões de importância no Mar de Timor, incluindo a gestão de ameaças de segurança às plataformas ‘offsore’ e cooperação na gestão de recursos pesqueiros.

A Austrália tem, a par com Portugal, estado na linha da frente em termos de apoio a Timor-Leste durante a sua transição para a independência, incluindo no papel assumido durante a primeira missão de monitorização das Nações Unidas em Timor-Leste (UNAMET). A Austrália liderou a Força Internacional para Timor-Leste (INTERFET) que restabeleceu a segurança no território após a violência de 1999 e continuou a desempenhar um papel de liderança nas equipas de paz das Nações Unidas que se seguiram, na Administração Transitória das Nações Unidas (UNTAET), na Missão de Apoio das Nações Unidas (UNMISET) e no Gabinete das Nações Unidas (UNOTIL). Durante a recente crise em Timor-Leste, a Austrália respondeu rapidamente ao pedido de ajuda do Governo de Timor-Leste para a estabilização da situação de segurança interna.

A Austrália disponibilizou mais de 450 milhões de dólares australianos em ajuda a Timor-Leste desde 1999 e mantém, desde 2004, um programa anual de ajuda superior a 40 milhões de dólares australianos. A ajuda da Austrália está fortemente centrada no reforço das competências do Governo de Timor-Leste em áreas como direito, justiça e governação, particularmente no planeamento e gestão do orçamento para apoio ao fornecimento de serviços básicos e na melhoria das condições de vida no meio rural, a nível, por exemplo, do abastecimento de água, saneamento e saúde. O Governo australiano continuará a apoiar e a cooperar com Timor-Leste a longo prazo.

Luke Williams, Embaixador da Austrália
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/976547.html

Anónimo disse...

As Nacoes Unidas ja esta desacreditada ha muito! Esses bandoleiros que andam por Timor, representando-a nao passam de reciclados corruptos originados de paises ainda mais corruptos do que a propria Indonesia, a servico de certos interesses Imperiais! Sao tao crediveis como o Wiranto, o Alatas o Xanana e o Horta!
Ze Cinico

Anónimo disse...

Good comment

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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