sábado, março 31, 2007

Militares deverão partir no ínício da próxima semana - GNR

Lisboa, 30 Mar (LusaTV) - A partida dos 77 militares da GNR, que vão reforçar o contingente português estacionado em Timor-Leste, está prevista para o início da próxima semana, dependendo apenas "chegada do equipamento indispensável para a missão".

A informação foi esta manhã avançada pelo Comandante-Geral da GNR, Mourato Nunes, à margem da cerimónia de despedida da força de reforço do Sub-agrupamento BRAVO no Comando do Regimento de Infantaria, em Santa Bárbara, Lisboa.

A GNR encontra-se em Timor-Leste desde o início de Junho de 2006, ajudando na restauração da paz e ordem pública, apoiando a Polícia Nacional de Timor-Leste na sua reconstituição, formação, treino, bem como no planeamento e segurança das eleições no próximo dia 09 de Abril.

Actualmente com 143 militares, o Sub-agrupamento BRAVO vai ser reforçado com mais 77 elementos, de acordo com uma decisão das Nações Unidas.
"As Nações Unidas sentiram, bem como o Governo timorense, a necessidade de reforçar o efectivo policial que tem em Timor-Leste e entendeu por bem que esse efectivo fosse reforçado à custa de elementos da GNR", declarou à Lusa o Comandante-Geral da GNR.

Segundo explicou Mourato Nunes, "de acordo com a análise na situação no local", o Governo português entendeu que "o mais profícuo e rentável do ponto de vista operacional, e menos dispendioso, seria reforçar a unidade naquele país e não, reforçar uma unidade nova".

"Essa proposta foi apresentada ao Governo que determinou, através de uma resolução do Conselho de Ministros, que a GNR enviasse estes elementos", explicou.

Relativamente às áreas de actuação do novo contingente militar, "prioritariamente, estas são dirigidas para a zona de Díli e áreas envolventes, mas também para missões que sejam necessárias no interior do país, determinadas, caso a caso, pelas Nações Unidas".

Mourato Nunes considerou que existe actualmente em Timor-Leste "um situação de instabilidade social e política, o que é normal numa jovem democracia saída de um período de guerra tão prolongado", mas desvalorizou o seu "índice de gravidade".

"Direi mesmo que nas últimas semanas se tem vivido um período de significativa acalmia o que não é estranho, em primeiro lugar, devido á intervenção política dos responsáveis em Timor-Leste, mas também das forças de segurança e, neste caso, em particular a actuação da GNR através do seu agrupamento BRAVO", sublinhou.

Inquirido sobre a "alegada" possibilidade de uma sublevação militar semelhante à registada em Abril último, tendo em conta a "jovem democracia", Mourato Nunes admitiu haver "consequências que ainda hoje se repercutem", mas desvalorizou esse cenário.

"É natural que alguns desses elementos que, neste momento, estão fora de controlo, possam vir a ser regimentados por alguma das facções, mas isso é uma possibilidade, poderá acontecer que se mantenha este clima de acalmia que temos vivido", concluiu.
SMS-LusaTV/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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