domingo, janeiro 07, 2007

Notícias - traduzidas pela Margarida

Monteiro: Alkatiri é ainda suspeito
27/12/2006

Unotil

Em resposta a notícias e rumores de que o caso das alegações sobre o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri de distribuição ilegal de armas foi arquivado, o Procurador-Geral, Longinhos Monteiro declarou que não há ainda nenhum anúncio oficial do seu gabinete sobre o assunto.

Perguntada a sua opinião sobre o estatuto de Alkatiri, Monteiro disse que “até agora, o seu estatuto é ainda de suspeito e não houve mudança ainda deste estatuto.” Monteiro afirmou ainda que no caso de alguma mudança, sobre arquivar ou processar o caso, o público será informado de todo o processo e dos argumentos. (DN & STL)

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Antes de celebrar o seu aniversário, o PM bateu numa criança na rua
Artigo do Timor Post
27 Dezembro 2006

Dili, TP

Mesmo apesar de para o seu 57o aniversário na Terça-feira (26-12), o Primeiro-Ministro Dr. José Ramos Horta ter convidado crianças para jantar na sua residência na Areia Branca, Meti Aut, de modo a mostrar que dá sempre muita importância ao bem-estar das crianças hoje e no futuro, noutra altura, na verdade, mostrou um outro lado.

Na Sexta—feira antes do Primeiro-Ministro ter celebrado o seu aniversário (15-12) uma criança de 13 anos foi vítima de violência quando foi batido pelo responsável do governo e laureado do Nobel da Paz juntamente com o Bispo Belo na Noruega em 1996.

O rapazinho com o pseudónimo de Ajoy, foi atacado somente porque acendeu um bombinha de artifício que foi na direcção do carro do PM, acompanhado por outro carro de segurança. Logo depois do ataque ter ocorrido, um oficial de segurança Português pôs a vítima Ajoy no carro e levou-o para o posto de polícia de Fatuhada.

Como estava assustado e sabendo que era apenas uma criança, depois de ter sido liberado, uma hora passada, Ajoy escolheu permanecer calado sobre o incidente e continuou a viver no campo de deslocados perto do aeroporto. A sua família tem vivido lá desde a crise política e militar. Contudo o TP teve sucesso em encontrar-se com Ajoy na sua tenda no aeroporto no Sábado 23-12. Apesar de assustado, Ajoy foi capaz de descrever calmamente o incidente violento que envolveu o PM. Ajoy declarou que nessa Sexta-feira à tarde, Ajoy, como outras crianças estavam a brincar com pequenas bombinhas na rua à volta de Lafatik com alguns amigos.

Estáva lá, afirmou Ajoy, quando por perto passou o carro do PM Horta com um carro de segurança, e ele acendeu a bombinha. Mas não o fez para atingir o carro. Ajoy diz que a bombinha não atingiu nenhum dos carros. “A minha bombinha não atingiu o carro do PM. Nem sequer acendi a bombinha porque o PM estava a passar. Antes do incidente, já lá estávamos a brincar.” disse Ajoy.

Talvez porque isso os surpreendesse, Ajoy (um aluno do primeiro ano da escola secundária) disse que os dois carros pararam de repente. O oficial de segurança Português, armado com uma pistola, saíu do carro e agarrou Ajoy ao meso tempo que o PM Horta lhe bateu duas vezes na cara.

Quanto ao que sentiu sobre a conduta do PM, Ajoy baixou a sua cabeça e disse: “Fiquei surpreendido quando ele (Horta) veio direito a mim e me bateu na cara. Bateu-me duas vezes na cara. Mas eu não pude fazer nada talvez porque tivesse errado e por isso ele me bateu.”

Depois de ter sido atingido, Ajoy disse que o oficial de segurança Português o pôs no carro com o acordo de Horta para o levar para o posto de polícia de Fatuhada. Depois de deixarem Ajoy no posto de polícia, Horta e o seu oficial de segurança continuaram o seu caminho para o centro da cidade.

Porque Ajoy é uma criança e não culpado, a polícia de lá levou-o de volta ao campo de deslocados onde reside.

Entretanto por outro lado quando falava com o TP no palácio do Presidente, o PM Horta reconheceu o que fizera ao jovem Ajoy. Mas disse que não lhe bateu duas vezes na cara, bateu-lhe uma vez e puxou-lhe as orelhas.

O laureado do Nobel da Paz considera o método de bater que usou como um meio adequado para disciplinar uma criança desobediente.

“Uma bofetada e um puxão de orelhas foi para o ensinar a não ser mau. O problema é com os que atiram pedras e os pais que não educam os filhos. Peço aos pais para que assegurem que os seus filhos não façam tais coisas, atirarem pedras ao acaso aos carros das pessoas. O Governo e os cidadãos particulares gastaram milhares de dólares por causa do mau comportamento das crianças, por causa de os pais não educarem os seus filhos.”

Quanto se de facto a criança apedrejou o carro de Horta, Horta respondeu: “Sim, sim. Ele atirou pedras ao mei carro e aos carros de muitas outras pessoas. Usando uma bombinha, isso eu não vi.”

Esta conduta do PM foi testemunhada por muita gente porque foi um incidente muito público. Quando o TP se encontrou com uma testemunha que vive perto da rua em Lafatik, a testemunha disse: “Vi com certeza o Primeiro-Ministro José Ramos Horta bater na criança na rua ali (Lafatik).” Quanto ao incidente do PM Horta ter batido na criança, a testemunha concordou com o que a vítima disse. “O oficial de segurança estrangeiro branco saiu do carro e agarrou a vítima. O PM Horta saíu do carro e esbofeteou a cara da vítima. Vi que Horta talvez ficasse surpreendido commo barulho da bombinha no momento em que o carro passou.”

A testemunha, que não se quis identificar por razões de segurança disse ainda, “Sendo o membro de topo do governo, o PM Horta não devia mostrar estas atitudes em público.”

Quanto se houve muitas pedras atiradas a carros naquela área como disse Horta, a testemunha indicou que depois do PM ter batido no jovem Ajoy, com certeza que viu carros a serem apedrejados mas que só viu carros do governo a passar em Lafatik. Disse que os carros do governo foram apedrejados porque um grupo não identificado ficou zangado com a conduta do PM de bater num jovem.

Por outro lado, a família da vítima disse que compreendeu o que o PM fez talvez porque a criança errou. Pedem somente que sendo um líder nacional, o PM Horta não devia ter batido na criança em público porque isso pode sujar o nome dele.

A família da vítima disse que como pai, José Ramos Horta tem o direito de ensinar Ajoy e também reconhecem que o que Ajoy fez foi talvez errado. No mesmo local, o coordenador do campo de deslocados do aeroporto, José da Conceição, disse que recebeu uma queixa sobre o PM Horta ter esbofeteado uma criança. Também ele não quis politizar o incidente porque a família da vítima já o tinha informado que a criança errara.

Mas José disse que a conduta do PM Horta não era certa porque Horta é um líder nacional e receptor de um Prémio Nobel da Paz. “Como pai, Horta pode ensinar crianças más mas não perante os olhos do público porque não é adequado. Como Primeiro-Ministro, Horta deve controlar-se e não fazer nada que possa sujar o seu nome.”

Entretanto ao responder sobre a atitude de Horta, o Presidente do Partido Democrático Cristão, António Ximenes, disse sentir-se triste e criticou fortemente a conduta do PM Horta como não sendo o caminho certo porque somente suja a sua imagem.

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Four Corners e o Golpe em Timor-Leste
New Mathilda - 6 Dezembro 2006

Por: Tim Anderson

Sobre o que está em cima; se eu fosse Jackson, Buckfield e Cronau, para não mencionar a ABC estaria a preparar-me para a perseguição legal de Alkatiri que deve está para vir, agora que a investigação foi arquivada, ou descartada por falta de melhor palavra por falta de qualquer evidência para apoiar um caso de evidência aparente contra o antigo PM de Timor-Leste.

Advogados com quem falei pensam que Alkatiri não terá problema em provar que houve má intenção e indiferença sobre a sua reputação quando construíram a história com os factos mais frágeis e baseados em alegações dum acusador altamente desacreditado.

A agora famosa "Defesa de Theophanous " na lei de difamação Australiana baseada no facto de os políticos deverem ter "costas largas" e por isso serem mais moderados, só se manterá na ausência de má intenção. Estes tipos da ABC juntaram um bando de canalhas, com sangue nas mãos e armaram-nos com acusações fabricadas, que foram negadas em cada oportunidade pela pessoa perseguida bem como por outras pessoas reputadas, bem como deram um peso desigual ao amotinado Railos, (que era um provado ladrão de fundos das forças de defesa de Timor-Leste) e cuja credibilidade era extremamente suspeita, tudo isto aponta para má intenção. Alkatiri foi tramado e só Deus sabe como é que tudo isto vai acabar quando todas as testemunhas e as suas notas e o arquivo dos seus email e etc etc forem requisitados e espiolhados. Prestem atenção gentes, porque é importante que Alkatiri persiga estas pessoas....é também importante para o bem-estar do corpo de políticos Australianos.

Estas pessoas mostraram também total indiferença e falta de desportivismo, pessoas que incluem não somente os jornalistas em questão que foram atrás dele com más intenções premeditadas, mas também os burocratas de Canberra do DFAT e figuras políticas tanto na a Austrália como em Timor-Leste que o perseguiram com iguais intenções maliciosas.

Não esqueçamos que há ainda na maioria dos estados da Austrália o crime por difamação criminosa. No caminho para as eleições Australianas do próximo ano....isto vai ser muito mais divertido para algumas pessoas.

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Howard avisa de desassossego no Pacífico
Fiji Times Online

1100 FJT
Terça-feira, Janeiro 02, 2007

Actualização: O Primeiro-Ministro da Austrália acusou a China e Taiwan de interferência "diabólica" nas traseiras da Austrália no Pacífico.

John Howard diz que a Austrália precisa de trabalhar mais para impedir que as nações ilhas do Pacífico Sul caiam nas mãos de grupos hostis.

Foi citado pela Pacific News Agency Service PACNEWS, como tendo dito que a Austrália se engajará na região durante 20 anos lutando para restaurar a ordem em nações como Fiji, Timor-Leste, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné.

"Compreendo que os Australianos digam, 'Bem, vejamos, esqueçamos e deixemos que sigam a sua própria cabeça. Não se estrague nenhum dinheiro'," disse.

"Mas esta é a abordagem errada porque cairão nas mãos do diabo de outros países."

"Certamente há um pouco de luta entre China e Taiwan."

Os avisos sobre o Pacífico de Mr Howards vieram quando o homem forte das forças militares de Fiji, Almirante Voreqe Bainimarama, ameaçou pedir ajuda à China se a Austrália se opuser ao seu regime.

Disse que a Austrália estava a aumentar o tamanho das suas forças armadas para "lidar com coisas na região ".

Mr Howard disse que a Austrália precisará de ter um papel maior na região nos próximos 10 a 20 anos para prevenir a instabilidade na Papua Nova Guiné, Fiji, Timor-Leste e Ilhas Salomão.

O Governo Australiano mandou recentemente forças para Timor-Leste e Ilhas Salomão para ajudar a restaurar a lei e a ordem.

Disse que a Austrália estava numa posição difícil por causa de alegações de interferência.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Que mizeria. Um PM, um lider duma nacao, mais ainda uma nacao aonde se tenta eliminar a violencia (e que fala muito ele sobre isto mesmo), um recipiente do premio nobel da paz, a violar um direito fundamental, direito da crianca.

E provavelmente a mentir. O miudo diz que apanhou duas bofetadas. Todos os testemunhas disseram que foi ainda mais do que isso, alguns a dizerem que foi ate varias bofetadas e pelo menos um pontape. E o que que este Portugues da seguranca pensa que esta a fazer? Nao esta ca como policia da ONU nem da cooperacao portuguesa segundo as minhas fontes. E foi complicito nesta vilacao, proque foi testemunhado como o que agarrou e permaneceu a agarrar no miudo para facilitar o assalto pelo PM. Devia ser porcessado criminalmente.

Vamos ver se a justica anda ou nao anda neste pais.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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