segunda-feira, outubro 23, 2006

Notícias - Tradução da Margarida

Tradução da Margarida.

UNMIT – Revista dos Media Diários
Sábado 21 & Segunda-feira 23 Outubro 2006

Reportagens dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste


A Fretilin não está satisfeita com o relatório

O Comité Central da Fretilin não está satisfeita com os resultados do relatório da COI, o qual fiz falhou em não ter identificado as causas do problema, falhou em não ter dado factos concretos em relação aos líderes ou à interferência deles nos problemas, falhou em não ter mencionado os encontros que se realizaram em vários locais, e falhou em não ter questionado a legalidade ou a ilegalidade de (acções) de alguns partidos políticos que contribuíram para a conspiração ou golpe de Estado. Estas foram as declarações feitas pelo Vice-Secretário-Geral da Fretilin José Reis e Manuel Fernandes, Secretário do Estado para a juventude e Desportos durante uma conferência de imprensa realizada na Sexta-feira. Reis disse que a Fretilin gostaria de apressar o processo de inquérito de acordo com a Constituição da RDTL. Rejeitou o pedido de um Congresso Extraordinário da Fretilin Mudança dizendo que não há evidência suficiente para se estabelecer um processo judicial contra Mari Alkatiri e Rogério Lobato. O Vice-Secretário-Geral da Fretilin disse que o seu partido não realizará outro congresso e está aberto ao diálogo com toda a gente incluindo o Grupo para mudanças.

O antigo Primeiro-Ministro Alkatiri disse aos media na Sexta-feira que apesar o relatório da COI não estar completo é uma maneira de se avançar com o trabalho, acrescentando que os Comissionários podem não ter tido tempo suficiente para fazer o seu trabalho e sublinhando que o relatório só se foca nos factos e não analisa nem aponta as causas principais que levaram à crise. Alkatiri disse que o relatório reflecte o contexto geral das instituições em Timor-Leste dizendo que elas ainda são fracas. Acrescentou que o documento foca a história prévia do conflito entre 1974-1975 no país mas omite alguns eventos entre Janeiro, Abril ou Maio deste ano. Apela ao Estado, ao Presidente da República, ao Parlamento Nacional, Governo e o Tribunal para mais investigações, visto que o relatório não está completo. Alkatiri sublinhou que como antigo Primeiro-Ministro é responsável mas defender-se-á em tribunal.

O Procurador-Geral Adjunto, Ivo Valente disse que os procuradores Timorenses não se envolveriam na investigação conforme recomendações do relatório da COI de modo a dar credibilidade ao sistema judicial e evitar serem acusados de tomar partido com A, B ou C. Valente disse que estas medidas são um passo para melhorar o sector judicial e trazer uma imagem de confiança ao sistema em Timor-Leste. (TP, STL)

A Recente violência é resultado de trauma colectivo

Falando durante um seminário para comemorar a entrega do Nobelda Paz a dois filhos de Timor -Leste, o Primeiro-Ministro Ramos-Horta disse que o recente conflito é o resultado de 24 anos de guerra descrevendo-a como um trauma colectivo em vez do resultado de mais pobreza. Ramos-Horta disse que alguns peritos argumentam que o alto desemprego e a pobreza levam ao conflito mas ele classifica (este) como uma construção de trauma após muitos anos em que as pessoas tiveram que viver em guerra. Também reconheceu que instituições governamentais fracas são factores que contribuíram para a violência recente, acrescentando que é necessário o diálogo para ultrapassar o problema. Disse que o governo realiza o programa ‘simu malu’ nos bairros, elogiou o trabalho da sociedade civil em trazer a paz às comunidades, e pediu aos que estão no poder para não politizarem ou usarem instituições do Estado para os seus interesses políticos. (TP, STL)

A cultura de Timor é de violência não é de paz

O Bispo Belo, um dos oradores principais do Seminário sobre o Prémio Nobel da Paz no Sábado disse que fez um estudo sobre conflitos e paz em Timor-Leste desde o século 17. E a conclusão é que Timor não tem uma cultura de paz mas de conflito. O Bispo disse que ainda não escreveu um livro mas que o resultado das suas análises é que desde o século 17 Timor não teve paz, o país tem estado em guerra constante do leste para o oeste, entre famílias, contra a Holanda, Portugal, Austrália e Japão. Sublinhou que o povo de Timor-Leste deve trabalhar no duro para substituir a violência com uma cultura de tolerância, paz e respeito mútuo e que a Declaração Universal dos Direitos do Homem devem ser multiplicadas e distribuídas à juventude para a estudar de modo a terem a coragem para a pôr na prática. Depois da sua chegada a Dili na semana passada, o Bispo Belo visitou os campos de deslocados em Comoro e Tibar. (TP, STL)

A paz deve ser reconhecida: SRSG Reske-Nielsen

O SRSG em exercício Finn Reske-Nielsen disse que cada pessoa em Timor-Leste deve reconhecer a paz dentre de si mesmo, no seu bairro e em toda a sociedade de modo a não perder o valor da independência alcançada depois duma longa luta. O SRSG em exercício proferiu estas palavras durante o seminário com o tema, “Paz nos nossos Corações, Paz no nosso País e Paz no Mundo,” no Sábado no Hotel Timor, Dili. Disse que apesar dos Timorenses terem adquirido a sua independência, as pessoas de Dili ainda não experimentam a sua liberdade e paz nas suas vidas hoje. Disse ainda que a ONU quer ajudar os Timorenses a avançarem, sublinhando que há muito trabalho que precisa de ser feito como as eleições em 2007. O SRSG em exercício também disse que está contente por os líderes terem recebido o relatório da COI com serenidade. (STL, TP)

Editorial TP: Independência do Tribunal

O editorial de hoje foca a independência dos tribunais, um desafio que os tribunais de Timor-Leste enfrentam. De acordo com uma avaliação da COI, os tribunais de Timor-Leste terão dificuldades em processarem os responsáveis da crise em Abril e Maio duma maneira sincera, justa e imparcial devido à falta de recursos humanos, independência ds tribunais e interferência política. Ralph Zacklin, um dos Comissários disse que o sistema é ainda fraco devido à falta de pessoal treinado. O editorial disse que há algumas fraquezas como a necessidade de mais recursos humanos e outros recursos para apoiarem o trabalho do sistema judicial, apontando o esforço que tem sido feito para recrutar procuradores e juízes internacionais para apoiar o sistema de justiça e dar treino aos Timorenses para reforçar a sua capacidade. O relatório do COI trouxe mais dúvidas sobre a independência dos tribunais para um povo á cáptico que pensa que o envolvimento de expatriados para ajudar o sector judicial tem contribuído para a sua fraqueza. Dado que os Timorenses não podem ainda ter a responsabilidade do seu desenvolvimento, o sistema judicial não tem estado a ajudar muito. Será o sistema judicial Timorense independente e livre de intervenção política e ganhará a confiança do povo? Deve-se esperar para ver. (TP)

A violência deixou uma pessoa ferida

De acordo com o Timor Post a situação na capital Dili tem estado quieta depois da saída do relatório da COI, contudo, no Domingo a situação mudou com lutas espontâneas entre grupos desconhecidos na área de Ai Mutin, Mercado Comoro, Rotunda Comoro, Bidau e Jardim Colmera. O pior impacto foi na Rotunda de Comoro onde um grupo de gente desconhecida atacou um motorista que parou para falar com eles mas enfrentou facas e catanas. Conseguiu fugir da área mas deitaram fogo à sua motorizada. De acordo com o Timor Post o grupo que atacou o motorista fugiu para o campo de deslocados de Comoro logo que os amigos do jovem ferido chegaram à vizinhança do ataque. Noutro incidente, um grupo desconhecido começou a atacar antes da missa ter acabado, gente que estava a rezar. As forças internacionais compostas de tropas Australianas e de policies da ONU chegaram e contiveram a situação com o uso de gás lacrimogéneo e tiros para o ar. De acordo com o Timor Post, os ataques em vários sítios de Dili podem ter derivado da descoberta de dois corpos mutilados, que se acredita serem de jovens de Lospalos e Baucau. (TP)

A polícia internacional não tem interesses políticos

A seguir a uma avaliação das forças internacionais, deputados do PD, ASDT, e Fretilin concordaram que a polícia internacional em Timor-Leste não está aqui para defender interesses políticos porque o seu trabalho é ajudar a nação. Concordam que apesar do volume de crimes que continuam nalguns bairros, a polícia internacional está a tentar reduzi-lo. O modo como lidaram com os recentes esfaqueamentos no Matadouro, mostra que não têm nenhum interesse político. Outros deputados, Rui Menezes (PD) e Francisco Carlos (Fretilin) reconheceram a fraqueza do sistema judicial de Timor-Leste devido ao limitado trabalho de juízes e procuradores. Menezes diz que o barómetro desta fraqueza é o trabalho continuado de expatriados visto que os Timorenses ainda estão em treinos. Francisco Carlos disse que há muitos factores por detrás da fraqueza do sistema judicial, apontando que um deles foi o curto período de treino no tempo da UNTAET para juízes e procuradores em Darwin, Austrália que ele não considera suficiente. (STL)

RTTL Títulos das notícias
23 Outubro 2006

Bispo Belo visita o antigo Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri

Falando a um jornalista da RTTL depois de se ter encontrado com o Bispo Belo, Alkatiri disse que de facto muitos Timorenses esperavam que o Bispo Belo estivesse presente numa tal situação. A presença do Bispo Belo pode minimizar a nossa crise em curso e tem esperança que os deslocados regressem às suas casas. Em adição, em resposta ao relatório da COI, Mari Alkatiri estava contente com o relatório, contudo disse que se podem meramente usar as recomendações como base somente para mais acções; contudo, é de opinião que o relatório não está completo. Disse, “A equipa da COI analisou meramente os factos mas não analisou as causas. Puseram também mais história de 1974 & 1975 no fundo do relatório em vez dos eventos ide Janeiro e Fevereiro de 2006.

Numa ocasião diferente, Vicente da Concição, aliás Railos, declarou a sua aceitação e satisfação com o relatório. Disse “Concordo completamente com o relatório como sendo bom e justo e como estou também indicado como uma das pessoas envolvidas na crise, estou preparado para enfrentar o tribunal”. Railos também enfatizou que na realidade as pessoas têm estado à espera de justice e verdade, por isso todas as pessoas que estão recomendadas para serem processadas devem aceitar isso. Apelou a todos os Timorenses para porem um fim à violência porque (as coisas) têm que se resolver através da justiça. A justice é a única maneira para se resolverem problemas, sublinhou.


A/SRSG apela aos líderes Timorenses para estudarem com atenção o relatório da COI

Numa conferência de imprensa televisionada, o A/SRSG Finn-Rieske apelou a cada líder Timorense para lerem com atenção e estudarem o relatório da COI antes de (tomarem) iniciativas. Também exprimiu contentamento sobre a distribuição do relatório que chegou a todos os distritos e sub-distritos. Na mesma ocasião, Antero Lopes, Comissário da UNPol actualizou os media sobre as posições positivas obtidas dos comandantes da PNTL de todos os distritos. Disse que além de acidentes menores comuns, não houvera incidentes significativos desde a saída do relatório. O Sr. Lopes acrescentou que o número de oficiais de policies da ONU chegará aos 932 no fim de Outubro, depois do que irão para os distritos.

Noutra ocasião, o Primeiro-Ministro, Dr. Ramos Horta declarou a prontidão do Governo para trabalhar com a ONU após a saída do relatório da COI e implementar cuidadosamente as suas recomendações. Contudo, antes disso, o Sr. Horta pediu à ONU para fortalecer os sectores da justice incluindo os Tribunais, Tribunal de Recurso, Procurador-Geral, Juízes e Defensores.

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O primeiro-ministro de Timor-Leste parte para o Vaticano para encontro com o Papa
The Associated Press
Publicado: Outubro 23, 2006

DILI, Timor-Leste - O primeiro-ministro de Timor-Leste disse que pediria ao Papa Benedict XVI para visitar a sua pequena nação, afirmando que a presença do Papa podia ajudar a acalmar as tensões depois de meses de violência e de instabilidade política.

"Desejo discutir muitas questões com ele ... incluindo maneiras de ajudar os pobres deste país," disse José Ramos-Horta aos repórteres antes de partir para o Vaticano na Segunda-feira.

O vencedor do Nobel da paz disse que dará ao Papa uma carta do Presidente Xanana Gusmão a convidá-lo para visitar o país predominantemente Católico, que foi mergulhado na crise em Maio quando forças de segurança rivais lutaram nas ruas da capital.

A violência espalhou-se em guerras de gangs, pilhagens e fogos postos que deixou pelo menos 33 pessoas mortas e pôs 150,000 a fugir das suas casas. A calma regressou largamente com a chegada de tropas internacionais e a instalação de um novo governo, mas incidentes isolados ainda ocorrem.

"A presença do Papa em Timor-Leste podia ajudar a acalmar a crise política e a instabilidade," disse Ramos-Horta, cuja campanha não-violenta contra a governação Indonésia lhe deu a ganhar o Nobel da Paz em 1996.

Timor-Leste votou pela independência contra o seu vizinho gigante num referendo organizado pela ONU em 1999, desencadeando uma fúria mor milícias à procura de vingança que deixou 1,500 pessoas mortas.

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Lutas de gangs em Timor-Leste deixa 2 mortos, 4 feridos
The Associated Press

Publicado: Outubro 23, 2006

DILI, Timor-Leste - Dois homens foram esfaqueados até à morte depois de orações da noite em Timor-Leste, disse um director do hospital na Segunda-feira, na última perturbação de violência na pequena nação desde que tropas estrangeiras chegaram em Maio.

Quatro outras pessoas ficaram feridas nas lutas no Domingo à noite entre gangs rivais na capital, Dili, disse António Caleres, director do Hospital Nacional de Dili, à The Associated Press.

O atirar de pedras entre dois grupos de jovens espalhou-se à Igreja Católica de Aimutin, onde partiram janelas antes de esfaquearam os homens não identificados, disseram testemunhas. Ambos foram mortos a blocos da igreja.

Timor-Leste, uma antiga colónia Portuguesa ocupada pela Indonésia até 1999, mergulhou em crise em Abril depois de quase 600 soldados terem sido demitidos por terem feito greve para protestar alegada discriminação.

A violência espalhou-se em guerra de gangs, pilhagem e fogos postos que deixaram pelo menos 33 pessoas mortas e mandaram 150,000 a fugirem das suas casas.

A calma regressou largamente com a chegada de tropas internacionais e a instalação de um novo governo, mas incidentes isolados ainda ocorrem.

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13 comentários:

Anónimo disse...

Parece que o Horta nem o relatório da ONU leu. Lá se diz que os acontecimentos reflectem “instituições estatais frágeis e um débil primado da lei”, “deficiências e falhas”, “ausência de quadros reguladores abrangentes e a prática de contornar mecanismos institucionais existentes”. Ora, tudo isto não se cansou o Mari Alkatiri, ou o Lu’Olo ou o Taur Matan Ruak (entre outros, por exemplo) de previamente apontarem. E estes, trabalharam no duro para pegar num país com 80% das infra-estruturas destruídas, sem quadros, sem leis, sem dinheiro, sem estruturas ou instituições democráticas, sem qualquer experiência de governação e em quatro anos fizeram o que em muitos países ainda hoje não existe: uma Constituição, um quadro legal, um aparelho de Estado, um poder local, um sistema de saúde e de educação a cobrir TODO o país, e sempre num quadro de liberdade, democracia, tolerância e respeito pelas ideias, crenças e igualdade.

Enquanto isso, o laureado laureava a pevide mundo fora, mantendo residência e emprego em Sydney e até gabando-se de, no meio ano (no máximo) que por ano passava no país, NEM sequer ir às reuniões do Conselho de Ministros! Só por isso mesmo é que pode dizer barbaridades como relata o TP e o STL de “o recente conflito é o resultado de 24 anos de guerra descrevendo-a como um trauma colectivo em vez do resultado de mais pobreza”! De tão habituado que tem andado com a sua vida de milionário até já esqueceu o velho, mas sábio ditado de “onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”! Shame on You Mr. Horta! Respeite mais os seus co-cidadãos e o direito que têm à saúde, educação, habitação, trabalho e alimentação.

Anónimo disse...

Já que o Bispo Belo defende a divulgação da Declaração Universal dos Direitos do Homem – gesto que qualquer homem ou mulher de boa vontade só pode aplaudir – deixo aqui a minha contribuição transcrevendo o seu Preâmbulo:

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM
Aprovada pela Assembleia Geral da ONU
10 de Dezembro de 1948

PREÂMBULO
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do homem;

Considerando que é essencial a protecção dos direitos do homem através de um regime de direito, para que o homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;

Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações;

Considerando que, na carta os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos do homem e das mulheres e se declararam resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla;

Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efectivo dos direitos do homem e das liberdades fundamentais;

Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta importância para dar plena satisfação a tal compromisso: (…)"

PS: E transcrevo mais uma vez este “Considerando que é essencial a protecção dos direitos do homem através de um regime de direito, para que o homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;”. Penso que o Bispo entendeu que foi o direito à “revolta contra a tirania e a opressão” que levou os Timorenses – como todos os povos colonizados – a tanto lutarem ao longo dos séculos e que sabe também que é por isso mesmo que hoje lutam também os nossos irmãos e irmãs palestinianos, iraquianos e afgãos entre tantos outros povos em luta contra a tirania e a opressão.

Anónimo disse...

"DUO DA PAZ"

Bispo Belo Presidente
Ramos Horta Primeiro Ministro

"Liderando a mais jovem nacao do milenio"

Anónimo disse...

"RUMO `A PAZ"

Anónimo disse...

Estes dois ultimos comentaristas devem ser coveiros. Com um Bispo Desterrado pela Santa Se para uma paroquia em Mocambique (um dia saberemos as razoes), e um PM de visao curta e lingua comprida como o Horta, fica ditada a nossa sina. Mate Liu e adeus Timor-Leste independente e prospero.

Anónimo disse...

Do que um assassino como Mari : )

Anónimo disse...

Ximenes Belo caga entencas agora, mas quando a falecida Madre margarida comecou a falar, cavou daqui a sete pes doente e so parou em Mocambique. O Horta tambem caga sentencas mas passa a vida a laurear a pevide pelo estrangeiro, enquanto a populacao se esfaqueia e se mata.Que grande Presidente e PM dariam estes dois Nobeis da Paz. Um inquerito aserio ea podridao destes dois artistas que mereciam era o Nobel da Hipocrisia e nao da Paz.

Terça-feira, Outubro 24, 2006 4:04:40 PM

Anónimo disse...

Fez bem a Tamagoshi em publicar os direitos fundamentais do Homem.

Mas para a caridade ficar completa, deveria arranjar forma de os traduzir para coreano e enviar para os amigos do seu partido em Pyongyang.

Como é possível defender um regime daqueles e depois apoiar a FRETILIN? Só se for para deitar abaixo a FRETILIN.
Só falta mesmo o camarada Bernardino Soares repetir que a Coreia do Norte é um regime democrático e com amplas liberdades.
Não têm mesmo vergonha, pois não?

Anónimo disse...

Leitor das 4:51:33 PM: Recomendo-lhe a leitura do relatório da ONU em particular as páginas 33, 50 e 92. Nessas páginas por CINCO vezes se diz que NÃO ocorreu nenhum massacre em Timor-Leste. É pois tempo de acabarem com as difamações, particularmente contra o Mari Alkatiri. Seguem os extractos do relatório com as constatações sobre não ter havido qualquer massacre:

Página 33
Violência em Taci Tolu
56. (…) A Comissão declara que tais rumores de um massacre perpetrado e subsequentemente encoberto pela F-FDTL não passam mesmo disso, ou seja,
são rumores sem qualquer fundamento.
57. As provas mostram que, (…) esforços redobrados envidados por uma variedade de indivíduos e agências não conduziram a quaisquer provas da ocorrência de algum massacre. (…) Nesta conformidade, a Comissão declara que, perante todas a evidências à sua frente, não ocorreu nenhum massacre.

Página 50
O Impacto dos Acontecimentos
100. (…) A Comissão reitera que não existem provas da ocorrência de um massacre de 60 pessoas em Taci Tolu no dia 28/29 de Abril de 2006.

Página 92
B. Constatações
224. A Comissão constata que: (…)

(e) Nenhum massacre de 60 pessoas ocorreu em Taci Tolu nos
dias 28 e 29 de Abril de 2006. (…)

Anónimo disse...

OS TIMORENSES QUE AMAM A SUA PATRIA TÊM DE SE UNIR NUM GRANDE MOVIMENTO POPULAR (LOROSAE E LOROMONU) E CORRER COM OS AUSTRALIANOS, QUE INVADIRAM E ESTÃO A OCUPAR O PAÍS PARA CONTROLAR A SUA SOBERANIA (NA ESTRATÉGIA AUSTRALIANA ESTAS ACÇÕES SÃO DESIGNADAS POR OPERAÇÕES DE PACIFICAÇÃO !!!!) È SÓ HIPOCRISIA PATROCINADA AO MAIS ALTO NÍVEL (PR E PM).

QUEREM TRANSFORMAR O POVO MAUBERE EM "ABORÍGENAS" (PARECE QUE ALGUNS GOSTAM DESSE ESTATUTO!!!.

SERÁ QUE VALEU A PENA A LUTA E SOFRIMENTO PELA INDEPENDÊNCIA PARA SERMOS CONFRONTADOS COM AQUILO QUE SE ESTÁ A PASSAR EM TIMOR-LESTE? SÓ COM UM FORTE MOVIMENTO POPULAR E FORTE UNIDADE NACIONAL SERÁ POSSÍVEL ULTRAPASSAR ESTA CRISE QUE AFECTA SERIAMENTE A DIGNIDADE DOS TIMORENSES E DO ESTADO DE DIREITO.

ESTÃO A SER ENGANADOS! REVOLTEM-SE E MOSTREM DO QUE SÃO CAPAZES OS TIMORENSES!.....CORRAM COM OS AUSTRALIANOS E TAMBÉM COM OS LIDERES QUE VOS ANDAM A ENGANAR, POIS JÁ NÂO PRECISAM DE MAIS EVIDENCIAS. REINADO E COMPANHIA JÁ VIRAM QUE FORAM ENGANADOS E VÃO ACABAR POR SER DESCARTADOS PARA EVITAR COMPROMETER O PR E SEUS LACAIOS…

LUTEM PELA VOSSA SOBERANIA. OS TIMORENSES NÃO PRECISAM DA AJUDA DE PAÍSES COMO A AUSTRÁLIA, QUE QUEREM ANULAR A SUA IDENTIDADE PARA SUBJUGAR O POVO E PODEREM EXPLORAR AS RIQUEZAS DO PAÍS, EXPLORANDO O POVO TIMORENSE E DEFENDENDO OS INTERESSES GEOESTRATÉGICOS E GEOPLÍTICOS DOS EUA

Anónimo disse...

Ukun Racik Aan ,
Kaer Racik Kuda Talin
Kaer kois kuda talin
Kaer fali kuda lasan

Kaer fali kuda lasan
Doko tun doko sa'e
Kaer metin rabat oh
Kaer Lasama rabat rae

Anónimo disse...

Continua na ordem do dia a discussao sobre os Rai Nains e os Malai Oans.

Varios comentaristas insurgiram-se contra os "puristas" que segundo eles desconhecem a historia de Timor e do seu povoamento a partir de varias ondas migratorias provenientes do sudeste asiatico rumo ao pacifico e que fizeram de Timor o seu ponto de paragem ou placa giratoria.
Dai a existencia de dezenas de grupos etno-linguisticos.

Para esses comentaristas nao ha "puros" habitantes de Timor mas sim racas amesticadas formadas ao longo dos tempos.
E verdade que mesmo entre esses grupos havia os casamentos exogamicos que contibuiram tambem para a grande mistura racica.

Mas nao convem esquecer que tudo isso se processou em grande escala, no minimo, ha mais de mil anos no contexto das grandes transmigracoes da Asia do Sudeste.

Nao se pode confundir com a minoria, menos de uma centena de mesticos surgidos no seculo XX que cujos descendentes sao hoje : RH, Xanana, Carrascalhoes, Pessoas, etc…

E que o termo malai, etimologicamente proveniente da palavra MALAIO, na sua evolucao semantica passou a significar o estrangeiro branco na maioria das vezes quando se queria dizer Malai Mutin ( deskulpa Malai Azul- nao apaga mais eh).

Por isso e que convem entao definir quem sao os Rai Nains, porque Timor Oan somos todos.


Timor oan RAI NAIN – Sao os que tem Uma Lisan, Uma Lulik, Adat, moris iha fetosan umane nia laran, iha Knua, Uma ho Ahi, Fatuk ho Rai.

Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo.

Os nomes Maubere, Ruak, LuOlo, Falur, Lere sao originarios de Timor que e completamente diferente de Mario Carrascalao ou de Mari Alkatiri.

Anónimo disse...

Fretilin desde uluk hahalok la iha mudança...ohin koalia ida aban koalia seluk...declara ba público dehan Fretilin sei simu resultado KII mas agora sira kan declara uluk katak resultado ne'e la diak e sira mak la satisfeito uluk2 deiiiiit....kaciannnnn dech lu

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.