The Age
Tom Hyland
October 8, 2006
A UNITED NATIONS inquiry into the violence in East Timor this year is set to name up to 100 people, including senior political and security force figures, in scathing findings that recommend some should face criminal charges.
The imminent release of the report has raised fears of more violence in the capital, Dili, prompting an appeal for calm by President Xanana Gusmao, who predicted its findings would be a "heavy burden" for the entire nation.
A three-member panel of UN experts completed the report yesterday. It is expected to be tabled in East Timor's Parliament as early as this week.
The Sunday Age believes the inquiry blames senior political and security force figures for the violence that erupted in April, leading to the dispatch of Australian and other peacekeepers. In a challenge to East Timor's leaders and the strength of its judicial system, the report is believed to name 100 key figures, and recommend many be held accountable.
Those named are from all sides of East Timorese politics, undermining theories that the violence was orchestrated by a hidden hand — either former prime minister Mari Alkatiri, who resigned under pressure in June, or by President Gusmao as part of an Australian-backed coup against Mr Alkatiri.
"It's going to seriously disappoint the conspiracy theorists," a well-informed source said. "Any notion that somehow there was a puppeteer sitting in the President's palace or the Prime Minister's office pulling all the strings is sort of out to lunch." The report is said to highlight failures by major institutions and key people in those institutions, particularly in the police and military.
The violence, which claimed up to 40 lives, exposed deep divisions within the army and between the army and the police. It erupted in April when "loyal" troops fired on a protest staged in support of 600 soldiers who had deserted in March, alleging discrimination. In May, the police force in Dili disintegrated when troops shot and killed nine unarmed police.
Amid allegations that rival political factions were forming hit squads, rioting and arson erupted in Dili, forcing 150,000 people from their homes.
The inquiry, set up by UN Secretary-General Kofi Annan in June at the request of East Timor's Government, is believed to expose a total collapse of government control, with no one in charge of key institutions by the time the shooting started.
Its mandate was to establish the facts surrounding the violence, clarify who was responsible and recommend measures to ensure those responsible for crimes are held accountable.
Its recommendations will create the biggest challenge for East Timor's leaders and its inexperienced judiciary.
Mr Gusmao's call for calm was made in a joint appeal with Mr Ramos Horta and the president of the Parliament.
Underlining fears of a violent backlash to the inquiry, they called on the public to accept the report with "dignity, strength and courage". "The commission's report and its recommendations may turn out to be a heavy burden for many people," they said.
2006: A year in crisis
March: East Timor Government sacks 600 soldiers when they desert, alleging discrimination.
April 28: Troops open fire and kill five when a rally for the sacked soldiers turns into a riot.
May 11: Australia puts troop ships on stand-by.
May 25: First Australian troops arrive after East Timor requests foreign assistance.
May 26: UN confirms nine unarmed police shot dead by East Timorese troops.
May 31: President Gusmao takes control of armed forces, declares state of emergency.
June 21: Former interior minister Rogerio Lobato placed under house arrest over allegations that he armed a militia group.
June 8: Foreign Minister asks the UN to set up an inquiry into the violence.
June 26: Prime Minister Mari Alkatiri resigns.
June 29: Kofi Annan forms independent commission of inquiry.
July 8: Jose Ramos Horta named as new Prime Minister.
Oct 7: Inquiry completes report.
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domingo, outubro 08, 2006
Charges over Timor violence
Por Malai Azul 2 à(s) 09:54
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
10 comentários:
Tradução:
Acusações sobre a violência em Timor
The Age
Tom Hyland
Outubro 8, 2006
Um inquérito das Nações Unidas sobre a violência em Timor-Leste este ano vai servir para anunciar cerca de 100 pessoas, incluindo políticos de topo e figuras das forças de segurança, em descobertas danificadoras que recomenda que alguns deve enfrentar acusações criminais.
A saída iminente do relatório tem levantado receios de mais violência na capital, Dili, levando a um apelo à calma pelo Presidente Xanana Gusmão, que prevê que as suas descobertas serão "fardo pesado " para toda a nação.
Um painel de três membros de peritos da ONU completou o relatório ontem. Espera-se que seja entregue ao Parlamento de Timor-Leste tão cedo quanto esta semana.
O Sunday Age acredita que o inquérito acusa políticos de topo e figuras das forças de segurança pela violência que irrompeu em Abril, levando ao destacamento de Australianos e outras tropas. Num desafio aos líderes de Timor-Leste e à fortaleza do seu sistema judicial, acredita-se que o relatório anuncie 100 figuras chave, e recomenda que muitas sejam responsabilizadas.
Os nomes são de todos os lados da política Timorense, minando teorias de que a violência foi orquestrada por uma mão escondida — seja o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, que resignou sob pressão em Junho, ou pelo Presidente Gusmão como parte do golpe apoiado pelos Australianos contra o Sr Alkatiri.
"Vai desapontar seriamente os teóricos da conspiração," disse uma fonte bem -informada. "Qualquer noção de que de algum modo havia um manipulador de marionetas sentado no palácio Presidencial ou no Gabinete do Primeiro-Ministro a puxar as cordas não existe." O relatório diz-se, vai iluminar falhanços de instituições importantes e de pessoas chave nessas instituições, particularmente na polícia e nas forças armadas.
A violência, que reclamou 40 vidas, expõe profundas divisões no seio das forças armadas e entre as forças armadas e a polícia. Irrompeu em Abril quando tropas "leais" dispararam contra uma manifestação em apoio de 600 soldados que tinham desertado em Março, alegando discriminação. Em Maio, a força da polícia em Dili desintegrou-se quando as tropas dispararam e mataram nove polícias desarmados.
Entre alegações que facções políticas rivais estavam a formas esquadrões de ataque, distúrbios e fogos postos irromperam em Dili, forçando 150,000 pessoas das suas casas.
O inquérito, ordenado pelo Secretário-Geral da ONU Kofi Annan em Junho a pedido do governo de Timor-Leste, acredita-se que vai expor o colapso total do controlo do governo, sem ninguém responsável por instituições chave na altura em que o tiroteio começou.
O seu mandato era estabelecer os factos à volta da violência, clarificar os responsáveis e recomendar medidas para garantir que os responsáveis por crimes sejam responsabilizados.
As suas recomendações criarão o maior desafio aos líderes de Timor-Leste e ao seu inexperiente sistema judicial.
O apelo à calma do Sr Gusmão foi feito juntamente com o Sr Ramos Horta e o Presidente do Parlamento.
Enfatizando receios de um retrocesso violento ao inquérito, pediram às pessoas para aceitarem o relatório com "dignidade, força e coragem ". "O relatório da comissão e as suas recomendações podem vir a ser um fardo pesado para muita gente," disseram.
2006: Um ano em crise
Março: O Governo de Timor-Leste despede 600 soldados quando desertaram, alegando discriminação.
Abril 28: Tropas abrem fogo e matam cinco quando uma manifestação dos soldados despedidos se transforma num motim.
Maio 11: A Austrália põe barcos com tropas em estado de alerta.
Maio 25: As primeiras tropas Australianas chegam depois de Timor-Leste requerer assistência estrangeira.
Maio 26: A ONU confirma nove polícias desarmados mortos baleados por tropas Timorenses.
Maio 31: O Presidente Gusmão toma o controlo das forças armadas, declara o estado de emergência.
Junho 21: O antigo ministro do interior Rogério Lobato é colocado sob prisão domiciliária sobre alegações de que armou um grupo de milícia.
Junho 8: O Ministro dos Estrangeiros pede à ONU para abrir um inquérito à violência.
Junho 26: O Primeiro-Ministro Mari Alkatiri resigna.
Junho 29: Kofi Annan forma uma comissão independente de inquérito.
Julho 8: José Ramos Horta nomeado como o novo Primeiro-Ministro.
Out 7: Relatório completo do inquérito.
Importante e que a publicacao do relatorio traga os nomes todos bem soletrados. Tudo completo. Depois, todos quantos forem considerados responsaveis devem ser imeiatamente processados para serem levados aos Tribunais. Se entre eles estiverem nomes de Juizes, e preciso ter-se coragem, mas estes tambem tem que ser processados. So assim e que se pode acabar de vez com a brincadeira das margaridas e dos malae azuis. Forca Comissao Internacional de Inquerito. Timor-Leste esta com a corda ao pescoco. Alguem tem que nos salvar, custe o que custar. Voces os da CII irao para o inferno se nao falarem verdade, mas se o fizerem Sao Pedro abrir-vos-a as portas do Ceu.
Karreta Estado. Os responsaveis devem corrigir-se para poderem entrar tambem no Ceu.
Agora ja e muito tarde para lamurias e apelos de contencao. Terao boa sorte os sobreviventes inocentes e ma sorte os incendiarios, os distribuidores de armas a civis, os apedrejadores, os sabotadores, os terroristas e todos aqueles que apenas fingem amar Timor-Leste. Inferno com eles.
Karreta Estado
Há uma coisa que seria curiosa. Será que não se arranja o texto original em que se baseou a Constituição de Timor-Leste?
Não é o texto em vigor, é sim aquele que foi elaborado pelos 5 constitucionalistas portugueses e enviado para Timor-Leste para depois a FRETILIN o "remodelar" na sua vertente actual. Alguém o consegue?
Era para se verem "as diferenças" (caso existam obviamente ;))
Parece que não há "interesse" em que esse texto apareça. Alguém sabe porquê? Acho estranho. Ouvi dizer que estará na Assembleia da República (portuguesa), estará? É documento considerado "secreto"? Ou não querem que agora se veja como se chegou à actual Constituição (da RDTL)?
Seria mais fácil e interessante que a própria FRETILIN fornecesse esse (original) texto. Mas não façam emendas, arranjem lá isso em bruto, tenham lá coragem. Depois podemos todos ficar descansados. É caso para desconfiar quando isto não interessa a ninguém.
Interessa-me a mim. Dêem lá uma ajudinha sff. O Malai Azul poderia colocar o dito texto aqui e a margarida podia traduzir para tétum. Obrigado.
Concordo com o anonimo das 10:23:23 PM. Arranjem la o original para se ver se houve ou nao alteracoes. Quero ainda acresentar que estou mortinho por ver os nomes dos 100 responsaveis para que se calem de uma vez por todas alegacoes tao descabidas como por exemplo a da inclusao dos signatarios da dita Declracao de Balibo no numero dos que estao por detras do golpe cuja consequencia foi dentre outras a deslocacao de mais de 150 mil pessoas. So se o estiverem no ceu ou inferno, pois 90% deles ja esta noutro mundo!...
Leitor das 10:51:20 PM: não se entusiasme, repare que esta notícia é do The Age, um jornal Australiano, e não do Centro de Notícias da ONU. É o The Age que fala em “100 responsáveis”, podem ser ou não, simplesmente não sabemos. E como já vimos os media Australianos não são de fiar. É melhor aguardarmos pelo relatório.
Nao sei o que esta atras do pedido da copia da Constituicao, mas posso dizewr-vos, porque eu estava em Dili nessa altura, que houve um partido da oposicao que propos muitos artigos do projecto da autoria do Professor Miranda, enquanto que o partido maioritario quase sempre contrapunha textos tirados da Constituicao de Mozambique. Nao sei mais nada. Nao perguntem, nem ao Lu Olo nem ao Mari porque eles vao dizer que nada sabem.
Karreta Azambuja
Experimente pedir no Parlamento Nacional. De certeza que têm todos os papéis lá arquivados e quase de certeza que as actas das reuniões da Constituinte que estão lá. Nem se entenderia o contrário.
Como dizia um famoso jogador de futebol, "Prognósticos, só no fim do jogo"...
Vamos ver se a comissão de inquérito patrocinada pela ONU vai ter a coragem e ser isenta em relação a todos os intervenientes responsáveis… Não deixa de ser curioso o PR já andar a fazer comentários sobre os eventuais responsáveis...Questão muito importante: Porque é que ele e os seus amigos australianos já têm conhecimento do que está no relatório? (querem saber o dia e quem deu conhecimento?). Por exemplo: no incidentes do dia 25MAI06 há um internacional (querem que diga o nome?) que afirma ter sido as F-FDTL a abrir fogo sobre a PNTL (devem estar a brincar e pensam que são todos parvos). Mas o grande problema são as provas - Filmes dos incidentes, dos encontros e gravações das conversas de alguns conspiradores com o PR e o actual PM, assim como outros testemunhos, que já foram entregues directamente ao Secretário-Geral das NU, porque parece que a comissão não esteve muito interessada (será que foi manipulada pelos jogos de bastidores do PR e do seu chefe de gabinete!?). Não se esqueçam "A VERDADE É COMO O AZEITE, VEM SEMPRE AO DE CIMA". É tudo uma farsa, tendo em vista a impunidade de alguns dos principais responsáveis, que a ONU (manipulada pelos homens das terras dos “cangurus”) não pode patrocinar e lá vai continuar a instabilidade e a desgraça dos timorenses!
O GRANDE OBJECTIVO DAS "BESTAS" DOS AUSTRALIANOS E SEUS LACAIOS É PROVOCAR INCIDENTES E INSTABILIDADE PARA QUE NÃO POSSA HAVER ELEIÇÕES OU ESTAS SEJAM IMPUGNADAS". QUE PENA OS TIMORENSES NÃO ABRIREM DEFINITIVAMENTE OS OLHOS E SE UNIREM PARA CORREREM COM ESSA GENTE PARA FORA DO PAÍS…ANALISEM COM ATENÇÃO E CHEGARÃO À CONCLUSÃO QUE O PR ESTÁ “NUM BECO SEM SAÍDA”. De facto é pena! Sempre disse, que as missões das NU, principalmente a UNOTIL, têm sido responsáveis directa ou indirectamente por quase tudo o que tem acontecido (quer por omissão ou falta de acção). A comissão vai apontar alguns dos responsáveis (arraia miúda) mas os principais, VÃO FICAR IMPUNES!!!!! Como é que já sei? Descansem que não sou bruxo. Para o PR e seus amigos (ou inimigos?) o grande tribunal será a sua própria consciência e o povo timorense. Quem fez acordos com os indonésios na cadeia é capaz de tudo.…Será que já vendeu a soberania dos timorenses? Quais as contrapartidas dos intermediários ou mediadores? Até breve. Continuarão a ter notícias minhas. Primo do RAMELAU
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