ABC - 23/09/2006, 12:13:57
East Timor may need more Portugese police
East Timor's Prime Minister Jose Ramos-Horta says he might ask Portugal for more police if Dili's request for a United Nations peacekeeping force is turned down.
Portugal sent 120 military police to Dili in June to help contain a wave of deadly violence and looting.
The police are part of an Australian-led multinational task force that also includes troops from New Zealand and Malaysia.
The violence began after then-prime minister Mari Alkatiri dismissed 600 soldiers in an army of 1,400 when they protested over suspected discrimination against soldiers from the west of the country.
The international force deployed to East Timor formally handed over their authority to the UN last week.
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Radio Australia - 23 September 2006 (Sublinhados da responsabilidade da Radio Australia)
Viewpoint: Australia's failure to rebuild weak states
Anna Powles, author of report on Australian intervention efforts,
After unrest this year in East Timor and Solomon Islands, there has been criticism of Australia's efforts to help rebuild weak states in the region.
Australia has 1,900 troops in East Timor as part of the international mission to stem violence there, and leads the regional assistance mission, RAMSI, in Solomon Islands.
But according to a study for security think tank the Kokoda Foundation, the breakdown in East Timor and the riots and arson in Solomon Islands in April show that past interventions have been seriously inadequate.
Anna Powles from the Australian National university is the author of the 'Security Challenges' study for the Kokoda Foundation. She discusses some of the shortcomings of Australia's state building efforts.
I think in both cases [East Timor and Solomon Islands intervention efforts], both have been very much dressed up as successes. Timor under... Interfet and subsequent UN missions and certainly RAMSI, they have both in all cases been considered to be extremely successful, sort of the poster children of state building and so on.
And I think that has obscured a great deal - that extremely important phase after the troops moved in and so on and after law and order is secured, in actually dealing with the peace building issues. And neither the interventions in Timor or in the Solomons, in my view, have successfully addressed many of the issues that have come out of the conflict.
What issues have they not faced?
For example, in the Solomons, the issue of the conflict itself, the causes of the tension between 1998 and 2003, those issues have not been addressed. And certainly RAMSI's always said that they're just there to create the space for these issues to be brought to the table and that's certainly true. But there needs to be much more done in terms of actually addressing these issues in a proactive way and acknowledging that they're part of the state building process, rather than just handing it over to the Solomon Islands government.
Is part of the problem though, that in both cases the governments in power didn't want to confront the past? Certainly the Solomons government did not want to look back, and in Timor, the new East Timor government did not want to be seen to be provoking Indonesia?
Absolutely, true in both cases. But I think the events of April and May have shown that there are simmering tensions there. Certainly in my research in the Solomons, it was very, very clear that the issues around the conflict and the issues of peace and security had not been resolved and there's a very strong emphasis amongst villagers and community members for those issues to be addressed.
If the government's not willing to address them, then they look to RAMSI or to the intervention mission. There is an expectation which certainly RAMSI has played on an awful lot as well, as the intervening power.
What lessons then should intervening powers draw from this point that you make - that law and order does not equate to peace and stability?
In the first instance, getting guns off the street is absolutely fundamental and RAMSI did a fantastic job early on and similarly in Timor as well with the intervention there. But unless peace and security is established and that's a much longer process and that involves addressing the causes of conflict and involves reconciliation.
That very much needs to be an integral part of the rebuilding stage, because law and order simply does not mean that peace and security exist. And again, the events in the Solomons this year indicate that, because many of the people who were participating in the demonstrations came from a particular area of settlements and communities in Honiara where they very strongly felt that peace and security had not been achieved.
What sort of thinking needs to take place about reconciliation, and community building or nation building?
I think there needs to be a much greater emphasis on those issues that you've mentioned, the reconciliation, nation building, addressing the issues of the conflict prior to the Indonesian invasion in 1974 civil war for example. Any intervention force that goes into Timor does need to pay much greater attention to engaging its local populations to get a much stronger idea of what Timorese from various different areas geographically as well as politically, want for their country and to very much engage with the Timor nation as a whole.
And to stay longer, is that another part of the deal? Was the United Nations too eager to get out of East Timor? Was Australia too satisfied with what it had achieved in the Solomons over two years?
Certainly, that's what some people argue, but I think also what one has to take into account is a responsibility on the part of Timorese and Solomon Islanders to take charge of the process themselves.
I think external intervention missions are very wary of staying too long and that again begs the question of the whole exit strategy issue, which is a big issue in the Solomons and obviously will be a big issue if the UN goes back into Timor. And that means that in the planning for any such mission, there needs to be a very, very clear idea of what they can and want to achieve.
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Agência Ecclesia - 23/09/2006, 12:17
D. Ximenes Belo inaugura exposição «Sol Nascente»
Lucros revertem em favor de missões católicas em Timor.
D. Ximenes Belo, Bispo emérito de Díli e prémio Nobel da Paz em 1996, vai inaugurar em Gondomar a exposição/venda de pintura “Sol Nascente”, de Odete Medeiros. O acto terá lugar no próximo dia 30 de Setembro pelas 17h30.
Todos os lucro da venda da exposição revertem para as missões capuchinhas em Timor Leste. A exposição estará patente na Biblioteca Municipal de Gondomar, de 30 de Setembro a 14 de Outubro, período durante o qual haverá, no mesmo espaço, livros relacionados com a temática das missões que ao ser adquiridos, revertem igualmente para melhorar a vida dos missionários e do povo de Timor.
Esta iniciativa é organizada pelo G.A.M. (Grupo de Acção Missionária), organismo católico que existe desde o último trimestre de 2005 e tem promovido diversas actividades com vista à colaboração com as missões dos Capuchinhos, nomeadamente em Timor Leste, onde actualmente os religiosos têm um grupo de missionários que lutam pela formação de jovens e que diariamente apoiam o povo timorense, acolhendo milhares de refugiados.
Segundo nota enviada à Agência ECCLEISA, a pintora Odete Medeiros, artista gondomarense, tendo conhecimento das acções deste grupo missionário, quis associar-se a esta causa.
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domingo, setembro 24, 2006
Notícias
Por Malai Azul 2 à(s) 08:10
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Tradução:
Notícias
ABC - 23/09/2006, 12:13:57
Timor-Leste pode precisar de mais polícia Portuguesa
O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta diz que pode pedir mais polícias a Portugal se o pedido de Dili duma força de capacetes azuis da ONU for recusado.
Portugal enviou 120 polícias militares para Dili em Junho para ajudar a conter uma vaga de violência mortal e de pilhagens.
Os polícias são parte duma força-tarefa multinacional liderada pelos Australianos e que também incluem tropas da Nova Zelândia e da Malásia.
A violência começou depois do então primeiro-ministro Mari Alkatiri ter demitido 600 soldados numas forças armadas de 1,400 quando protestaram sobre alegada discriminação contra soldados do oeste do país.
A força internacional destacada para Timor-Leste entregou formalmente a sua autoridade á ONU na semana passada.
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Radio Australia - 23 Setembro 2006 (Sublinhados da responsabilidade da Radio Australia)
Opinião: O falhanço da Austrália na reconstrução de Estados fracos
Anna Powles, autora da reportagem sobre os esforços de intervenção da Austrália,
Depois do desassossego deste ano em Timor-Leste e nas Ilhas Salomão, tem havido críticas aos esforços da Austrália para ajudar a reconstruir estados fracos na região.
A Austrália tem 1,900 tropas em Timor-Leste como parte da missão internacional ora acalmar a violência lá e lidera a missão de assistência regional, RAMSI, nas Ilhas Salomão.
Mas de acordo com um estudo para o think tank de segurança, a Fundação Kokoda, a ruptura em Timor –Leste e os motins e ataques incendiários nas Ilhas Salomão em Abril mostram que as intervenções no passado foram seriamente desadequadas.
Anna Powles da universidade Nacional Australiana é a autora do estudo 'Security Challenges' (Desafios de Segurança) para a Fundação Kokoda. Ela discute algumas das insuficiências da Austrália nos esforços na construção de Estados.
Penso que em ambos os casos [os esforços de intervenção em Timor-Leste e nas Ilhas Salomão], ambas têm sido embrulhadas como sucessos. Timor sob... a Interfet e a subsequente missão da ONU e com certeza a RAMSI, foram ambos casos considerados terem tido um sucesso extremamente grande, do tipo do cartaz da criança e construção do Estado, etc..
E penso que isso obsescureceu bastante – aquela fase extremamente importante depois da partida das tropas, etc., e depois da ordem e segurança estar garantida, em lidar realmente com as questões de construção da paz. E na minha opinião, nem as intervenções em Timor ou nas Ilhas Salomão, responderam com sucesso a muitas das questões que vêm saltando do conflito.
Que questões não enfrentaram?
Por exemplo, nas Ilhas Salomão, a questão do próprio conflito, as causas da tensão entre 1998 e 2003, estas questões não foram enfrentadas. E com certeza, foi sempre dito que a RAMSI estava lá simplesmente para criar um espaço para essas questões serem trazidas para a mesa e isso é certamente verdadeiro. Mas havia a necessidade de muito mais ser feito em termos de resposta a essas questões dum modo pró-activo e do reconhecimento de que são parte do processo de construção do Estado, em vez de simplesmente as remeter para o governo das Ilhas Salomão.
Contudo é parte do problema, que em ambos os casos os governos no poder não quiseram confrontar o passado? É certo que o governo das Ilhas Salomão não quis olhar para o passado, e em Timor, o novo governo de Timor-Leste não quis ser visto a provocar a Indonésia?
Absolutamente verdadeiro, em ambos os casos. Mas penso que os eventos de Abril e Maio mostraram que há tensões a ferver em fogo brando lá. Certamente, nas minhas investigações nas Ilhas Salomão, ficou muito, muito claro, que as questões à volta do conflito e as questões da paz e da segurança não tinham sido resolvidas e que há grande ênfase entre aldeões e os membros da comunidade para se enfrentarem essas questões.
Se o governo não as quer enfrentar, então procuram a RAMSI ou uma missão de intervenção. Há uma expectativa em que a RAMSCI com certeza jogou bastante também, quanto ao poder de intervir.
Que lições devem então os poderes de intervenção tirar do ponto que faz – que a lei e a ordem não significam paz e estabilidade?
Em primeiro lugar, é absolutamente fundamental tirar as armas da rua e nos primeiros tempos a RAMSI fez um trabalho fantástico e também em Timor com a intervenção lá. Mas a não ser que a paz e a segurança seja estabelecida e esse é um processo muito mais longo e que envolve responder às causas do conflito e envolve a reconciliação.
Isso necessita muito ser uma parte integral do estádio de reconstrução, porque existir a lei e a ordem simplesmente não significa que exista a paz e a segurança. E, mais uma vez, os eventos nas Ilhas Salomão este ano indicaram que, por que muita da gente que estava a participar nas manifestações vinham duma área particular de colonatos e comunidades em Honiara, onde sentiam muito fortemente que não se tinha atingido a paz e a segurança.
Que tipo de raciocínio se deve seguir em relação à reconciliação, e construção de comunidade ou construção de nação?
Penso que terá de haver muito maior ênfase nessas questões que mencionou, a reconciliação, a construção de nação, enfrentar as questões do conflito de antes da invasão Indonésia na guerra civil de 1974 civil por exemplo. Qualquer força de intervenção que vá para Timor precisa de ter muito mais atenção em engajar a sua população local para ter uma ideia muito mais forte do que os Timorenses de diferentes áreas geográficas bem como políticas, querem para o seu país e para se engajarem com a nação de Timor como um todo.
E ficar mais tempo, é essa a outra parte do negócio? Estava as Nações Unidas demasiado desejosa de sair de Timor-Leste? Estava a Austrália demasiado satisfeita com os resultados que tinha obtido nas Ilhas Salomão durante dois anos?
Certamente, isso é o que alguns argumentam, mas penso também que o que temos de ter em conta é a responsabilidade da parte dos Timorenses e dos naturais das Ilhas Salomão a assumirem o peso do processo, eles próprios.
Penso que missões de intervenção externas ficam sob suspeita se ficarem demasiado tempo e isso outra vez levanta a questão da estratégia de saída, que é umas grande questão nas Ilhas Salomão e obviamente será uma grande questão se a ONU regressar a Timor. E isso significa que ao planear-se para uma tal missão, há a necessidade de haver uma ideia, muito, muito clara dos resultados que podem alcançar.
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Kadiuk, já percebeu qual é o interesse de a GNR estar em Timor-Leste? Descubra que é um bom exercício...
Parece-me que para a confusão e desordem, o único elemento comum que se encontra é de facto a TRETALIN! (começa em 1975 e perdura até aos dias de hoje - COMO SE VÊ A OLHOS VISTOS). Se fossem verdadeiamente inteligentes davam-se conta que de cada vez que tomam decisões e posições mais abrangentes, dá bronca, não? Guerra civil em 75 - viu-se; a aposta no aniquilamento de quem não interessava praticamente minguou as forças no mato, até já por falta de apoio das populações que a Igreja não poderia apoiar tal comportamento; mudança de estratégia!, quem a mudou?, não foi a TRETALIN! além de que já ninguém admitia tal comportamento de violação dos Direitos Humanos - inclusivé a Amnistia Internacional, esquecem-se dessas coisas?; a seguir ao referendo encostaram-se completamente ao que convinha. Conseguiram fazer o mais bonito dos actos - OS PRÓPRIOS AUTO-ELEGEM-SE de Constituintes para PARLAMENTARES!!! A grande OBRA, esse sim o GRANDE NEGÓCIO! Estavam defendidos pela legislação da Transição? Ai era? Era! Mas já viram a porcaria que é? Então e quando algo está errado não se muda? Não se corregi? Não se emenda? Parece que não. Assim vai Timor-Leste.
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