sexta-feira, agosto 04, 2006

Peace returns to East Timorese capital

The Age

August 4, 2006 - 7:54AM

Brigadier Mick Slater said gangs had not been seen on Dili's streets for many weeks, following rioting there in April and May, which led to international troops being sent to restore calm.

The Australian contingent that spearheaded the mission is now preparing to reduce its troop and equipment deployment in East Timor.

"We haven't seen any gangs on the streets for many, many weeks now," Brigadier Slater said.

"The amount of violence and incidents in town that are occurring are very low-level, criminal activity - nothing you wouldn't expect to see in a city of this size," he told the Nine Network.

"Things are really, really calm."

He was not prepared to say when all Australian troops would be able to leave.

"I don't think anyone is in a position to make that decision at this stage," he said.

"But things have gone very, very well.

"We've been able to move troops in and out of Dili over the last two months. At the height we had about 3,000 here.

"We're now in a position to draw down because things are stable.

"We've got over 500 international civilian police here, which means troops can be released, and there is some equipment we are sending home, such as armoured vehicles, which we no longer need in large numbers.

"There will be a need for security forces here right through until the next election, which will be held sometime in the first half of next year.

"How much of that work needs to be done by Australian troops we'll see as time goes by."

© 2006 AAP

3 comentários:

Anónimo disse...

Peace returns to East Timorese capital
ou

Paz Podre

Não está fácil o restabelecimento da normalidade.
Dir-se-ia que vivemos uma paz podre. As histórias, todas elas à roda da violência e do ódio que já assentaram arraiais, acabam por ser quase todas iguais. Aliás, na capital, em particular nos bairros mais populosos, a insegurança nunca deixou de existir, só está melhor mascarada; os apedrejamentos mantêm-se entre bandos rivais numa constante marcação de território; nos campos de acolhimento, os refugiados e os moradores da zona vivem em constante provocação. Não será exagero dizer-se que as palavras soam como arma de arremesso, retinem como espadas bem afiadas.
Quando as forças internacionais se aproximam das zonas de conflito, vive-se em fugaz e aparente normalidade mas, basta que se afastem do local para que a violência recomece. Presumo até que, a exemplo do que sucedeu no dia 28 de Abril passado aquando dos desacatos junto do Palácio do Governo e do Parlamento Nacional, os jovens talhados pela violência se vestem momentaneamente de pele de cordeiro, olhando placidamente em volta, com o olhar perdido no espaço, como se não pertencessem a este mundo.
Ontem, pela manhã, na zona exterior do hospital que alberga muitos deslocados, um estudante misto-chinês foi por eles espancado violentamente.
Outro jovem que fora esfaqueado uns dias antes em Fatuhada, próximo do mercado de Comoro, sucumbiu aos ferimentos no hospital.
Há histórias de violação de raparigas no campo de refugiados do aeroporto.
Em nome de coisa nenhuma, a violência transformou-se num entrenimento, num desporto praticado por pessoas desocupadas, de escalão etário e social variados, de entre os quais se salientam os jovens - parte deles fazendo-se transportar acelerando em veículos motorizados - prontos para dar asas à fúria que sempre fez parte da sua vida, armados de pedra na mão, portadores habituais das rama ambon, lenço atado em triângulo na cabeça, calças de ganga preferencialmente rasgadas, a manga da t-shirt bem arregaçada para que se possa imaginar algum minúsculo músculo que ao de leve se destaque dos corpos franzinos mas que – julgam eles - atemorize o adversário.
Recuando no tempo, mais concretamente aos fins dos anos 80 e princípios de 90, quando os jovens surgiram de peito aberto enfrentando as forças de ocupação, empunhando cartazes durante as visitas de diplomatas internacionais, os jovens de então foram vistos como a esperança de Timor independente. Recordo as palavras do meu amigo Adelino Gomes sobre a adivinhada brevidade da independência timorense com a determinante intervenção dos jovens, interpretando o descontentamento de quem tinha nascido justamente durante o violento período indonésio e apenas tivesse tido contacto com essa realidade como uma mais valia para a causa da independência.
Agora que somos independentes, quase apetece perguntar que objectivos perseguem os jovens de hoje que repetem até à exaustão os gestos de violência, sem se dar tempo a reflectir nos seus actos de destruição continuada.
Faltam, certamente, uma referência, uma bandeira que nos una, um objectivo comum com o qual nos sintamos todos identificados. E isso passa, obrigatoriamente, pelo esforço e participação de todos os timorenses na construção do país, pela imposição da paz, da estabilidade, da segurança. Só assim todos nos sentiremos parte da Nação timorense e só assim será possível mantermos a independência.

Angela Carrascalão Quinta-feira, Agosto 03, 2006

Anónimo disse...

Tradução:

A paz regressa à capital de Timor-Leste
The Age

Agosto 4, 2006 - 7:54AM

O Brigadeiro Mick Slater diz que não se têm visto há muitas semanas gangs nas ruas de Dili, no seguimento dos distúrbios em Abril e Maio, que levou ao envio de tropas internacionais para restaurar a calma.

O contingente Australiano que liderou a missão prepara-se agora para reduzir as tropes e equipamentos destacados para Timor-Leste.

"Há muitas, muitas semanas que não vemos gangs nas ruas," disse o Brigadeiro Slater.

"A quantidade de violência e de incidentes que ocorrem agora na cidade são de nível muito baixo, e a actividade criminal – nada que não espere encontrar numa cidade deste tamanho," disse ao Nine Network.

"As coisas estão realmente, realmente calmas."

Não estava preparado para dizer quando é que as tropes Australianas poderão partir.

"Não penso que alguém em posição de tomar essa decisão nesta altura," disse.

"Mas as coisas têm ido bem, muito bem.

"Temos podido movimentar as tropas para dentro e para fora de Dili nos dois últimos meses. No máximo tivemos cerca de 3,000 aqui.

"Estamos agora numa posição de reduzir porque as coisas estão estáveis.

"Temos cerca de 500 polícias civis internacionais aqui, o que significa que as tropas podem ser dispensadas, e estamos a enviar de regresso a casa algum equipamento, tais como veículos blindados, que já não necessitamos em grandes números.

"Haverá uma necessidade para forces de segurança aqui até às próximas eleições, que se realizarão na primeira metade do próximo ano.

"Quanto desse trabalho será necessário ser feito por tropas Australianas veremos enquanto o tempo passa."

© 2006 AAP

Anónimo disse...

halo

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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