segunda-feira, junho 19, 2006

Mas o Presidente não foi já claro?!

DN
19.06.06
Rebeldes prometem voltar à rua

João Pedro Fonseca
Em Gleno

Os líderes dos vários grupos de militares e polícias que se refugiaram nas montanhas estão unidos, trocam impressões, estudam estratégias, avaliam a situação a par e passo. Até trocam os homens que os acompanham. Em qualquer um dos grupos há militares, polícias militares e agentes da polícia. Numa coisa estão todos de acordo - dificilmente a solução para a crise poderá ser outra que não a demissão de Mari Alkatiri. E esperam que Xanana Gusmão tome uma decisão já esta semana. Se tal não acontecer, garantiu ao DN o major Alves Tara, vai haver outra manifestação pacífica junto ao Palácio do Governo. "Pelo menos dez mil pessoas vão daqui e não saímos de lá enquanto o Governo não cair."

Gleno é uma pequena povoação de montanha, entre Díli e Ermera, a cerca de 60 quilómetros da capital timorense. Rodeada de cafezais, a povoação mostra uma normalidade só desfeita pela presença dos militares australianos que têm um checkpoint à entrada. Cada carro é inspeccionado ao milímetro. Abrem todas as malas e sacos, e tudo é filmado por uma pequena câmara portátil. Trabalho muito importante numa altura em que a grande preocupação em Timor-Leste é a proliferação de armas em mãos que ninguém conhece.

Infelizmente, o DN fez a mesma estrada de noite e já não há qualquer checkpoint... A população pouco se importa com a presença dos militares, e os majores Tara e Tillman, assim como o tenente Salsinha, agradecem mesmo a segurança feita pelos australianos. Se bem que não seja essencial, garantem, falando tranquilamente a partir das suas casas: "Não entra ninguém na povoação sem que tenhamos conhecimento, e não é preciso nada de especial, foi o que esta gente sempre fez durante os 24 anos de ocupação indonésia."

O encontro marcado com o major Tara foi, aliás, muito simples. "Pergunte por mim a qualquer pessoa, todos sabem onde estou." Com Salsinha já foi necessário usar um "estafeta". Esta crise reactivou a rede clandestina, os jovens fazem-no ainda melhor do que antigamente, já que a rede de telemóvel cobre agora uma zona mais abrangente.

Tanto um como o outro resistem à possibilidade de uma solução para esta crise sem a queda de Alkatiri. O major Tara não vê com bons olhos uma alegada tentativa do Presidente Xanana para promover encontros de reconciliação. "Só depois de ver identificados e sujeitos à Justiça os responsáveis pelos massacres de 28 de Abril [disparos sobre os manifestantes em Taci Tolo: uns falam em mais de 60 mortos, enquanto o Governo diz que foram cinco] e 25 de Maio [rendição dos polícias: dez mortos] é que admito ir buscar a minha farda e os galões que guardei na gaveta", afirma Alves Tara.

Já o tenente Gastão Salsinha admite voltar às Forças Armadas desde que o Governo seja outro, "com alguém que leve a sério as tropas e tinha que ser o Estado a criar condições para os veteranos regressarem às suas casas, pois já estão cansados, e dêem lugar aos mais novos. Se assim não for, vão continuar a dizer que são os heróis da guerra, que têm mais direitos do que os outros".

Sobre os ditos conflitos étnicos, loromonus contra lorosaes, ambos os militares dizem que tudo começou dentro das forças armadas, ou mesmo antes, nas Falintil, quando estavam acantonados em Aileu. Salsinha, por exemplo, era discriminado por ter entrado nas Falintil em 1997, "muito tarde" dirão os ditos heróis da guerra contra a Indonésia.

O major Alves Tara também não percebe de onde vem essa tão falada diferença étnica. A única coisa que sabe é que as gentes do Leste são "muturabu", palavra em tétum que define o conceito de gente malcriada, rude, que não respeita o outro, que entra facilmente em violência, rancorosa.

41 comentários:

Anónimo disse...

Mas que grande chatice mesmo. Será que estes senhores estão com as costas quentes?

Será que é desta que lá terá que haver um pedido de apoio às Bases da FRETILIN? É que 200 mil arranjam-se já, pacíficos e bem comportados! Não apareça é ninguém com armas senão é o cabo dos trabalhos.

Mas já agora algumas dúvidas: a população de Dili é de cerca de 150 mil pessoas, a sua quase totalidade (cerca de 130 mil?) estará nos locais para onde foram obrigados a deslocarem-se e nas condições em que estão. Onde vai a FRETILIN buscar 200 mil? Admitindo que os deslocados não vão obviamente arredar pé para nenhuma acção "política". Restam os outros 12 distritos, sendo que 10 são um problema para essas contas. Mau.

Esperemos que não exista mais nenhuma "força especial" que venha agora fazer fogo de artifício. Isto já cansa de facto.

E quanto ao que se vislumbra, se não for bluff desses "rebeldes", "militares", "polícias"... o mais certo é que seja necessário declarar "estado de sítio"... e aí cairá muita coisa.

Que vergonha senhores políticos!

Anónimo disse...

Estes ex-tenentes e majores são realmente bons militares. Sempre obedeceram sem qualquer indecisão ao "nosso Comandante" Xanana.
Até entrgaram as armas direitinho e tudo.
E agora?
O que está a acontecer?
Será que algum dos representantes habituais de Xanana deu uma contra-ordem?

Anónimo disse...

O que está a acontecer é o que se vislumbrava desde o início da crises com os militares... pelo menos isso. E houve boa gente a avisar quem de Direito que era preciso resolver os problemas antes de tomarem outras proporções. Resolveram, pois, como se sabe. Os resultados estão aí. Ainda não foram resolvidos. Só aumentam os problemas e as soluções diminuem. Não restam muitas dúvidas que alguma decisão maior terá de ser tomada.
Lamentável!

Anónimo disse...

Soluções?!
Ora vamos lá fazer umas contitas:
600 rebeldes (número oficial da imprensa, pelo que se supõe que sejam menos)para dois mil e qualquer coisa militares e paramilitares internacionais será que é possivel???

Anónimo disse...

Decisão a ser tomada?
E que tal prender os senhores rebeldes que seria o que aconteceria de imediato em qualquer país "normal"??

Anónimo disse...

Crise militar?! Mas era crise loromonu / lorosae?!
Esse país é mesmo confuso!

Anónimo disse...

"major Alves Tara diz, vai haver outra manifestação pacífica junto ao Palácio do Governo. "Pelo menos dez mil pessoas vão daqui e não saímos de lá enquanto o Governo não cair."

Dez mil pessoas?!
O major tem muitos primos!
Ou já aumentou o número de militares que abandonaram o seu posto nas FDTL?!

Anónimo disse...

Ó Malai Azul, ou quem o puder e quiser fazer, explica lá como é que os Australianos foram parar fora de Dili e logo que chegaram para Maubisse.

Não foi só no dia do discurso do PR no Parlamento Nacional que se falou em "desdobramento das tropas" para fora da área de Dili?!

Anónimo disse...

Mas então porque não os prendem? Há qualquer coisa de anormal, será só do lado dos senhores rebeldes? É que se fosse certamente já estavam dentro.

Essas contas podem estar muito certas mas parece que não funcionam. Foi muito mais estranho verificar-se, em tempo oportuno, que um Estado de Direito, Soberano e Independente desprezou 40% da sua força. Ora isso, julgo eu, arruína qualquer estrutura por mais sólida que fosse.

Não me parece que Timor-Leste seja da normalidade que o comentador acima refere, e é isso exactamente que lhe dá a particularidade. Nem tempo teve para o ser pelo que a coisa avança como é normal em Timor. Se a resposta oficial foi a que foi, outra coisa não era de espera.

Anónimo disse...

Anormal só do lado dos senhores rebeldes penso que não. Está também do lado dos que os deviam prender.

Anónimo disse...

A solução para a crise poderia ser um aditamento à proposta australiana de a policia, os militares, a justiça terem nos seus postos de chefia internacionais que no nosso entender deveriam também ser os cargos de PR, PM e Presidente do PN ocupados por internacionais de preferência de nacionalidade australiana para que nunca falte a VB naquela metade de ilha.

Anónimo disse...

A proposta australiana é mesmo trocar VB por petróleo.

Anónimo disse...

O POVO TIMORENSE deveria ser proposto a PRÉMIO NOBEL DA PACIÊNCIA.

Anónimo disse...

Estou completamente de acordo, embora seja justo fazê-lo quando o forem também os demais intervenientes na escalada dos conflitos. De outro modo parece que se tem de esperar. Pelo meio, é claro, lá aparecem outros a fazer pressão. Mas sob pressão é coisa que já é habitual em Timor-Leste.

Anónimo disse...

A esperança é que a juventude timorense aprenda a lição da "crise" - desde os rebeldes ao Presidente da República não são estes de certeza os líderes que vão abrir o caminho ao país a que têm direito.

Anónimo disse...

Estes senhores a quem chamam "militares" devem a sua existência à imprensa.
Não deveriam só agradecer aos australianos.

Anónimo disse...

Os responsáveis da "crise", a imprensa podem enganar o mundo mas não enganam o POVO TIMORENSE.
Nada é pior para o povo do que a perda de um mito.

Anónimo disse...

O POVO continua refugiado, fora de Dili, já antes da crise, poque não confia na iluminada classe timorense.
O POVO sabe que a crise é vossa.

Anónimo disse...

Descoberta que está mais uma área de originários do conflito - a imprensa, censure-se a mesma! Essa faz-me lembrar a da "difamação". Se fosse promulgada como a queriam era bonito... difamação é o que não falta, mas não é só na imprensa.

Anónimo disse...

Montaram o palco e o espectáculo começou:
O "país amigo" entrou, sorriu, posou para as fotos...
Alguns braços de esperança no ar, sorrisos timidos e bum a violência atinge o auge.
Entra em palco o Nobel ministro, rodeado do aparatoso "país amigo" que também se instalou no Palácio e na Casa de Montanha.
E todos falam, gritam, dão conta de um demónio.
E começa a caça ao demónio.....

Anónimo disse...

O povo não confia na classe política? Não faz mal. Os eleitos foram eleitos e ponto final. Há eleições em 2007, nessa altura voltamos a falar? Pode ser que o chorudo OE em mãos mágicas possa (re)credibilizá-la... com uns acessores americanos...

Construam-se umas periferias todas janotas e continuem a meter debaixo do tapete a podridão de uma classe polítca (claro que não devem ser todos mas...), haverá sempre pessoas que se vão revoltar. Este país está muito fresco, o modelo legalista implicava outras consciências, mas elas não estão preparadas. Pior que isso é a falta de reacção e prontidão nas respostas que deveriam ter sido ministradas na nascente...

Anónimo disse...

Muito bem - "difamação é o que não falta, mas não é só na imprensa"

O problema é que a imprensa no dia seguinte embrulha o peixe e às vezes coisas piores e o que fica são os factos e os gandes homens.

Anónimo disse...

Não parece que seja caça ao demónio muito embora já a igreja antes o fez ver que a coisa não era assim do pé para a mão que se mudava... mas o facto é que o senhor insiste, mesmo que não tenha sido ele a dar a ordem de expulsão aos militares, neste caso só tem de assumir a responsabilidade política dos actos do seu Governo, para o bem e para o mal.
Antes da trapalhada demite não demite os 2 ministros, mostrou confiança política mas teve que acontecer... depois, ou melhor, antes aceitou que o edifício militar de defesa fosse embora quase pela metade, mas não foi ele que deu a ordem de expulsão... depois não deu ordem para disparar mas apareceram umas forças "secretas" que também desertaram... sinceramente chamem a polícia! Agora as investigações vão passar pelo Ministério Público? Imparcialidade é o que se pede. Mas não será de estranhar também qualquer decisão não venha a ser emendada aquando concluída.
Está de pantanas de facto.

Anónimo disse...

"Agora as investigações vão passar pelo Ministério Público? Imparcialidade é o que se pede."

Não se preocupe imparcialidade é o que não falta. Quem está a recolher as provas é a Policia Federal australiana e o Procurador Geral mantém excelentes relações com a Austrália, país doador directo da Procuradoria, para além de ter sido nomeado pelo Presidente da República a quem deve prestar contas segundo a Constituição.

Anónimo disse...

Lembram-se quando o Serious Crime emitiu um mandado de captura contra o general Wiranto?
Foi ver os homens mais zangados do país - O Presidente da República e o Procurador Geral.
Por um lado o Procurador Geral que esqueceu que foi o próprio Ministério Público que pediu ao Juiz o mandado de captura e por outro lado o Presidente da República que termina num abraço sorridente a um dos maiores responsáveis pelos crimes contra a humanidade cometidos em Timor Leste.

Anónimo disse...

Não foram os processos de 1999 que foram roubados?

Anónimo disse...

Pobre povo timorense começa a entender-se porque fugiram e se mantêm em silêncio... sabe que está entregue à sua própria sorte.
Pena é que para além das montanhas não lhes seja possivel fugir.
Concordo, Miguel Sousa Tavares, Timor não tem elite.

Anónimo disse...

Lamento que tanto se fale do Xanana, do Alkatiri e que não se fale do Isildo, da Jacinta, de todos os que precisam de ser ouvidos.

Anónimo disse...

E vejam lá no site da UNOTIL a foto dos Senhores Procuradores todos catitas atrás do Senhor Hasegawa após a reunião.
Está garantida a imparcialidade.

Anónimo disse...

Parece que o Xanana também se zanga. Estranho é que não se zangue nem com os australianos, nem com os rebeldes.

Anónimo disse...

Os da foto são os procuradores que informaram o jornal expresso das suas convicções.
Têm ar de pessoas convictas.

Anónimo disse...

Não posso crer que aqueles gaijos pimbas que sempre acompanham com um outro de cabelinho comprido e com ar de pato bravo sejam procuradores.
Agora sim estou pasmado!

Anónimo disse...

Os Senhores “rebeldes” deviam ter mais fé na justiça que será feita.
O Primeiro Ministro poderá muito bem cair mas não da maneira como foi discutido e exigido até a data.
Cairia pela força da própria lei e Constituição.

Ora vejamos:

Já é um facto indiscutível (confirmado pelo próprio) que foi o PM que deu ordem de mobilização das F-FDTL para intervirem em Tacitolo no dia 28 e 29 e a sua continuada actuação até a data em que regressaram aos seus quarteis.

Ninguém de seriedade e conhecedor das leis que regem as F-FDTL poderá argumentar legalmente que essa mobilização por decisão unilateral do PM tenha sido feita nos termos da lei. Foi ilegal pela falta de declaração do “estado de sítio” em “concertação” com o Presidente da República.

As tentativas de explicação dessa não conformidade com a lei apontam para a alegada tentativa falhada do PM em contactar o PR por telefone dado o estado de saturação da rede telefónica que impossibilitou tal contacto. Não precisamos ser juristas para saber que esse tipo de justificação, e o PM sabe muito bem por ser jurista, carece de qualquer mérito legal. Timor-Leste é um Estado de Direito onde não pode haver qualquer justificação para o quebrar da lei.

Sendo esse o caso o PM é directamente responsável pelas mortes dos cidadãos indefesos em Tacitolo ainda que não tenha sido ele o autor da ordem para disparar ( ainda por averiguar). Especialmente quando sabemos que as Forças Armadas são essencialmente uma força de combate e não de policiamento. As suas funções primárias de nada tem haver com o controlo de multidões de civis que representam uma questão de segurança interna da exclusiva responsabilidade da polícia. Quanto mais que estavam presentes na cidade de Dili cerca de 500 polícias em plena posse de funções e estado de operacionalidade. Note-se que a fragmentação total da polícia so aconteceu após os eventos de Tacitolo. É exactamente este facto que compromete tabém o ex-Ministro do Interior.

Voltando ao assunto, O artigo 113 da Constituição estabelece a “responsabilidade criminal dos membros do governo” o qual passo a transcrever.

Artigo 113.º
(Responsabilidade criminal dos membros do Governo)
1. O membro do Governo acusado definitivamente por um crime punível com pena de
prisão superior a dois anos é suspenso das suas funções, para efeitos de
prosseguimento dos autos.
2. Em caso de acusação definitiva por crime punível com pena de prisão até dois anos,
caberá ao Parlamento Nacional decidir se o membro do Governo deve ou não ser
suspenso, para os mesmos efeitos.

Na eventualidade das investigações estabelecerem a responsabilidade criminal do PM relativamente às mortes ocorridas a 28 e 29 de Abril terá que haver uma acusação formal e definitiva à sua pessoa. Feita essa acusação o PM será obrigatóriamente “…suspenso das suas funções, para efeitos de prosseguimento dos autos.”

Visto que a seriedade dos acontecimentos em Tacitolo e as mortes ali registadas justificam penas de prisão muito superiores a dois anos, a suspenção de Mari Alkatiri da sua função de Primeiro Ministro seria automaticamente aplicavél sem que houvesse necessidade da consideração do Parlamento necessária para acusações por crimes puníveis por menos de dois anos de pena de prisão.

Esta alternativa seria completamente contitucional e, argumento eu, mais justa do que uma demissão do governo na sua totalidade visto concentrar a responsabilidade criminal nos verdadeiros responsaveis da decisão que desencadeou a crise militar e o “massacre” de Tacitolo que depois proporcionou o ímpetu para as subsequentes deserções de efectivos das F-FDTL, desintegração da PNTL e consequente anarquia nas ruas de Dili.

Além disso ainda está por se estabelecer a verdadeira identidade das pessoas do governo responsaveis pela igualmente grave questão da distribuição de armas em mãos civis. Seria muito mais agravante se as investigações provarem sobrecair nas mesmas pessoas a responsabilidade por esta última ofensa.

Anónimo disse...

Cá para mim isto são os considerandos prelimirares às convicções dos senhores procuradores.
Hum... tem todo o estilo.

Anónimo disse...

fez entao muito bem o PR ter defendido a contituicao porque e tambem na constituicao que esta a eventual queda do PM. muito bem visto. sim senhor? Afinal o Dr. Vasconcelos nao anda a dormir.

Anónimo disse...

Anonimo 1:23:20. sao uma expressao de que a justica sempre prevalecera.

Anónimo disse...

Ah! Ah! Justiça?! Aquela senhora de olhos vendados?!

Anónimo disse...

Atão e ninguém explica à luz da "lei e dos principios" como foram os australianos parar a Maubisse?!

Anónimo disse...

Compreende se agora porque e que o PR correctamente defendeu a constituicao.
Agora os rebeldes devem mudar a sua posicao e exigir a estreita observancia da legalidade constitucional.
Viva a constituicao!

Anónimo disse...

Mas os rebeldes já disseram que obedecem ao Comandante e à lei.
Qualquer coisita correu mal entretanto.
O que terá sido?
Será que não lhes pagaram o salário ou será que pediram um aumento salarial à imagem dos camaradas australianos e não foi ouvida a sua reinvindicação?

Anónimo disse...

Sorte do azar de Timor. Estou em crer que, se o desenvolvimento do processo de investigação seguir a lógica de procedimentos sustentada pelo senhor jurista, Timor consolidará o seu Estado de Direito. Será um caso de estudo para as futuras gerações. O desenvolvimento dos países têm por vezes trajectos que podem adquirir os contornos dramáticos agora verificados em Timor.
Olhemos para o desenvolvimento de Portugal após a Constituinte de 1822 até ao golpe de militar de Maio de 1927.Pergunto: num outro contexto e ambiente político, Timor tem quantos anos como Estado de Direito? Guerra civil com toda a comunidade internacional a monitorizar a evolução da situação? Por muito que se deteste/desvalorize ou não alguns actores politicos timorenses, são eles que têm de assumir as rédeas do país e zelar pelo melhor de todos. Não é fácil, e, estou convicto que muito dificilmente alguém dentro da actual élite timorense fizesse melhor.

O respeito da Constituição preconizado por Xanana enquanto figura institucional, aponta para um levantamento das cinzas de um mais sólido e consistente Estado de Direito na RDTL.

Timor tem de caminhar o caminho...Assim seja.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.