terça-feira, fevereiro 26, 2008

A lata do costume

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Shame on you Mr. Khare!":

Margarida falou bem

Todos nós sabemos o que aconteceu há quase dois anos (e de então para cá).

Mas será que o Sr. Atul Khare sabe? É que parece que ficou amnésico. Se for o caso, nós podemos dar-lhe uma ajuda.

A UNPOL, consciente e assumidamente, desrespeitou ordens do tribunal, recusando-se a participar na captura de Reinado e dos outros evadidos da prisão.

A UNMIT calou-se perante os inúmeros atropelos às liberdades individuais e leis de Timor-Leste cometidos pelas forças australianas.

Mais recentemente, vimos imagens de Reinado e seus homens, armados, sendo recebidos com todas as honrarias numa esquadra da UNPOL.

Perante isto, só por masoquismo é que os timorenses iriam confiar de novo em quem já deu provas de incompetência e apoio a foragidos acusados de crimes graves.

Vamos ver se este novo mandato da UNMIT vai ser aproveitado pelo Sr. Khare para se redimir ou se vai ser mais do mesmo.

6 comentários:

Anónimo disse...

Do Blog do Noblat (www.noblat.com.br)

Presidente do Timor Leste em plena recuperação

Internado no Hospital Real de Darwin, na Austrália, vítima de um atentado contra sua vida ocorrido no último dia 11, o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, comunicou mais cedo a seus familiares e aos amigos Caroline Larrieira e Roque Rodrigues que " deseja voltar logo ao trabalho".

Segundo informações passadas por telefone há pouco por Caroline e Roque ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), José Ramos está em "plena recuperação". Ele já não necessita mais de aparelhos para mantê-lo vivo.

José Ramos passou ontem pela sexta cirurgia por conta dos dois tiros que o atingiram quando alguns indivíduos apareceram armados em dois carros e dispararam várias vezes contra sua casa. Mesmo bem, ele ainda terá que aguardar em repouso durante algumas semanas antes de deixar o hospital.

Roque é ex-ministro da Defesa do Timor Leste. Caroline é diplomata e nasceu na Argentina. Ela foi namorada do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em um ataque terrorista à sede da ONU em 2003.

Atualização das 00h20 - Eduardo Suplicy acaba de falar ao telefone com José Ramos-Horta. E ouviu dele um pedido para que "transmita aos brasileiros e em especial ao presidente Lula e ao ministro da Relações Exteriores, Celso Amorim", seu agradecimento pelo apoio que tem recebido deles. O Brasil condenou os atentados no Timor Leste.

- Transmita aos brasileiros que estou bem e agradeça a Lula pelas sua palavras em solidariedade ao que passei, - pediu José Ramos.

Anónimo disse...

Do Blog do Noblat (www.noblat.com.br)

Presidente do Timor Leste em plena recuperação

Internado no Hospital Real de Darwin, na Austrália, vítima de um atentado contra sua vida ocorrido no último dia 11, o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, comunicou mais cedo a seus familiares e aos amigos Caroline Larrieira e Roque Rodrigues que " deseja voltar logo ao trabalho".

Segundo informações passadas por telefone há pouco por Caroline e Roque ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), José Ramos está em "plena recuperação". Ele já não necessita mais de aparelhos para mantê-lo vivo.

José Ramos passou ontem pela sexta cirurgia por conta dos dois tiros que o atingiram quando alguns indivíduos apareceram armados em dois carros e dispararam várias vezes contra sua casa. Mesmo bem, ele ainda terá que aguardar em repouso durante algumas semanas antes de deixar o hospital.

Roque é ex-ministro da Defesa do Timor Leste. Caroline é diplomata e nasceu na Argentina. Ela foi namorada do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em um ataque terrorista à sede da ONU em 2003.

Atualização das 00h20 - Eduardo Suplicy acaba de falar ao telefone com José Ramos-Horta. E ouviu dele um pedido para que "transmita aos brasileiros e em especial ao presidente Lula e ao ministro da Relações Exteriores, Celso Amorim", seu agradecimento pelo apoio que tem recebido deles. O Brasil condenou os atentados no Timor Leste.

- Transmita aos brasileiros que estou bem e agradeça a Lula pelas sua palavras em solidariedade ao que passei, - pediu José Ramos.

António Veríssimo disse...

"Vamos ver se este novo mandato da UNMIT vai ser aproveitado pelo Sr. Khare para se redimir ou se vai ser mais do mesmo."


Com dúvidas mas...
Pensar positivo é óptimo e H. Correia como bom ser humano que devemos prezar não foge à regra. É assim que aqui manifesta esperança no “acordar” de Atul Kare e de toda a orientação estratégica da ONU em Timor-Leste.
Estimo bastante que ainda exista quem sobre a ONU consegue manter pensamentos positivos nos seus procedimentos futuros e fico razoavelmente combalido por não saber analisar os actuais procedimentos ou acções futuras da ONU, em Timor ou fora dela, com tanta esperança nas correcções que imperiosamente devia fazer mas que de ano para ano é sempre mais do mesmo, restando aos mais optimistas ter esperanças de melhorias.

Tenho para mim que Atul mais não faz do que seguir as regras do SG daquela descredibilizada organização. Se temos no topo um SG, Ban Ki-moon, completamente dominado pelas políticas norte-americanas e pelos lobys que governam aquela nação como será possível tudo melhorar e termos esperança de que o melhor aconteça?

Em minha opinião, Atul Kahre é um fiel representante dos interesses norte-americanos e australianos em Timor-Leste, a par de Xanana Gusmão e de Ramos Horta, com a diferença de que Ramos Horta é um individuo bem formado e que não esquece determinados ensinamentos da sua “primeira escola”, da juventude. Ramos Horta julga saber onde, como e quando poderá tirar algum partido do cerco imposto pelos interesses das duas potências e com isso beneficiar o país, os timorenses. É um diplomata "avisado" e acima de tudo timorense.

O mesmo já hoje não se pode afirmar de Xanana Gusmão. Vendeu a alma ao “diabo” quando começou a meter os pés pelas mãos e a comprometer-se com gente estranha e adversa à luta dos timorenses, por uma pátria, por independência e auto-suficiência.

Pessoalmente custa-me bastante analisar e concluir assim, sobre Xanana, e disto não sair, mas só o faço – assim como muitos outros – por verificar que ele mudou radicalmente e que o veio fazendo lenta e metodicamente – indiciando que sabe onde se meteu e que este é o caminho por que optou seguir, traindo os ideais que o levaram para a luta de que se tornou digno líder até determinado momento. O perigo reside todo nas suas qualidades determinantes: ele não vai olhar a meios para atingir os seus fins. Quem se irá tramar serão os seus adversários e os timorenses sem alternativa de abandonar o país e o regime que Xanana irá impor mesmo à revelia de Ramos Horta. O tempo o dirá.

Assim, temos que a ONU e Atul Kahre irá continuar a privilegiar a Austrália (Xanana) em tudo. Esse “em tudo” também significa beneficiar-se a si próprio e à pandilha abútrica dos que com tachos eventuais e permanentes engordam as suas contas bancárias e os seus currículos à custa da miséria para onde empurram os timorenses.
Ou seja: algumas centenas de abutres, os “chulos”, como João Severino, que os conhece, ainda há dias referia no seu “Pau Para Toda a Obra”.

Por isso, abençoados aqueles que ainda têm esperanças e não andam “neuras”, como eu, ao pensar nestas “coisas”.
Gostaria de me enganar. Nem sabem quanto. Mas as experiências que tenho vivido ao longo destas largas dezenas de anos têm-me demonstrado que a história repete-se sempre e que “quem se lixa é o mexilhão”.
Bem, mas, apesar de tudo, vale sempre a pena dizermos que não é o que queremos, por não ser o que está certo. Aplica-se a Timor e ao resto do mundo.

Anónimo disse...

Não me compete defender a ONU em Timor das acusações que lhe são feitas porque é sabido de todos as autênticas "borradas" que tem feito.
Mas tento colocar-me na posição de quem decide estas coisas e perguntar: supondo que a ONU tem de obedecer aos tribunais e não ao governo e supondo que na sequência dessa obediência tivessem prendido o Reinado, qual seria a reacção das pessoas (incluindo alguns "contribuintes" deste blog) se esse facto tivesse, como sempre receou o governo de Timor Leste, uma revolta popular que, tal como aconteceu na sequência do que se passou em Same, pusesse Dili e parte importante da parte ocidental do país mais ou menos a ferro e fogo?
Como é que a ONU justificaria a situação? A quem competia "apagar o fogo" ateado pela ONU? Ao Governo? À ONU? onde acabaria um e começaria o outro? E como reagiria a sede da ONU? E os membros do Conselho de Segurança? Como justificar que se tivesse desencadeado uma "quase guerra civil" algo à revelia das indicações do Governo de um país independente?

Moral da história; crei que os "bacamartes" devem ser orientados para o Governo e não para a ONU... E no caso desta o que é PROFUNDAMENTE criticável é que ela tivesse, DE PROPÓSITO, deixado fugir Reinado de Becora e que não tenha tido um papel mais proactivo de aconselhamento das autoridades timorenses no sentido de ELAS cumprirem e fazerem cumprir as leis do país. A ONU deveria ser mais uma "consciência" activa do sistema e não está a ser...
Não parece que Khare seja o mais indicado para essa tarefa...

Anónimo disse...

Estou totalmente de acordo com a análise feita por António Veríssimo.
Por mais que aquilo humano dentro de nós tenha a fé que algo mude para melhor, a análise mais fria da realidade pura e dura do estado das coisas leva-nos a inclinar para as perspectivas mais negras.

Será muito difícil que meia-dúzia de pessoas ou pouco mais, por assim dizer, consiga ganhar esta máquina sinistra e perversa da união entre a grande maioria de políticos timorenses, desejosos da sua fatia do poder, lobbies económicos, interesses estratégicos e a defesa dos mesmos pela mais pura e descrupulosa força, realizando-se a coação não apenas a nível físico mas ainda mais a nível psicológico, das duas grandes potências, uma das quais global e outra regional, da ONU actuando às suas ordens, tal como inumerosos empregados dessa máquina parasitária e inutilitária, assim como mais diversas organizações, ONGs e outras intituições do género.

Quem perde são os timorenses. Só que, quando chegarem a essa conclusão, não irá haver caminho de volta.
Passar-se-ão provavelmente décadas até os timorenses conseguirem novamente ser os seus donos e senhores.

Não é o mundo afinal feito de donos e escravos? Há quem prefira viver um ano mas como czar, e há quem prefira viver 80 com escavo. A escolha é única e somente pessoal.

Anónimo disse...

Parece impossivel que certos abutres acusam os outros abutres. Ao fim e ao cabo sao todos a mesma coisa. Esses portuguesinhos que agora cheiram as riquezas de Timor querem-se meter nos assuntos de Timor como se realmente tem o interesse por Timor.porque e que nao o fizeram em 75, 76,...para evitar a invasao da Indonesia? Agora querem-se fazer de muito amiguinhos de Timor! Especialmente esse ou essa Margarida que julga ser uma sabichona.Que os Timorenses abram os olhos e nao se deixem levar por essas falsas amizades e simpatias. Ate agora ainda nao ouvi alguma sugestao para solucionar os problemas de Timor. Sao so acusacoes para a esquerda acusacoes para a direita menops alguma sugestao inteligente para resolver os problemas de Timor.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.