domingo, janeiro 27, 2008

TÓPICOS - CONFERÊNCIA DE IMPRENSA FRETILIN

FRETILIN

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DIRIGIDA PELO PRESIDENTE E SECRETÁRIO-GERAL DA FRETILIN

1. A FRETILIN não retira nenhuma vírgula da sua posição de que o Governo de Xanana é inconstitucional - (O somatório de ilegitimidades não pode ser igual a uma legitimidade).

2. Mas a FRETILIN entende que há questões vitais de interesse nacional onde todos devem contribuir para encontrar solução:

i. problema dos peticionários,

ii. Problema do Alfredo Reinado,

iii. Problema dos deslocados;

3. Contudo, a acrescer a todos estes problemas que são a raiz e as consequências da crise de 2006, temos ainda outros:

i. a gestão desastrosa do bem publico feita pelo Governo inconstitucional de Xanana,

ii. O escangalhamento e a desestruturação da administração pública, colocando-a na dependência total dos assessores pagos a preço de ouro,

iii. A informação e opinião cada vez mais corrente da proliferação de corrupção e nepotismo,

iv. A incompetência generalizada,

v. o esbanjamento de dinheiro público, vi. A caça às bruxas (directores que são demitidos sumariamente só por serem da FRETILIN ou suspeitos de o serem),

vii. A ausência total de Planos e Programas (solução para os problemas sociais e económicos não é encontrada através da definição e execução planos e programas de combate à pobreza, mas sim através da generalização de subsídios distribuídos anarquicamente. O Estado converteu-se numa instituição de misericórdia. Por este andar, teremos inevitavelmente o golpe de misericórdia no desenvolvimento do país.

4. A interferência na Justiça por parte do Presidente e do Governo:

i. A não captura do Alfredo Reinado,

ii. O envio pelo Governo de médicos para avaliar o estado de saúde de Rogério Lobato;

5. As inconstitucionalidades e ilegalidades dos Actos públicos:

i. Verba “alocada” para Task Force do Presidente para o combate à pobreza,

ii. Aprovação de normas no PN discriminando os Partidos não representados no PN,

iii. A tentativa de excluir a participação de candidatos de Partidos Políticos nas eleições dos Sucos;

6. Ameaças aos jornalistas e deputados pelo Xanana Gusmão perante o silêncio cúmplice da “AMP” e do PR;

7. Tentativa de revisão dos Estatutos dos Combatentes de Libertação Nacional de modo a reduzir os seus direitos já reconhecidos por Lei;

8. A intenção de se rever a Lei sobre Fundo de Petróleo de modo a poderem retirar mais dinheiro para a sua politica de esbanjamento;

9. Gastos excessivos em relação a segurança privada dos membros do Governo;

10. Para além de todos estes problemas, torna-se claro que o encontro de toda a verdade sobre a crise de 2006 é uma prioridade nacional. Assim, ninguém pode-se sentir intocável, acima da Lei. Todos devem estar prontos para responder perante a Justiça.

11. Por tudo isso, a FRETILIN endereçou ao SG da ONU propostas claras de saída da crise com vista a abrir espaços para a participação da FRETILIN na consolidação do Estado de Direito Democrático e no combate à corrupção e ao nepotismo.

12. Importa tornar claro que nenhum acordo se chegou como resultado das propostas acima referidas. Nenhum mecanismo foi criado até hoje de modo a permitir tornar realidade o desejo da FRETILIN contribuir para a solução dos problemas. Mantém-se pois o status quo. O país caminha a passos largos no sentido da desestruturação social, política e institucional.

Dili, 24 de Janeiro de 2008.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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