quinta-feira, dezembro 06, 2007

A pobreza não se combate em discursos populistas, senhor Xanana

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão pronunciou-se publicamente acerca do "provável" acórdão do Tribunal de Recurso, uma declaração de inconstitucionalidade das verbas transferidas do seu orçamento de Estado para a Presidência da República, dizendo que a FRETILIN não acabou com a pobreza durante os seus cinco anos de governação e que continua a não deixar reduzir a pobreza.

Fontes próximas, em Díli, do ex-Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, respondem que Xanana Gusmão "só pode não saber o que quer dizer reduzir a pobreza" e que “Xanana Gusmão padece de pobreza intelectual e técnica".

"E se eles tem dinheiro para esbanjar é porque a FRETILIN conseguiu produzir receitas suficientes no Fundo de Petróleo para um programa sustentável de combate à pobreza. Mas eles esbanjam de uma forma inaceitável e ilegal.”.

Ironizando, a mesma fonte garante que “o Governo de Xanana Gusmão é muito eficaz em combater a pobreza dos seus ministros, vice-ministros e secretários de estado. No que toca ao Povo, distribuirão migalhas para criar ainda maiores dependências.”

A mesma fonte próxima, desafia Xanana Gusmão a ter coragem para pedir uma auditoria à execução orçamental do seu Orçamento Transitório de 2007, sem receios, como a FRETILIN demonstrou não ter em relação às execuções orçamentais do seu Governo.

"Porque de certeza que com o orçamento transitório, Xanana Gusmão "apenas reduziu a pobreza aos membros do seu governo, e talvez a si próprio". E que "talvez agora Xanana Gusmão já não precise de fazer férias pagas por investidores potenciais.”

No que se relaciona à verba alocada ao Gabinete do PR para combate à pobreza, a confirmar-se a declaração de inconstitucionalidade do Tribunal de Recurso, a fonte próxima de Mari Alkatiri adianta ainda que o “Governo de facto e o PR devem restituir o montante já gasto ao Tesouro Público”.

Segundo mesma fonte, Mari Alkatiri, vai desafiar Xanana Gusmão e Ramos-Horta para um debate público televisivo, sobre o Plano do Governo de Combate à Pobreza.

"Que tenha coragem de o aceitar, porque durante as campanhas eleitorais não tiveram coragem para o fazer", adianta.

7 comentários:

Anónimo disse...

A propósito desta notícia, duas perguntas: confirma-se que a Ministra das Finanças continua a receber o (chorudo) ordenado de técnica do Banco Mundial? E que contratou recentemente, para ser pagao pelo erário público timorense, um consultor que irá receber a módica quantia de 25 mil dólares americanos? Só estou a perguntar; NÃO estou a afirmar!
Quem sabe responder? Sabe alguma coisa sobre isto, Malai Azul?

Anónimo disse...

Timor: Persistem ainda «desafios enormes a vencer», diz ONU

Diário Digital / Lusa
06-12-2007 20:57:00

Timor-Leste «recuperou bem da violenta crise» em que mergulhou em 2006, mas persistem ainda «desafios enormes a vencer», disse hoje em Nova Iorque o chefe da missão enviada pelo Conselho de Segurança da ONU àquele país.

Dumisani S. Kumalo, embaixador da África do Sul, liderou uma delegação com diplomatas da China, Congo, Indonésia, Rússia, Eslováquia e Estados Unidos, que entre 24 de Novembro e o passado dia 01 visitou Timor-Leste, para avaliar a situação do país, a quatro meses de terminar o mandato da actual missão das Nações Unidas (UNMIT).

«Os desafios da governação e o legado da violenta crise de 2006 e as suas consequências continuam a assombrar a liderança política do país e a afectar o povo timorense», salientou o embaixador sul-africano na sua intervenção perante o CS, segundo um comunicado de imprensa divulgado pela ONU no «site» na Internet.

Durante a visita a Timor-Leste, a delegação do CS contactou líderes timorenses, membros do Governo e da Oposição.

Dumisani S. Kumalo acrescentou que a situação de segurança em Timor-Leste permanece calma e estável embora frágil, devido às diferenças políticas entre os líderes timorenses, nomeadamente quanto à resolução da actual crise, a que se juntam as dificuldades associadas ao desemprego galopante e à pobreza, lê-se ainda no comunicado da ONU.

A manutenção de cerca 100 mil desalojados distribuídos por 53 campos de acolhimento, maioritariamente instalados na capital, Díli, foi também referida pelo diplomata sul-africano como um dos desafios a vencer.

«No curto prazo, é crucial que o Governo de Timor-Leste, com o apoio das Nações Unidas e a comunidade internacional, trabalhando em conjunto para melhorar as condições de vida dos desalojados», salientou.

«Apesar destes desafios, a delegação deixou Timor-Leste convencida que o país está na via para voltar a ser um país estável, pacífico e unido», acrescentou.

O secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, visita Timor-Leste nos próximos dias 14 e 15, no âmbito da sua deslocação ao continente asiático, tendo previsto encontros com os líderes políticos timorenses e uma intervenção perante o Parlamento Nacional, além de visitas a campos de deslocados.

Anónimo disse...

Olá malae Azul,

sei onde estás mas não digo....
Dá uma vista de olhos neste site, vale pela curiosidade (e pelos Governadores da família (ahahah):

http://www.worldstatesmen.org/East_Timor.html

Anónimo disse...

Debate publico com o Mari Alkatiri? Mas o iluminado do Mari deve pensar que os debates devem acontecer quando ele quer e apetece? Pffff.

Ele foi PM durante 4 longos anos e nem sequer se dignava em ter encontros com os partidos da oposicao, nem uma unica vez, e agora que ele e' oposicao sente-se no direito ate de debates publicos com o novo PM.

Tenha mais juizo. O mundo nao revolve a sua volta e definitivamente nao anda ou para por sua vontade.

E' preciso ter lata.

Anónimo disse...

Eu concordo com a iniciativa do Mari alkatiri desafiar esses dois piriquitos para um debate público televisivo sobre a pobreza. O Ramos Horta tem nos mostrado ser um ditador. Veio visitar os timorenses em Portugal e nem sequer deu oportunidades para estes falarem. Veio falar como se fosse um Deus de Timor e foi-se.Além disso, internamente, ele anda a meter-se muito em tudo que não deve. Enquanto o Xanana tem andado a fazer o que não sabe fazer e dizer o que só um donkey sabe dizer. É obvio que isto acontece, pois agora não há mais Howard para os orientar.
Vamos ao debate e veremos como eles ficarão!!

Anónimo disse...

Vao dar uma curva!! Fiquem a espera 5 anos e se este novo governo napo prestar mesmo certamente que voltarao a por a Fretilin no poder.

O vosso problema mesmo e' ver o governo da AMP a fazer muito mais do que quilo que a fretilin fez nos primeiros 5 anos. Se isso acontecer adeus Fretilin. De 29% ainda vao parar nos 1X%.

nao e' assim.

Qual debates qual carapucas. O pais precisa e' de mais trabalho e menos paleio.

Anónimo disse...

a MINISTRA DAS fINANCAS TEM MAIS FOME DO DINHEIRO QUE DO PAO.Gracas ao error of judgement do menino Xanana que gosta dos oportunistas de primeira. Ouve-se falar que ela tem certos complexos. uma das maneiras de superar esses complexos e a de se tornar poderosa e julga que o dinheiro compra o poder e a saude e a felicidade.Vejam a Heather McCarthy

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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