quinta-feira, novembro 29, 2007

Coligação internacional pede «justiça substantiva» à ONU

Notícias Lusófonas
28.11.2007

Uma coligação internacional de organizações de direitos humanos exigiu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que promova "justiça substantiva" para Timor-Leste.


O pedido foi dirigido numa carta-aberta assinada por representantes de mais de 60 organizações internacionais de 15 países, por ocasião da primeira visita a Timor-Leste de uma delegação do Conselho de Segurança.

"O povo de Timor-Leste sofreu inúmeros crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a ocupação militar ilegal pela Indonésia", recordam os signatários da carta.

As organizações de direitos humanos "rejeitam as tentativas do Governo indonésio para fugir à responsabilidade".

O principal pedido dos signatários é que "o Conselho de Segurança actue decididamente a favor da justiça dos timorenses", cumprindo as recomendações da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação (CAVR) timorense.

"Uma norma internacional cristalizou contra a impunidade", afirma um dos signatários da carta, Clinton Fernandes, da Coligação Australiana por Justiça Transitória em Timor-Leste.

A carta-aberta aplaude a decisão do secretário-geral das Nações Unidas "de não legitimar a Comissão de Verdade e Amizade", um órgão bilateral que, sob críticas de muitos sectores e organizações, tem investigado os crimes cometidos em Timor-Leste em 1999.

Os signatários da carta afirmam também que a recente investigação judicial na Austrália ao massacre de Balibó, que vitimou cinco jornalistas em Outubro de 1975 durante a invasão indonésia, foi o único exame formal recente aos crimes cometidos sob a ocupação.

A carta exige a criação de um tribunal penal internacional ou a reconstituição da Unidade de Crimes Graves "com recursos suficientes e apoio internacional para investigar os crimes cometidos durante os 24 anos de ocupação e não apenas os de 1999".

"Um total de 290 indivíduos já acusados segundo o processo dos Crimes Graves continua em liberdade, fora da jurisdição dos tribunais de Timor-Leste", acrescenta a carta hoje divulgada.

A coligação internacional de organizações argumenta também que "existe um largo apoio interno em Timor-Leste à justiça substantiva, especialmente na Igreja e na sociedade civil".

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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