quarta-feira, outubro 10, 2007

Portugal negociou e entregou Timor-Leste à Austrália

Infelizmente, este governo negociou com o Governo australiano a "entrega" de Timor-Leste.

O SNEC, João Cravinho, deixou de financiar a cooperação nas áreas críticas, em que Portugal contribuia não só para o desenvolvimento de Timor-Leste, mas que também ajudava Timor-Leste a garantir a sua soberania e independência, em relação aos seus vizinhos menos escrupulosos.

Desde os Serviços da Alfândega, ao Gertil (Gabinete de Arquictectura responsável pelos planos de ordenamento), à Missão Agrícola, ao contigente da PSP (quiça em breve a GNR), à falta de apoio aos juízes portugueses (de partida), às empresas portuguesas, Portugal abandonou Timor-Leste.

Timor-Leste não é uma preocupação para este Governo ou para esta oposição.

Portugal, o seu Governo socialista, negociou a substituição do apoio financeiro nestas áreas, com o Governo australiano, substituindo a mais valia de portugueses a trabalhar em Timor-Leste, por consultores neo-zelandeses e australianos.

O MNE português, com a desculpa de que estamos longe de mais, "que eles lá não se entendem", prefere que Timor-Leste seja um protectorado australiano. Depois de tudo o que investimos, do empenho de muitos portugueses, saímos de Timor-Leste como derrotados.

Por incompetência e desleixo. João Cravinho nunca percebeu nada de Timor-Leste. Dava muito trabalho e poucos louros. É a política da esmola, em vez do verdadeiro apoio e compromisso com o desenvolvimento.

Com o consentimento da oposição, das Nações Unidas e da Comissão Europeia. Ninguém quer saber. Fica muito longe.

Os outros que se chateiem, já que estão ao lado e têm interesses.

A Austrália ganhou. Xanana e Horta apostaram no cavalo certo. O golpe foi consumado.

Por todos aqueles portugueses que lutaram e acreditaram em Timor-Leste, lado a lado com os seus irmãos timorenses, só nos resta denunciar esta decisão do Governo português e sentir vergonha...

12 comentários:

Anónimo disse...

tenho vergonha de ser português!

Anónimo disse...

Esta estratégia há muiuto que estava traçada por este governo socialista. E podem ter a certeza que o próprio Cravinho acha que Timor nunca devia ter sido independente.

A crise de 2006 só veio ajudar Portugal a ter argumentos para sair de Timor. Xanana e Horta sabiam muito bem o que estavam a fazer...

E Cravinho mesmo perante o óbvio, nega-o, como as suas declarações a dizer que não sabia que Xanana tinha dito que a questão da lingua portuguesa era para ser "repensada".

Portugal traiu mais uma vez os seus aliados...

A imprensa portuguesa, longe de Timor, idem.

Aliás, onde pára a LUSA?

Hugo disse...

Deixo apenas uma questão. Será que Portugal se pode dar ao luxo de financiar em milhões de dolares Timor Leste para em troca receber nada?

Anónimo disse...

Quem perde é Timor!! Os portugueses comem na mesma mesa que os seus irmãos timorenses. Não esperem, nem acreditem que isso vai acontecer com os vizinhos australianos!

Anónimo disse...

Estas palavras não podiam ser mais verdadeiras.

O incómodo que Cravinho e os responsáveis do IPAD sempre demonstraram nas suas visitas a Timor-Leste com os portugueses que cá trabalham e se preocupam com o futuiro do país é conhecido por todos.

Para Cravinho e companhia, "os chatos" dos portugueses que não se calam e denunciam o que aqui se passa, são alvo de perseguições e as pressões para que saiam de Timor-Leste fazem o jogo dos australianos.

Anónimo disse...

Se calhar é por isso que o correio e encomendas de Portugal não chegam aos nossos familiares que trabalham em Timor....

Anónimo disse...

Portugal continua a desinvestir em Timor, a prova disso é o abandono a muito curto prazo da cooperação entre a Fundação das Universidades Portuguesas e a Universidade Nacional de Timor Lorosae.

Existem fortes pressões e desinvestimentos por parte da FUP e do IPAD, prejudicando claramente a qualidade de ensino e os alunos timorenses, com o intuíto de terminar a sua cooperação o mais rapidamente possível.

Este ano alguns dos cursos deixam de funcionar e a curto prazo terminarão os outros, ficando assim, a meio um projecto em que Portugal ja investiu muitos milhões de euros.

A Autrália está preparada para arrancar com uma universidade em Timor assim que Portugal feche mais esta porta.

Anónimo disse...

Não é que seja inocente, mas por algum tempo acreditei que Timor podia ser mesmo independente. É verdade que os dinheiros enviados por Portugal para Timor não foram aplicados da melhor maneira e muitas criticas podiam ser feitas, mas também se podia mudar a forma em que a cooperação se encontrava (des)organizada e não desistir!

Para quem trabalhou em Timor e sentiu a alma do seu povo, fica desiludido com a a anunciada decisão, pois sabe que Timor e os Timorenses não vão com toda certeza para melhor.

É certo que os lideres timorenses também terão a sua parte de responsabilidade no sucedido, mas, não nos podemos esquecer que a suposta independência de timor é muito recente.

Não me queria alongar muito... mas como estou revoltado terei sempre que dizer que é verdade, caros amigos, para quem duvidas tivesse, a "teoria da conspiração" existiu de facto e... conclui-se!

Os meus parabêns ao ex-primeiro ministro Mari Alkatiri por ter sido um resistente e um sonhador, sim, porque ele quis um Timor verdadeiramente independente, dos FMI`s, das ingerências estrangeiras. Desculpe os que não o compreenderam, que não perceberam o seu sonho para Timor. O povo queria resultados rápidos e não consegui esperar... a austrália dará a timor essa resposta rápida, mas a factura a pagar será alta e de subjugação...

António Veríssimo disse...

Este el pibe não será el hirro del PIDE?

Hugo disse...

Verifico que o Sr. António não aceita opiniões contrárias... Fique sabendo que não me dá lições de coissima nenhuma.

Anónimo disse...

Corroboro o que está escrito! Portugal, com tanto paleio de "COOPERAÇÃO" e...veja-se a triste figura! Porque não há-de Portugal dedicar-se a TIMOR como se de um filho pequeno se tratasse, para ao menos fazer esquecer o que em devido tempo NÃO fez por TIMOR!? Vai ter que ser, uma vez mais, o cidadão anónimo a não deixar cair TIMOR!! É preciso que continuemos a falar, a gritar, que houve um povo que sofreu muito e precisou de ajuda e que agora continua a precisar!!A comunicação social é sempre a mesma coisa: se há sangue, os vampiros voam logo para lá, se não há...esquece-se! Porque é que a RDP-ANTENA 1 TEM UMA FREQUÊNCIA CHAMADA "RDP ÁFRICA" E NÃO TEM UMA "RDP ÁSIA"???? PORQUE É QUE ACABARAM COM O PROGRAMA DE QUARENTA E CINCO MINUTOS, (QUE COMEÇOU ANTES DA INDEPENDÊNCIA E ACABOU POUCO TEMPO DEPOIS)E ERA TRANSMITIDO ÀS QUARTAS FEIRAS DO CENTRO CULTURAL CAMÕES OU DE QUALQUER OUTRO LOCAL DE TIMOR, EM QUE O ANTÓNIO VELADAS DEU A CONHECER UM TIMOR PROFUNDO, TENTANDO ASSIM MOSTRAR A ALMA DO POVO DE TIMOR???PORQUE ACABOU ESSE PROGRAMA???PORQUE NÃO TEMOS REPORTAGENS NA RTP, PELO MENOS, SOBRE O QUE A COOPERAÇÃO PORTUGUESA FAZ EM TIMOR???Estou a tentar ir trabalhar para Timor e digo-vos. é bom que a Cooperação funcione porque senão, vou arranjar um pé de vento!!!
Fítun Taci

Anónimo disse...

Alguém me explica a estratégia da Cooperação Portuguesa para Timor-Leste?

Analisando o que se passa em TL e vendo os investimentos que foram feitos ao longo de anos a fio, para depois deixar encerrar projectos com grande notoriedade, que projectavam o nome de Portugal e da sua cooperação de uma forma sustentada, ao nível das outras agências de cooperação presentes em TL... eu não consigo entender...

Mas provavelmente não é para EU entender...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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