quarta-feira, outubro 10, 2007

Os Funcionários da ONU poderão testemunhar de forma justa

JN Semanário - Edição 6 de Outubro de 2007, colocado online a 9 de Outubro

Membro do Parlamento Nacional (PN) e actual Presidente do Partido Social Democrata (PSD), Mário Viegas Carrascalão afirma que os funcionários das Nações Unidas poderão testemunhar de forma justa porque foram eles que acompanharam os membros da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), desde o Quartel-General da PNTL em coluna rumo ao edifício “Obrigado Barracks”.

“As testemunhas justas seriam os funcionários das Nações Unidas, porque acompanharam os cento e tais membros da PNTL, desde o Quartel-General da polícia. Quando os membros da polícia sairam do quartel não sairam sozinhos. Estes foram acompanhados pelo “pessoal” das Nações Unidas e por parte do “pessoal” das Nações Unidas nenhum foi atingido a tiro. Se ninguém foi atingido a tiro, por parte deles, deveriam ser testemunhas. Deste modo, poderão ir ao Tribunal dizer o que aconteceu realmente. Não deveria ser apenas uma das partes a fazer um depoimento justo. Enquanto for apenas uma das partes a testemunhar, de certeza que estes não irão fazer acusações contra si próprios. Deste modo, não entendemos quem foi culpado e quem não foi”, declarou Mário Carrascalão ao Jornal Nacional Semanário, no “Uma Fukun” Parlamento Nacional. Este assunto está relacionado com os depoimentos recentes do Comandante Interino da PNTL, Afonso de Jesus no Tribunal em que refere que os membros da polícia iniciaram os tiroteios, no dia 25 de Maio, quando a crise surgiu no país.

Mário Carrascalão disse que o Tribunal deveria ter chamado o “pessoal” das Nações Unidas para depor.

“Se não, nunca mais saberemos o que realmente aconteceu. Nessa situação o Tribunal deveria ter chamado as testemunhas. Foram eles quem acompanharam os membros da polícia. Ouvimos dizer que os membros da PNTL foram desarmados, portanto não sabemos quem é que disparou e quem não iniciou os disparos. Só a partir daí é que poderemos saber” garante Mário Carrascalão.

Salientou ainda que a declaração do Comandante Interino da PNTL deverá apresentar provas, para que as pessoas tenham conhecimento se é ou não verdade. Não podem ser apenas uma ou duas pessoas a prestarem declarações. Portanto, qualquer testemunha poderá prestar declarações em sua defesa pessoal, mas para dizer a verdade penso que o “pessoal” da ONU, incluindo a UNPOL, é que o poderá fazer.

Mário Carrascalão salientou que a principal responsabilidade é do Governo. Contudo, não podemos esquecer que a ONU também assumiu a responsabilidade pelos acontecimentos da crise surgida no país, por não se ter prevenido antecipadamente.

“Apesar da ONU ter dado assistência, devem assumir a responsabilidade porque acompanharam os membros da polícia e no fim houve mortes.

As Nações Unidas deram garantias aos membros da PNTL para se juntarem no quartel da UNPOL, afim de receberem salvo-conduto, por parte das Nações Unidas, de que não lhes aconteceria nada, mas na realidade houve mortes, por isso a responsabilidade é deles”, concluiu.

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Traduções

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Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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