terça-feira, agosto 21, 2007

Troops must fly a flag of respect

The Age
August 22, 2007

ANY flag, whether it be that of a nation or a political party, does not just flutter idly in the wind. It does much more than that. A flag is not only an embodiment of history, culture and identity but also of profound and immeasurable sentiment. Thus the announcement of a Defence Department investigation into the desecration by Australian soldiers of the official flag of East Timor's Fretilin Party is to be welcomed.

It is a serious incident that warrants a serious explanation. The department has so far confirmed that on August 18 a group of Australian troops took possession of three Fretilin flags from two villages where Fretilin supporters were protesting against the formation of a government by former president Xanana Gusmao. Fretilin, which had ruled the country since 2002, won more votes than any other party in the recent election and claims the Gusmao Government is illegal.

Fretilin says the soldiers, who are in East Timor as part of the International Stabilisation Force, then tore up the flags and wiped their backsides with one of them. Apart from inflaming what is an already volatile situation, the incidents insult all East Timorese, says Fretilin's vice-president, Arsenio Bano — and, if proven, this newspaper agrees. To describe these events as culturally insensitive is an understatement. They are no less than acts of contempt. Tens of thousands of Timorese died fighting under that flag during a bloody 30-year struggle for independence and the events of last week undermine their sacrifice and offend their memory. Thankfully, the flags have been returned to the villagers with appropriate apologies.

While Australian troops are to be praised for their efforts in maintaining peace and stability in such a turbulent environment, they are still guests in a foreign country and must behave in a manner that does not alienate their hosts or, for that matter, the Australians they represent. They are in East Timor as part of the solution and must ensure they are not seen as part of the problem.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Tropas devem flutuar uma bandeira de respeito
The Age
Agosto 22, 2007

Qualquer bandeira, seja de uma nação ou de um partido político, não serve apenas para se agitar sem nexo ao vento. Serve para muito mais do que isso. Uma bandeira não é apenas uma personificação da história, da cultura ou da identidade mas também de sentimentos profundos e sem limites. Por isso é de saudar o anúncio de uma investigação pelo Departamento da Defesa à profanação da bandeira oficial da Fretilin, de Timor-Leste por soldados Australianos.

É um incidente sério que exige uma explicação séria. Até agora, o departamento apenas confirmou que em 18 de Agosto um grupo de tropas Australianas tomaram a posse de três bandeiras da Fretilin de duas aldeias onde apoiantes da Fretilin estavam a protestar contra a formação de um governo pelo antigo presidente Xanana Gusmão. A Fretilin, que tem governado o país desde 2002, ganhou mais votos do que qualquer outro partido nas eleições recentes e afirma que o governo de Gusmão é ilegal.

A Fretilin diz que soldados, que estão em Timor-Leste como parte da Força Internacional de Estabilização, então arrancaram as bandeiras e limparam as costas com uma delas. Além de inflamar o que já é uma situação volátil, os incidentes insultaram todos os Timorenses, diz o vice-presidente da Fretilin, Arsénio Bano — e, se isso ficar provado, este jornal concorda com ele. Descrever estes eventos como culturalmente insensíveis é desvalorizá-los. Eles são no mínimo actos de desprezo. Dezenas de milhares de Timorenses morreram a lutar sob essa bandeira durante uma sangrenta luta pela independência de 30 anos e os eventos da semana passada subestimam os sacrifícios e ofendem a memória. Abençoadamente, as bandeiras foram devolvidas aos residentes com os pedidos de desculpas adequados .

Conquanto as tropas Australianas mereçam louvor pelos esforços de manter a paz e a estabilidade num ambiente tão turbulento, são na mesma, hóspedes num país estrangeiro e devem comportar-se de modo a não alienarem o seu anfitrião ou, neste caso, os Australianos que representam. Estão em Timor-Leste como parte da solução e devem assegura-se que não são vistos como parte do problema.

Anónimo disse...

NOTA: "wiped their backsides"= limparam o cu (e não costas)

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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