sábado, julho 21, 2007

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Lusa - 19-07-2007 10:06


Ramos-Horta convoca reunião para debater impasse político


O Presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste encontram-se reunidos com os principais líderes partidários numa localidade próxima de Díli para discutir o actual impasse quanto à formação de um novo governo.

A reunião, que decorre à porta fechada, foi convocada pelo chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, e conta com as presenças do primeiro-ministro, Estanislau da Silva, e dos líderes de todos os partidos que elegeram deputados nas legislativas de 30 de Junho último, nomeadamente Francisco Guterres «Lu Olo» e Mari Alkatiri (Fretilin) e Xanana Gusmão (CNRT).

O encontro começou cerca das 10:00 locais (02:00 em Lisboa), numa pequena localidade onde se situa um centro religioso próximo de Dare, nas montanhas a sudoeste de Díli, e deverá prolongar-se até ao final do dia.

À chegada, nenhum dos participantes prestou declarações aos jornalistas.



Lusa - 19-07-2007 10:46


Timor-Leste: PR Ramos-Horta promove reunião com líderes partidários ... (ACTUALIZADA)


Dare, Timor-Leste, 19 Jul (Lusa) - O Presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste encontram-se reunidos com os principais líderes partidários numa localidade próxima de Díli para discutir o actual impasse quanto à formação de um novo governo.

A reunião, que decorre à porta fechada, foi convocada pelo chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, e conta com as presenças do primeiro-ministro, Estanislau da Silva, e dos líderes de todos os partidos que elegeram deputados nas legislativas de 30 de Junho último, nomeadamente Francisco Guterres "Lu Olo" e Mari Alkatiri (Fretilin) e Xanana Gusmão (CNRT).

O encontro começou cerca das 10:00 locais (02:00 em Lisboa), numa pequena localidade, onde se situa um centro religioso, próximo de Dare, nas montanhas a sudoeste de Díli, e deverá prolongar-se até ao final do dia.

À chegada, nenhum dos participantes prestou declarações aos jornalistas.

A nova crise política em Timor-Leste surgiu na sequência das legislativas, em que a Fretilin, partido histórico e que governou o país nos primeiros cinco anos de independência, derrotou o Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste, do ex-presidente Xanana Gusmão.

Na votação, a Fretilin obteve 29 por cento dos votos, mais 5 por cento do que o CNRT, partido criado em Abril último e que assinou com três outras forças políticas um acordo parlamentar e de governação que deu a esta aliança a maioria no parlamento.

No entanto, o partido de "Lu Olo" e de Alkatiri reagiu e reivindicou a tarefa de formar governo, tendo em conta a vitória nas legislativas, embora no parlamento, de 65 lugares, não detenha a maioria, uma vez que, além dos 21 deputados que elegeu, conta apenas com o apoio da Aliança Democrática (AD), que conquistou dois parlamentares.

Por seu lado, o CNRT elegeu 18 e conta com o apoio da coligação ASDT/PSD, 11 deputados, e do Partido Democrático (PD), oito, somando 37 deputados, uma maioria absoluta no parlamento.

O CNRT conta ainda com o apoio "informal" do Partido da Unidade Nacional (PUN), que elegeu três deputados, estando ainda por saber qual o posicionamento da UNDERTIM, que obteve dois assentos.

PRM/JSD-Lusa/Fim



Lusa - 19 de Julho de 2007, 12:08


Timor-Leste: "Abertura para governo de grande inclusão" no encontro de Dare


Díli - A reunião de líderes políticos e partidários hoje realizada perto de Dare, nas montanhas a sul de Díli, terminou com "a abertura dos principais partidos para um governo de grande inclusão", afirmou à agência Lusa um dos participantes.

"Conseguimos chegar a um acordo de princípio para a formação de um governo de grande inclusão e da reunião saiu o compromisso de discutirmos qual a metodologia adequada", afirmou à Lusa o líder do partido KOTA, Manuel Tilman.

Por incitativa do Presidente da República, o encontro de hoje juntou numa comunidade religiosa próxima da localidade de Dare, na montanha sobranceira a Díli, todos os líderes de partidos com assento parlamentar, além do chefe do actual Governo e o presidente do parlamento.

"A reunião continuará na próxima segunda-feira em Díli, em vez de estarmos hoje a discutir a metodologia da grande inclusão até à meia-noite", acrescentou Manuel Tilman pouco depois do final da reunião.

A Fretilin, actualmente no poder, venceu as legislativas de 30 de Junho com 29,02 por cento dos votos.

A Aliança para Maioria Parlamentar, juntando os quatro maiores partidos da oposição, apresentou há uma semana ao chefe de Estado uma proposta de governo alternativo.

PRM-Lusa/Fim



Diário Digital/Lusa - 18-07-2007 12:31


Timor-Leste: PR Ramos-Horta cancela visita a Portugal


O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, cancelou a visita oficial a Portugal, prevista para o final desta semana, disse à agência Lusa fonte oficial da Presidência timorense.

«Não houve nenhum anúncio oficial do cancelamento uma vez que também não tinha havido nenhum anúncio oficial da visita», explicou um assessor do Presidente da República.

O cancelamento fica a dever-se ao momento político delicado que se vive em Timor-Leste depois das eleições legislativas de 30 de Junho, segundo o mesmo assessor.

A Fretilin venceu as legislativas sem maioria absoluta e os quatro maiores partidos da oposição formaram a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) com o objectivo de formar o IV Governo Constitucional.

É José Ramos-Horta, no exercício das suas funções de chefe de Estado, a decidir sobre quem vai convidar para primeiro-ministro.

O novo parlamento timorense reúne-se pela primeira vez a 30 de Julho.







Jornal de Notícias – Quinta-feira, 19 de Julho de 2007


Novo governo sujeito aos jogos locais


O impasse na formação de um governo em Timor foi ontem mote de um debate promovido pela Fundação Mário Soares. Barbedo Magalhães, professor na Universidade do Porto e "velho" interessado na questão timorense, considerou que nas últimas eleições legislativas, a 30 de Junho, houve "dois derrotados". Um deles disse, "é o ex-presidente Xanana Gusmão, que não teve mais votos do que a Fretilin"; e o outro "é a própria Fretilin", que, tendo sido o partido mais votado, "ainda não conseguiu formar governo".


Carlos Gaspar, assessor de Mário Soares e de Jorge Sampaio em Belém, olhou a questão de outra perspectiva. Em sua opinião, o papel do actual presidente, José Ramos Horta, pode ser muito mais do que circunstancial, uma vez que, lembrou, a Constituição timorense lhe permite nomear primeiro-ministro quer o líder do partido mais votado, Mari Alkatiri (Fretilin), quer o da coligação pós-eleitoral de quatro partidos, que, somados, têm a maioria (e de que Xanana é o implícito líder).

Barbedo Magalhães pôs em questão, de um ponto de vista meramente académico, a dúvida de se será aconselhável que Ramos Horta, agora presidente e antes primeiro-ministro, nomeie para a chefia do governo alguém que não pertença ao partido mais votado, ou seja, a própria Fretilin. Em sua opinião, a melhor saída para um mal-estar social evidente em Timor seria a formação, "por um período de dois anos, de um governo de unidade nacional", que pudesse evitar as tensões sociais no país. Contudo, não manifestou grande confiança na exequibilidade dessa hipótese.

As eleições de Junho, referiu, "não resolveram a questão constitucional de 2006, que opôs o então presidente da República (Xanana Gusmão) e o primeiro-ministro (Alkatiri) hoje implicitamente em disputa pelo mesmo lugar. Na opinião de Carlos Gaspar pode até acontecer que Xanana não queira ser chefe do governo para não depender directamente do novo presidente, Ramos Horta.


Barbedo Magalhães lembrou que mais do que a contabilidade de votos está uma situação política sensível que não pode ser dissociada do facto de Timor ter cerca de metade da população entre os 16 e os 18 anos "sem nada para fazer". JAS

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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