quarta-feira, maio 16, 2007

Notícias - 15 de Maio 2007

CNE: números finais da segunda volta

Díli, 14 Mai (Lusa) - A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou hoje os números finais da segunda volta das presidenciais timorenses, que confirmam a vitória de José Ramos-Horta com 69,18 por cento dos votos, contra os 30,82 por cento de Francisco Guterres "Lu Olo".
O apuramento nacional das eleições de 09 de Maio terminou com a produção das actas zero, das actas distritais conjuntas e da acta nacional final, assinada hoje numa cerimónia realizada na sede da CNE.

De um total de 524.073 eleitores registados, exerceram o seu direito de voto 424.475 eleitores, o que significa um índice de participação de 81 por cento.

Do número total de votos na segunda volta, a CNE registou 413.177 votos válidos, ou 97,34 por cento; 2.015 votos em branco, ou 0,47 por cento; e 9.283 votos nulos, ou 2,19 por cento.

O primeiro-ministro, José Ramos-Horta, recebeu um total de 285.835 votos e o presidente do Parlamento e candidato da Fretilin, "Lu Olo", obteve 127.342 votos.

"Nesta segunda volta das eleições, a participação das mulheres cresceu, chegando a 47,69 por cento enquanto que o índice de participação masculina foi de 52,31 por cento", declarou o presidente da CNE, Faustino Cardoso.

A CNE recebeu 126 queixas, provenientes de todos os distritos do país, a maior parte relativas ao processo de contagem nas estações de voto, "mas não afectam o resultado das eleições".

A acta final hoje assinada será enviada ao Tribunal de Recurso e o público tem 24 horas para recorrer dos resultados.

O novo chefe de Estado toma posse dia 20 de Maio.

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste/Eleições: Ramos-Horta apresentou resignação na despedida ao PR

Díli, 15 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, apresentou hoje, diante do II Governo Constitucional, a carta de resignação ao Presidente da República, no final da despedida oficial a Xanana Gusmão.
A resignação do chefe de Governo poderá ser formalmente aceite depois de o Tribunal de Recurso validar os resultados da segunda volta das presidenciais de 09 de Maio, que deram a vitória a José Ramos-Horta.

A confirmação do Tribunal de Recurso pode acontecer ainda hoje, depois do prazo para apreciação de queixas e recursos do apuramento final apresentado pela Comissão Nacional de Eleições.

Xanana Gusmão "foi sobretudo o impulsionador da reconciliação nacional, através do apoio a várias iniciativas, como a Comissão de Verdade e Reconciliação, a Comissão de Verdade e Amizade e outras iniciativas presidenciais tomadas após a crise" de Abril e Maio de 2006, declarou José Ramos-Horta na despedida ao chefe de Estado.

José Ramos-Horta elogiou também o papel de Xanana Gusmão, primeiro Presidente eleito de Timor-Leste, "no reconhecimento do esforço de todos os que lutaram pela independência".

"A sua experiência, como líder histórico, continuará ao serviço do povo de Timor-Leste", acrescentou o ainda primeiro-ministro diante do Executivo reunido na sala do Conselho de Ministros.

Em resposta, Xanana Gusmão recordou as "divergências e dificuldades" que houve entre Presidência da República e Governo, mas recordou também "muitos momentos em que partilhámos juntos alguns passos positivos".

"Sei que não fiz tudo bem, sei que magoei pessoas, sei que magoei instituições, mas acreditem que não foi nenhuma questão pessoal", explicou Xanana Gusmão.

"Foi a própria responsabilidade como Presidente inscrita na Constituição que guiou as minhas decisões, controversas, correctas algumas, más outras", disse, garantindo, porém, que em nenhum momento considerou os outros órgãos do Estado "como órgãos de menor importância que a Presidência da República".

"Acredito que todos estamos comprometidos e conhecedores daquilo que cada um de nós podia dar ao Estado e ao povo nestes primeiros cinco anos", afirmou o chefe de Estado.

"Saio sem saudades, já que nunca me moveu ser Presidente da República, mas saio consciente de que pude dar um bocado à construção do Estado, dentro dos princípios que defendemos e que a Constituição prescreve", concluiu.

José Ramos-Horta toma posse dia 20 de Maio como Presidente da República.

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste/Eleições: Novo Governo toma posse sábado - Ramos Horta

Díli, 15 Mai (Lusa) - O novo Governo timorense toma posse dia 19 de Maio, véspera da tomada de posse do novo Presidente da República, afirmou hoje o ainda primeiro-ministro José Ramos Horta.
"O Governo tomaria posse no sábado com um novo primeiro-ministro proposto pela Fretilin, aceite pelo Presidente da República, que vai iniciar consultas" com os partidos representados no Parlamento, declarou José Ramos Horta à margem da assinatura do contrato para a construção do Hospital de Baucau.

"Não me parece que vá haver qualquer alteração no elenco governativo.

Ficariam todos os membros nos seus postos" do II Governo Constitucional nas próximas "sete a oito semanas", segundo José Ramos Horta.

"É muito provável" que na liderança do Governo de gestão, até às legislativas marcadas para 30 de Junho, fique o actual primeiro vice-primeiro-ministro e ministro da Agricultura, Estanislau da Silva, se essa for a escolha do Comité Central do partido maioritário, disse.

José Ramos Horta venceu a segunda volta das presidenciais, realizada a 09 de Maio, contra Francisco Guterres "Lu Olo", presidente do Parlamento e candidato da Fretilin.

O sucessor de Xanana Gusmão, a quem hoje de manhã José Ramos Horta apresentou a carta de resignação, toma posse dia 20 de Maio.

PRM-Lusa/Fim

Timor-Leste: EUA aconselham os seus cidadãos a não se deslocarem ao território

Washington, 14 Mai (Lusa) - O Departamento de Estado norte-americano voltou hoje a aconselhar os cidadãos dos Estados Unidos para que evitem viajar para Timor-Leste, manifestando "preocupações" com a situação de segurança. Num "aviso de viagem" emitido hoje, o Departamento de Estado afirma ainda que os cidadãos norte-americanos que já se encontram em Timor-Leste "devem avaliar cuidadosamente a sua segurança face à situação instável e ao potencial para instabilidade civil violenta".
O comunicado lembra que devido à situação em Timor-Leste, o governo indonésio tem encerrado periodicamente a sua fronteira com este pais e que o governo da Austrália aconselhou também os seus cidadãos a não se deslocarem a Timor-Leste porque "australianos e interesses australianos" podem ser alvo especifico de ataques.

O Departamento de Estado diz que "violência comunitária indiscriminada" continua a ocorrer através do país" incluindo Díli, onde incidentes de apedrejamento de veículos "são frequentes e em varias ocasiões afectaram cidadãos norte-americanos".

O documento aconselha os cidadãos norte-americanos a "evitarem" certas zonas da capital onde a violência é "cronica", precisando que "têm ocorrido agressões sexuais contra cidadãos estrangeiros, que poderão aumentar no actual ambiente".

"Viajantes do sexo feminino são aconselhadas a ter cautela especial e a evitar viajarem sozinhas a pé ou de táxi, especialmente à noite e em áreas desconhecidas ou isoladas," diz o aviso, acrescentando que "criminosos" continuam a operar em postos de controlo ilegais em algumas zonas de Díli para exigir dinheiro a condutores e passageiros.

O Departamento de Estado emite regularmente três tipos de documentos que servem de guia para cidadãos norte-americanos que visitem países estrangeiros.

O de menos gravidade é a "Nota Consular" que, além de avisos sobre o crime, contém dados sobre cuidados médicos, moradas de embaixadas e consulados, informações de alfândega e outros dados de interesse.

Segue-se o "Anuncio Público", que contem avisos específicos "sobre os riscos à segurança para viajantes norte-americanos" e depois o "Aviso a Viajantes" em que o Departamento de Estado geralmente avisa os cidadãos a não se deslocarem a certos países ou zonas de certos países.

JP-Lusa/Fim

Timor-Leste/Eleições: Convidar Cavaco por umas horas "não faz sentido"- Horta

Díli, 14 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro e chefe de Estado eleito, José Ramos-Horta, considera que "não faz sentido" convidar o Presidente português Cavaco Silva "só para a tomada de posse", no dia 20 de Maio.
"Convidei o Presidente Cavaco Silva a visitar Timor-Leste numa ocasião em que ele possa mesmo fazer uma visita de Estado ao nosso país", declarou à Lusa José Ramos-Horta, vencedor da segunda volta das presidenciais realizadas a 09 de Maio.

"Convidar o Presidente Cavaco só para vir à tomada de posse e voltar não parece fazer sentido, embora o convite fique aberto".

"Outros que estão na região, talvez virão, porque é perto. Estarão umas horas e depois regressam", acrescentou o primeiro-ministro.

à tomada de posse do sucessor de Xanana Gusmão poderão vir "alguns chefes de Estado e alguns ministro dos Negócios Estrangeiros" da região.

Contactado pela Lusa em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado, confirmou que irá representar Portugal na tomada de posse no dia 20 de Maio, data que assinala igualmente os cinco anos da restauração da independência de Timor-Leste.

"Dada a escassez de tempo, não gostaria de impor a amigos e colegas da região e do mundo que venham a Timor-Leste", sublinhou José Ramos-Horta.

"Não temos um único quarto de hotel vago. Se alguém vier, terá que vir por algumas horas e logo a seguir sair. A não ser que a embaixada os acolha", acrescentou.

"O que nós dizemos é que, enquanto chefe de Estado eleito, Timor-Leste se honraria com a presença dos nossos amigos mas não temos condições para os acolher".

A viagem de avião de Lisboa a Díli e regresso demora, no mínimo, três dias, e com mais frequência quatro, dada a escassez de ligações aéreas entre Bali, Indonésia, ou Darwin, Austrália, com a capital timorense.

A Comissão Nacional de Eleições anunciou hoje os números finais que dão a José Ramos-Horta 69,18 por cento dos votos, contra 30,82 por cento de Francisco Guterres "Lu Olo".

PRM-Lusa/Fim

EFE – 15 Maio 2007 - 03:11

Timor-Leste vive noite de violência após vitória de Ramos Horta

Díli - Um saldo de 17 casas incendiadas, algumas delas de membros do partido governamental Fretilin, e 24 pessoas feridas em atos violentos foi registrado ontem à noite no Timor-Leste, depois de a comissão eleitoral anunciar a vitória oficial de José Ramos Horta nas eleições presidenciais.

O subinspetor Jacinto da Conceição disse hoje à Efe que não houve mortes por causa da explosão de violência. Mas não confirmou se as causas dos incidentes foram políticas.

O secretário-geral do Fretilin, o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, denunciou hoje que militantes de seu partido foram feridos em ataques a suas casas nos distritos de Ermera e Liquica (oeste de Díli), Oecussi (oeste do Timor) e Baucau, a antiga capital.

A violência explodiu horas depois de a comissão eleitoral anunciar a vitória de Ramos Horta. Ele obteve uma ampla vantagem sobre o candidato do Fretilin, Francisco Guterres.

Alkatiri exigiu que a Polícia da ONU abra uma investigação. Ele declarou que os ataques pretendem intimidar os eleitores do Fretilin nas eleições legislativas de 30 de junho.


EFE – 15 Maio 2007 - 01:01

Ramos Horta homenageia Gusmão e diz que seguirá seus passos

Díli - O presidente em fim de mandato do Timor-Leste, Xanana Gusmão, foi homenageado hoje num ato de despedida, em Díli, presidido por José Ramos Horta, o vencedor das eleições presidenciais, que anunciou que seguirá a política de seu antecessor quando ocupar a Presidência.

Após a cerimônia, Ramos Horta disse aos jornalistas que o ato tinha como objetivo prestar homenagem a Gusmão e às suas conquistas durante seu mandato de cinco anos.

"Não é fácil seguir o caminho do presidente Xanana. Mas eu tentarei, porque ele estabeleceu as raízes e eu continuarei trabalhando de acordo com a Constituição", disse o Prêmio Nobel da Paz de 1996.

Ramos Horta acrescentou que seguirá a trilha do diálogo para evitar atos violentos como os de há um ano, quando o Timor-Leste sofreu a mais grave crise desde que a sua independência, devido a atritos dentro do Governo e das forças de segurança.

"Seguirei seu exemplo de dirigir o diálogo entre a sociedade civil, a Igreja Católica e outros grupos com o Governo e o Parlamento como órgãos soberanos do Estado para resolver nossas diferenças", declarou Ramos Horta.

Gusmão respondeu que está disposto a ajudar Ramos Horta sempre que for necessário. E lembrou que não abandonará a arena política, já que vai disputar as eleições legislativas de 30 de junho com o Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), partido que fundou no mês passado.

O atual presidente é um dos favoritos ao posto de primeiro-ministro.

Na segunda-feira, a Comissão Eleitoral Nacional anunciou oficialmente a vitória de Ramos Horta no segundo turno das eleições presidenciais de 9 de maio. Ele teve uma ampla vantagem sobre o seu rival, Francisco Guterres, do partido governamental Fretilin.

O secretário-geral do Fretilin, o ex-presidente Mari Alkatiri, denunciou hoje que várias casas de membros do partido foram incendiadas nas últimas 24 horas, numa campanha para intimidar os militantes nas eleições legislativas.

Alkatiri pediu à Polícia da ONU que abra uma investigação sobre o caso. Ele declarou que desde meados de 2006 existe uma estratégia "para destruir a base do partido e derrubar o Governo eleito de maneira democrática".


Agence France-Presse - Tuesday, May 15, 2007

ETimor's Ramos-Horta pays tribute to Gusmao

East Timor's president-elect Jose Ramos-Horta on Tuesday hailed the outgoing Xanana Gusmao as a skilled diplomat, and pledged to continue his work to strengthen international ties when he takes over the job.


"To follow in the footsteps of the president and old brother Xanana Gusmao is not easy," Ramos-Horta said at a farewell ceremony honouring Gusmao at the presidential palace.

"As president he was the number one diplomat in this country," he said.

Ramos-Horta, a Nobel Peace Prize winner, won last week's presidential election in a landslide, raising hopes among Timorese that he will help resolve tension and unrest in their troubled state.

The popular Gusmao, who did not seek re-election, became East Timor's first president after it gained independence in 2002 following a bloody separation from occupying Indonesia three years earlier.

With parliamentary polls due next month, Gusmao is the favourite to win the powerful post of prime minister, in a move seen as a job swap with close ally Ramos-Horta.

Ramos-Horta will step down as prime minister after results of the presidential election are declared official on Wednesday, and ahead of his inauguration as president on Sunday.

He said Tuesday that he would build on Gusmao's work to strengthen relations with the international community, whose assistance the tiny nation needs as it tries to claw its way out of poverty five years after independence.

"His vision has given strength (to the people) and his cooperation with the government has helped ensure diplomatic relations with the international community can be maintained," he said.


Foreign peacekeepers were deployed to the nation to restore security after unrest last May left 37 people dead and forced 150,000 to flee their homes.


Ramos-Horta was appointed prime minister after the then premier Mari Alkatiri was forced to resign for sacking 600 army deserters who were claiming discrimination, a controversial move that helped trigger the unrest.

Radio Austrália – 15/05/2007, 09:48

New president says East Timor should subsidise agriculture

East Timor's newly elected President, Jose Ramos-Horta, says his Government needs to support its own agricultural industry if it wants to begin to compete on the international market.

Dr Ramos-Horta says East Timor has all the resources to support itself and it is up to its government to create trade opportunities, and help local growers expand their businesses.

He says it is impossible for farmers to make a profit when products such as rice are cheaper to import than to produce locally.

"The country has tremendous potential, we have resources, the country can feed itself," Dr Ramos-Horta said. "The state, the government, must, at least for five or ten years, subsidise our agriculture. We get our farmers to produce rice, or corn, and the state guarantees purchase on this, at a fair price."


ABC – Tuesday, May 15, 2007. 5:00am (AEST)

Ramos Horta wants Aust TAFE training for E Timorese

President-elect of East Timor, Jose Ramos Horta, says he wants several hundred Timorese to come to Australia to study at TAFE, to help boost the number of skilled workers in his country.

Speaking on ABC Radio National's Late Night Live program, the former prime minister said his nation is in desperate need of skilled workers, and TAFE can give young people opportunities not available in their own country.

He says he has spoken to the Australian Prime Minister and Foreign Minister about the plan, and got a positive reaction.

"If Australia will be generous enough to open up TAFE's around Australia to hundreds of Timorese, in five or 10 years from now, we will have thousands of people with good English, good vocational training," he said.

Dr Ramos Horta says his Government needs to support its own agricultural industry if it wants to begin to compete on the international market.

He says East Timor has all the resources to support itself, and it is now up to government to create trade opportunities and help local growers expand their businesses.

He says it is impossible for farmers to make a profit when products such as rice are cheaper to import than to produce locally.

"The country has tremendous potential, we have resources, the country can feed itself," he said.

"The state, the Government, must, at least for five or 10 years, subsidise our agriculture.

"We get our farmers to produce rice, or corn, and the state guarantees purchase on this, at a fair price."

Meanwhile, fugitive army rebel leader Alfredo Reinado says he is ready to give himself up to East Timor authorities.

Dr Ramos Horta says he has met with two bishops to discuss a peaceful surrender by Major Reinado - possibly this week.

Major Reinado has been on the run since Australian-led troops attacked his mountain hide-out in March.

Last August, Major Reinado escaped along with 50 other inmates from a prison where he was being held on charges of involvement in a wave of violence that killed 37 people and drove 150,000 from their homes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Notícias - 15 de Maio 2007

Agence France-Presse – Terça-feira, Maio 15, 2007

Ramos-Horta de Timor-Leste presta tributo a Gusmão

O presidente eleito de Timor-Leste José Ramos-Horta na Terça-feira elogiou o que está de saída Xanana Gusmão dizendo que é um diplomata habilidoso, e prometeu continuar o seu trabalho de reforçar laços internacionais quando assumir o posto.


"Seguir os passos do presidente e velho irmão Xanana Gusmão não é fácil," disse Ramos-Horta numa cerimónia de despedida em honra de Gusmão no palácio presidencial.

"Como presidente foi o número um neste país," disse.

Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da Paz, venceu as presidenciais na semana passada, elevando esperanças entre os Timorenses que ajudará a resolver tensões e desassossegos no estado inquieto.

O popular Gusmão, que não se re-candidatou, tornou-se o primeiro presidente de Timor-Leste depois de ter ganho a independência em em 2002 após a separação sangrenta da ocupante Indonésia três anos antes.

Nas eleições parlamentares no próximo mês, Gusmão é o favorito para ganhar o posto poderoso de primeiro-ministro, num gesto visto como uma troca de lugares com o aliado próximo Ramos-Horta.

Ramos-Horta sairá do cargo de primeiro-ministro depois de serem anunciados oficialmente os resultados das presidenciais de Quarta-feira, e antes de tomar posse como presidente no Domingo.

Disse na Terça-feira que continuará o trabalho de Gusmão de estreitar relações com a comunidade internacional, de cuja assistência a pequena nação precisa quando tenta sair da pobreza cinco anos depois da independência.

"A sua visão deu força (ao povo) e a sua cooperação com o governo tem ajudado a assegurar que podem ser mantidas relações diplomáticas com a comunidade internacional," disse.


Tropas estrangeiras fora destacadas para a nação para restaurar a segurança depois do desassossego de Maio último ter deixado 37 pessoas mortas e forçado 150,000 a fugir das suas casas.


Ramos-Horta foi nomeado primeiro-ministro depois de o então primeiro-ministro Mari Alkatiri ser forçado a resignar pelo despedimento de 600 desertores das forças armadas que se queixavam de discriminação, um passo controverso que ajudou a despoletar o desassossego.

Radio Austrália – 15/05/2007, 09:48

Novo presidente diz que Timor-Leste deve subsidiar a agricultura

O Presidente acabado de eleger de Timor-Leste, José Ramos-Horta, diz que o seu Governo precisa de apoiar a sua própria agro-indústria se quer começar a competir no mercado internacional.

O Dr Ramos-Horta diz que Timor-Leste tem todos os recursos para ele próprio apoiar e que compete ao governo criar oportunidades de comércio, e ajudar os produtores locais a expandir os seus negócios.

Diz que é impossível os agricultores terem lucros quando sai mais barato importar produtos como o arroz do que produzi-los localmente.

"O país tem um potencial tremendo, temos recursos, o país pode alimentar-se a si próprio," disse o Dr Ramos-Horta. "O Estado, o governo, deve, pelo menos durante cinco ou dez anos, subsidiar a nossa agricultura. Vamos põr os nossos agricultores a produzir arroz ou milho e o Estado garante a sua compra a um preço justo."


ABC – Terça-feira, Maio 15, 2007. 5:00am (AEST)

Ramos Horta quer a TAFE Australiana a treinar Timorenses

O presidente eleito de Timor-Leste, José Ramos Horta, diz que quer que várias centenas de Timorenses vão para a Austrália estudar na TAFE, para ajudar a aumentar o número de trabalhadores habilitados neste país.

Falando ao programa Late Night Live na ABC Radio National, o antigo primeiro-ministro diz que a sua nação tem uma necessidade desesperada de trabalhadores habilitados, e que a TAFE pode dar oportunidades aos jovens não disponíveis no país.

Diz que falou sobre o plano com os Primeiro-Ministro e Ministro dos Estrangeiros Australianos e que obteve uma reacção positiva.

"Se a Austrália for suficientemente generosa para abrir a TAFE na Austrália a centenas de Timorenses, daqui a cinco ou dez anos, teremos milhares de pessoas a falar bem o Inglês e com bom treino vocacional," disse.

O Dr Ramos Horta diz que o seu Governo precisa de apoiar a sua própria agro-indústria se quer começar a competir no mercado internacional.

Diz que Timor-Leste tem todos os recursos para se apoiar e que agora compete ao governo criar oportunidades e ajudar produtores locais a expandir os negócios deles.

Diz que é impossível aos agricultores venderem produtos como arroz dado que é mais barato importá-lo do que produzi-los localmente.

"O país tem um potencial tremendo, temos recursos, o país pode auto-alimentar-se," disse.

"O Estado, o Governo, deve, pelo menos durante cinco ou dez anos, subsidiar a nossa agricultura.

"Pomos os nossos agricultores a produzirem arroz ou milho e o Estado garante a sua compra por um preço justo."

Entretanto, o foragido amotinado militar Alfredo Reinado diz que está pronto a entregar-se às autoridades de Timor-Leste.

O Dr Ramos Horta diz que se encontrou com os dois bispos para discutir a rendição pacífica do major Reinado – possivelmente esta semana.

O major Reinado tem estado em fuga desde que tropas lideradas pelos Australianos atacaram o seu esconderijo na montanha em Março.

Em Agosto passado, o major Reinado escapou juntamente com outros 50 presos da prisão onde estava com acusações de envolvimento numa vaga de violência que matou 37 pessoas e levou 150,000 a fugirem das suas casas.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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