quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Três maiores partidos da oposição anunciam coligação

Díli, 22 Fev (Lusa) - Os três maiores partidos da oposição parlamentar em Timor-Leste anunciaram hoje a criação de uma coligação para a formação de Governo após as eleições legislativas.

Os presidentes do Partido Democrático (PD), Fernando Lasama de Araújo, do Partido Social-Democrata (PSD), Mário Viegas Carrascalão, e da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), Francisco Xavier, anunciaram a assinatura de um acordo para vigorar "depois das legislativas".

A decisão de "tirar o máximo proveito das capacidades intelectuais dos quadros e dos militantes" dos três partidos resulta, segundo a declaração dos três líderes, do "actual estado da nação".

"A realidade não está a corresponder ao sonho timorense de um país moderno, solidário, próspero, justo e democrático", afirma o documento fundador da coligação.

Em vez disso, "existe uma crise social, de segurança, política, económica e militar que parece não ter fim".

As eleições legislativas ainda não estão marcadas e o Presidente da República, Xanana Gusmão, anunciará uma data logo após a realização das eleições presidenciais, agendadas para 09 de Abril próximo.

Cada um dos partidos fará campanha por si, mas a coligação formará Governo se qualquer dos integrantes vencer as eleições legislativas ou se a votação dos três partidos permitir uma maioria parlamentar, explicou o presidente do PSD , Mário Viegas Carrascalão.

As legislativas de 2001 foram ganhas pela Fretilin, que obteve 57,4 por cento dos votos. O PD obteve 8,7 por cento e foi o segundo partido mais votado.

O PSD, com 8,2 por cento dos votos, e a ASDT, com 7,8, vieram a seguir.

Em conjunto, PD, PSD e ASDT conseguiram 89.901 votos em 2001. A Fretilin recolheu 208.531 votos.

Os três partidos pretendem "manter a sua independência" dentro da coligação, que é criada para "ser uma alternativa viável ao actual Governo".

PRM-Lusa/Fim

6 comentários:

Anónimo disse...

Esta coligacao nao vai durara pois estes camelos nao entendem o que sao as regras democraticas.

Anónimo disse...

Who cares

Anónimo disse...

Estes três são uns castiços, nem sequer conseguiram entender-se para apoiar um único candadato presidencial mas querem convencer-nos que se entenderiam para governar. Como se não soubéssemos que o que eles querem é governar-se...

Anónimo disse...

Well, Mario was good and perfect during the 10 years of his governance in Timor-Leste. That's a fact.

Anónimo disse...

Se conseguir o Mário V Carrascalão para o lugar do Primeiro Ministro, já é um meio caminho andado. O que ele fez ao povo timorense durante os 10 anos como governador já é mais do que suficiente para confiar nele. Ãqueles que não quer reconhecer isso é uma menoria dos radicais da Fretilin, Apodeti e UDT.
Enviado por: "O Realista"

Anónimo disse...

Os líderes dos partidos da oposição (pelo menos alguns deles) começam a perceber que têm que formar coligações ou fazer acordos eleitorais com outras forças políticas.

Os partidos timorenses são demasiado numerosos e pequenos. Assim facilitam a tarefa à Fretilin e são eles os principais responsáveis do seu próprio insucesso. Se pensarmos que muitos deles vão desaparecer do PN ou até mesmo do mapa, pois a próxima legislatura terá menos deputados, é evidente que o único caminho para contrariar isso é haver uma selecção natural e ficarem apenas os mais fortes.

A grande questão é: até que ponto é que políticos tão afastados uns dos outros, pelos mais variados motivos, conseguirão superar as suas diferenças e sacrificar os seus interesses em prol de eventuais coligações?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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