terça-feira, janeiro 02, 2007

Notícias de 29 a 31 de Dezembro de 2006

Timor-Leste: 13 agentes da PSP partem sábado para reforçar missão de paz em Díli

Lisboa, 28 Dez (Lusa) - A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai reforçar o contingente integrado na Missão de Paz das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) com a partida de mais 13 agentes no sábado, divulgou hoje aquela força em comunicado.

O grupo, que vai juntar-se aos 37 elementos que a PSP tem em Timor-Leste desde Outubro e aos outros cinco que permaneciam no território desde 2003, tem previsto chegar a Díli no primeiro dia de 2007, acrescenta o comunicado.

De acordo com a PSP, os 55 polícias - dez oficiais, 16 chefes e 29 agentes - irão "monitorizar acções de comando e planeamento" e encarregar-se das tarefas de informação policial, "apoio à vítima, ordem pública, segurança pessoal, investigação criminal, trânsito e prevenção rodoviária" e do "policiamento de proximidade".

Os homens da PSP também irão ensinar "ética e deontologia profissional" aos seus congéneres timorenses, refere o comunicado.

Além deste contingente, comandado pelo intendente Carlos Simões de Almeida, a PSP mantém em Timor-Leste desde Maio uma equipa do Grupo de Operações Especiais (GOE) que está encarregue da segurança da Embaixada de Portugal, dos agentes diplomáticos e de outros cidadãos portugueses.

As condições de segurança em Díli melhoraram significativamente nas últimas semanas, com os casos de perturbação da ordem pública a tornarem-se mais esporádicos, principalmente confrontos entre grupos de artes marciais rivais, mas sem atingirem o grau de violência anterior.

Timor-Leste viveu em 2006 um ano de retrocesso, com uma crise que levantou dúvidas sobre a sua viabilidade como Estado e lhe ofuscou a imagem de "jóia da coroa" das Nações Unidas no processo de construção de nações.

Apenas quatro anos depois de ver a independência reconhecida pela comunidade internacional (20 de Maio de 2002), Timor-Leste voltou a viver um cenário de violência e destruição, com um saldo de cerca de 60 mortos, incluindo um cidadão brasileiro.

A crise desencadeada em Abril com a demissão de cerca de 600 dos 1.400 efectivos das forças armadas timorenses, por alegada discriminação étnica, também provocou 180 mil deslocados, muitos dos quais continuam em campos de acolhimento por receio de violência ou simplesmente porque as suas casas foram destruídas.

Ao nível das forças de segurança, a crise resultou na desintegração da polícia e na deserção de vários militares, o mais mediático dos quais, o major Alfredo Reinado, continua a monte depois de ter fugido da prisão de Díli, onde chegou a estar detido por posse ilegal de armas.

AR/PAN - Lusa/Fim

Iraque: Nobel da Paz Ramos-Horta contra execução de Saddam Hussein

Díli, 30 Dez (Lusa) - O primeiro-ministro timorense José Ramos-Horta manifestou hoje a sua oposição à aplicação da pena capital ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, reafirmando, em declarações à Lusa, a posição do governo que chefia como sendo contra a pena de morte.

"Em primeiro lugar quero reafirmar que o governo de Timor-Leste ratificou a Convenção contra a Pena Capital e a posição oficial, constante da nossa Constituição, é de total oposição contra a aplicação da pena de morte", salientou.

"Relativamente a Saddam Hussein, só posso dizer que Deus, o Todo Misericordioso, lhe perdoe, a ele que nunca perdoou a ninguém em vida", frisou.

José Ramos-Horta foi em 1996 laureado com o Nobel da Paz, conjuntamente com o então bispo de Díli, D. Carlos Ximenes Belo.

O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein foi executado esta madrugada por enforcamento em Bagdad, cumprindo a pena capital que lhe foi aplicada pelo massacre de 148 aldeões xiitas de Douja´l, a norte de Bagdad, assassinados em represália contra um atentado falhado contra uma coluna presidencial em 1982.

EL-Lusa/Fim


AAP - Friday December 29, 05:53 AM
Al-Qaeda targeted East Timor mission: UN

Al-Qaeda targeted UN officials in East Timor for attack between 2000 and 2002 because of the world body's role in the nation's separation from mostly Muslim Indonesia, the top UN official in the country said. Atul Khare gave no details of the alleged plots in the Christian nation.

"It is indeed true that in 2000, 2001 and also 2002 there were some reports which were attributed to Osama bin Laden or to his group which indicated that he will take action against UNTAET and later on UNMISET for having contributed to the separation of East Timor from Indonesia," said Khare.

UNTAET was the acronym for the United Nation's transitional mission in East Timor. The mission ended in 2002 and was replaced by UNMISET, which was tasked with supporting the country's first independent government.

Warnings by foreign governments of a possible terror threat led to the tiny nation tightening security for a short time in 2002.

In 2002, an audiotape with a voice purported to belong to Osama bin Laden condemned Australia for its "despicable effort to separate East Timor" from Indonesia, the world's most populous Muslim country.


UN News Centre - 28 December 2006

UN Police deployed in all 12 districts of Timor-Leste as poll preparations move ahead
United Nations police officers have now deployed in all 12 of Timor-Leste’s districts to help end the low-level gang violence in the country and provide security for the electoral experts who are helping prepare for next year’s polls, the UN envoy said today, as he stressed the world body’s commitment to the elections.

The Special Representative of the Secretary-General for Timor-Leste, Atul Khare, speaking in the last press conference of the year, said the UN Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) will work closely with the people and authorities to ensure free and credible polls.

“UNMIT has also deployed electoral experts in all the districts,” he said, noting that UN eight Police were also sent.

“UNMIT will assist the authorities of Timor-Leste and the people of Timor-Leste to provide the necessary conditions for free, fair and credible elections,” Mr. Khare added, while acknowledging that while the security situation has much improved, particularly since the deadly violence earlier this year, much still remains to be done.

“I agree that we have to undertake many more actions to ensure that not only are there no weapons in civilian hands but that people feel, people believe, that no such weapons remain in civilian hands.”

The Security Council created UNMIT in August to help restore order after fighting, attributed to differences between eastern and western regions, broke out in April and May and led to the deaths of at least 37 people and forced about 155,000 people – or 15 per cent of the population – to flee their homes.

As part of UNMIT, there are currently over 900 international police officers from 25 different countries implementing screening and mentoring programmes for the National Police force of Timor-Leste under the Police Supplemental Agreement, a deal signed at the start of this month under which the UN has full responsibility for policing.

Also speaking at today’s press conference was the Deputy Special Representative of the Secretary-General for Security Sector Reform Rule of Law in Timor-Leste, Eric Tan, who stressed the importance of UNPOL being in all the 12 districts, while noting that security in the capital, Dili, continues to improve.

“The presence of UNPOL in the districts outside Dili… allows us to have a very good sense of the security situation there,” he said, calling this “especially crucial” in the light of the coming elections. “Security in Dili continues to improve,” Mr. Tan said, adding that adjustments to the UN Police concept of security operations have proven effective.

ABC - Friday, December 29, 2006. 4:34pm (AEDT)

E Timor may seek more help from Aust police

East Timorese Prime Minister Jose Ramos Horta says he is being urged to seek more assistance from Australia to help stabilise the country.


More than 37 people were killed and about 150,000 fled their homes in the capital Dili amid violence earlier this year.

East Timor has also been shaken by a recent surge in gang violence.

Dr Ramos Horta says he is considering seeking additional assistance from Australian police.

"I have had a discussion with many political leaders, they are all very praising, full of praise of the Australian police and they told me, they urged me, to try to get more Australian police involved," he said.


New Mathilda - 6 December 2006

Four Corners and the Coup in Timor Leste
By Tim Anderson

The presentation of a Gold Walkley Award to journalists responsible for the ABC Four Corners program ‘Stoking the Fires’, demonstrates the shallowness of Australian public reflection over the Australian role in the coup in Timor Leste.

The Four Corners program became a central element of coup propaganda, helping force the resignation of Prime Minister Mari Alkatiri, after accusing him of ordering a ‘hit squad’ to assassinate his political rivals. Although a UN report dismissed these ‘hit squad’ allegations, they have been repeated many times since, helping poison the political climate in the lead up to Timor Leste’s May 2007 elections.

Walkley Award winners, Liz Jackson, Peter Cronau and Lin Buckfield, knew from the start their ‘evidence’ was tainted and lacking in credibility. They also hid important facts from their audience. Because the 19 June program played such an important role in the coup, it deserves some closer analysis. It will be useful to look at the program’s aim, identification of issues, use of sources, and choice (and omission) of events.

The ABC website identifies a “key question” for the program: “What – who – is causing the present turmoil?” This was indeed an important consideration. Pursuing this, however, would have required a broader view of events.

A more specific question was seized on by the program - could evidence be found to implicate Prime Minister Alkatiri in “stoking the fires” of the violence? The coup leaders (Alfredo Reinado, Rai Los), local opposition figures, and much of the Australian establishment (The Australian, Prime Minister Howard, CARE Director Tim Costello, ABC journalists), directly or indirectly, had been urging President Xanana Gusmao to sack Prime Minister Alkatiri.

Yet, as Liz Jackson observed, Alkatiri had the support of the Parliament and it seemed Xanana did not have the constitutional power to remove him. “The only provision that would force the Prime Minister to step aside is if he were charged with a serious criminal offence.” Here was a challenge.

For all the criticism, there was no evidence of criminality by Alkatiri. The Four Corners team set out to ‘fill the gap’. The principal source would be coup participant, Vicente ‘Rai Los’ Da Conceicao. The major political beneficiary of the coup, the then Foreign Minister, Jose Ramos Horta, would provide moral commentary.

Liz Jackson’s commentary thus begins: “Alkatiri is a terrorist, a communist, a Muslim, say the men at this rally” and again “People say of the Prime Minister that he has an arrogant and aloof style and is a Marxist”. The accusations were vague, but insistent.

She was backed up by Jose Ramos Horta, who constantly asserted that Alkatiri should step down because the repeated allegations were damaging: “Can we afford this increasing loss of credibility? … [and later] If I were to receive just 10 percent of the criticisms that the Prime Minister has received … I would have stepped down long ago.” He adds, modestly, that “many” people are saying he should be Prime Minister.

Four Corners then introduces some key sources, but it does so dishonestly. It does not explain these individuals or their roles in the violence. Alfredo Reinado is introduced as a Major in the Military Police, and leader of “a rebel army faction [which] took their cars and guns to the hills in solidarity with the petitioners”. Reinado calls for Alkatiri’s resignation, and for him to face trial for his supposed crimes.

By the time of this interview, however, Reinado has not just ‘gone to the hills’ (as Xanana also put it), but had initiated the 23 May attack on an army team at Fatu Ahi in which, the UN says, “five people were killed and ten injured”. The beginning of the attack and Reinado’s open fire orders were shown on SBS television.

The following day groups linked to Reinado made a concerted attack on army headquarters at Taci Tolu (in Dili), and on the home of army commander Taur Matan Ruak, killing “as many as nine people”, according to the UN. None of this is mentioned in a program supposedly finding out ‘who or what’ is causing the ‘present turmoil’. After the coup, Portuguese police will initiate the arrest of Reinado and have him charged with murder.

The major piece of incriminating evidence against Alkatiri, however, comes from an interview with Vicente ‘Rai Los’ Da Conceicao. Rai Los is introduced as leader of “a group of men who say they were given weapons on the orders of Alkatiri”. Rai Los and the others explain themselves as a ‘Fretilin Secret Security Team’, under the orders of Interior Minister Rogerio Lobato. There is indeed evidence that they have obtained government weapons.

They make the program’s dramatic accusation: they were under orders from Alkatiri and Lobato to “totally destroy petitioners .. to terminate opposition leaders .. to exterminate the military leaders like Major Alfredo [Reinado], Major Tara, Major Tilman” and others.

These claims formed the basis of Liz Jackson’s earlier radio report (‘E Timor Prime Minister denies new 'hit squad' claims’, 10 June) which said that Mari Alkatiri organised:

“a group of armed civilians … [who] shot or bashed four people who were organising a peaceful protest calling for his resignation … [and] that forces loyal to the Prime Minister carried out a massacre of 60 unarmed protesters in April, and dumped their bodies in a mass grave .. incidents [which] appear consistent with accusations this week that Mr Alkatiri had recruited a hit squad with specific orders to eliminate his political opponents.”

In relation to these claims, the UN report of October said that “no massacre occurred” and that it “does not accept that … the Prime Minister gave instructions to Rai Los to eliminate his political opponents”. The massacre rumour was started by coup plotters.

The story by Rai Los was tainted evidence, and the Four Corners team knew it. First, the interview took place on the farm of an opposition family, the Carascalao. Second, Rai Los had come to them fresh from the attack on the army at Taci Tolu.

Liz Jackson refers to, but does not properly explain, Rai Los’s involvement in this incident: “Rai Los says his team had used their weapons in a gun battle with the regular army .. he says four people were killed, and this is why he decided to abandon his loyalty to Mari Alkatiri.”

This is an obvious lie. The Rai Los group participated in the 24 May attack on government loyalists in the army at Taci Tolu. They were not supporting Alkatiri. The UN puts composition of the coalition responsible for the single biggest armed attack during the coup attempt, as “police officers from Liquica District, petitioners and armed civilians of the Rai Los group”.

The Four Corners program, claiming to get to the bottom of the turmoil in the country, has no explanation of the Fatu Ahi and Taci Tolu attacks. Instead, it selectively refers to the shooting of rioting army deserters (‘the petitioners’) and anti-government gang members on April 28, and to the 25 May revenge shooting of a number of police by soldiers.

Four Corners staff have privately argued that they did not call the Rai Los group a “hit squad”, or assert that Alkatiri had set it up. They say the story had pointed out that Rai Los had “no proof” of his claims. They argue, though, they had stronger evidence of Rogerio Lobato’s distribution of arms, a fact born out by the criminal charges and the UN findings.

However the paraphrase ‘hit squad’ has been taken up widely by the media, including the initial ABC report from Liz Jackson. To say the program made no allegations, and just reported the claims of their sources, is to hide behind these sources. Journalists always choose which sources to use, which to elevate and in which context to place them. In this story Four Corners gave great prominence to the ‘hit squad’ claims. That, of course, is what made the program influential.

Finally, distinguishing between the ‘hit squad’ claims and the distribution of arms issue draws attention to another deceit of the program: it did not make this distinction. Rather, it sought to collapse the two issues. Yet they are indeed separate.

The legitimacy (or otherwise) of arming para-militaries to defend the government – when the police force had collapsed, and sections of the police were taking part in the coup – is presumably an issue that will be argued by Rogerio Lobato’s lawyers, as he faces his current charges. It is not an unreasonable argument. Yet the claim that Lobato apparently armed the Rai Los group, which turned against the government and attacked loyalists in the army, certainly raises questions about his judgement.

However the claim that there was a ‘hit squad’ to assassinate political opponents is a different matter to arming irregular forces to defend the government. Four Corners relies on that distinction now; but in June 2006 collapsing the two stories was central to its deception.

The award wining Four Corners program presented a partisan and dishonest picture of the crisis, but a picture consistent with the wish of the Australian Government and corporate leaders to remove the democratically elected head of government of a friendly neighbouring state. As Australians, we need greater reflection on our own role in this affair.


AFP - December 29, 2006

East Timor bids farewell to Kofi Annan
From correspondents in Dili

EAST Timor has bade a fond farewell to departing UN Secretary General Kofi Annan, hailing him as a friend who helped the troubled birth of the tiny nation.

“It is fitting and proper to publicly acknowledge and bid farewell not only to the secretary general, but to a friend. A friend of mine and a friend of the people of Timor-Leste,” Prime Minister Jose Ramos Horta said yesterday.

He said a street in the capital Dili would be named in honour of Annan.

In a farewell letter to Annan, Ramos Horta thanked the UN chief for his decisive role in East Timor's emergence as an independent nation after decades of Indonesian rule.

“In your inaugural speech, you said that you wanted to see the East Timor problem of occupation resolved in five years. It was done.”

“In the crisis of 1999, post the popular consultation; amid chaos and a near descent into total carnage, you demonstrated leadership and compassion, to bring it to an end. Thank you,” mr Ramos Horta said.

Militia gangs, which the United Nations has said were recruited and directed by Indonesia's military, went on an arson and killing spree before and after the East Timorese voted for independence in a UN-sponsored ballot in 1999.

The Prime Minister also invited Mr Annan and his wife to visit East Timor and welcomed his successor, former South Korean foreign minister Ban Ki-Moon.

“I also warmly welcome Ban Ki-Moon, friend and regional neighbour. He has a tough road ahead of him, but he knows he can count on our support,” he said.

AAP – Sunday December 31, 06:09 AM

'Evil' meddling could trigger unrest: PM

Prime Minister John Howard says China and Taiwan's meddling in Australia's Pacific backyard could trigger up to 20 years of unrest in the region.

Australia would face the task of helping restore order to nations such as Fiji, East Timor, the Solomon Islands and Papua New Guinea, Mr Howard said.

"I can understand Australians saying, 'Well, look, let's forget about it and leave them to their own devices. Don't waste any money'," Mr Howard told News Limited newspapers. "But that is the wrong approach because they will fall into the hands of the evil from other countries. Certainly there's a bit of a battle between China and Taiwan."

Mr Howard said the 2007 federal poll would reflect which party would deal better with future issues, domestically and internationally.

In an end-of-year interview, the prime minister said key issues with long-term energy needs included nuclear power and climate change.

Mr Howard also said a CSIRO report concluded the drought was part of a long-term cycle, not global warming; Australia would probably not send more troops to Iraq; and women had "moved" on from feminism and were having more babies.

NZPA - Saturday December 30, 2006

New Year Honours: Modest Navy hero who saved soldiers

Navy officer Wayne Burtton was just doing his job when he saved two wounded government soldiers in the East Timor capital of Dili this year.

Lieutenant Commander Burtton says he is honoured his work as a peacekeeper, part of the New Zealand contribution there, is being recognised by his being made an Officer of the New Zealand Order of Merit.

The Aucklander was serving in East Timor when he was caught unarmed in the middle of a firefight between rebels and soldiers. Rescuing two wounded soldiers, he drove them to a first-aid post as the firefight continued around them.

Admitting he had been in danger, he said he was no hero and that "circumstance" put him in that situation.

"Our training essentially takes over from there and you become situationally aware of what's going on around you."

Commander Burtton also dealt with the aftermath of a machete attack in which a mother and her five children were murdered in Dili, near the airport where some of the rampaging gangs were on the loose.

In Navy Today soon after, Commander Burtton wrote: "The saddest thing was the mother had attempted to lock herself with two children in the bathroom. When she was killed she was hugging one of the children."

Evidence and material on the massacre was handed over to the local police. Commander Burtton's award citation also mentions his work protecting the NZ Ambassador in Dili until a company of soldiers arrived, setting up accommodation and vehicles for the company of soldiers, and setting up a first aid post at a refugee site.

"I am very, very happy with it," he said.


NOTÍCIAS UNMIT

Transcript of UNMIT Press Conference

Date: 28th December 2006
Venue: UNMIT Conference Room
Time: 11:00hrs – 12:00 noon
Speakers: SRSG Atul Khare, DSRSG Eric Tan, Commander JTF631 Brigadier Malcolm Rerden
Topic: Elections and Security issues


Allison Cooper:
Good morning everyone. We will begin with SRSG Khare speaking, then DSRSG Tan. Police Commissioner Rodolfo Tor will be joining us – he has just been caught up for a little while; and also Brigadier Mal Rerden is here if you have got any questions about the International Security Forces. So, straight over to the SRSG.


SRSG Atul Khare:
Thank you very much all of you for coming here for what is the last press conference for 2006. Before I say anything else, I wanted to convey my best wishes to all of you, and through you to the people of Timor-Leste, in the hope that next year – 2007 – will be a year of peace, democracy, stability, reconciliation and prosperity for Timor-Leste and for its people.

In my first press conference and the press conference last week, I had insisted that the forth-coming elections which are to be held in Timor-Leste must be such as to promote national reconciliation and social cohesion. In order for these two objectives to be achieved, the elections must - and I underline that word must – be independent, free, fair, without any violence or fear of violence, and must be such that the results of those elections can be accepted by all.

In the last ten days that I have been here, I have met most of the leaders of this great country - Honourable President Gusmao, Prime Minister Dr. Jose Ramos-Horta, President of National Parliament Dr. Francisco “Lu Olo” Gutterres, first Deputy Prime Minister Engineer Estanislau da Silva, Minister of State Dra. Ana Pessoa, the Honourable Bishop of Dili, the former Prime Minister Secretary-General of Fretelin Dr. Mari Alkatiri – and I have found that all of them believe that the elections must be such as I have described.

We have noted that the Honourable President has promulgated the three laws approved by the National Parliament: the Law on the Autonomization of the Juridical Regime of the CNE and STAE, the Law on the Election of the National Parliament, and the Law on the Election of the President of the Republic. The promulgation of these three laws, I believe, is an essential first step on the path of enabling credible elections. I believe that further clarification of these laws in respect of process and procedures will contribute significantly to Timor-Leste’s growth as a democratic, viable and peaceful state.

Another important step in consolidating the path for free and fair elections is also the second report of the Independent Electoral Certification Team. This team, as you know, is separate from UNMIT; it is independent of UNMIT. It was appointed by the Secretary-General of the United Nations following the description in paragraph 125 of the Report to Security Council of 8th August 2006. The second report is presently in English; it is being translated into Tetum and Portuguese and will be made available to you soon. The team would also visit Timor-Leste on a regular basis and is likely to visit in the middle of January again. Separately, UNMIT - as it is an integrated mission along with the UN funds and programmes particularly UNDP - will continue to provide assistance for the conduct of free and fair elections. The most important aspect of course is assuring security and UNPol are making [are drawing up] an operational security plan to ensure security throughout the country in the campaigning period, during elections, during the counting of votes and of course in the immediate post-electoral period.

We will also be providing logistical support to the electoral and the voting process; and of course we would be discussing with the government and other international stakeholders whatever assistance would be required to ensure credible elections in 2007. UNMIT has also deployed electoral experts in all the districts. There will be three electoral experts who will be working closely with CNE, STAE and the people of those districts for all aspects of elections including voter education, assistance in preparation of registration lists and so on. Of course the deployment of these electoral experts required that we should also deploy the UNPol first, which is also important for ensuring security. I am very happy that eight UNPol have been deployed in all the 12 districts of Timor-Leste. This is, as I told my Deputy SRSG for Security Sector and Rule of Law Mr. Eric Tan, that this is the best Christmas present which he and his team have given to me. And on that point I would pass the microphone to Mr. Tan to speak a bit about UN Police, its deployment and what it has been doing.

DSRSG Eric Tan:
Thank you very much and good morning to everyone. As SRSG has mentioned, the presence of UNPol in the districts outside Dili is a very significant one. Their presence in the districts outside Dili allows us to have a very good sense of the security situation there. This is especially crucial, as the SRSG has mentioned, in the light of the coming elections. In those districts outside Dili, UNPol will be working together with PNTL officers and will assist in strengthening capacity wherever necessary. With the successful deployment of UNPol throughout the country, we are in the desired position to achieve our mandated task of restoring and maintaining public security throughout Timor-Leste. Nonetheless, Dili remains the location, the district, where we have most of the UNPol.

Let me now then concentrate a little bit on Dili itself. Security in Dili continues to improve. UNPol have made adjustments to their concept of security operations, and these changes have proved to be effective. Such effectiveness is very visible especially in two areas which I will elaborate: Firstly, with regards to how UNPol responds to reports made by the public regarding incidents such as fighting, unruly behaviour or other threats to public security. And secondly, by providing security during events that draw a large public attendance. Let me illustrate these two with some examples. In the case of the first visible area – responding to incidents – there were recently some incidents between groups within the Santa Cruz area. The public called the emergency line 112, and UNPol responded very quickly adding on with the response of formed police units. As a result, the situation was returned to normal very quickly without any incident of injury or other damage to property. We are very appreciative to the members of the public for keeping us informed of the areas where they feel threatened or they feel UNPol can assist them and we encourage them to continue. Another example is in the area of security for public events, and the example I will use is the recent horseracing event that took place. This event lasted almost an entire week, and attracted a very large crowd of people who were either there for the event or just to watch and enjoy themselves. UNPol was there and there was one small incident but other than that the whole event passed very smoothly and very peacefully. The smooth execution of such public events is very important because this is another step towards a very normal and very progressive society. So, this underlines the UNPol concept of operations, as we keep adjusting them, will continue to be stronger and stronger and continue to serve the people of Timor-Leste as well.

Thank you very much.

Question and Answer Session:

Question:
Guido from Associated Press:
I have three questions. I would like to address this question to Mr. Eric Tan. With regards to the recent arrest of the man who was involved in charges of sexual abuse, is it the man [Sergio] who was arrested in 2001 when he was charged with the rape of a Spanish woman? Is it him who was also part of fugitives; also an escapee from prison with Mr. Alfredo? This is my first question. The second question has to do with the provision of security in the area of Bebonuk where the government’s warehouse for rice is located. There have been some complaints by Ms. Carma Cruz from the Ministry of Labour and Community Reinsertion; she has reported this matter to UNPol but there has been no response from UNPol – what is your comment on this? Thirdly, in regard to Railos – there has been some information that he was shot at 02:00 a.m. this morning; what is the provision of security to Railos?

Answer:
DSRSG Eric Tan:
Thank you. There was one individual arrested and we have sent a press statement out. He is a suspect involved in some rape cases in certain parts of Dili. We do not know of any other connections to other previous cases, but of course, once the investigation runs its course the truth will come out and you can be assured that gradually there is a lot of attention being paid to examine the information behind this case. We have to remember that whenever there is any suspect arrested, the investigations must be thorough and establish the facts related to the current arrest but of course if there is any cause to examine further the previous incidents or other connections, this will be done.

To your second question about the Bebonuk warehouse, yes I am sure UNPol is aware and are taking certain measures, but I would like to announce here that we are actually taking a broader view over protection of certain important locations in Dili. This broader study will come up with a list of critical points for UNPol to be present or some permanent security to be present. This list cannot be too long otherwise we will tie down too many UNPols from other duties. So, we have to be very careful about making the list and at the same time adjust as the situation changes in case there are more places or some places that we are presently looking after become less of a security concern.

On your third question about Railos, we have received some reports regarding the very early morning shootings. Apparently it was directed at his house and there are already investigation teams there with people to collect evidence of bullets and forensics. Such activities cannot be tolerated especially as in this case it may, as the SRSG has mentioned before, stop justice from being done, so therefore we must take all necessary measures to protect not just the citizens of Timor-Leste but in particular some individuals who will be involved in seeing that justice is done. And in such cases, when either key witnesses or persons who have been indicted are under threat UNPol will definitely take measures to protect them and to make sure that they will appear in court when they are required to.

Question:
Eduardo from Lusa:
My question is about another issue – in 2000/2001, I am not sure; Osama Bin Laden put the United Nations Mission in East Timor in the front line of the threats. Another issue, Prime Minister Ramos-Horta conveyed a Christmas message to Osama Bin Laden. How do you look at it?

Answer:
SRSG Atul Khare:
Thank you. It is indeed true that in 2000, 2001 and also in 2002, there were some reports which were attributed to Osama Bin Laden or to his group which indicated that he wished to take action against UNTAET and later on UNMISET for having contributed to the separation of Timor-Leste from Indonesia. I have seen the message of His Excellency Prime Minister Dr. Jose Ramos-Horta that was made in his capacity as a recipient of the Nobel Peace Prize and therefore obviously as a recipient of the Nobel Peace Prize he called for peace on the part of all. I see in his message he has also asked Osama Bin Laden to refrain from terrorism, and as you are aware, the United Nations and member states of the United Nations, particularly the United Nations counter-terrorism committee, are working very closely to deter terrorist activities and to try and ensure that terrorist acts globally can be addressed. So, like the Honourable Prime Minister Dr. Jose Ramos-Horta, we also hope that 2007 will see a vanquishing of terrorism all around the world and instead of terrorism we will have more reconciliation, dialogue and discussion. Of course, you would remember that I have always said that reconciliation requires justice and that point holds true in this case also.

Question:
Joni from Timor Post:
Mr. SRSG, you have mentioned that you have met with the leaders of the country in preparation for the upcoming elections and that they are all committed that these elections should be free and fair, but at the same time we have the case of Major Alfredo. At the same time, there is a need for justice. If this case is not settled in a proper manner, will this be a threat or a challenge for the free and fair elections to be held?

Answer:
SRSG Atul Khare:
Thank you. You will remember in my first conference when a question had been asked about this particular case, and in the second press conference also, I had said that I do not like to comment on individual cases because that is an issue of the justice sector - the court to pronounce - and not for UNMIT to pronounce. In my second press conference, I had also said that I hope that the efforts of the government supported by the International Security Forces – facilitated by the International Security Forces – for dialogue would actually lead ultimately to justice prevailing in this case. In fact, it is not only one case, I would suggest that the entire report of the Commission of Inquiry and its recommendations and also the fact that the ad-hoc committee of the National Parliament is currently considering them. These recommendations have to be implemented, and in my next press conference we will talk in detail about what UNMIT can do to support the efforts for the implementation of those recommendations. But I must also add that all the leaders of Timor-Leste whom I have met have told me that they are in favour of justice and that impunity will not be allowed in Timor-Leste. I would like to praise their commitment in this regard.

Question:
Mr. SRSG, you mentioned that the elections should be free and fair, but now because we have the concern with regards to the weapons that are still in civilian hands, how far has the collection of the weapons gone – the efforts made of the International Security Forces and UNPol – to collect the weapons from civilians? The second question, we have information that the electoral legislation has been put in place – that is good, but we also have information that the political parties have started approaching those who are not part of the F-FDTL petitioners like Salsina’s group to attract their attention to join their political party. So, what is the view of UNMIT in this regard?

Answer:
SRSG Atul Khare:
Let me take the second question first. UNMIT will assist the authorities of Timor-Leste and the people of Timor-Leste to provide the necessary conditions for free, fair and credible elections. So, in a way it is like somebody who prepares the soccer ground - football ground – before the players can play, but it is not a player. And therefore, while I am happy to talk about logistical support, about the need for security and what we are doing, I would refrain from commenting upon individual political parties.

On the first question, I agree that we have to undertake many more actions to ensure that not only are there no weapons in civilian hands but that people feel, people believe, that no such weapons remain in civilian hands. The Deputy SRSG Mr. Tan and the Police Commissioner Mr. Tor are working very closely with the Ministry of Interior to look into these issues and to find, to assist, in getting a proper inventory of the weapons. So once this process is completed, some time in January, we will of course devote one of our press conferences to this important issue. But I must also add that if the public has any information which can lead to recovery of any weapons from civilians, please let us know. This information will be treated with confidentially; it will not lead to any threats against the informant. So, together we will be able to then control this issue of weapons which are in civilian hands.

Question:
Cesar from Kyodo news:
This has been a question asked to me by the people, that how can you ensure that the UNPol in the districts will do their work properly, given the situation of Mr. Alfredo as a fugitive – he is a wanted man; he is against the law – so will there be any action to arrest him in the districts? Because as an agency of law and order, the police must do their job properly, so will there be any action taken to arrest Mr. Alfredo by UNPol in the districts? And another question, all the fugitives - all the escapees from the jail – [will be treated] the same way; but will there be any exception for Mr. Alfredo’s case?

Answer:
SRSG Atul Khare:
Again, as I said before, I do not comment on individual cases. That is the work of the sovereign government of Timor-Leste. But I do believe that justice has to prevail; I have said this again and again. And I trust that all actions by the government, supported by the international partners including UNMIT, would lead to such a result. As of now, my immediate priority is ensuring law and order and security of the people so that elections can be credible – that is the immediate priority. And therefore, most of our resources are being devoted to that priority.

Question:
Cesar from Kyodo news:
This is also about how to respond to incidents, to stop them. I talked to some local police officers, they told me that in order to stop the incident is not to respond to the incident on the spot but on how to have information on who did it; but so far the UNPol does not do this. What UNPOl does is just stops the incident on the spot, but UNPol does not have the knowledge about who creates the incident. So, this is the problem.

Answer:
SRSG Atul Khare:
Thank you. I believe that both are important. Immediate action like that taken in the last ten days is very important to ensure that the fight between these gangs does not escalate into injury or even sometimes death. In fact when I returned to your great country after two years on 17th of December, I was saddened that just a few hours before my plane landed here there had been a death in Comoro in one such fighting. At least with the plan of responding quickly, immediately, in reasonable force, it has ensured that there has been no such event over the last roughly twelve days that I have been here. And the credit for this goes to DSRSG Tan and Commissioner Tor who has joined us, because we have changed the operational concept to respond quickly.

On the second issue of information, I think Commissioner Tor does have a lot of information that is operational information, which obviously we would not want to share in this open meeting. But information can never be sufficient, and therefore, I again repeat my request through you to the people of Timor-Leste to consider UNPol as your friends, in fact to consider the police even the PNTL after it has been reformed as your friends, and let us know what is the information circulating in a particular part of the city so that the police can serve you better.

Question:
I would like to address this question to Mr. Eric Tan and Commander Rerden. Yesterday, Prime Minister Ramos-Horta went to the Rapid Intervention Unit (UIR) of PNTL headquarters. The UIR members lamented/complained that all their equipment has been confiscated by the Australian forces some time in July. They complained that soon in January they will be reactivated to duty and so they would need their equipment such as boots and other items, so what is your response?

Answer:
DSRSG Eric Tan:
As you know the screening of PNTL, which includes the special units is ongoing. To date we have more than 220 PNTL already screened, and these have returned to duty alongside with UNPol officers. We have received requests from the Prime Minister and the leaders of Timor-Leste to reprioritise the screening for UIR and we agree that there are many benefits to doing so. Once the screening of the UIR is done, there will of course be efforts to return certain equipment and more importantly, a clear mechanism for them to return to work together with UNPol so that they can contribute just like the other community police of PNTL who have been contributing to law and order. To make best use of the skills of the UIR they will probably be working alongside one of the formed police units of UNPol. When that happens of course, their equipment, whatever they need, will be returned. Similar, with the rest of PNTL, the weapons may not be returned until a later stage.

I would like to take this opportunity to stress that the screening process must be done very carefully and very thoroughly. There must never be any doubt in the minds of the public that PNTL, they return to duty, have been thoroughly looked at and they are considered to have no allegations against them and they are ready to return back to work. Therefore, we have opened up the entire process to any organisation or any member of the public who has any reason against any PNTL to provide us the information so that we will invest this time well and when they return to duty they will be able to do their work properly. This investment in time to be thorough therefore is very important at this stage.

Thank you.

Brigadier Mal Rerden:
Just to concur that the weapons and equipment of PNTL, including units like UIR, are being held by the International Security Forces. They were secured in June at the request of the Government of Timor-Leste, and that equipment will be available for members of PNTL that have gone through the screening process under UNPol. The screening process is a very important part of the methodology for confirming the suitability of individuals for a policing function and all members need to go through that. When we have confirmation from UNPol that individuals have gone through that process, we will issue them the necessary equipment from the store that we hold.

SRSG Atul Khare:
Thank you Brigadier General. Any other questions?

Question:
A complaint from Guido from Associated Press. We appreciate the press conferences of UNMIT and we also receive the press releases from UNMIT. But at the bottom of the press release there is a contact number to call for additional information, but whenever we call there is never an answer. The phone rings, but there is no response. So we then miss our deadlines for going to press with our stories.

Answer:
SRSG Atul Khare:
We will take action on this. Thank you for bringing it to our notice. In fact in the New Year you might have many innovative changes on the UNMIT website also. Apart from the press releases, we will try and provide you with some nice photographs, which you can download and use provided you credit the UNMIT press and information office. Apart from the phone number, we will also give an e-mail address because sometimes it is much faster to send an email than for a person to respond back within an hour or maximum two hours. And finally, I do not consider this a complaint; I consider all these as mechanisms of improving the relationship between UNMIT and the press. The UNMIT PIO will also make available to you an email – it is called suggestionunmit@un.org, but that email will be presented to you next week in our press conference. So, if you have any suggestions which can improve the efficiency, the productivity not only of the type which is related to the press, any suggestion which you have which can lead to betterment of UNMIT’s assistance to the people of Timor-Leste, just drop us an email and we will take action.

Thank you.

Question:
I would like to address this question to Brigadier Rerden. At the request of the government, you provided security to Major Alfredo when he came to meet with Brigadier General Taur Matan Ruak. Yesterday, the Prime Minister announced that Alfredo will soon be moved from Suai to another area. I would like to find out if you have any information, whether you have been informed by the government on this plan of the removal of Alfredo from the border areas to the central part of Timor-Leste?

Answer:
Brigadier Mal Rerden:
At this stage the dialogue that is occurring between the government of Timor–Leste and Major Reinado is one that is being controlled with Brigadier Ruak as the appointed representative of the government. Those negotiations are between the government and Major Reinado. At this stage, there has been no request of the International Security Forces for assistance in this regard, and until there is such a request then I do not expect to be included because I am not a part of the negotiations.

Repetition:
The negotiations between the government of Timor-Leste and Major Reinado are continuing. The details of those negotiations are not known to me because they are between the government and Major Reinado. At this stage there has been no request to the International Security Forces by the government in regards to the issue of containment. As I said last week, this dialogue is an important one that needs to be given time so that the situation can be properly explained and understood and so that the parameters for any possible containment are fully developed and explained by the government when appropriate.

[Does is it mean that the containment of Major Alfredo to be allocated to other places has to be made known to you?]

Brigadier Rerden:
No. What I am saying is that the negotiations at the moment are between the government and Major Reinado. The International Security Forces are not a part of those negotiations. We were asked to provide support for the meting at Tasi Tolu last week, and we provided that.


SRSG Atul Khare:
So, thank you very much and wish you a very happy new year, and see you next Thursday.

.

4 comentários:

Anónimo disse...

Timor Post article
27 December 2006


Before celebrating his birthday, the PM hit a child in the street.

Dili, TP
Event though for his 57th birthday, Tuesday (26-12), Prime Minister Dr. Jose Ramos Horta invited young children to dine together at his residence in Areia Branca, Meti Aut, in order to show that he always places great importance on children’s well being today and their future, at another time in reality he showed a different side.

On the Friday before the Prime Minister celebrated his birthday (15-12) a 13 year old child was a victim of violence when he was hit by the head of government and Nobel Laureate for Peace together with Bishop Belo in Norway in 1996.

The young boy with the pseudonym Ajoy, was hit only because he had lit a firecracker that went in the direction of the PM’s car, accompanied by one security car. Soon after the assault occurred, a Portuguese security officer put the victim Ajoy in the car and took him to the Fatuhada police station.

Because he was scared and knowing he was just a child, after he was released within an hour, Ajoy chose to remain silent about the incident and continued to live at the IDP camp by the airport. His family has lived there since the political and military crisis. However TP was successful at meeting Ajoy under his tarpaulin tent at the airport on Saturday 23-12. Although scared, Ajoy was able to calmly describe the violent incident involving the PM. Ajoy stated that on that Friday afternoon, Ajoy, like other children, were playing with small fireworks along the street around Lafatik with some friends.

It was there, Ajoy stated, that when PM Horta’s car with a security car passed close by, he lit a firecracker. But he did not do it to hit the car. Ajoy says the firecracker did not hit either car. “The firecracker I lit did not hit the PM’s car. Nor did I light the firecracker because the PM was going by. But before the incident, we had already been playing there.” said Ajoy.

Perhaps because it surprised them, Ajoy (a first year secondary student) said the two cars stopped suddenly. The Portuguese security officer, armed with a pistol, got out of the car and grabbed and held Ajoy while PM Horta hit his face twice.

As to what he felt about such conduct on the part of the PM, Ajoy lowered his head and said: “I was surprised when he (Horta) came up to me and straight away slapped my face. He hit me twice on the face. But I couldn’t do anything because perhaps I had done wrong and that’s why he hit me.”

After he was hit, Ajoy said, the Portuguese security officer put him in the car with Horta’s concurrence to take him to the Fatuhada police station. After they left Ajoy at the police station, Horta and his security officer continued on their way to the center of the city.

Because Ajoy was a child and was not culpable, the police there took him back to the IDP camp where he resides.

Meanwhile on the other hand when speaking with TP at the President’s palace, PM Horta acknowledged what he had done to the child Ajoy. But he said that he did not hit the child twice in the face, he hit him once and pulled his ear.

The Nobel Peace Prize Laureate considers the method of hitting he used as an appropriate means to discipline an unruly child.

“A slap and pull on the ear is to teach him not to be naughty. The problem is with stone throwers and parents aren’t teaching their children. I appeal to fathers to ensure that their children don’t do these things, throwing stones at people’s cars randomly. Government and private citizens have spent thousands of dollars because of the bad behavior of children, because parents don’t teach their children.”

As to whether the child really stoned Horta’s car, Horta answered: “Yes, yes. He threw stones at my car and many other people’s cars. Using a firecracker, that I didn’t see.”

This conduct by the PM was witnessed by many people because it was a very public incident. When TP met with a witness who lives near the street at Lafatik, the witness said: “I certainly saw Prime Minister Jose Ramos Horta hit the young child in the street over there (Lafatik).” As to the incident of the PM Horta hitting the child, the witness agreed with what the victim stated. “The white foreign security officer got out of the car and grabbed the victim. PM Horta got out of the car and slapped the victim’s face. I saw that Horta perhaps was surprised by the noise of the firecracker at the moment when his car passed by.”

The witness, who did not want to give his-her name for reasons of security also said, “As the most senior member of government, PM Horta must not display that attitude in public.”

As to whether there are a lot of stones thrown at cars in that area as Horta said, the witness indicated that after the PM hit the child Ajoy, he certainly saw cars being stoned but he only saw government cars going past Lafatik. He said, that the government cars were stoned because an unidentified group were upset with the PM’s conduct in hitting a young child.

On the other hand, the family of the victim said that they understood what the PM did because perhaps the child was already in the wrong. They ask only that as a national leader, PM Horta shouldn’t hit the child in public as that can dirty his name.



The victim’s family said that like a father, Jose Ramos Horta has the right to teach Ajoy and they also recognize that what Ajoy did was perhaps wrong. At the same location, the coordinator of the airport IDP camp, Jose da Conceição, said that he received a complaint about PM Horta slapping the child. Also he didn’t want to politicize the incident because the victim’s family had already informed him that the child was in the wrong.

But Jose said that PM Horta’s conduct was not right because Horta is a national leader and recipient of a Nobel Peace Prize. “Like a father, Horta can teach naughty children but also not in the public eye because it’s not appropriate. As Prime Minister, Horta must control himself to not do anything that can dirty his name.”

Meanwhile whilst answering about Horta’s attitude, the President of the Democratic Christian Party, Antonio Ximenes, feels sad and strongly criticizes PM Horta’s conduct as not on the right path because it just dirties the image.

Anónimo disse...

New Mathilda - 6 December 2006

Four Corners and the Coup in Timor Leste
By Tim Anderson

On the above; if I were Jackson, Buckfield and Cronau, not to mention the ABC I would be preparing for the Alkatiri legal onslought which would be coming now that the investigation has been shelved, or dismissed for want of a better word for want of any evidence to support a prima facie case against the former PM of East Timor. Lawyers I speak to think Alkatiri would have no trouble in proving that there was malice and disregard to his reputation when the story was put together on the slenderest of facts and on based on the allegations of a highly discredited accuser. The now famous "Theophanous Defence" in Australian defamation law based on the fact that politicians should "have broad backs" and therefor be fairer game, will only hold where there is an absence of malice. These guys from the ABC joined the pack of hounds, with blood in their nostrils and armed with trumped up charges, which were denied at every turn by the hunted person as well as other reputable people, as well as the unfair weighting given to the rebel Railos, (who was a proven thief of East Timor defence forces funds) and whose credibility was extremely suspect, all points to malice. Alkatiri was set up and God only knows where this is going to all end when all witnesses and their notes and their email records and etc etc are subpoened and trawled through. Watch out people, because its important that Alkatiri pursues these people....it is also for the good for the Australian body politic's well being. These people have shown total disregard for decency and fair play, people including not only the journalists in question who went after him with malice aforethought, but also the Canberra bureaucrats from DFAT and political figures both in Australia and East Timor who went after him with equal malicious intent. Lets not forget there is still in Australia the offence of criminal defamation in most states. In the lead up to Australian elections next year....this is going to be so much fun for some people.

Anónimo disse...

TraduçãO:
AAP – Sexta-feira Dezembro 29, 05:53 AM
ONU: Al-Qaeda teve missão em Timor-Leste sob mira

Al-Qaeda teve sob mira funcionários da ONU em Timor-Leste, para serem atacados entre 2000 e 2002 por causa do papel do órgão mundial na separação da nação da maioria muçulmana Indonésia, disse o funcionário de topo da ONU no país. Atul Khare não deu detalhes da alegada conspiração na nação cristã.

"É de facto verdade que em 2000, 2001 e também em 2002 houve também alguns relatórios que foram atribuídos a Osama bin Laden ou ao seu grupo que indicavam que ele agiria contra a UNTAET e depois contra a UNMISET por terem contribuído para a separação de Timor-Leste da Indonésia," disse Khare.

A UNTAET era como se chamava a Missão transitória da ONU em Timor-Leste. A missão acabou em 2002 e foi substituída pela UNMISET, que teve a tarefa de apoiar o primeiro governo do país independente.

Avisos de governos estrangeiros duma possível ameaça de terror levaram a pequena nação da reforçar a sua segurança por um breve período de tempo em 2002.

Em 2002, uma gravação audio com uma voz atribuída a Osama bin Laden condenava a Austrália pelos seus "desprezíveis esforços para separar Timor-Leste" da Indonésia, o mais populoso país muçulmano do mundo.


Centro de Notícias da ONU - 28 Dezembro 2006

Polícia da ONU destacada em todos os 12 distritos de Timor-Leste quando avançam os preparativos para as eleições

Oficiais de polícia da ONU foram destacados para todos os 12 distritos de Timor-Leste para ajudar a acabar com a violência de baixo-nível dos gangs no país e providenciar segurança aos peritos eleitorais que estão a ajudar a preparar as eleições do ano que vem, disse hoje o enviado da polícia da ONU, quando sublinhou o compromisso do órgão mundial com as eleições.

O Representante Especial do Secretário-Geral para Timor-Leste, Atul Khare, falava na última conferência de imprensa do ano, disse que a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) trabalhará de perto com as pessoas e as autoridades para assegurar eleições livres e credíveis.

“A UNMIT destacou também peritos eleitorais em todos os distritos,” disse, anotando que foram também enviados polícias da ONU.

“A UNMIT assistirá as autoridades de Timor-Leste e o povo de Timor-Leste para providenciar as condições necessárias para eleições livres, justas e credíveis,” acrescentou o Sr. Khare, enquanto reconhecia que ao mesmo tempo que a situação de segurança tinha melhorado muito, particularmente desde a violência mortal anterior neste ano, muito continua por fazer.

“Concordo que temos de fazer muito mais para assegurar que não haja armas nas mãos de civis mas também para que as pessoas o sintam, que as pessoas acreditem, que tais armas não se mantenham nas mãos de civis.”

O Conselho de Segurança criou a UNMIT em Agosto para ajudar a restaurar a ordem depois de lutas, atribuídas a diferenças entre regiões do leste e do oeste, terem rebentado em Abril e Maio e levado à morte pelo menos 37 pessoas e forçado cerca de 155,000 pessoas – ou 15 por cento da população – a fugir das suas casas.

Como parte da UNMIT, há correntemente mais de 900 oficiais internacionais de polícia de 25 países diferentes implementando escrutínios e programas de aconselhamento para a força da Polícia Nacional de Timor-Leste sob o Acordo Suplementar de Polícia, um acordo assinado no princípio deste mês e pelo qual a ONU tem toda a responsabilidade pelo policiamento.

Quem também falou na conferência de imprensa de hoje foi o Vice Representante Especial do Secretário-Geral pela Reforma do Sector de Segurança e aplicação da lei em Timor-Leste, Eric Tan, que sublinhou a importância de a UNPOL estar nos 12 distritos, ao mesmo tempo que sublinhava que a segurança na capital, Dili, continua a melhorar.

“A presença da UNPOL nos distritos fora de Dili… permite-nos ter um muito bom conhecimento da situação de segurança lá,” disse, chamando a isto “especialmente crucial” à luz das próximas eleições. “A segurança em Dili continua a melhorar,” disse o Sr. Tan, acrescentando que ajustamentos ao conceito de operações de segurança da Polícia da ONU têm provado eficazes.

ABC – Sexta-feira, Dezembro 29, 2006. 4:34pm (AEDT)

Timor-Leste pode procurar mais ajuda da polícia Australiana

O Primeiro-Ministro Timorense José Ramos Horta diz que está a ser empurrado para procurar mais assistência da Austrália para ajudar a estabilizar o país.

Mais de 37 pessoas foram mortas e cerca de 150,000 fugiram das suas casas na capital Dili no meio da violência anterior, neste ano.

Timor-Leste tem sido também sacudida pelo aparecimento recente de violência de gang.

O Dr Ramos Horta diz que está a considerar procurar assistência adicional da polícia Australiana.

"Tenho tido discussões com muitos líderes políticos, estão todos a louvar, cheios de louvores pela polícia Australiana e disseram-me, urgiram-me, para tentar envolver mais polícias Australianos," disse.


New Mathilda - 6 Dezembro 2006

Four Corners e o Golpe em Timor-Leste
Por Tim Anderson

A entrega de um Prémio de Ouro Walkley a jornalistas responsáveis pelo programa da Four Corners da ABC ‘Adicionando combustível ao fogo’, demonstra o vazio da reflexão do público Australiano sobre o papel da Austrália no golpe em Timor-Leste.

O programa da Four Corners tornou-se um elemento central da propagando do golpe, que ajudou a forçar a resignação do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, depois de o acusar de ter ordenado um “esquadrão de ataque” a assassinar os seus rivais políticos. Apesar de um relatório da ONU ter rejeitado essas alegações de “esquadrão de ataque”, têm sido repetidas muitas vezes desde então, ajudando a envenenar o clima político no caminho para as eleições de Maio de 2007 em Timor-Leste.

Os vencedores dos Prémios Walkley, Liz Jackson, Peter Cronau e Lin Buckfield, sabiam desde o princípio que a sua ‘evidência’ estava manchada e sem credibilidade. Esconderam também factos importantes à sua audiência. Porque o programa de 19 de Junho teve um papel tão importante no golpe, merece alguma análise mais próxima. Será útil vero objectivo do programa, a identificação das questões, o uso de fontes, e a escolha (e omissão) de eventos.

O website da ABC identifica uma “questão chave” para o programa “O que – quem – é que está a causar o presente turbilhão?” Este era de facto uma consideração importante. Prosseguir isto, contudo, requeria uma visão mais alargada dos eventos.

Uma questão mais específica foi agarrada pelo programa – conseguiram encontrar evidência para implicar o Primeiro-Ministro Alkatiri em “alimentar os fogos” da violência? Os líderes do golpe (Alfredo Reinado, Rai Los), figuras locais da oposição, e muita da elite Australiana (The Australian, Primeiro-Ministro Howard, Director da CARE Tim Costello, jornalistas da ABC), directa ou indirectamente, tinham estado a urgir com o Presidente Xanana Gusmão para despedir o Primeiro-Ministro Alkatiri.

Contudo, como Liz Jackson observou, Alkatiri tinha o apoio do Parlamento e parecia que Xanana não tinha poder constitucional para o remover. “A única maneira que forçaria o Primeiro-Ministro a sair seria se fosse acusado com uma ofensa criminosa séria.” Aqui estava um desafio.

Apesar de todas as críticas, não há nenhuma evidência de criminalidade por Alkatiri. A equipa da Four Corners avançou para !preencher as lacunas”. A fonte principal seria o participante no golpe, Vicente ‘Rai Los’ Da Conceição. O maior beneficiário político do golpe, o então Ministro dos Estrangeiros, José Ramos Horta, forneceria comentários morais.

O comentário de Liz Jackson começa assim: “Alkatiri é um terrorista, um comunista, um muçulmano, dizem os participantes neste comício” e ainda “As pessoas dizem que o Primeiro-Ministro é arrogante que tem um estilo distanciado e que é um Marxista”. As acusações eram vagas mas insistentes.

Ela foi apoiada por José Ramos Horta, que constantemente concordava que Alkatiri devia sair porque as alegações repetidas eram prejudiciais: “Podemos aguentar esta cada vez maior perda de credibilidade? … [e depois] Se eu recebesse somente 10 por cento das críticas que o Primeiro-Ministro recebeu … Já teria saído à muito.” Acrescenta, modestamente, que “muita” gente diz que ele devia ser o Primeiro-Ministro.

A Four Corners introduz então algumas das fontes chave, mas fá-lo tão desonestamente. Não explica quem são esses indivíduos e qual (foi) o seu papel na violência. Alfredo Reinado é apresentado como um Major da Polícia Militar, e líder “duma facção amotinada das forças armadas [que] levaram as suas viaturas e armas para as montanhas em solidariedade com os peticionários”. Reinado pede a resignação de Alkatiri, e para enfrentar julgamento pelos seus supostos crimes.

Na altura desta entrevista, contudo, Reinado não tinha somente ‘ido para as montanhas’ (como Xanana também disse), mas tinha iniciado o ataque em 23 de Maio contra uma equipa das forças armadas em Fatu Ahi no qual, diz a ONU, “foram mortas cinco pessoas e dez ficaram feridas”. O início do ataque e as ordens de Reinado para abrir fogo foram mostradas na televisão SBS.

No dia seguinte grupos ligados a Reinado fizeram um ataque concertado ao quartel-general das forças armadas em Taci Tolu (em Dili), e à casa do comandante das forças armadas Taur Matan Ruak, matando “nove pessoas”, de acordo com a ONU. Nada disso é mencionado num programa que supostamente trata de descobrir ‘o que e quem ’está a causar o presente turbilhão’. Depois do golpe, a polícia Portuguesa iniciaria a prisão de Reinado que está acusado de assassinato.

Contudo a maior peça de evidência contra Alkatiri, para o incriminar, veio de Vicente ‘Rai Los’ Da Conceição. Rai Los foi apresentado como líder de “um grupo de homens que dizem que lhes foram dadas armas por ordens de Alkatiri”. Rai Los eos outros descrevem-se como uma ‘Equipa de Segurança Secreta da Fretilin’, sob as ordens do Ministro do Interior Rogério Lobato. Há na verdade evidência que obtiveram armas do governo.

Fizeram a acusação mais dramáticas do programa: estavam sob ordens de Alkatiri e Lobato para “destruir totalmente os peticionários .. para terminar com os líderes da oposição .. para exterminar os líderes como Major Alfredo [Reinado], Major Tara, Major Tilman” e outros.

Essas afirmações formaram a dase para a reportagem anterior de rádio de Liz Jackson (‘Primeiro-Ministro de Timmor-Leste nega novas acusações de 'esquadrão de ataques'’, 10 Junho) onde dizia que Mari Alkatiri tinha organizado:

“um grupo de civis armados … [que] alvejaram ou envergonharam quatro pessoas que estavam a organizar um protesto pacífico pedindo a sua resignação … [e] que forças leais ao Primeiro-Ministro realizaram um massacre de 60 manifestantes desarmados em Abril, e que tinham atirado os seus corpos para uma vala comum .. incidentes [que] parecem consistentes com as acusações esta semana que o Sr Alkatiri tinha recrutado um esquadrão de ataque com ordens específicas para eliminar os seus opositores políticos.”

Em relação a estas acusações, o relatório da ONU de Outubro disse que “não ocorreu qualquer massacre” e que “não aceita que o … Primeiro-Ministro deu instruções a Rai Los para eliminar os seus opositores políticos”. O rumor do massacre foi lançado pelos conspiradores do Golpe.

A história de Rai Los era evidência corrompida, e a equipa da Four Corners sabia disso. Primeiro, a entrevista fez-se na quinta de uma família da oposição, os Carrascalão. Segundo, Rai Los tinha vindo ter com eles imediatamente depois de um ataque contra as forças armadas em Taci Tolu.

Liz Jackson refere isso, mas não explica adequadamente o envolvimento de Rai Los neste incidente: “Rai Los diz que a sua equipa tinha usado as suas armas num tiroteio com as forças armadas regulares .. diz que quatro pessoas foram mortas, e que foi por isso que decidiu abandonar a sua lealdade a Mari Alkatiri.”

Isto é uma mentira óbvia. O grupo de Rai Los participou no ataque de 24 de Maio contra as forças armadas leais ao governo em Taci Tolu. Não estão a apoiar Alkatiri. A ONU dá a composição da coligação responsável pelo único maior ataque armado durante a tentativa de golpe , como sendo de “oficiais da polícia do Distrito de Liquica, peticionários e civis do grupo de Rai Los armados”.

O programa da Four Corners, afirmando que quer atingir o fundo do turbilhão no país, não explica os ataques de Fatu Ahi e Taci Tolu. Em vez disso, refere-se selectivamente ao tiroteio de desertores amotinados das forças armadas (‘os peticionários’) e membros de gangs anti-governo em 28 de Abril, e ao tiroteio de vingança em 25 de Maio de um número de polícias por soldados.

O pessoal do Four Corners argumentou em privado que não chamou ao grupo de Rai Los um “esquadrão de ataque”, ou que afirmou que Alkatiri o tinha formado. Dizem que a história apontava que Rai Los não tinha “provas” das suas afirmações. Argumentam, de qualquer forma, que tinham evidências mais fortes da distribuição das armas por Rogério Lobato, um facto nascido das acusações criminais e das conclusões da ONU.

Contudo a frase ‘esquadrão de ataque’ foi largamente difundida pelos media, incluindo a reportagem inicial da ABC de Liz Jackson. Dizer que o programa não fez nenhuma alegação, e que simplesmente relata as afirmações das suas fontes, é esconder-se por detrás dessas fontes. Os jornalistas escolhem sempre as fontes que usam, quem devem levantar e em que contexto as colocam. Nesta história Four Corners deu grande proeminência às acusações do ‘esquadrão de ataque’. Isso, obviamente, foi o que tornou o programa influente.

Finalmente, distinguir entre asa acusações do ‘esquadrão de ataque’ e a questão da distribuição das armas desvia a atenção para outra fraude do programa: não fez esta distinção. Em vez disso, procurou juntar as duas questões. No entanto, na verdade elas estão separadas.

A legitimidade (ou outra forma)para armar para-militares para defender o governo – quando a força da polícia colapsou, e secções da polícia eram partes do golpe – é provavelmente uma questão que será defendida pelos advogados de Rogério Lobato, dado que ele enfrenta correntemente esta acusação. Não é um argumento sem razão. Contudo a afirmação de que Lobato armou aparentemente o grupo de Rai Los, que se virou contra o governo e atacou lealistas nas forças armadas, certamente que levanta questões sobre a sua capacidade de julgamento.

Contudo a acusação de que havia um ‘esquadrão de ataque’ para assassinar opositores políticos é uma questão diferente de armare forças irregulares para defender o governo. A Four Corners faz essa distinção agora; mas em Junho de 2006 o juntar das duas histórias foi fundamental para a sua fraude.

O programa da Four Corners que ganhou o prémio apresentou uma imagem parcial e desonesta da crise, mas uma imagem consistente com o desejo do Governo Australiano e líderes corporativos para remover o responsável do governo eleito democraticamente de um Estado amigo da vizinhança. Como Australianos, precisamos de maior reflexão do nosso próprio papel neste negócio.


AFP - Dezembro 29, 2006

Timor-Leste despede-se de Kofi Annan
de correspondentes em Dili

Timor-Leste fez uma despedida afectiva do Secretário-Geral da ONU de partida Kofi Annan, chamando-lhe um amigo que ajudou no nascimento inquieto da pequena nação.

“É justo e adequado reconhecer publicamente e despedirmo-nos não somente do secretário-geral, mas de um amigo. Um amigo meu e um amigo do povo de Timor-Leste,” disse ontem o Primeiro-Ministro José Ramos Horta.

Disse que darão o nome duma rua na capital Dili em honra de Annan.

Numa carta de despedida para Annan, Ramos Horta agradeceu ao chefe da ONU o seu papel decisivo na emergência de Timor-Leste como nação independente depois de décadas de governo Indonésio.

“No seu discurso inaugural, disse que queria ver o problema da ocupação de Timor-Leste resolvido em cinco anos. Isso foi feito.”

“Na crise de 1999, depois da consulta popular; no meio do caos e duma quase descida a uma carnificina total, demonstrou liderança e compaixão, para lhe pôr fim. Obrigado,” disse o Sr Ramos Horta.

Gangs de milícias, de que a ONU disse que tinham sido recrutadas e dirigidas pelas forças militares Indonésias, continuaram numa vaga incendiária e assassina antes e depois dos Timorenses terem votado pela independência numa votação organizada pela ONU em 1999.

O Primeiro-Ministro convidou ainda o Sr Annan e a sua mulher a visitarem Timor-Leste e saudou o seu sucessor, o antigo ministro dos estrangeiros sul-coreano Ban Ki-Moon.

“Quero dar calorosamente as boas-vindas a Ban Ki-Moon, amigo e vizinho regional. Tem uma estrada difícil à sua frente, mas sabe que pode contar com o nosso apoio,” disse.

AAP – Domingo Dezembro 31, 06:09 AM

PM: Interferência do “diabo” pode desencadear desassossego

O Primeiro-Ministro John Howard diz que a interferência da China e de Taiwan nas traseiros do Pacífico da Austrália pode desencadear 20 anos de desassossego na região.

A Austrália enfrentaria a tarefa de ajudar a restaurar a ordem em nações como Fiji, Timor-Leste, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné, disse Mr Howard.

"Compreendo os Australianos que dizem, 'Bem, vejamos, esqueçamos isso, deixemo-los entregues a eles próprios. Não estraguemos dinheiro," disse Mr Howard aos jornais da News Limited. "Mas esta é a abordagem errada porque cairiam nas mãos de diabos doutros países. Obviamente que há alguma disputa entre a China e Taiwan."

Mr Howard disse que as eleições federais de 2007 reflectirão que partido vai lidar melhor com questões futuras, domestica e internacionalmente.

Na entrevista de fim de ano, o primeiro-ministro disse que questões chave a longo prazo de energia precisam de incluir o poder nuclear e as mudanças de clima.

Mr Howard disse ainda que um relatório do CSIRO concluiu que a seca era parte de um ciclo de longo prazo, não do aquecimento global; a Austrália provavelmente não enviaria mais tropas para o Iraque; e que as mulheres tinham ultrapassado ao feminismo e estavam a ter mais bébés.

NZPA - Sábado Dezembro 30, 2006

Honras do Novo Ano: herói modesto da armada que salvou soldados

O oficial da armada Wayne Burtton estavam somente a fazer o seu trabalho quando salvou dois soldados do governo feridos na capital de Timor-Leste Dili este ano.

O Tenente Comandante Burtton diz que está honrado do seu trabalho de manutenção da paz, parte da contribuição da Nova Zelândia lá, que está a ser reconhecido por ser feito Oficial da Ordem de Mérito da Nova Zelândia.

O Aucklander estava a servir em Timor-Leste quando foi apanhado desarmado no meio de um tiroteio entre amotinados e soldados. Resgatando dois soldados feridos, guiou-os a um posto de primeiros socorros enquanto o tiroteio continuava à volta deles.

Admitindo que tinha estado em perigo, disse que não era nenhum herói e que foram as "circunstâncias" que o puseram nessa situação.

"O nosso treino essencialmente assume o controlo e ficamos sensíveis sobre o que se passa à nossa volta."

O Comandante Burtton lidou ainda com as consequências de um ataque de catanas no qual uma mãe e os seus cinco filhos foram assassinados em Dili, perto do aeroporto onde alguns dos gangs em fúria andavam à solta.

No Navy Today pouco depois, o Comandante Burtton escreveu: "A coisa mais triste é que a mãe tinha tentado trancar-se com dois filhos na casa de banho. Quando foi morta estava a abraçar uma das crianças."

Evidência e material do massacre foi entregue á polícia local. A citação do prémio do Comandante Burtton menciona ainda o seu trabalho de proteger o embaixador da NZ em Dili até ter chegado uma companhia de soldados, montando acomodações e veículos para a companhia de soldados e montando o primeiro posto de primewiros socorros num campo de deslocados.

"Estou muito, muito feliz com isso," disse.

Anónimo disse...

Tradução:
NOTÍCIAS UNMIT

Transcrição da Conferência de Imprensa da UNMIT

Data: 28 de Dezembro 2006
Local: Sala de Conferências da UNMIT
Horário: 11:00hrs – 12:00
Oradores: SRSG Atul Khare, Vice-SRSG Eric Tan, Comandante JTF631 Brigadeiro Malcolm Rerden
Tema: Eleições e questões de Segurança


Allison Cooper:
Bom dia a todos. Começaremos com o SRSG Khare a falar, depois o Vice-DSRSG Tan. O Comissário da Polícia Rodolfo Tor juntar-se-à a nós – ele está ocupado neste momento; e também o Brigadeiro Mal Rerden está aqui se tiverem algumas questões sobre as Forças de Segurança Internacionais. Assim, vamos imediatamente para o SRSG.


SRSG Atul Khare:
Muito obrigada a todos por estarem aqui na nossa última conferência de imprensa de 2006. Antes quero desejar-lhes a todos vocês e através de vocês ao povo de Timor-Leste, o melhor e a esperança de que o próximo ano – 2007 – será um ano de paz, democracia, estabilidade, reconciliação e prosperidade para Timor-Leste e para o seu povo.

Na minha primeira conferência de imprensa e na conferência de imprensa da semana passada, insisti que as eleições que se aproximam e que se vão realizar em Timor-Leste devem promover a reconciliação nacional e a coesão social. De modo a alcançar estes dois objectivos as eleições devem – e sublinho a palavra devem – ser independentes, livres, justas, sem nenhuma violência ou medo de violência, e devem ser de modo a que os resultados desses eleições devem ser aceites por todos.

Nos últimos dez dias que estive aqui, encontrei-me com a maioria dos líderes deste grande país – o Presidente Gusmão, Primeiro-Ministro Dr. José Ramos-Horta, Presidente do Parlamento Nacional Dr. Francisco “Lu Olo” Gutterres, o primeiro Vice-Primeiro-Ministro Eng. Estanislau da Silva, Ministra do Estado Dra. Ana Pessoa, o Bispo de Dili, o antigo Primeiro-Ministro Secretário-Geral da Fretelin Dr. Mari Alkatiri – e concluí que todos acreditam que as eleições devem ser como descrevi.

Anotámos que o Presidente promulgou as três leis aprovadas pelo Parlamento Nacional: a Lei da Autonomização do Regime Jurídico da CNE e STAE, a Lei da eleição do Parlamento Nacional e a Lei da Eleição do Presidente da República. A promulgação destas três leis, acredito, é um primeiro passo essencial no caminho para termos eleições credíveis. Acredito que mais clarificação destas leis em relação a processos e procedimentos contribuirá significativamente para o crescimento de Timor-Leste como um Estado democrático, viável e pacífico.

Um outro passo importante na consolidação do caminho para eleições livres e justas é também o segundo relatório da Equipa de Certificação Eleitoral Independente. Esta equipa, como sabem, está separada da UNMIT; é independente da UNMIT. Foi nomeada pelo Secretário-Geral da ONU conforme a descrição no parágrafo 125 do Relatório do Conselho de Segurança de 8 de Agosto de 2006. O segundo relatório foi apresentado em inglês; está a ser traduzido para Tétum e Português e será disponibilizado em breve para vocês. A equipa também visita Timor-Leste numa base regular e é provável que visite no meio de Janeiro outra vez. Separadamente, a UNMIT – porque é uma missão integrada com os fundos da ONU e programas particularmente da UNDP – continuará a providenciar assistência para a condução de eleições livres e justas. Obviamente que o aspecto mais importante é garantir um plano de segurança nacional que assegure segurança e a UNPol está a fazer [está a esboçar] um plano operacional de segurança através do país no período de campanha, durante as eleições, durante a contagem dos votos e certamente no imediato período depois das eleições.

Providenciaremos também apoio logístico para o processo eleitoral e para a votação; e certamente discutiremos com o governo e outros parceiros internacionais qualquer assistência que seja requerida para garantir eleições credíveis em 2007. A UNMIT também já destacou peritos eleitorais em todos os distritos. Haverá três peritos eleitorais que trabalharão de perto com a CNE, STAE e as pessoas desses distritos para todos os aspectos das eleições incluindo a educação dos eleitores, assistência e registo das listas, etc. Obviamente que o destacamento desses peritos eleitorais requereu que primeiro teríamos que destacar a UNPol, o que é também importante para garantir a segurança. Estou muito feliz que oito UNPol tenham sido destacados em todos os 12 distritos de Timor-Leste. Isto é, como disse ao meu Vice-SRSG para o Sector da Segurança e Aplicação daLei Mr. Eric Tan, que isto é o melhor presente de Natal que ele e a sua equipa me deram. E sobre esse ponto passarei o microfone ao Mr. Tan para falar um pouco sobre a Polícia da ONU, o seu destacamento e o que tem estado a fazer.

Vice-SRSG Eric Tan:
Muito obrigado e bom dia a todos. Como o SRSG mencionou, a presença da UNPol nos distritos fora de Dili é muito significativa. A sua presença nos distritos fora de Dili permite-nos ter um boa ideia da situação de segurança lá. Isto é especialmente crucial, como o SRSG mencionou, à luz das eleições que se aproximam. Nesses distritos fora de Dili, a UNPol trabalhará juntamente com oficiais da PNTL e assistirá a fortalecer capacidade sempre que for necessário. Com o destacamento com sucesso da UNPol através do país, estamos na posição desejada para alcançar as tarefas do nosso mandato de restaurar e manter a segurança pública através de Timor-Leste. Contudo, Dili permanece o local, o distrito, onde temos a maioria da UNPol.

Deixem-me agora concentrar um pouco sobre a própria Dili. A segurança em Dili continua a melhorar. A UNPol fez ajustamentos no seu conceito de operações de segurança, e essas mudanças provarem ser efectivas. Tal efectividade é muito visível especialmente em duas áreas que aprofundarei: a primeira, em relação a como a UNPol responde a relatos feitos pelo público relativos a incidentes como lutas, comportamentos ilegais e outras ameaças contra a segurança pública. E a segunda, ao providenciar segurança durante eventos que atraem muito público. Deixem-me ilustrar isto com dois exemplos. No caso da primeira área visível – responder a incidentes – houve recentemente alguns incidentes entre grupos no interior da área de Santa Cruz. O público chamou a linha de emergência 112, e a UNPol respondeu muito rapidamente com unidades de polícia. Como resultado, a situação voltou ao normal muito rapidamente sem nenhum incidente de injúrias ou outros estragos em propriedades. Apreciamos muito os membros do público que nos mantém informados das áreas onde se sentem ameaçados ou sentem que a UNPol pode ajudá-los e encorajamos que continuem. Um outro exemplo é na área da segurança em eventos públicos, e o exemplo que usarei é a da recente corrida de cavalos que se realizou. Este evento durou quase uma semana, e atraiu uma grande multidão que foram participar no evento ou que foram somente para ver e divertirem-se. A UNPol esteve lá e houve somente um pequeno incidente. A suave execução de tais eventos públicos é muito importante porque isto é um outro passo em direcção a uma sociedade muito normal e muito progressiva. Assim, isto sublinha o conceito de operações da UNPol, de nos continuarmos a ajustar, de continuarmos cada vez mais fortes e de continuar também a servir as pessoas de Timor-Leste.

Muito obrigado.

Sessão de perguntas e respostas:

Pergunta:
Guido da Associated Press:
Tenho três perguntas. Gostaria de dirigir esta a Mr. Eric Tan. Em relação à recente prisão do homem que esteve envolvido em acusações de abuso sexual, é o homem [Sergio] que foi preso em 2001 quando foi acusado com a violação duma mulher Espanhola? É também ele que faz parte dos fugitivos; também um dos escapados da prisão com o Sr. Alfredo? Esta é a minha primeira questão. A segunda questão tem a ver com a segurança fornecida na área de Bebonuk onde está localizado o armazém de arroz do governo. Ttem havido algumas queixas pela Senhora Carma Cruz do Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária; Ela tem relatado esta questão para a UNPol mas não tem havido resposta da UNPol – qual é o seu comentário sobre isto? A terceira, em relação a Railos – tem havido alguma informação que ele foi baleado às 02:00 a.m. desta manhã; qual a provisão de segurança a Railos?

Resposta:
Vice-SRSG Eric Tan:
Obrigado. Houve um indivíduo preso e emitimos uma declaração à imprensa. É um suspeito envolvido nalguns casos de violação em certas partes de Dili. Não sabemos de nenhumas outras conexões com casos anteriores, mas obviamente com o seguimento da investigação a verdade surgirá e pode ter a certeza que gradualmente se dedicará muita atenção para examinar a informação por detrás deste caso. Temos de lembrar que sempre que se prende um suspeito, as investigações devem ser adequadas e estabelecer os factos relacionados com a prisão corrente mas obviamente se há alguma causa para se examinar mais, incidentes prévios ou outras conexões, isso será feito.

Quanto à segunda questão sobre o armazém de Bebonuk, sim tenho a certeza que a UNPol está ciente e que tomou certas medidas, mas gostaria de anunciar aqui que actualmente estamos com uma visão mais alargada sobre a protecção de certas localizações importantes em Dili. Este estudo mais alargado virá com uma lista de pontos críticos para o UNPol ter presente ou ter presente alguma segurança permanente. Esta lista não pode ser muito longa desse modo ocuparíamos demasiados UNPols doutros deveres. Por isso, temosa de ter muito cuidado ao fazer a lista e ao mesmo tempo ajustar à medida que as situações mudam, no caso de haver mais locais ou alguns locais que estamos presentemente a observar depois de se tornarem menos uma preocupação de segurança.

Sobre a terceira questão relativa a Railos, recebemos alguns relatos sobre o tiroteio desta madrugada. Aparentemente foi dirigido contra a sua casa e já lá estão equipas de investigação com gente para reunir evidência de balas e para forenses. Tais actividades não podem ser toleradas especialmente como neste caso que podem, como o SRSG mencionou anteriormente, evitar que se faça justiça, por isso devemos tomar todas as medidas necessárias para proteger não somente os cidadãos de Timor-Leste mas em particular alguns indivíduos que estarão envolvidos para que se faça justiça. E nestes casos, quando sejam testemunhas chave ou pessoas que foram processadas, estiveram sob ameaça a UNPol definitivamente tomará medidas para protegê-las e garantir que aparecem no tribunal quando forem chamadas.

Pergunta:
Eduardo da Lusa:
A minha questão é sobre um outro assunto – em 2000/2001, não tenho a certeza; Osama Bin Laden pôs a Missão da ONU em Timor-Leste na linha da frente das ameaças. Uma outra questão, o Primeiro-Ministro Ramos-Horta enviou uma mensagem de Natal para Osama Bin Laden. O que acha disto?

Resposta:
SRSG Atul Khare:
Muito obrigada. É verdade que em 2000, 2001 e também em 2002, houve alguns relatos que foram atribuídos a Osama Bin Laden ou ao seu grupo que indicou que ele desejava tomar acção contra a UNTAET e mais tarde contra a UNMISET por ter contribuído para a separação de Timor-Leste da Indonésia. Vi a mensagem do Primeiro-Ministro Dr. José Ramos-Horta que foi feita na sua qualidade de laureado do Prémio Nobel da Paz e obviamente como lasureado do Nobel da Paz ele pediu a paz da parte de todos. Vi na sua mensagem que ele também pediu a Osama Bin Laden para evitar o terrorismo, e como sabe, a ONU e os Estados membros da ONU, particularmente o comité da ONU de contra-terrorismo, estão a trabalhar muito de perto para acabar com actividades terroristas e tentar garantir actos terroristas podem ser respondidos globalmente. Por isso, como o Primeiro-Ministro Dr. José Ramos-Horta, também temos esperança de em 2007 vermos o desaparecimento do terrorismo em todos os locais do mundo e que em vez de terrorismo venhamos a ter mais reconciliação, diálogo e discussão. Obviamente lembrar-se-à que eu disse sempre que a reconciliação requer justiça e este ponto mantém-se também neste caso.

Pergunta:
Joni do Timor Post:
Mr. SRSG, mencionou que se encontrou com líderes do país em preparação das eleições que estão para vir e que todos estão comprometidos que essas eleições devem ser livres e justas, mas ao mesmo tempo temos o caso do Major Alfredo. Ao mesmo tempo, há uma necessidade de justiça. Se este caso não for resolvido de modo adequado, será isto uma ameaça olu um desafio para a realização de eleições livres e justas?

Resposta:
SRSG Atul Khare:
Obrigado. Lembrar-se-à que na minha primeira conferência quando me perguntaram sobre este caso particular, e também na segunda conferência de imprensa, eu disse que não gosto de comentar casos individuais porque esse é um assunto do sector da justiça – o tribunal que se pronuncie - e não para a UNMIT se pronunciar. Na minha segunda conferência de imprensa, também disse que tinha esperança que os esforços do governo apoiados pelas Forças de Segurança Internacionais – facilitados pelas Forças de Segurança Internacionais – para o diálogo levariam por fim a que a justiça prevaleça neste caso. De facto, não é somente um casoe, sugeriria que o inteiro relatório da Comissão de Inquérito e as suas recomendações e também o facto de o comité ad-hoc do Parlamento Nacional está correntemente a considerá-los. Essas recomendações têm de ser implementadas, e na minha próxima conferência de imprensa falaremos disso em detalhe sobre o que a UNMIT pode fazer para apoiar os esforços para a implementação dessas recomendações. Mas deve ainda acrescentar que todos os líderes de Timor-Leste com quem me encontrei me disseram que são a favor da justiça e eu não será autorizada a impunidade em Timor-Leste. Gostaria de louvar o seu comprometimento em relação a isto.

Pergunta:
Mr. SRSG, mencionou que as eleições devem ser livres e justas, mas agora porque temos preocupações em relação às armas que estão ainda nas mãos de civis, até onde foi a recolha de armas – os esforços feitos pelas Forças de Segurança Internacionais e pela UNPol – para juntar as armas dos civis? A segunda questão, temos informação que a legislação eleitoral foi terminada – isso é bom, mas temos também informação que os partidos políticos começaram também a abordar os que não pertencem aos peticionáriosd das F-FDTL como o grupo de Salsinha para atrair a sua atenção para se juntarem aos seus partidos políticos. Assim, qual é a visão da UNMIT em relação a isto?

Resposta:
SRSG Atul Khare:
Deixe-me responder primeiro à segunda questão. A UNMIT assistirá as autoridades de Timor-Leste e o povo de Timor-Leste para providenciar as condições necessárias para eleições livres, justas e credíveis. Assim, de certo modo é como alguém que prepara o campo de futebol antes de os jogadores poderem jogar, mas não é um jogador. E por isso, ao mesmo tempo que fico feliz em falar sobre apoio logístico, sobre a necessidade de segurança e o que estamos a fazer, não comentarei sobre partidos políticos individuais.

Sobre a primeira questão, concordo que teremos de tomar muitas mais acções para garantir que não só não haja nenhuma arma em mãos de civis mas que as pessoas se sintam, que as pessoas acreditem, que nenhuma dessas armas permaneça nas mãos de civis. O Vice-SRSG Mr. Tan e o Comissário da Polícia Mr. Tor estão a trabalhar muito de perto com o Ministério do Interior para analisar estes assuntos e para encontrar, assistir, em arranjar um inventário adequado das armas. Assim, uma vez que este processo esteja completado, algures em Janeiro, obviamente que devotaremos uma das nossas conferências de imprensa a esta importante questão. Mas devo também acrescentar que se o público tem alguma informação que possa levar à recuperação de algumas armas de civis, por favor informe-nos. Essa informação será tratada confidencialmente; não levará a nenhuma ameaça contra o informador.assim, juntos seremos capazes então de controlar esta questão das armas que estão nas mãos de civis.

Pergunta:
Cesar de Kyodo news:
Esta tem sido uma questão que me foi colocada por pessoas, como é que pode garantir que a UNPol nos distritos farão o seu trabalho adequadamente, dada a situação do Sr. Alfredo sendo um fugitivo – ele é um homem procurado; ele está contra a lei – assim haverá alguma acção para o prender nos distritos? Porque sendo uma agência da lei e da ordem, a polícia tem de fazer adequadamente o seu trabalho, assim vai haver alguma acção para prender o Sr. Alfredo pela UNPol nos distritos? E uma outra questão, todos os fugitivos – todos os que escaparam da prisão – [serão tratados] do mesmo modo; mas haverá alguma excepção para o caso do Sr. Alfredo?

Resposta:
SRSG Atul Khare:
Outra vez, como disse antes, não comento casos individuais. Isso é trabalho do governo soberano de Timor-Leste. Mas acredito que a justiça tem de prevalecer; Já disse isso mais de uma vez. E eu confio que todas as acções do governo, apoiado pelos parceiros internacionais incluindo a UNMIT, levarão a um tal resultado. Quanto agora, a minha prioridade imediata é garantir a lei e a ordem e a segurança das pessoas para que as eleições possam ser credíveis – essa é a minha prioridade imediata. E por isso, a maioria dos nossos recursos estão a ser devotados a essa prioridade.

Pergunta:
Cesar do Kyodo news:
Isto é também sobre como responder a incidentes, para os parar. Falei com alguns oficiais de polícia locais, disseram-me que o modo a parar os incidentes não é responder aos incidentes no local mas como obter informação sobre quem os despoletou; mas até agora a UNPol não faz isso. O que a UNPOl faz é somente parar o incidente no local, mas a UNPol não tem conhecimentos sobre quem cria os incidentes. Por isso, esse é o problema.

Resposta:
SRSG Atul Khare:
Obrigada. Acreito que são ambos importantes. Acção imediata como a que temos desenvolvido nos últimos dez dias é muito importante para garantir que as lutas entre esses gangs não escalem em ferimentos ou mesmo às vezes em mortes. De facto quando regressei ao vosso grande país dois anos depois em 17 de Dezembro, fiquei triste que somente algumas horas antes do meu avião ter aterrado tivesse havido uma morte em Comoro numa dessas tais lutas. Pelo menos com o plano de resposta rápida, imediatamente, com força razoável, foi assegurado que não tenha havido um desses eventos nos últimos doze dias que tenho estado aqui. E o crédito por isso vai para o Vice-SRSG Tan e para o Comissário Tor que se juntou a nós, porque mudámos o conceito operacional para responder rapidamente.

Quanto ao assunto da informação, penso que o Comissário Tor tem muita informação que é informação operacional, que obviamente não quer partilhar neste encontro aberto. Mas a informação pode nunca ser suficiente, e por isso, repito outra vez o meu pedido através de vocês ao povo de Timor-Leste para considerarem a UNPol como vossos amigos, de facto para considerarem a polícia, mesmo a PNTL depois de ter sido reformada como vossos amigos, e informem-nos sobre as informações que circulam numa parte particular da cidade para que a polícia vos possa servir melhor.

Pergunta:
Gostaria de dirigir a questão a Mr. Eric Tan e ao Comandante Rerden. Ontem, o Primeiro-Ministro Ramos-Horta foi ao quartel da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da PNTL. Os membros da UIR lamentaram/queixaram-se que todo o seu equipamento foi confiscado pelas forças Australianas por altura de Julho. Queixaram-se que em breve em Janeiro serão reactivados para o serviço e que por isso precisam do seu equipamento tal como de botas e outros artigos, assim qual é a vossa resposta?

Resposta:
DSRSG Eric Tan:
Como sbe o escrutínio da PNTL, que inclui as unidades especiais está em curso. Nesta data temos mais de 220 PNTL já escrutinados, e esses regressaram ao serviço ao lado de oficiais da UNPol. Recebemos pedidos do Primeiro-Ministro e de líderes de Timor-Leste para dar prioridade ao escrutínio da UIR e concordámos que há muitos benefícios em fazê-lo. Uma vez feito o escrutínio da UIR, haverá com certeza esforços para o retorno de certo equipamento e mais importante, um mecanismo claro para regressarem ao trabalho juntamente com a UNPol para que possam contribuir tal como a outra polícia da comunidade da PNTL que têm estado a contribuir para a lei e a ordem. Para dar o melhor uso às capacidades da UIR provavelmente trabalharão ao lado duma das unidades de polícia formadas pela UNPol. Quando isso acontecer com certeza que o seu equipamento, seja o que for que precisarem, será devolvido. Similarmente, com o resto da PNTL, as armas não podem ser devolvidas senão num estágio posterior.

Gostaria de aproveitar esta oportunidade para sublinhar que o processo de escrutínio deve ser feito muito cuidadosamente e com muita precisão. Nunca deve haver qualquer dúvida na mente do público que a PNTL, quando regressar ao serviço, que foram analisados com atenção e que são considerados não terem nenhumas alegações contra eles e que estão prontos a regressar ao trabalho. Por isso, abrimos todo o processo a qualquer organização ou a qualquer membro do público que tenha qualquer razão contra qualquer PNTL para nos dar a informação para que possamos investir bem este tempo e quando eles regressarem ao serviço sejam capazes de fazer adequadamente o seu trabalho. Este investimento em tempo é para ser rigoroso por isso é muito importante neste estágio.

Muito obrigado.

Brigadeiro Mal Rerden:
Só para acrescentar que as armas e equipamentos da PNTL, incluindo de unidades como a UIR, estão na posse das Forças de Segurança Internacionais. Foram guardados em Junho a pedido do Governo de Timor-Leste, e esse equipamento estará disponível para os membros da PNTL que passaram no processo de escrutínio sob a UNPol. O processo de escrutínio é uma parte muito importante do método para confirmar a capacidade de indivíduos para funções de policiamento e todos os membros têm de o passar. Quando temos confirmação da UNPol que indivíduos passaram esse processo, damos-lhe o equipamento necessário do armazém.

SRSG Atul Khare:
Obrigado Brigadeiro General. Mais algumas questões?

Pergunta:
Uma queixa de Guido da Associated Press. Apreciamos as conferências de imprensa da UNMIT e também recebemos os comunicados de imprensa da UNMIT. Mas no fim do comunicado de imprensa há u, número de contacto para pedir informações adicionais, mas sempre que telefonamos nunca há respostas. O telefone chama, mas não há qualquer resposta. Por isso perdemos as nossas horas limites para enviar para a imprensa as nossas histórias.

Resposta:
SRSG Atul Khare:
Tomaremos acções sobre isso. Obrigado por nos trazer essa informação. De facto no novo ano poderão ter muitas mudanças inovadoras também no website da UNMIT. Além dos comunicazdos de imprensa, tentarmos dar-lhes algumas fotografias, que podem dcescarregar e usar desde que a creditem no gabinete de informação e imprensa da UNMIT. Além do número de telefone, daremos também um e-mail porque às vezes é muito mais rápido enviar um email do que uma pessoa responder numa ou no máximo duas horas. E por fim, não considero isto uma queixa; considero tudo isto como mecanismos para melhorarem as relações entre a UNMIT e a imnprensa. A UNMIT PIO tornará também disponível um email – chama-se suggestionunmit@un.org, mas esse email será apresentado na próxima semana na nossa conferência de imprensa. Assim, se tiverem algumas sugestões que possam melhorar a eficiência, a produtividade não somente do tipo que é relatada na imprensa, alguma sugestão que tenham para melhorar a assistência da UNMIT ao povo de Timor-Leste, enviem simplesmente um email e tomaremos acção.

Obrigada.

Pergunta:
Gostaria de dirigir esta questão ao Brigadeiro Rerden. A pedido do governo, você providenciou segurança ao Major Alfredo quando ele se veio encontrar com o Brigadeiro General Taur Matan Ruak. Ontem, o Primeiro-Ministro anunciou que Alfredo em breve será mudado de Suai para uma outra área. Gostaria de saber se tem alguma informação, se foi informado pelo governo deste plano da remoção de Alfredo da área da fronteira para áreas da parte central de Timor-Leste?

Resposta:
Brigadeiro Mal Rerden:
Neste estágio o diálogo que está a ocorrer entre o governo de Timor–Leste e o Major Reinado é um que está a ser controlado com o Brigadeiro Ruak como o representante nomeado do governo. Estas negociações são entre o governo e o Major Reinado. Neste estágio, não houve pedido às Forças de Segurança Internacionais para assistência a este respeito, e até haver tal pedido não espero ser incluído porque não sou parte das negociações.

Repetição:
As negociações entre o governo de Timor-Leste e o Major Reinado continuam. Os detalhes dessas negociações não são do meu conhecimento porque são entre o governo e o Major Reinado. Neste estágio não houve pedido às Forças de Segurança Internacionais pelo governo em relação à questão da detenção. Como disse na semana passada, este diálogo é importante e é preciso que lhe seja dado tempo para que a situação possa ser adequadamente explicada e compreendida e para que assim os parâmetros para qualquer possível detenção sejam completamente desenvolvidos e explicados pelo governo quando (for) apropriado.

[Significa isso que a detenção do Major Alfredo para ser determinado para outros locais tem de ser do seu conhecimento?]

Brigadeiro Rerden:
Não. O que estou a dizer é que as negociações no momento são entre o governo e o Major Reinado. As Forças de Segurança Internacionais não são uma parte dessas negociações. Foi-nos pedido para providenciar apoio para o encontro em Tasi Tolu na semana passada, e providenciámos.


SRSG Atul Khare:
Assim, muito obrigado e desejo-lhes um feliz ano novo, e vemo-nos na próxima Quinta-feira.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.