terça-feira, janeiro 02, 2007

East Timor’s campaign to defeat hunger

The Southeast Asian Times

By John Loizou

Dili, December 27: The tapping of a river to irrigate about 600 hectares to grow rice with mung and soya bean as subsidiary crops would not normally draw much attention in modern Southeast Asia.

But in East Timor the opening of an-about-$US1.4-million-project based on the building of a four-kilometre-long canal to draw water from the Karau Ulun River, in the Manufahi district about five hours drive south of the capital Dili, shows the determination of the ruling Fretilin Government to eventually ensure ‘’food security” for the country’s about one million mostly malnourished predominately rural citizens.

It means the river that flows into the Timor Sea all-year-round can be used to provide water for about 200 lowland subsistence farmers in a mountainous country that is dominated first by a prolonged dry and then the intense “wet” of a western monsoon.

The project was built in about 14 months with money provided by the World Bank and managed by East Timor’s government.

The opening by Deputy Prime Minister and Agricultural Minister Estanlislau Maria Alexio da Silva was particularly symbolic because it went ahead despite the violence that forced as many as 150,000 people in the newly-independent republic from their homes and the resignation of Prime Minister Mari Alkatiri.

The farmers, who each work allotments of about 2.5 hectares and who, like most of East Timor’s farmers do not use fertiliser, would now be given technical help to ensure they could make proper use of the water, the Agricultural Minister said.

Although he did not say so, a major benefit of the project should be the elimination for the farmers and their families of the so-called “hungry season” that traditionally prevails throughout East Timor and the islands of neighbouring eastern Indonesia between November and March each year.

And similar irrigation projects have been undertaken on the high Maliano plateau of central-west East Timor can be expected to do the same.

Maize — the word used by the Spanish for the crop the conquistadors found growing throughout the Americas rather than the corn of North America — predominates as the staple crop of East Timor’s highlands, but since independence, the government, with help from the United Nations agency, the Food and Agriculture Organisation, has built public grain silos and supported domestic rice production with help from Japan.

As Lecturer in Political Economy at the University of Sydney Tim Anderson explains: “Despite a lack of resources, a focus on rice production is now embedded in the country’s food security policy.”

Anderson, a regular visitor to East Timor, uses the latest United Nations Development Programme report that shows that domestic rice production rose from 37,000 tonnes in 1998 to 65,000 tonnes in 2004 to support his argument.
The programme means less dependence on imported rice — from Viet Nam, Thailand and Indonesia — although the midyear crisis has disrupted regular supplies.

The East Timor government acknowledges the need for national “food security” in a comprehensive policy statement tabled in the country’s parliament.

“The main causes of food insecurity are not only due to the widespread practice of subsistence agriculture, but also to the lack of alternative sources of income which result in low purchasing power and lack of access to food. As a result of insufficient use of inputs and improved technology, production and productivity are very low,” it says.

“However, this productive sector has special importance because it is the main source of food, employment and income for two-thirds of the population, mainly for those who live in rural areas.”

The statement says the Food Security Policy will not only form the basis of East Timor meeting the Millennium Development Goals set by the General Assembly of the United Nations but will also “materialise” the government’s policy to eradicate hunger in all its forms.

The statement accepts the definition of food security provided by the World Food Summit 1996 as the basis for East Timor’s policy.

This is: “All people, at all times, have physical, social and economic access to sufficient safe and nutritious food according to their dietary needs and food preferences for an active and healthy life.

It means conditions necessary are:

Access: All people must have physical, social and economic access to sufficient food. Major means of access are subsistence food production and income from employment and sales;

Availability: Food supplies must be sufficient to adequately feed the population;

Stability: Access and availability must be ensured at all times and provisions must be made to cater for seasonal supply variations and production shortfalls in the wake of droughts or other natural disaster;

and Effective utilisation: The food consumed must be safe and nutritious.
.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
A campanha de Timor-Leste para derrotar a fome
The Southeast Asian Times

Por John Loizou

Dili, Dezembro 27: A canalização de um rio para irrigar cerca dce 600 hectares para cultivar arroz com mung e soja como culturas subsidiárias não atrairia normalmente muita atenção na moderna Ásia do Sudeste.

Mas em Timor-Leste a abertura de um projecto de cerca de $US1.4 milhões com base na construção de um canal de quatro quilómetros de comprimento para desviar água do Rio Karau Ulun, no distrito de Manufahi a cerca de cinco horas de carro a sul da capital Dili, mostra a determinação do Governo da Fretilin no poder para eventualmente garantir ‘’segurança alimentar” para os cerca de um milhão de cidadãos do país predominantemente rurais na sua maioria mal nutridos.

Significa que o rio que corre para o Mar de Timor durante todo o ano pode ser usado para fornecer água para cerca de 200 agricultores de subsistência das terras baixas num país montanhoso que é dominado primeiro por um período de seca prolongado e depois pela intensa chuva duma monção ocidental.

O projecto foi feito em cerca de 14 meses com dinheiro providenciado pelo Banco Mundial e gerido pelo governo de Timor-Leste.

A inauguração pelo Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Agricultura Estanlislau Maria Aleixo da Silva foi particularmente simbólica porque avançou apesar da violência que forçou tantas quantas 150,000 pessoas da república recentemente independente das suas casas e a resignação do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.

Aos agricultores, que trabalham loteamentos de cerca de 2.5 hectares e que, como a maioria dos agricultores de Timor-Leste não usam fertilizante, será dada agora ajuda técnica para assegurar que possam fazer uso adequado da água, disse o Ministro da Agricultura

Apesar de não o ter dito, um dos maiores benefícios do projecto será a eliminação da chamada “estação da fome” para os agricultores e suas famílias que prevalece tradicionalmente em Timor-Leste e nas ilhas vizinhas do leste da Indonésia entre Novembro e Março todos os anos.

E projectos de irrigação similares que estão a fazer-se no planalto Maliano do centro-oeste de Timor-Leste pode–se esperar os mesmos resultados.

O milho — a palavra usada pelos Espanhóis para a cultura que os conquistadores descobriram a crescer através de todas as Américas em vez do “corn” da América do Norte — predomina como a cultura mais importante das terras altas de Timor-Leste, mas desde a independência, o governo, com a ajuda da agência da ONU, FAO , a Orgaização da Alimentação e da Agricultura, tem construído silos públicos e tem apoiado a produção doméstica de arrozcom a ajuda do Japão.

Como Leitor em Economia Política na Universidade Sydney, Tim Anderson explica: “Apesar da falta de recursos, a política de segurança alimentar do país foca-se agora na produção de arroz.”

Anderson, uma visita regular em Timor-Leste, usa o último relatório do Programa de desenvolvimento da ONU que mostra que a produção doméstica de arroz cresceu de 37,000 toneladas em 1998 para 65,000 toneladas em 2004 para defender o seu argumento.

O programa significa menos dependência de arroz importado — do Vietname, Tailândia e Indonésia — apesar da crise do meio do ano ter perturbado o abastecimento regular.

O governo de Timor-Leste reconhece a necessidade da “segurança alimentar” nacional numa declaração política compreensiva proposta no parlamento do país.

“As causas principais da insegurança alimentar não são somente devidas à prática alargada de agricultura de subsistência, mas também à falta de fontes alternativas de rendimentos do que resulta um baixo pode de compra e a falta de acesso à alimentação. Como resultado do insuficiente uso de força e de tecnologia melhorada, a produção e a produtividade são muito baixas,” diz.

“Contudo, este sector produtivo tem importância especial porque é a fonte principal de alimentação, emprego e rendimentos para dois terços da população, principalmente dos que vivem em áreas rurais.”

A declaração diz que a Política de Segurança Alimentar não só formará a base para Timor-Leste corresponder aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio marcados pela Assembleia Geral da ONU mas também “materializará” a política do governo para erradicar a fome em todas as suas formas.

A declaração aceita a definição da segurança alimentar da Cimeira Mundial da Alimentação de 1996 como a base da política de Timor-Leste.

Esta é: “Todas as pessoas, em todos os tempos, têm acesso físico, social e económico a alimentação suficiente, segura e nutritiva de acordo com as suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para uma vida activa e saudável.

Significa que as condições necessárias são:

Acesso: Toda a gente deve ter acesso físico, social e económico a alimentação suficiente. Os maiores meios de acesso são produção de alimentação de subsistência e rendimentos de empregos e vendas;

Disponibilidade: Os abastecimentos de alimentação devem ser suficientes para alimentarem adequadamente a população;

Estabilidade: O acesso e a disponibilidade devem estar assegurados em todas as alturas e devem fazer-se aprovisionamentos para prover variações de abastecimentos sazonais e deficiências de produção no caso de secas ou de outros desastres naturais;

e utilização efectiva: A comida consumida deve ser segura e nutritiva.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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