domingo, dezembro 10, 2006

East Timor govt bans exit visas to Syria

Sunday Dec 10 14:42 AEDT

http://news.ninemsn.com.au/article.aspx?id=169920

East Timor's government has banned exit visas to Syria amid concerns a vice syndicate is trafficking women into prostitution in the Middle East.

Labour Minister Arsenio Bano said the government had taken action after women were offered free air tickets to Syria to work as babysitters and housemaids.

Girls recruited were AIDS-tested in batches, with the recruiters paying for the tests and passports.

"We acted when we first heard of it," Mr Bano said.

"The interior minister refused passports or visas to anyone applying to travel to Syria and my ministry began educating people on the need to have legal contracts."


One girl seems to have fallen into the net. A friend who wished to be known only as M said a student named Vanda travelled to Syria via Kuala Lumpur on October 28.

"She went with a tall ... Syrian man introduced to us as something like `Hatom'," she said. "Her parents are not from Dili, and have no idea she's gone."

M first volunteered, but had doubts and pulled out.

Another girl, known only as A also pulled out after becoming nervous, but said other girls plan to leave Dili this month. The visa ban can be sidestepped by transiting through Bali or Malaysia.

The traffickers began targeting refugee camps in October.

Father Justiniano de Sousa said a local man came to his camp at the Dom Bosco college and asked to display a recruiting poster.

He recognised him as former student Julio da Silva Guterres.

"I told him I needed to meet his Syrian boss first to discuss the scheme's legitimacy, but he didn't return," he said.

"I trained in the Philippines, so I know about traffickers. I warned local girls against them."
Bui Kiak, 35, is typical of women targeted by these post-conflict predators.


A former activist who was tortured by the Indonesian army, she rejoiced at East Timor's 2002 independence, but today is struggling to raise two toddlers alone.

Her suburb has been a focus of the political violence which has swept Dili since April.

"Julio approached me and three friends offering work as cleaners, cooks and babysitters," she said.

"He claimed his Syrian boss would pay the tickets, food and clothing for three years, after which we could return for holidays. They wanted girls between 15 and 35."

The monthly wages offered were $US100 ($A127) with a $US35 bonus for English speakers, lower than Dili rates, but Bui Kiak and 26-year-old M just wanted a new life.

"Julio said we didn't need an interview, only to pass a blood test," Bui recalled.

They agreed to meet him at the clinic of well-known American doctor Dan Murphy, where the Syrian and an African man also were seen.

A total of 27 girls were tested in Bui Kiak's group, all signing forms filled in by others.

She did not know she was being AIDS-tested, or might have suspected the job was not babysitting.

Syrian visas do not require AIDS clearances, unlike some Middle Eastern countries.

Known as a champion of the poor, Dr Murphy said he "had no idea" of the identity of the people who approached his clinic.

He said medical tests are usually free for Timorese but "because this was so unusual we tried to negotiate a contract, of $US5 per patient."

"It was not paid by the patient, but by those requesting the tests," Dr Murphy said.

He admitted women should not have been tested without informed consent.

"They should have had voluntary counselling and testing," he said.

"We should have been more careful."

Deputy UN police commissioner Antero Lopes said police were aware of the Syrian operation. "I am obliged to secrecy, not to disclose stages of investigation," he said.

Women from Thailand, China and other countries have been trafficked into brothels in Dili since UN peacekeepers came here in 1999, but this is the first case of Timorese women being trafficked out.

The brothels are officially off-limits to UN personnel, a ban not seriously enforced.
.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:

Governo de Timor-Leste proíbe vistos de saída para a Síria
Domingo, Dezembro 10 14:42 AEDT

http://news.ninemsn.com.au/article.aspx?id=169920

O governo de Timor-Leste proibiu vistos de saída para a Síria devido a preocupações com uma organização criminal que está a traficar mulheres para a prostituição no Médio Oriente.

O Ministro do Trabalho Arsenio Bano disse que o governo estava a tomar acções depois de terem sido oferecidas viagens gratuitas para a Síria a mulheres para trabalharem a tomar conta de bebés e como empregadas domésticas.

As raparigas recrutadas eram testadas em grupo à SIDA/AIDS, pagando os recrutadores os testes e os passaportes.

"Agimos logo que ouvimos falar disso," disse o Sr Bano.

"O ministro do interior recusou passaportes e vistos a quem pede para viajar para a Síria e o meu ministério começou a educar as pessoas para a necessidade de terem contractos legais."

Uma rapariga parece ter caído na rede. Uma amiga que só quer ser conhecida como M disse que uma estudante chamada Vanda viajou para a Síria via Kuala Lumpur em 28 de Outubro.

"Foi com um homem alto ... Sírio que nos foi apresentado como `Hatom', ou parecido" disse. "Os seus pais não são de Dili, e não sabem que ele foi."

M primeiro ofereceu-se voluntariamente, mas teve dúvidas e desistiu.

Uma outra rapariga, conhecida somente por A também desistiu depois de ficar nervosa, mas disse que outras raparigas planeiam sair de Dili este mês. A proibição de visto pode ser contornada ao transitar-se por Bali ou Malásia.

Os traficantes começaram a visar os campos de deslocados em Outubro.

O padre Justiniano de Sousa disse que um homem local foi ao seu campo no colégio Dom Bosco e pediu para expor um cartaz de recrutamento.

Reconheceu-o como sendo o antigo estudante Júlio da Silva Guterres.

"Disse-lhe que primeiro precisava de me encontrar com o seu patrão Sírio para discutir a legalidade do esquema, mas ele não voltou," disse.

"Eu treinei nas Filipinas, por isso conheço os traficantes. Avisei as raparigas locais contra eles."
Bui Kiak, 35 anos, é uma das mulheres tipicamente visadas por estes predadores pós -conflito.

Uma antiga activista que foi torturada pelas forças armadas Indonésias, ele rejubilou com a independência de Timor-Leste em 2002, mas hoje luta para criar sozinha os seus dois bébés.

O seu subúrbio tem sido um foco de violência política que tem atravessado Dili desde Abril.

"Júlio abordou-me e a três amigas oferecendo trabalho como funcionárias de limpeza, cozinheiras e para tomar conta de bébés," disse.

"Ele afirmou que o seu patrão Sírio pagaria as viagens, alimentação e vestuário durante três anos, depois do que podíamos vir de férias. Tqueriam raparigas entre os 15 e 35."

Os salários mensais oferecidos eram de $US100 ($A127) com um bónus de $US35 para quem falasse Inglês, mais baixos que os pagos em Dili, mas Bui Kiak e a M de 26 anos só queriam ter uma vida nova.

"Júlio disse que não precisávamos duma entrevista, somente de passar um teste de sangue," lembrou Bui.

Concordaram em encontrar-se com ele na clínica do conhecido doutor Americano Dan Murphy, onde o Sírio e um homem Africano foram também vistos.

Um total de 27 raparigas fizeram o teste no grupo de Bui Kiak, e todas assinaram formulários preenchidos por outros.

Ela não sabia que estava a ser testada à SIDA/AIDS, ou poderia suspeitar que o emprego não era para tomar conta de bébés.

Os vistos Sírios não exigem (que não se tenha) SIDA/AIDS, ao contrário de alguns países do Médio Oriente.

Conhecido como um campeão dos pobres, o Dr Murphy disse que "não tinha ideia " da identidade das pessoas que abordaram a sua cínica.

Disse que testes médicos geralmente são gratuitos para os Timorenses mas "porque isto era tão fora do vulgar tentámos negociar um contrato de $US5 por paciente."

"Não fui pago pelo paciente, mas pelos que pediram os testes," disse o Dr Murphy.

Admitiu que as mulheres não deviam ter sido testadas sem terem dado o seu consentimento.

"Deviam ter tido aconselhamento e testes voluntariamente," disse.

"Devíamos ter sido mais cuidadosos."

O Vice-comissário da polícia da ONU Antero Lopes disse que a polícia tinha conhecimento da operação Síria. "Sou obrigado ao segredo, não posso divulgar estágios da investigação," disse.

Mulheres da Tailândia, China e de outros países têm sido traficadas para bordéis em Dili desde que as tropas da ONU vieram para cá em 1999, mas este é o primeiro caso de mulheres Timorenses a serem traficadas para o exterior.

Os bordéis oficialmente são proibidos a pessoal da ONU, uma proibição que não é aplicada a sério.
.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.