quarta-feira, outubro 25, 2006

National liberation comes to South Pacific

The Guardian 25 October, 2006


Although the small Pacific Island nations now exercise a nominal independence very few have sufficient resources and practically no industrial development which would enable them to stand up to the pressures that are being imposed on them by Australia, New Zealand and other nations with more highly industrialised economies.

It has been easy for countries such as Australia to use so-called "aid" programs and loans (and then threatening to withhold them) to demand that the weaker nations adopt policies acceptable to the developed countries.

Australia, in cooperation with the United States, declared the South Pacific Island states to be its area of influence. In this frame of mind the Howard Government declared that it was the policeman of the region and sat in judgement over its neighbours as "rogue" states, "failed" states, not capable of "good governance". The Australian Government used such charges to claim it had the right to carry out pre-emptive strikes, and with assistance from others even went to the length of deliberately engineering crisis situations for that purpose.

Solomon Islands

The Solomon Islands is a classic example. On two occasions the Australian Government and its lapdog ally, New Zealand, sent troops and police to the Solomon Islands as a consequence of some local disturbances. Who stirred up these disturbances has, of course, never been explained.

The troops and police were not alone in moving into the Solomon Islands. Civilian personnel were included, some taking over key positions in government — economic and legal advisers, judges, bankers and election monitors. That these personnel would include members of ASIO and other "intelligence" agents has to be taken for granted.

In the Solomon Islands an Australian policeman took over the position of Police Commissioner and was responsible for last week’s raid on the office of the Prime Minister of the Solomons. The raid was carried out while the PM was out of the country attending a meeting of the Pacific Forum and violence was used to break into his office.

All this was accompanied by vicious verbal attacks on the Solomon Island’s Prime Minister by Foreign Minister Alexander Downer whose arrogant and outrageous behaviour had already been displayed in connection with East Timor and Papua New Guinea. Downer is a typical colonial governor using the stronger economic and military power of Australia and the availability of personnel to effect a virtual colonial take over.

The PNG Government was faced with a similar attempt to take it over but Australia was eventually forced to back off after insisting that Australian personnel in PNG should be above PNG laws. Australian high-handedness was again on display recently in connection with PNG when the Australian Government refused to extend visas to the PNG Prime Minister and other government officials to visit Australia when they were allegedly involved in the Julian Moti affair.

Flagrant interference

The Australian Government’s flagrant interference and standover tactics also being played out in East Timor as it attempts to turn East Timor into an Australian colony. Once again troops and police were rushed in using the pretence of disturbances in Dili. No United Nations authority was sought despite the presence of a UN mission in Dili that dates back to the struggle of the East Timor people against Indonesian occupation.

In the recent discussions in the UN Security Council, Australia argued that it should continue to control the military forces at present in East Timor rather than passing command over to the UN mission.

The UN investigation into the events earlier this year in Dili has concluded that Alfredo Reinado could be prosecuted for his role in the disturbances in which a number of East Timorese were killed. Reinado is said to be in "hiding", yet it is clear that his whereabouts are known to the Australian military and media. His criminal role is also being covered up by the Australian Government with no steps to arrest him despite his escape from jail several months ago.

Reinado, who lived in Australian for about nine years and trained at the military college in Canberra, is clearly working closely with Australian forces and was a useful and willing tool in the vicious Australian-orchestrated campaign to overthrow the elected government of Mari Alkatiri.

Another long-standing Aus­tralian resident who is also playing the Australian Government’s game is the present Prime Minister of East Timor, Ramos Horta.

Growing resistance

Despite these campaigns, occupations, economic and political pressure and blackmail, there is an obviously growing resistance in the island states to the attempts of the Howard Government (and the Keating and Hawke Labor Governments before that) to re-impose a form of colonialism on the island states, to destroy their independence and sovereignty and to install governments that will do the bidding of their Australian masters.

A Communist Party booklet — Recolonising the Solomon Islands — published in 2003 says that the rejection of colonialism and the demand for independence and sovereignty remain strong in the world and the neo-colonialist plan outlined by the Australian Government may yet come crashing down — as it deserves.

In the 1970s and ‘80s the Pacific Island states were given their statehood in the wake of the world-wide anti-colonial movement of the time. Now, the people and governments of these states are beginning to fight for their independence!

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Libertação Nacional chega ao Pacífico Sul
The Guardian 25 Outubro, 2006


Apesar das nações das ilhas pequenas do Pacífico exercerem agora uma independência nominal muito poucas têm recursos suficientes e practicamente nenhum desenvolvimento industrial que lhes permitam enfrentar as pressões que lhes estão a ser impostas pela Austrália, Nova Zelândia e outras nações com economias mais altamente industrializadas.

Tem sido fácil para países como a Austrália usar os chamados programas de “ajuda” e de empréstimos (e depois ameaçar tirá-los) para exigir que as nações mais fracas adoptem políticas aceitáveis para os países desenvolvidos.

A Austrália, em cooperação com os USA, declarou que as Ilhas do Pacífico Sul estão na sua área de influência. Nesta moldura ideológica o Governo Howard declarou que era o polícia da região e pôs-se a julgar os seus vizinhos (classificando) uns de Estados "párias", Estados "falhados", não capazes de "boa governação ". O Governo Australiano usou tais acusações para declarar que tinha o direito de promover golpes pre-emptivos, e com a assistência de outros chegou mesmo ao cúmulo de orquestrar deliberadamente situações de crise parta atingir esse propósito.

Ilhas Solomão

As Ilhas Salomão são um exemplo clássico. Em duas ocasiões o Governo Australiano e o seu cãozinho de colo aliado, a Nova Zelândia, enviaram tropas e polícias para as Ilhas Salomão como consequência de alguns distúrbios locais. Quem provocou esses distúrbios, obviamente nunca foi explicado.

Não se mandaram somente tropas e polícias para as Ilhas Salomão. Foi também pessoal civil, alguns ocuparam posições chave no governo — conselheiros económicos e legais, juízes, banqueiros e monitores de eleições. Que esse pessoal incluía membros da ASIO outros agentes de "intelligence" é aceite como verdadeiro.

Nas Ilhas Salomão um polícia Australiano assumiu o cargo de Comissário da Polícia e foi responsável pela incursão no Gabinete do Primeiro-Ministro das Salomão. A incursão realizou-se quando o PM estava fora do país num encontro do Fórum do Pacífico e usou a violência para entrar no seu Gabinete.

Tudo isso foi acompanhado por ataques verbais viciosos contra o Primeiro-Ministro das Salomão pelo Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer cujo comportamento arrogante e vergonhoso já se tinha visto em conexão com Timor-Leste e a Papua Nova Guiné. Downer é um tipo governador colonial que usa o maior poder económico e militar da Austrália e disponibilidade de pessoal para tomar um comando colonial virtual.

O Governo da Papua Nova Guiné enfrentou uma tentativa similar de tomar o commando mas a Austrália acabou por ser forçada a recuar depois de ter insistido que o pessoal Australiano na Papua Nova Guiné devia estar acima das leis da Papua Nova Guiné. A mão forte Australiana esteve outra vez à mostra recentemente em conexão com a Papua Nova Guiné quando o Governo Australiano se recusou a alargar o prazo do visto do Primeiro-Ministro e de outros funcionários do governo da Papua Nova Guiné para visitarem a Austrália quando estiveram alegadamente envolvidos no caso Julian Moti.

Interferência flagrante

A interferência flagrante e as tácticas de supervisionar o comportamento estão também a ser usadas em Timor-Leste numa tentativa de transformar Timor-Leste numa colónia Australiana. Mais uma vez levaram à pressa tropas e polícias usando o pretexto de distúrbios em Dili. Não procuraram qualquer autoridade da ONU apesar da presença duma missão da ONU em Dili que remonta aos tempos da luta dos Timorenses contra a ocupação Indonésia.

Nas recentes discussões no Conselho de Segurança da ONU, a Austrália argumentou que deve continuar a controlar as forças militares presentemente em Timor-Leste em vez de passar o comando para a missão da ONU.

A investigação da ONU aos eventos anteriores este ano em Dili concluiu que Alfredo Reinado pode ser processado pelo seu papel nos distúrbios nos quais morreram alguns Timorenses. Diz-se que Reinado está “Escondido”, contudo está claro que as suas deambulações são conhecidas dos militares e dos media Australianos. O seu papel criminoso está também a ser encoberto pelo Governo Australiano que não dá nenhum passo para o prender apesar da sua fuga da prisão já há meses.

Reinado, que viveu cerca de nove anos na Austrália e treinou no Colégio Militar em Canberra, está claramente a trabalhar de perto com as forças Australianas e foi um instrumento útil e prestável na campanha viciosa orquestrada pelos Australianos para remover o governo eleito de Mari Alkatiri.

Um outro residente Australiano de longa duração que está também a jogar o jogo do Governo Australiano é o actual Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Ramos Horta.

Resistência crescente

Apesar destas campanhas, de ocupações, pressões económicas e políticas e chantagens, há uma óbvia resistência crescente nos Estados ilhas contra as tentativas do Governo Howard (e antes deste dos governos do trabalhistas de Keating e Hawke) para re-impor uma forma de colonialismo nas ilhas Estados, para destruir a independência e soberania delas e para instalar governos que façam o trabalho dos seus mestres Australianos.

Um folheto do Partido Comunista — Re-colonizando as Ilhas Salomão — publicado em 2003 diz que a rejeição do colonialismo e a exigência pela independência e soberania mantém-se fortes no mundo e que o plano neo-colonialista traçado pelo Governo Australiano pode ainda vir a desmoronar-se — como merece.

Foi dado o estatuto de nação nos anos 1970s e ‘80s aos Estados das Ilhas do Pacífico no início do movimento anti-colonial à escala mundial da época. Agora, os povos e os governos desses Estados estão a começar a lutar pela independência deles!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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