domingo, agosto 27, 2006

Pelo menos sete casas queimadas em manhã agitada em Díli

Díli, 27 Ago (Lusa) - Pelo menos sete casas foram queimadas no bairro de Bebonuk, em mais uma acção de violência durante a manhã de hoje nas ruas de Díli, revelou à agência Lusa fonte do comando policial das Nações Unidas.

De acordo com a mesma fonte, a meio da manhã uma patrulha australiana tinha sido atacada por um grupo de cerca de uma centena de jovens junto ao bairro do mercado de Comoro.

Os polícias da Austrália pediram ajuda ao comando das Nações Unidas que enviou para o local uma patrulha composta por elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) já integrada na missão da ONU.

Com a chegada dos militares portugueses, o grupo dispersou à força dos cartuchos de bagos de borracha Pouco depois da primeira intervenção da missão policial das Nações Unidas, duas casas eram incendiadas no bairro de Bebonuk, obrigando as forças policiais a concentrarem a sua atenção no bairro, enquanto o grupo de jovens se reorganizava junto ao campo de deslocados do aeroporto internacional de Díli que atacou à pedrada.

Junto ao campo de deslocados, a GNR foi novamente chamada para defender os polícias australianos que estavam a ser atacados à pedrada alegadamente pelo mesmo grupo de jovens do bairro do mercado de Comoro.

Logo ao início da tarde e na sequência dos ataques, quer à polícia australiana quer ao campo de deslocados, foram incendiadas mais cinco casas no bairro de Bebonuk, não tendo as forças internacionais detido qualquer suspeito.

"Apesar da coincidência não temos qualquer informação sobre quem queimou as casas", referiu a fonte da ONU contactada pela Lusa.

A violência nas ruas de Díli tem vindo a aumentar com uma maior organização dos grupos de jovens que são agora maiores e ultrapassam já a centena de indivíduos, o que dificulta a acção policial.

Por diversas vezes o capitão Gonçalo Carvalho, comandante da força da GNR em Timor-Leste, agora integrada na missão da ONU, chamou a atenção para uma melhor organização dos grupos de jovens que provocam distúrbios, assinalando também o recurso a meios de comunicação que servem para dar sinais de alerta da chegada das forças policiais.

JCS.

3 comentários:

Anónimo disse...

A força australiana que Howard teimosamente insiste em manter em Dili para proteger "our way of life" está a tornar-se um empecilho, pois agora a GNR, para além de ter que proteger os cidadãos timorenses, tem que andar a correr para proteger também os OZ.

Assim, não. É trabalho a dobrar para a polícia da ONU.

Anónimo disse...

a questão agora é saber quem anda a atacar propositadamente os polícias australianos.

Serão os gangs do Tara, Lasama, Xanana e RH? Os tais que aqui se dizia estarem a soldo dos australianos?
australianos a pagarem para atacar australianos?

Não bate certo, pois não?

Então são gangs controlados por quem?

A soldo de quem?

Por exclusão de partes....

Anónimo disse...

Em 1975 tambem ja tinham gangs e eram quase todos "gelo hatans"

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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