segunda-feira, julho 10, 2006

Horta vows to rebuild Timor

The Age
July 10, 2006

NOBEL laureate Jose Ramos-Horta plans to make radical changes in East Timor after being sworn in today as the caretaker Prime Minister.

The plans include creating new satellite townships on the western and eastern outskirts of the capital Dili to encourage people to move out of squalid refugee camps.

Mr Ramos-Horta has spoken privately about the urgent need to create an environment where an estimated 150,000 people living in the camps feel safe to leave after two months of violence and protests in Dili.

He believes that people with family ties in the eastern part of the country, who have been targeted by mobs from western parts, would feel safe in a township on the eastern outskirts of Dili.

The Government has already promised to rebuild hundreds of homes that have been destroyed since East Timor plunged into crisis when the then prime minister Mari Alkatiri sacked almost half the army after they had protested against discrimination.

Mr Ramos-Horta spoke about what he would do if he became prime minister at a private dinner in Dili on July 1, which was attended by The Age.

He made clear that as an independent unshackled by party loyalties, he would seize the opportunity to introduce sweeping changes to the country.

Mr Ramos-Horta talked about the need to cut bureaucratic red tape in government departments and plans to call a meeting of business people in Dili to discuss ways to provide better security for foreign investments.

He also plans to order an immediate audit of government departments that have developed a culture of corruption.

Mr Ramos-Horta believes the country can quickly recover.

The Parliament is set to pass a $US315 million ($A419 million) budget, its biggest ever.

But observers and diplomats say that Mr Ramos-Horta faces a tough job uniting the country's political elite, settling the grievances of the sacked soldiers, rebuilding a police force that disintegrated last month and winning the support of Fretilin, still the most powerful political institution in the country.

President Xanana Gusmao announced late on Saturday that 56-year-old Mr Ramos-Horta, East Timor's former global campaigner who won the Nobel peace prize in 1996, will lead the country until national elections scheduled for around next May.

He will publicly detail his plans in a speech today.

As foreign and defence minister, Mr Ramos-Horta has for weeks tried to salvage order out of East Timor's chaos, acting as intermediary with disgruntled soldiers and police.

He has also negotiated with feuding politicians including Mr Alkatiri, who was forced to resign over allegations that he helped form a hit squad to eliminate political rivals.

Mr Ramos-Horta was Mr Gusmao's first choice for the job.

He was acceptable to Fretilin, the majority party, which wanted to name one of its own but had to bow to Mr Gusmao, the popular hero of the country's independence struggle, who threatened to quit unless Mr Alkatiri was removed from office.

Mr Ramos-Horta made the same threat.

Although a founding member of Fretilin, Mr Ramos-Horta resigned his membership 18 years ago.

Mr Gusmao named two stand-out ministers in Mr Alkatiris government as deputy prime ministers in a deal negotiated with Fretilin.

They are Agriculture Minister Estanislau da Silva, a top Fretilin official who spent many years working in Australia, and Health Minister Rui Araujo.

Mr Alkatiri has been summoned to appear in court on July 20 to answer questions over the hit squad allegations. He failed to turn up at a court hearing last month. (Incorrecto. Pediu adiamento.)

.

7 comentários:

Anónimo disse...

Será isto verdade? Ainda não é PM e já começa a dizer asneiras?

"The plans include creating new satellite townships on the western and eastern outskirts of the capital Dili to encourage people to move out of squalid refugee camps.
(...)
He believes that people with family ties in the eastern part of the country, who have been targeted by mobs from western parts, would feel safe in a township on the eastern outskirts of Dili."

Separar a população de Dili segundo a origem geográfica? Endoidaram de vez! Não quero acreditar!... Não pode ser verdade!...

Anónimo disse...

Ramos Horta proposes to create satellite towns where communities are to be separated based on their geographical background. Segregationising communities is bad policy.

What segregation will do is create more hatred between peoples of the East and West. Animosity will certainly be created between those from the East and West, where groups/gangs could be formed easier based on geography and clash in central unsegregated areas like in the markets or at sporting events. Cross geographical couples and their families, will find it difficult to assimilate. Lack of service in one area could lead to questions of discrimination.

If the new PM continues with this form of governance, it will lead to further unrest based on geographical backgrounds. This is not the type policy that will unify Timor. It may be better to separate Timor in two countries if such a policy/development programme is adopted.

RH a sign poor policy and little vision

Anónimo disse...

"The Government has already promised to rebuild hundreds of homes that have been destroyed"

Qual governo?!

O actual ainda não existe.

A promessa foi feita pelo anterior governo de Alkatiri.

Anónimo disse...

O futuro PM e ex-coordenador do governo

Ainda não é PM e já começaram a revelar-se as atrocidades, desculpem, as capacidades de Ramos Horta.

Para além de voltarmos a reviver o tão usado método indonésio da deslocação de populações acreditamos que a muito curto prazo todos os timorenses terão emprego, coisa que o anterior governo não conseguiu.

E de acordo com o Presidente da República a queda de Alkatiri foi a única solução encontrada para a resolução da crise, facto que foi consumado.

Por isso Senhor futuro Primeiro Ministro adivinha-se-lhe um mandato sem grandes problemas para resolver.

Anónimo disse...

Tradução:

Horta promete reconstruir Timor
The Age
Julho 10, 2006

O laureado do NOBEL José Ramos-Horta planeia fazer mudanças radicais em Timor-Leste depois de ter sido empossado hoje como Primeiro-Ministro interino.

Os planos incluem criar novas cidades satélites nos subúrbios oriental e ocidental da capital Dili para encorajar as pessoas a mudarem-se dos campos de refugiados miseráveis.

O Sr Ramos-Horta falou privadamente acerca da necessidade urgente de criar um ambiente onde as calculadas 150,000 pessoas a viver em campos se sintam seguras para sair depois de dois meses de violência e de protestos em Dili.

Acredita que pessoas com laços familiares no leste do país, que têm sido alvejadas por multidões do oeste, se sentiriam mais seguras numa cidade no subúrbio oriental de Dili.

O Governo já prometeu reconstruir centenas casas que foram destruídas desde que Timor-Leste mergulhou na crise quando o primeiro-ministro Mari Alkatiri despediu quase metade das forças armadas depois de terem protestado contra discriminação.

O Sr Ramos-Horta falou sobre o que faria se se tornasse primeiro-ministro num jantar privado em 1 de Julho em Dili, onde esteve o The Age.

Deixou claro que como independente não está amarrado por lealdades partidárias e que aproveitaria a oportunidade para introduzir mudanças radicais no país.

O Sr Ramos-Horta falou da necessidade de cortar com a burocracia nos departamentos governamentais e nos planos e em convocar uma reunião com gente de negócios em Dili para discutir caminhos para dar melhor segurança aos investimentos estrangeiros.

Também planeia ordenar uma audição de imediato a departamentos do governo que desenvolveram uma cultura de corrupção.

O Sr Ramos-Horta acredita que o país pode recuperar rápidamente.

O Parlamento está preparado para aprovar um orçamento de $US315 milhões ($A419 milhões), o seu maior de sempre.

Mas os observadores e diplomatas dizem que o Sr Ramos-Horta enfrenta um trabalho duro para unir a elite política do país, resolver as queixas dos soldados despedidos, reconstruir a força da polícia que se desintegrou no mês passado e ganhar o apoio da Fretilin, ainda a instituição política mais poderosa do país.

O Presidente Xanana Gusmão anunciou na noite de Sábado que o Sr Ramos-Horta, de 56 anos, antigo promotor global de Timor-Leste que ganhou o prémio Nobel da Paz em 1996, liderará o país até às eleições nacionais previstas para Maio próximo.

Ele dará detalhes publicamente dos seus planos num discurso hoje.

Como ministro dos estrangeiros e da defesa, o Sr Ramos-Horta tem tentado há semanas salvaguardar a ordem no meio do caos de Timor-Leste, actuando como intermediário junto dos soldados amotinados e a polícia.

Também negociou com políticos em luta incluindo o Sr Alkatiri, que foi forçado a resignar sobre alegações que tinha ajudado a formar um esquadrão de ataque para eliminar rivais políticos.

O Sr Ramos-Horta foi a primeira escolha do Sr Gusmão para o cargo.

Era aceitável para a Fretilin, o partido maioritário, que queria nomear um dos seus mas que teve que se inclinar perante a vontade do Sr Gusmão, o herói popular da luta pela independência que ameaçou sair a não ser que o Sr Alkatiri fosse removido do Gabinete.

O Sr Ramos-Horta fez a mesma ameaça.

Apesar de ter sido fundador da Fretilin, o Sr Ramos-Horta resignou de membro há 18 anos.

O Sr Gusmão nomeou dois importantes ministros do governo do Sr Alkatiri como vice-primeiro ministros num acordo negociado com a Fretilin.

São os Ministro da Agricultura Estanislau da Silva, um dirigente de topo da Fretilin que passou muitos anos a trabalhar na Austrália, e o Ministro da Saúde Rui Araújo.

O Sr Alkatiri foi convocado para o tribunal em 20 de Julho para responder a questões sobre alegações dum esquadrão de ataque. Falhou a apresentar-se a uma audição no tribunal no mês passado. (Incorrecto. Pediu adiamento.)

Anónimo disse...

Quiseram os timorenses a independência para não poderem viver onde bem querem ou até mesmo para terem de sair dos sítios onde vivem actualmente? Quer mesmo o laureado construir o apartheid em Timor-Leste? Ai de alguém que no meu próprio país me proibisse de ir viver onde bem entendo. Isto é simplesmente racismo puro e duro. É ignóbil.

Anónimo disse...

E comparem as palavras do novo construtor do apartheid, e o entusiasmo nesta conversa no dia 1 de Julho com as afirmações, quatro dias antes, quando dizia que teriam que o convencer a ser PM! Já viram aldrabão mais consumado?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.