segunda-feira, junho 05, 2006

GNR efectua primeira detenção, começa instalação quartel em Díli

Por António Sampaio, da Agência Lusa Díli, 05 Jun (Lusa) - Efectivos da GNR procederam ao final da noite de domingo, horas depois de entrarem em Díli, à primeira detenção de um timorense, na sequência de um ataque incendiário a uma casa em Metiaut, na parte oriental d a cidade.

Fonte da GNR disse à agência Lusa que o contingente foi informado do in cidente, tendo enviado um grupo de elementos ao local, próximo do hotel onde os militares portugueses estão temporariamente instalados.

"Conseguimos deter um elemento que foi posteriormente enviado para apre sentação a um juiz", explicou a fonte, referindo que mesmo com falta do equipame nto e não estando ainda em perfeitas condições de operacionalidade, o grupo de 1 20 efectivos portugueses "pode responder rapidamente".

O comando do contingente português, recebido em festa à sua chegada a T imor-Leste no domingo, está hoje a começar a instalar o seu quartel-general, que funcionará num edifício dos serviços aduaneiros, na zona do Bairro Caicoli, cen tro de Díli.

Além da limpeza do espaço é ainda necessário, entre outros processos, i nstalar no local um depósito de combustível, uma bomba de água e outras estrutur as necessárias para o funcionamento em pleno do quartel.

Um responsável do contingente confirmou à Lusa que a equipa da GNR não está ainda em "condições operacionais totais", carecendo de equipamento anti-mot im e de viaturas, pelo que a sua actuação nos próximos dias será ainda limitada.

"Temos condições para proteger o quartel e responder em casos graves e de emergência, mas é importante explicar que não estamos totalmente operacionais ", afirmou.

O equipamento do contingente português, incluindo viaturas blindadas, d everá chegar ainda esta semana a Timor-Leste.

A instalação da GNR ocorre quando ainda estão a ser finalizados os méto dos e formas de actuação das forças militares e policiais de Portugal, Malásia, Austrália e Nova Zelândia actualmente em Timor-Leste.

Inicialmente, Camberra pretendia que todas as forças actuassem sob um c omando único australiano, tendo o governo português deliberado que os efectivos da GNR actuariam de forma autónoma, em coordenação entre a Presidência da Repúbl ica e o governo timorense.

Fontes envolvidas no processo negocial confirmaram à Lusa que o conting ente policial da Malásia também pretende autonomia das forças militares no terre no, argumentando que a sua actuação "é distinta" da dos soldados.

Em declarações à agência Lusa, na noite de domingo, José Ramos-Horta de fendeu que a GNR deve actuar "com dureza, firmeza, total autonomia e sem restriç ões em toda a cidade de Díli".
"Os parceiros internacionais sabem da especialidade, da reputação da GN R e sabem que a GNR pode dar uma enorme contribuição a todos eles e, sobretudo, ao povo de Timor-Leste e à cidade de Díli para se parar com este vandalismo", af irmou.

A opção que deverá ser hoje concretizada envolveria ter duas estruturas , uma militar sob o Ministério da Defesa, e uma policial sob o Ministério do Int erior, sendo criada acima das duas uma "célula de coordenação" com oficiais de l igação dos quatro países.

A estrutura policial envolveria, além da GNR, os contingentes policiais da Malásia e da Austrália.
ASP.

1 comentário:

Anónimo disse...

O QG da GNR é o famigerado "Centro de Estudos Aduaneiros", invenção do tontinho do Viana?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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