terça-feira, junho 13, 2006

65 toneladas ajuda humanitária à espera de voo de Macau para Díli

Macau, China, 12 Jun (Lusa) - A ajuda humanitária para Timor-Leste reco lhida em Macau, mais de 65 toneladas de alimentos, medicamentos, roupas e bens d e primeira necessidade, encontra-se armazenada à espera de transporte para Díli por falta de um avião de carga.

Os bens, recolhidos durante uma campanha de solidariedade lançada em Macau pelo embaixador de Timor-Leste em Pequim, continuam armazenados por, alegada mente, nenhuma companhia aérea querer efectuar o transporte da mercadoria entre Macau e Díli devido à situação de instabilidade na capital timorense.

Fonte ligada ao processo e que tem tentado nos últimos dias desbloquear a situação com o apoio do Governo de Macau, explicou à Agência Lusa que a campa nha foi lançada "sem que estivessem garantidos" todos os meios para se proceder à entrega dos bens às populações deslocadas de Timor-leste.

"Esta ausência de garantias está, agora, a criar outros problemas como ter uma série de bens que se sabem importantes para Timor-Leste mas que é imposs ível entregar rapidamente por falta de transporte", disse a mesma fonte.

Aquando do lançamento da campanha, a comissão criada em Macau para a an gariação de bens - operação em que estiveram envolvidos a Escola Portuguesa, o c onsulado-geral de Portugal em Macau e a Associação dos Trabalhadores da Função P ública - disse estar garantido o transporte dos donativos, o que ainda não acont eceu duas semanas depois de iniciada a recolha.

A Lusa tentou sem êxito contactar Paulo Remédios, um timorense radicado em Macau e membro da comissão criada pelo embaixador de Timor-leste em Pequim, para comentar a ausência de transporte.

Intitulada CAT2006 - Comissão de Apoio Humanitário a Timor-Leste, a cam panha foi lançada pelo embaixador timorense em Pequim, Olímpio Branco, e contou com o apoio de vários naturais daquele país na Região Administrativa Especial de Macau.

Macau tem sido ao longo dos anos um ponto de referência no apoio a Timo r-Leste, uma situação que se manteve inalterada após a transferência de poderes da Administração de Portugal para a China.

De acordo com estimativas do governo timorense e da ONU, cerca de 130 m il timorenses encontram-se deslocados devido à onda de violência que afecta Díli desde o final de Abril.
A maioria dos deslocados está em dezenas de centros de acolhimento, sob retudo em instituições ligadas à Igreja Católica.
JCS.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Se a tal CAT 2006 tivesse credibilidade tudo seria mais fácil!
A diferença está em quem serve Timor e em quem se serve de Timor!
Já alguém perguntou ao Sr. Dr. Paulo dos Remédios porque é que num dia diz que a campanha foi iniciativa do Sr. Embaixador de Timor em Pequim e noutro dia diz que foi a pedido da igreja de Baucau? Porque faz citações duma nota que diz ser do Sr. Embaixador e que nunca foi publicada em sítio nenhum? Porque anunciou um avião que nunca esteve apalavrado, pedindo que as ofertas fossem entregues em 3 dias, porque essa era a data da partida do avião... Porque andou a aliciar pessoas de boa fé para irem como voluntários a Timor distribuir os bens (segundo a tese divulgada íam e regressavam no mesmo avião??? ), porque, como teve a falta de senso e de sensibilidade de declarar à comunicação social, não confiava no Governo de Timor. Está tão mal informado sobre o que se passa em Timor que desconhece que o ministério com a responsabilidade de coordenar a assistência se desdobrou a trabalhar quaise 24 horas por dia? E que a maior dificuldade que enfrentava era as condições de segurança para fazer chegar a comida onde ela fazia falta?
Ninguém lhe perguntou, se houvesse avião, como e para onde o descarregava nas condições de segurança que existiam, ou será que também não conhece as condições do aeroporto?
Se a ajuda angariada tivesse sido expedida por barco como foram nos períodos dificeis dezenas de contentores de Macau, já estaria a chegar a Timor, mas sem os efeitos que, provavelmente, se pretendiam. E porque persiste na história do avião em vez de reconhecer o disparate e enviá-la por barco? Os barcos funcionam e se o importante é a ajuda, o que havia que fazer era fazê-la chegar...
E a história dos refugiados? Sim, porque também íam vir para Macau, umas dezenas deles...Quem , como, para onde? Mistério. Quando chegassem o Governo de Macau havia de resolver o problema. Dito na rádio para quem tinha ouvidos!! Uma forma mais de tirar efeito mediático do repatriamento que a RPC estava a fazer de nacionais chineses e que nada tinha a ver com Macau e muito menos com a dita Comissão.
Os residentes de Macau e o Governo de Macau, quer no tempo da administração portuesa quer o actual governo da RAEM têm sido sempre solidários e generosos com Timor e, certamente, vão continuar a sê-lo, mas ninguém gosta de ser usado e muito menos encostado à parede com compromissos que não assumiu... Era bom que alguém com responsabilidade no Governo de Timor explicasse:
1) a estes senhores que há coisas que só devem ser feitas com seriedade, senão as portas começam a fechar-se e, também aqui, quem perde é Timor e o seu povo,
2)ao Sr. Embaixador que não pode ser tão ingénuo, que não pode deixar-se usar duma forma tão evidente.
Em português também se sofre Timor em Macau, se mastiga a raiva da impotência e se engolem lágrimas desse mar que a todos nos ligou, para o bem e para o mal.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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