quarta-feira, dezembro 19, 2007

Xanana nas mãos de Reinado

Xanana: “Não ameacei Alfredo”

O Primeiro-Ministro (PM) Xanana deu um ultimatum a Alfredo Reinado e a Gastão Salsinha, mas insiste que isso não fecha as portas a diálogo aberto entre eles e o governo.

“Tentaremos encontrar uma resolução justa com base no diálogo. Para o caso do Alfredo o governo decidiu dar uma última oportunidade.

A declaração que fiz, não foi uma ameaça, mas uma maneira de começar um diálogo para encontrar uma solução para o Alfredo e Salsinha e os grupos deles,” disse o PM Xanana na Terça-feira (17/12) no Parlamento Nacional (PN). (STL)


Pois não. Aqui quem ameaça é Alfredo Reinado. E ameaça, acima de tudo, falar e implicar Xanana Gusmão na violência propositadamente provocada por Reinado em 2006. Para servir os fins de Xanana e Ramos-Horta. Para obrigar o governo de então a pedir às forças militares australianas que desembarcassem. Para derrubar a FRETILIN.

Xanana torna-se patético nas mãos de Reinado. Diz que a declaração que fez é "uma maneira de começar um diálogo". Começar?!

Reinado faz o que quer. Humilha Xanana e Ramos-Horta e estes cedem impotentes à chantagem.

Tomaram Reinado por burro... e enganaram-se.

Só resta a eliminação de Reinado antes que chegue a um tribunal e que comece a falar oficialmente e em sede própria para legalmente implicar Xanana e Ramos-Horta. E isto é onde Reinado erra. Falar em tribunal é a única forma de ganhar este braço de ferro e denunciar que estava às ordens do seu comandante supremo, em vez de ser eliminado por uma bala australiana.

Demora pouco.

4 comentários:

Anónimo disse...

Cuidado Alfredo que não há nada mais perigoso que um animal ferido e encurralado e é isso que o Xanana está, ferido e encurralado. Entrega-te directamente à justiça e não te esqueças que cesteiro que fez um cesto faz um cento.

Anónimo disse...

Em Timor os boatos e as especulações têm a estranha virtude de se concretizarem.
Suspeito que este também...

A.

Anónimo disse...

Em Timor os boatos e as especulações têm a estranha virtude de se concretizarem.
Suspeito que este também...

A.

Anónimo disse...

Timor-Leste: Futura geóloga formada em Coimbra quer riquezas naturais ao serviço do país

Maria do Céu Sérgio (texto) e Paulo Novais (fotos), da Agência Lusa

Expresso, 14:26 | Quarta-feira, 19 de Dez de 2007

Coimbra, 19 Dez (Lusa) - O primeiro timorense diplomado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai ser uma geóloga que sonha usar o "canudo" para que Timor-Leste beneficie do petróleo e de outras riquezas locais.

A estudar em Coimbra e sem ter voltado ao país natal há seis anos, Norberta Soares da Costa está agora a um passo de completar a licenciatura em Geologia na FCTUC, faltando-lhe apenas uma cadeira para a terminar.

Quando isso acontecer, no início de 2008, a jovem realizará o sonho que acalenta desde que decidiu tirar este curso e que a motivou na escolha de Geologia: desenvolver a sua actividade profissional em Timor-Leste, tudo fazendo para que os ganhos financeiros do petróleo e outras riquezas naturais da sua terra ali permaneçam e sejam usadas para diminuir a pobreza.

"Estou um bocado triste com a realidade actual, temo que os timorenses sejam afastados das decisões sobre a exploração dos recursos naturais do país", disse hoje a finalista da FCTUC à agência Lusa.

Sempre sorridente e bem disposta, a jovem de 26 anos refere que os recursos naturais "são muito importantes para o povo timorense e para o seu futuro".

"Há poucos timorenses a trabalhar nessas áreas, receio que essas riquezas sejam retiradas aos timorenses", referiu.

Norberta explicou à Lusa que, no início da década, a decisão sobre o curso superior que iria tirar foi inspirada numa sugestão de um seu professor do Colégio de S. José de Balide, em Dili, ao alertar, precisamente, para a escassez de timorenses no sector petrolífero.

"Fiquei com essa ideia. 'Mas como vou lá chegar?', pensei. Informei-me e, quando concorri à bolsa, Geologia foi a minha primeira opção", adiantou.

Agora, seis anos volvidos, está prestes a concretizar o sonho de obter um curso universitário e espera, com o "canudo", dar corpo a outra aspiração, que é a de pôr essa formação superior ao serviço de Timor-Leste.

Ao contrário do que se passa no país que adoptou durante estes seis anos, em que a ameaça do desemprego paira sobre os recém-licenciados, a jovem timorense acha que não vai ser difícil encontrar trabalho quando regressar a Dili, tendo em conta a falta de quadros no país.

Norberta integrou um grupo de cerca de 300 jovens timorenses que, em 2001, vieram estudar para Portugal.

"Calhou Coimbra, não foi uma escolha minha, mas fiquei contente: o meu pai conhecia a história da cidade e da Universidade", confessou.

Integrou-se num grupo de alunos que iniciou o curso de Geologia em 2002/2003 e incluía jovens de África (Angola), Ásia e Europa, o que lhe valeu a designação de "o ano dos três continentes".

Beneficiando de uma bolsa do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Norberta realizou a sua formação na FCTUC, faltando-lhe apenas a cadeira de Física I, do 2º ano, para obter a licenciatura.

"Se tudo correr bem, quero voltar para Timor-Leste", explica a jovem, que não esconde, contudo, o gosto que teria de aprofundar a sua formação fazendo, nomeadamente, o mestrado em Geologia do Petróleo, uma iniciativa pioneira da FCTUC apoiada pela empresa Petrobrás.

Prestes a abandonar Coimbra - embora não dê como garantida já a conclusão do curso - Norberta refere que a experiência na cidade universitária foi muito positiva, apesar das dificuldades iniciais relacionadas com as diferenças culturais, climáticas e gastronómicas e da barreira derivada do seu desconhecimento inicial da língua portuguesa.

"Estou muito feliz com as amizades que fiz aqui e como o apoio que tive dos colegas, professoras e pessoas mais próximas", expressou a jovem.

Ultrapassadas as dificuldades do curso e a pressão gerada pela necessidade de manter a bolsa, Norberta diz que se integrou na vida académica coimbrã com gosto e, quando sair de Coimbra, em 2008, vai deixar para trás muitos amigos e levar bastantes saudades.

Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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