quinta-feira, maio 31, 2007

Indonesia furious over Timor 'humiliation'

Mark Forbes and Hamish McDonald
May 31, 2007

INDONESIA last night threatened retaliation against Australia as an angry diplomatic row erupted over the Sydney inquiry into the 1975 deaths of five Australian newsmen in East Timor.

Indonesia's Foreign Minister, Hassan Wirayuda, summoned Australian ambassador Bill Farmer to lodge a formal protest over an incident involving the influential Governor of Jakarta.

Governor Sutiyoso, a possible presidential candidate in 2009, angrily cut short an official tour of NSW on Tuesday night after NSW Police asked him to testify at the Sydney inquiry.

Claiming that police had entered his hotel room in a "rude and offensive" way using a hotel master key, Governor Sutiyoso said he had felt "very harassed" and was owed an apology.

He later met the Foreign Minister to discuss his treatment in Australia.

Mr Wirayuda's spokesman, Kristiarto Legowo, last night indicated Jakarta was considering retaliation over what he described as an "unpleasant" incident. "We will consider appropriate measures we will take against Australia," he said.

As the row over the Jakarta Governor erupted yesterday, the inquiry was also threatening to inflame diplomatic tensions on another front, after it heard that two former Indonesian army officers should be prosecuted for war crimes over the deaths of the Australians.

The Sydney inquest is examining the death of Brian Peters, one of the five newsmen killed in the town of Balibo as Indonesian troops invaded East Timor on October 16, 1975.

Counsel assisting the inquiry, Mark Tedeschi QC, said there was evidence Mr Peters and the other newsmen - Greg Shackleton, Gary Cunningham, Tony Stewart and Malcolm Rennie - were deliberately killed by Indonesian soldiers, contradicting previous Australian inquiries that concluded they died in crossfire. "The journalists were not killed by being caught in crossfire . . . but rather were deliberately killed by the Indonesian troops who had arrived at the Balibo town square," he said.

Mr Tedeschi named the officers he believed should face war crimes prosecution in a separate confidential submission.

It is assumed from his public statements that one of them is Mohammed Yunus Yosfiah, who led the covert Balibo attack as a special forces captain and later rose to lieutenant-general before becoming Indonesia's minister of information in 1998-99. He now lives in Bandung, Indonesia.

"At least three of the journalists were shot by Indonesian troops after an order was given by Captain Yunus Yosfiah, who was standing at the front of his troops," Mr Tedeschi said. "He also joined in the shooting of those three."

The other man cited by Mr Tedeschi is believed to be Christoforus da Silva, a non-commissioned officer of the special forces in the Balibo attack, who later became a district official in East Timor during Indonesia's 24-year occupation and is now thought to be retired on the island of Flores.

Mr Tedeschi said da Silva had trapped one of the journalists who had fled into an outhouse of the building where the other four were killed. "When the journalist came out, da Silva stabbed him in the back with a military knife, killing him," he said.

There was no formal response in Indonesia to Mr Tedeschi's final submission. However, the incident involving the Jakarta Governor received widespread media coverage in Indonesia, prompting a rowdy protest by several hundred chanting demonstrators outside the Australian embassy in the capital yesterday.

They attempted to storm the compound, but were forced back by more than 100 police.

Hoping to prevent the row exploding further, Australian officials have told Indonesian journalists that the Government in Canberra was not involved in the attempt to call the Governor.

An embassy spokesman said the countries had a broad relationship and the capacity to "manage any issue that arises".

Although the Indonesian administration was upset by the incident, senior sources suggested it would not evolve into a full-scale diplomatic rift, as they accepted Canberra was not behind the inquest.

After flying out of Australia on Tuesday night, Governor Sutiyoso gave an angry media conference yesterday. "I feel deeply humiliated by the incident in my position as an official of a sovereign country," he said.

The retired lieutenant-general was a deputy commander of an Indonesian unit during the invasion of East Timor, but he denied his troops were involved in the attack on Balibo.

The incident would be over diplomatically if an apology was received, Governor Sutiyoso said.

As head of Indonesia's capital, which has a population of more than 12 million, Governor Sutiyoso has a status closer to an Australian premier than a mayor.

It emerged yesterday that the Department of Foreign Affairs and Trade headed off a deeper confrontation on Tuesday, when it heard of a move to subpoena Governor Sutiyoso.

The Department admitted that its solicitors "drew to the attention" of Deputy State Coroner Dorelle Pinch provisions of the Foreign States Immunities Act in relation to domestic court orders being applied to foreign leaders.

Nota de Rodapé:

Engraçado como no país deles, as autoridades australianas respeitam os tribunais mesmo quando se pode estar face a um incidente diplomático e como mostram que os tribunais são órgãos de soberania independentes mesmo embaraçando o Governo com questões como esta.

É pena que tenham dois pesos e duas medidas quando fazem de "polícias" nos países dos outros.

Tivessem o mesmo respeito pelos tribunais em Timor-Leste, e não haveria pressão política, de Xanana Gusmão ou Ramos-Horta, que impedisse o cumprimento dos mandados de captura de Reinado e de Railos, com a cumplicidade das Nações Unidas que fazem da "Good Governance" e da Transparência suas bandeiras...

Lamentável e humilhante para qualquer cidadão australiano, o comportamento das suas autoridades fora da Austrália...

Quanto ao Governo da Indonósia, é vergonhoso que se sintam insultados pelos tribunais australianos e pelas autoridades que abordaram o Governador de Jacarta, para que prestasse contas nos crimes de que é suspeito, e pior ainda que exijam ao Governo australiano desculpas pelos seus tribunais.

Tal como Xanana Gusmão e Ramos-Horta, o Presidente da Indonésia não entende um dos princípios básicos da democracia, o respeito pelos órgãos de soberania.

Um pedido de desculpas por terem assassinado os jornalistas em 1975, não é qualquer coisa que entendam, pois não?...

5 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Indonésia furiosa com a ‘humilhação’ por causa de Timor
Mark Forbes e Hamish McDonald
Maio 31, 2007

A Indonésia a noite passada ameaçou com retaliação contra a Austrália quando uma zangada briga diplomática irrompeu por causa do inquérito judicial às mortes em 1975 de cinco jornalistas Australianos em Timor-Leste.

O Ministro dos Estrangeiros da Indonésia, Hassan Wirayuda, convocou o embaixador Australiano Bill Farmer para lhe entregar um protesto formal sobre um incidente que envolveu o influente Governador de Jacarta.

O Governador Sutiyoso, um possível candidato presidencial em 2009, irado abreviou uma visita oficial à NSW na Terça-feira à noite depois de dois Polícias da NSW lhe terem pedido para testemunhar num inquérito judicial em Sydney.

Afirmando que a polícia tinha entrado no seu quarto de hotel de modo "rude e ofensivo " usando uma chave-mestre do hotel, o Governador Sutiyoso disse que se tinha sentido "muito assediado " e exigiu um pedido de desculpas.

Mais tarde encontrou-se com o Ministro dos Estrangeiros para discutir o modo como foi tratado na Austrália.

O porta-voz do Sr Wirayuda, Kristiarto Legowo, indicou ontem à noite que Jacarta estava a considerar retaliar acerca do que descreveu como ter sido um incidente "desagradável". "Consideraremos medidas adequadas que tomaremos contra a Austrália," disse.

Quando a briga a propósito do Governador de Jacarta irrompeu ontem, o inquérito judicial estava também a ameaçar inflamar tensões diplomáticas noutra frente, depois de se ouvir que dois antigos oficiais das forças armadas Indonésias deviam ser processados por crimes de guerra por causa das mortes dos Australianos.

O inquérito judicial de Sydney está a examinar a morte de Brian Peters, um dos cinco jornalistas mortos na cidade de Balibo quando tropas Indonésias invadiu Timor-Leste em 16 de Outubro de 1975.

O advogado que assiste o inquérito judicial, Mark Tedeschi QC, disse que havia evidência que o Sr Peters e os outros jornalistas - Greg Shackleton, Gary Cunningham, Tony Stewart e Malcolm Rennie – foram mortos deliberadamente por soldados Indonésios, contradizendo anteriores inquéritos Australianos que concluíram que morreram num fogo cruzado. "Os jornalistas não foram mortos por terem sido apanhados num fogo-cruzado . . . mas sim foram mortos deliberadamente por tropas Indonésias que tinham chegado à praça da cidade de Balibo," disse.

O Sr Tedeschi nomeou os oficiais que acredita que devem enfrentar processos de crimes de guerra numa submissão confidencial separada.

É assumido pela sua declaração pública que um deles é Mohammed Yunus Yosfiah, que liderou o ataque encoberto a Balibo como capitão das forças especiais e mais tarde foi promovido a general antes de se tornar o ministro da informação da Indonésia em 1998-99. Vive agora em Bandung, Indonésia.

"Pelo menos três dos jornalistas foram baleados por tropas Indonésias depois de uma ordem ter sido dada pelo Capitão Yunus Yosfiah, que estava à frente das suas tropas," disse o Sr Tedeschi. "Também se juntou ao tiroteio desses três."

O outro homem citado pelo Sr Tedeschi acredita-se ser Christoforus da Silva, um oficial não comissionado das forças especiais no ataque de Balibo, que mais tarde se tornou funcionário do distrito em Timor-Leste durante os 24 anos da ocupação Indonésia e que se pensa estar agora reformado na Ilha das Flores.

O Sr Tedeschi disse que da Silva tinha apanhado um dos jornalistas que tinha fugido para uma casa no exterior do edifício onde os outros quatros foram mortos. "Quando os jornalistas saíram, da Silva esfaqueou um nas costas com uma faca militar, matando-o," disse.

Não houve resposta formal na Indonésia à submissão final do Sr Tedeschi. Contudo, o incidente que envolveu o Governador de Jacarta recebeu ampla cobertura pelos media na Indonésia, desencadeando protestos ruidosos por várias centenas de manifestantes no exterior da embaixada Australiana na capital ontem.

Tentaram invadir o complexo, mas foram forçados a recuar por mais de 100 polícias.

Na esperança de evitar que a briga expluda mais, funcionários Australianos disseram a jornalistas Indonésios que o Governo em Canberra não estava envolvido na tentativa de convocar o Governador.

Um porta-voz da embaixada disse que os países tinham uma grande relação e a capacidade para "gerir qualquer assunto que se levante ".

Apesar de a administração Indonésia estar preocupada com o incidente, fontes de topo sugeriram que não se poderia desenvolver numa briga diplomática de ampla escala, dedo que aceitavam que Canberra não estava por detrás do inquérito judicial.

Depois de ter voado para fora da Austrália na Terça-feira à noite, o Governador Sutiyoso deu uma irada conferência de imprensa ontem. "Sinto-me profundamente humilhado pelo incidente na minha posição de funcionário de um país soberano," disse.

O general na reserva foi um vice-comandante de uma unidade Indonésia durante a invasão de Timor-Leste, mas negou que as suas tropas estivessem envolvidas nos ataques em Balibo.

O incidente acabaria diplomaticamente se fosse recebido um pedido de desculpas, disse o Governador Sutiyoso.

Como responsável da capital da Indonésia, que tem uma população de mais de 12 milhões, o Governador Sutiyoso tem um estatuto mais próximo de um primeiro-ministro Australiano do que de um presidente de câmara.

Emergiu ontem que o Departamento dos Negócios Estrangeiros e Comércio cortou um confronto mais profundo na Terça-feira, quando ouviu de um gesto para convocar o Governador Sutiyoso.

O Departamento admitiu que os seus advogados "chamaram a atenção " da Vice-Inquiridora Dorelle Pinch de aspectos do Acto de imunidades contra Estados Estrangeiros em relação a ordens de tribunais domésticos poderem ser aplicadas a líderes estrangeiros.

Nota de Rodapé:

Engraçado como no país deles, as autoridades australianas respeitam os tribunais mesmo quando se pode estar face a um incidente diplomático e como mostram que os tribunais são órgãos de soberania independentes mesmo embaraçando o Governo com questões como esta.

É pena que tenham dois pesos e duas medidas quando fazem de "polícias" nos países dos outros.

Tivessem o mesmo respeito pelos tribunais em Timor-Leste, e não haveria pressão política, de Xanana Gusmão ou Ramos-Horta, que impedisse o cumprimento dos mandados de captura de Reinado e de Railos, com a cumplicidade das Nações Unidas que fazem da "Good Governance" e da Transparência suas bandeiras...

Lamentável e humilhante para qualquer cidadão australiano, o comportamento das suas autoridades fora da Austrália...

Quanto ao Governo da Indonésia, é vergonhoso que se sintam insultados pelos tribunais australianos e pelas autoridades que abordaram o Governador de Jacarta, para que prestasse contas nos crimes de que é suspeito, e pior ainda que exijam ao Governo australiano desculpas pelos seus tribunais.

Tal como Xanana Gusmão e Ramos-Horta, o Presidente da Indonésia não entende um dos princípios básicos da democracia, o respeito pelos órgãos de soberania.

Um pedido de desculpas por terem assassinado os jornalistas em 1975, não é qualquer coisa que entendam, pois não?...

Anónimo disse...

Gostei da nota de rodapé.

Só espero que este "namoro" possa manter a Austrália entretida durante uns tempos e assim libertar Timor-Leste de alguma pressão.

Anónimo disse...

Este carrasco indonésio sentiu-se incomodado pela policia australiana, mas não se "incomodou" quando tratou de invadir Timor Leste. Mas isto não é um caso para um Tribunal Internacional ( o de Haia ou outro qualquer)jogar imediatamente a mão a estes mafiosos, tal como se está a fazer na Bósnia ? Quando é que a Indonésia entende que para bem da sua imagem deve entregar os criminosos de guerra da invasão e ocupação de Timor ?
A. Lança

Anónimo disse...

Indonésia e Austrália à beira da ruptura
Diário de Notícias, 31/05/07

ARMANDO RAFAEL

Sutiyoso é governador de Jacarta e general. Ou melhor, foi general durante o período em que militares lideravam a ditadura indonésia. Ontem, interrompeu a visita que estava a efectuar à Austrália e regressou de imediato ao seu país, minutos depois da polícia australiana ter irrompido pelo quarto do hotel de Sidney em que Sutiyoso se encontrava, recorrendo a uma chave-mestra. O que pressupõe que não lhe bateram à porta, nem se fizeram anunciar previamente, limitando-se a entrar.

Tudo para que o governador de Jacarta pudesse depor em tribunal, no âmbito do processo que está a julgar o assassínio dos cinco jornalistas que foram mortos pelas tropas indonésias em Balibó, em Outubro de 1975, quando ó regime do general Suharto se preparavam para invadir Timor-Leste.

A avaliar pelos depoimentos e pelas provas que já foram apresentadas em tribunal os britânicos Brian Peters e Malcolm Rennie, os australianos Greg Shackleton e Tony Stewart e o neo-zelandês Gary Cunnigham terão sido mortos pelas tropas que se encontravam sob o comando do então capitão Yunus Yosfiah, que veio a ser general do exercito indonésio e ministro da Informação, no final do anos 90.

Mas dentro do tribunal de Sydney há quem suspeite que Sutiyoso também se encontrava em Balibó, na altura em que os cinco jornalistas foram assassinados, numa aparente tentativa para eliminar cinco testemunhas incómodas da invasão que a Indonésia estava a preparar para o início de Dezembro de 1975. Daí a intimação judicial que levou a polícia australiana até ao hotel em que o governador de Jacarta se encontrava instalado.

Indignado, Sutiyoso cancelou o resto da visita e regressou a Jacarta, onde desmentiu qualquer relação com o massacre de Balibó, garantindo que nem ele, nem nenhum dos soldados que comandou em Timor-Leste, se encontrava naquela localidade situada junto à fronteira com a Indonésia, no dia em que os cincos jornalistas foram assassinados.

Declarando-se ultrajado com o comportamento da polícia australiana, o general Sutiyoso queixou-se ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, tendo Hassan Wirayuda pedido explicações a Camberra e reforçando o protesto que o embaixador de Jacarta já havia apresentado ao Governo australiano.

Sendo que este episódio, que já levou centenas de indonésios a protestarem junto à representação diplomática da Austrália em Jacarta, deixou Camberra sem saber o que fazer.

De início, as autoridades australianas ainda tentaram convencer a Indonésia que tinham sido apanhados de surpresa pelos incidentes e que as ordens para obrigar o general Sutiyoso a haviam partido do próprio tribunal, sem que Camberra soubesse do que estava acontecer.

Mas os comentários do Presidente Susilo Bambang Yudhoyono, considerando o comportamento de Camberra inaceitável , fizeram subir o tom da polémica entre os dois países. Sobretudo depois de Jacarta ter libertado recentemente o líder islamita que foi condenado pelos atentados de Bali, em 2002, em que morreram vários australianos. |
http://dn.sapo.pt/2007/05/31/internacional/indonesia_e_australia_a_beira_ruptur.html

Anónimo disse...

Indonésia ameaça rever relações com a Austrália
Jornal de Notícias, 31/05/07

Orlando Castro

As relações entre a Indonésia e a Austrália conheceram ontem um momento de crispação cujas consequências podem ser ainda mais graves. Um alto responsável indonésio, o ex-general Sutiyoso, afirma ter sido ofendido por polícias australianos que terão invadido o seu quarto, num hotel de Sydney, para o obrigar a prestar declarações sobre a morte em Timor-Leste de cinco jornalistas, em 1975, quando o território foi invadido pela Indonésia.

O tribunal australiano, que investiga a morte dos jornalistas, concluiu que existem provas suficientes para um julgamento por crimes de guerra.

O advogado Mark Tedeschi, conselheiro da juíza Dorelle Pinch, que investiga os factos, concluiu que os indícios apresentados na investigação, iniciada em Fevereiro, demonstram que os cinco jornalistas foram assassinados pelo Exército indonésio.

Tedeschi afirmou que o caso pode constituir um crime de guerra de acordo com as convenções de Genebra e que os possíveis responsáveis poderiam ser julgados na Austrália.

Sutiyoso, ex-general e governador de Jacarta, diz que descansava no hotel depois de uma visita oficial à Austrália, quando os polícias invadiram violentamente o quarto para lhe entregar uma citação para prestar declarações no âmbito de um inquérito sobre o assassinato de cinco jornalistas em Timor-Leste. Nessa data, Sutiyoso fazia parte do Exército que invadiu a ex-colónia portuguesa.

Sutiyoso, que antecipou a ida para Jacarta, diz-se ofendido pela actuação das autoridades australianas, exigindo desculpas de Camberra.

"Se não pedirem desculpa, serei obrigado a questionar o meu Governo sobre a oportunidade da Indonésia manter relações com a Austrália", diz Sutiyoso.

O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, declarou-se "surpreendido" e acrescentou "não poder de forma alguma aceitar o incidente que envolveu Sutiyoso na Austrália"

Por outro lado, o embaixador da Indonésia na Austrália enviou um protesto formal ao Governo em Camberra, enquanto centenas de indonésios se manifestaram em frente da Embaixada da Austrália em Jacarta, gritando "Austrália fora".

"Fez-se justiça"

As provas apresentadas num tribunal australiano que investiga a morte de Brian Peters, um dos cinco jornalistas mortos em Timor-Leste há mais de 30 anos, demonstraram que todos eles foram assassinados pelo Exército indonésio (ver peça ao lado).

Além do jornalista português Adelino Gomes, que não foi apanhado pelas tropas de Jacarta, os britânicos Brian Peters e Malcolm Rennie, os australianos Greg Shackleton e Tony Stewart e o neozelandês Gary Cunningham foram as vítimas.

Adelino Gomes afirmou que assim "foi feita justiça". "Fez-se justiça. Tardia, muito tardia... mas justiça, o que é sempre reconfortante para a cidadania", afirmou o jornalista português.

Naquela altura, em Outubro de 1975, Adelino Gomes encontrava-se destacado pela RTP para cobrir uma previsível invasão de Timor-Leste, tendo tido contacto, na véspera, com os cinco jornalistas.
http://jn.sapo.pt/2007/05/31/mundo/indonesia_ameaca_rever_relacoes_a_au.html

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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