sábado, maio 05, 2007

Fretilin acusa Horta comprar votos e vai entregar "prova"

Díli, 04 Mai (Lusa) - A Fretilin acusou hoje o primeiro-ministro timorense Ramos-Horta de ter comprado votos na primeira volta das presidenciais e prometeu divulgar um vídeo com testemunhos que dizem ter sido pagos para votar no Prémio Nobel da Paz.
Numa conferência de imprensa a Fretilin revelou que o vídeo tem "o depoimento de cinco testemunhas na área de Venilale, distrito de Baucau, que testemunham ter recebido dinheiro para votarem por Ramos-Horta e convencer outros a votarem também nele".

Dois dos testemunhos, segundo o secretário-geral adjunto da Fretilin, José Reis, afirmam que foi Ramos-Horta a entregar "pessoalmente dinheiro em troca dos seus votos".

A primeira volta das eleições presidenciais em Timor-Leste realizou-se em 09 de Abril último, tendo passado à segunda volta, a 09 de Maio, Francisco Guterres "Lu Olo", da Fretilin, e o independente José Ramos-Horta.

Reis acrescentou que o partido tinha recebido várias alegações de compra de votos por Ramos-Horta mas que ainda não tinha tornado público os casos porque aguardava "provas concretas".

"Agora já temos essas provas e queremos isto investigado", disse José Reis, sublinhando que o envio de uma cópia do vídeo para a Comissão Nacional de Eleições tem como objectivo que o caso seja investigado e que aquele órgão "tome as medidas que pensem ser justas e apropriadas".

Durante a conferência de imprensa, José Reis instou ainda Ramos-Horta a esclarecer porque "não fez uma declaração de rendimentos por escrito".

A Fretilin insistiu igualmente que o primeiro-ministro, com mandato suspenso, esclareça a presença na sua campanha de Vicente da Conceição Railós, suspenso das Forças Armadas em 2004, por alegado desvio de fundos e sobre o qual recai um mandado de captura.

Mais crítico relativamente à actuação da Comissão Nacional de Eleições, que acusou de estar "contra a Fretilin", foi o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri que sublinhou a necessidade de se cumprir a lei em toda a sua extensão.

Prosseguindo as acusações, Mari Alkatiri disse ter "informações de que as forças internacionais que estão na zona leste do país gostam muito de Ramos-Horta que até andam com a sua fotografia na mochila a mostrar às populações" e referiu que se há um mandato de captura contra Alfredo Reinado "não há decisão política que possa impedir a sua execução".

"Isto é um Estado de Direito e a lei tem de ser respeitada. Não dizemos que as buscas de Alfredo Reinado devem parar ou continuar, dizemos é que a lei tem de ser cumprida" e que esta só pode ser alterada "através de outra lei".

Contactado pela agência Lusa, Dionísio Babo, da campanha de Ramos-Horta, rejeitou as acusações da Fretilin e garantiu que estas "não têm fundamento". "Rejeito por completo", afirmou quando se encontrava numa acção de campanha com Ramos-Horta fora da capital timorense.

JCS Lusa/fim

2 comentários:

Anónimo disse...

Fretilin diz ter provas de que Horta compra votos
Jornal de Notícias, 05/05/07

A Fretilin acusou, ontem, o primeiro-ministro timorense Ramos-Horta de ter comprado votos na primeira volta das presidenciais e prometeu divulgar um vídeo com testemunhas que garantem ter sido pagas para votar no Prémio Nobel da Paz.

Segundo a Fretilin, que apoia o candidato que venceu a primeira volta,"Lu Olo", o vídeo tem "o depoimento de cinco testemunhas na área de Venilale, distrito de Baucau, que testemunham ter recebido dinheiro para votarem em Ramos-Horta e convencer outros a votarem também nele".

Dois dos testemunhos, segundo o secretário-geral-adjunto da Fretilin, José Reis, afirmam que foi José Ramos-Horta a entregar "pessoalmente o dinheiro em troca dos seus votos".

José Reis acrescentou que o partido tinha recebido várias alegações de compra de votos por Ramos-Horta, mas que ainda não tinha tornado público os casos porque aguardava "provas concretas" que "foram, entretanto, enviadas para análise da Comissão Nacional de Eleições".

Numa campanha em que as acusações sobem de tom, a Fretilim insiste ainda no facto de de Ramos-Horta ter na sua campanha Vicente da Conceição Railós, suspenso das Forças Armadas em 2004 por alegado desvio de fundos e sobre o qual recai um mandado de captura.

Também o ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, diz ter "informações de que as forças internacionais que estão na zona leste do país gostam muito de Ramos-Horta e até andam com a sua fotografia na mochila a mostrar às populações".

Dionísio Babo, da campanha de Ramos-Horta, rejeita as acusações da Fretilin e garante que "não têm fundamento".

Em termos eleitorais, a segunda volta das presidenciais vai contar com mais 1 140 novos eleitores que atingiram os 17 anos já depois da primeira votação, a 9 de Abril, revelou o director do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, Tomás do Rosário Cabral. Os cidadãos com capacidade eleitoralpassam a ser agora 524 073.

A segunda volta das presidenciais timorenses estão a ser disputadas pelo primeiro-ministro José Ramos-Horta e pelo presidente do Parlamento e dirigente da Fretilin "Lu Olo", estando a votação marcada para o próximo dia 9.

Enquanto isso, a Igreja Católica tenta reconciliar os timorenses. De acordo com a Rádio Vaticano, o presidente Xanana Gusmão convidou o papa Bento XVI a visitar o país com o intuito de "ajudar a restabelecer a paz nos corações" dos timorenses.
http://jn.sapo.pt/2007/05/05/mundo/fretilin_ter_provas_que_horta_compra.html

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-05-04 - 13:19:00

Eleições presidenciais timorenses
Fretilin acusa Ramos-Horta de comprar votos

A Fretilin acusou esta sexta-feira o candidato às presidenciais timorenses Ramos-Horta de ter comprado votos na primeira volta das eleições, garantindo ter gravações que sustentam a acusação e que as entregará na Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Em conferência de imprensa, a Fretilin revelou ter um vídeo com o “depoimento de cinco testemunhas na área de Venilale, distrito de Bacau, que testemunham ter recebido dinheiro para votarem em Ramos-Horta e convencer outros a votarem também nele”.

José Reis, secretário-geral adjunto da Fretilin, referiu ainda que dois dos testemunhos afirmam que foi o actual primeiro-ministro timorense a “entregar pessoalmente o dinheiro em troca dos seus votos”.

Por sua vez, o porta-voz da campanha de Ramos-Horta já recusou estas acusações.

Recorde-se que a segunda volta das eleições presidenciais timorenses tem lugar no próximo dia 9.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=241132&idselect=91&idCanal=91&p=200

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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