sexta-feira, março 30, 2007

Notícias- Tradução da Margarida

Angola: Chefes de Polícia da CPLP Expressam Solidariedade com Timor-Leste
Angola Press Agency (Luanda)

Março 28, 2007
Luanda

Na Terça-feira Timor-Leste recebeu em Luanda uma mensagem de encorajamento do chefe da polícia da Comunidade dos países de língua oficial Portuguesa (CPLP), que expressou ainda o desejo de ajudar aquele Estado Asiático na implementação da democracia.

Na comunicação, lida por Carlos Mourato Nunes, um general da Guarda Nacional Republicana de Portugal, pouco antes do encerramento do encontro de chefes de polícias da CPLP, reafirmou o desejo de assistir também aquele país a realizar eleições.

"Seja permitida nesta ocasião, uma palavra para o país que está ausente, Timor-Leste, que nesta altura passa por um período difícil. Neste caso particular, Portugal conhece de modo muito próximo, dado que estamos nesta altura a ajudar a democracia e o processo eleitoral que está em curso e que vai acontecer ao longo deste ano," lê-se na mensagem.

"Em nome dos chefes de polícia presentes, deixem-nos enviar o nosso abraço e desejo que os caminhos desejados sejam atingidos e pelos quais lutaram durante tanto tempo," lê-se ainda na nota.

**

General reformado nega abusos em Timor-Leste

Última actualização 29/03/2007, 05:21:26
ABC Rádio Austrália

Um general reformado Indonésio acusado de violações dos direitos humanos por altura da votação da independência de Timor-Leste negou que tivessem ocorrido.

O Major General Zacky Anwar Makarim estava a testemunhar na audição acerca da violência e da destruição por altura da votação de 1999.

Diz que não houve grandes violações dos direitos humanos porque não havia nenhuma política de Estado ou ordem do presidente Indonésio para exterminar ou queimar Timor-Leste.

A ONU tem dito que gangs de milícias foram recrutados e dirigidos pelas forças militares da Indonésia, e que mataram cerca de 1,400 pessoas e destruíram muitas das infra-estruturas.

O General Makarim foi o conselheiro de defesa da equipa Indonésia que tinha por missão a protecção do referendo administrado pela ONU.

A Unidade para Crimes Sérios em Timor-Leste estabelecida pela ONU culpou-o de homicídio, deportação e perseguição.

**

TIMOR-LESTE: O PARTIDO DE GUSMÃO É 'UM NINHO DE MENTIROSOS', DIZ ANTIGO PM ALKATIRI

Dili, 28 Março (AKI) – A tensão política cresce na capital Timorense, Dili onde o Presidente Xanana Gusmão aceitou a liderança de um novo partido que tem sido apelidade de ser "um ninho de mentirosos," pelo antigo primeiro-ministro, Mari Alkatiri. "Temos de ter cuidado com o CNRT porque o CNRT mente ao povo," disse Alkatiri aos jornalistas sem elaborar, durante uma visita ao campo de deslocados na Quarta-feira.

O CNRT é a sigla de ‘Conselho Nacional Reconstrucao Timor’, e é o último partido que se juntou ao desafio político em Timor-Leste.

O nome do novo partido é uma referência deliberada ao antigo CNRT – o Conselho Nacional da Resistência Timorense – um órgão não-partidário formado por Gusmão em 1998 e que ganhou a votação para a independência da Indonésia no referendo de 1999.

Apesar de Gusmão ter aceite a liderança, o presidente não aceitará o novo papel até ser eleito um novo presidente nas eleições marcadas para 9 de Abril.

"Estou pronto para liderar o CNRT. Liderarei o CNRT para ajudar as pessoas a viverem numa condição calma e pacífica," disse Gusmão aos repórteres que se juntaram no Palácio das Cinzas em Dili, Caicoli, na Quarta-feira.

A decisão de Gusmão é um desafio aberto à Fretilin de Alkatiri, o maior partido do parlamento. As eleições parlamentares realizar-se-ão em breve depois de o noco presidente estar instalado.

Falando ao Adnkronos International (AKI) sobre o quente clima político, Martinho Gusmão, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) lamentou o último comentário de Alkatiri.

"Esses líderes que gostam de insultar os outros na campanha, mostram que não têm qualidade intelectual ou capacidade de liderança," disse ao AKI.

Acrescentou que a CNE prestará atenção ao que se passa e verificará se candidatos e representantes que se insultam uns aos outros estão a violar o código de conduta que foi assinado recentemente.

(Fsc/Ner/Aki)

**`

Homem da milícia preso pede o arquivo do caos em Timor
Por: Telly Nathalia

Jacarta, Março 28 (Reuters) – O único Indonésio preso por envolvimento na violência que rodeou a votação em 1999 de Timor-Leste pela liberdade, o líder de milícia Eurico Guterres, disse na Quarta-feira que uma investigação aos eventos faria mais mal do que bem.

Ele estava a falar numa audição pública de uma comissão da verdade montada pela Indonésia e Timor-Leste para examinar o que aconteceu relacionado com o referendo sangrento de Agosto de 1999.

A segunda série de audições da comissão começou na Segunda-feira, com o ex-bispo de Dili e vencedor do Nobel da Paz Carlos Belo dizendo que soldados Indonésios tinham participado em ataques a propriedades da igreja e a clérigos antes e depois da votação.

Testemunhando na Terça-feira, B.J. Habibie, que era o presidente Indonésio na altura e que deu a luz verde para um referendo à independência no maioritariamente católico Timor-Leste, acusou a ONU por ajudar a estimular a violência.

A ONU estima que morreram cerca de 1,000 Timorenses durante a balbúrdia no pós-votação, de que foram largamente acusadas milícias pró-Jacarta apoiadas por elementos das forças armadas Indonésias.

Guterres, que liderou a infame gang da milícia Aitarak que provocou massacres na capital de Timor-Leste Dili, disse à comissão que falharia, especialmente quando analisava somente um período específico.

"A comissão somente prolongará, agudizará e acrescentará mais dor, ódio e hostilidade entre os Timorenses," disse Guterres, um nativo de Timor-Leste que escolheu a cidadania Indonésia depois do referendo e que foi mais tarde condenado por liderar gangs responsáveis por violência e mortes.

"Acredito que não precisamos de escavar na miséria do passado que os Timorenses sofreram e que o tempo já enterrou. Nunca encontraremos a verdade culpando os outros e procurando os erros dos outros, especialmente quando nos auto-limitamos a um certo período," disse o barbudo e com cabelo comprido Guterres.

Usava um lenço vermelho e a camisa branca, as cores nacionais da Indonésia, mas apesar dessa exibição de patriotismo, ele pôs algumas das culpas do caos de 1999 no governo Indonésio.
Guterres disse que a culpa deve ser também partilhada pela ONU e por Portugal, que governou Timor-Leste como uma colónia durante séculos antes de sair abruptamente em 1975 no decurso de uma revolução em casa.

Críticos dizem que Portugal pouco tinha feito antes para construir infra-estruturas e administração no território, deixando para trás um vácuo de poder que convidou problemas.

A Indonésia anexou mais tarde Timor-Leste nesse ano e fez dele uma província, mantendo uma enorme e algumas vezes dura presença militar e lutando contra resistentes durante mais de duas décadas.

A ONU, Indonésia e Portugal têm todos responsabilidades pela violência, disse Guterres, "porque não asseguraram que o referendo fosse conduzido numa situação normal".

Os Timorenses votaram massivamente para separar-se da governação Indonésia mas alguns eleitores pró-Jacarta dizem que o referendo foi falsificado pela ONU, apesar da presença de numerosos observadores independentes que concluíram que a votação foi largamente correcta.

Timor-Leste tornou-se totalmente independente em Maio de 2002 depois de uma administração transitória da ONU.
Guterres começou a servir uma sentença de 10 anos numa prisão de Jacarta em Maio de 2006 depois de um demorado processo judicial.

Alguns dos outros 17 acusados sobre os eventos de 1999 receberam sentenças de prisão em certos estágios do processo, mas foram todos eventualmente inocentados pelo Tribunal Supremo da Indonésia.
Críticos da comissão da verdade dizem que é impotente porque lhe falta o poder para punir os que se concluir serem responsáveis de abusos.

1 comentário:

Anónimo disse...

E uma pouca vergonha o Sr. Padre Martinho Gusmao fazer comentarios politicos como membro da CNE.Fazer politica e estar fora de CNE nao aproveitando disto para fazer criticas a Fretilin.Se nao fosse a Fretilin ele nao estaria hoje aqui a falar estava subjugado aos papas

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.