segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Charges against Alkatiri dropped

The Australian
Mark Dodd
February 06, 2007

PROSECUTORS have dropped an investigation into allegations that former East Timorese prime minister Mari Alkatiri ordered a hit squad to kill political rivals, clearing the way for the Fretilin leader to contest April's presidential elections.

Dr Alkatiri, forced to resign last year over the allegations after a power struggle with President Xanana Gusmao, said yesterday he had been told by the prosecutor's office the investigation was closed and no further action would be taken for want of evidence.
"The false allegations, aired with extreme political bias and utmost ill-will, have been found to be baseless when subjected to judicial scrutiny," Dr Alkatiri said in Dili.

Dr Alkatiri, who has long denied any wrongdoing, said the allegations were a "politically motivated smear campaign instigated against my good name and character in East Timor, Australia and elsewhere".

Timor's deputy prosecutor, Ivo Valente, said he did not know of the alleged development, but noted that Dr Alkatiri's case was being handled by the prosecutor-general, who was travelling in Australia.

Dr Alkatiri was alleged by a former cabinet minister to have played a role in the unrest, which killed at least 37 people and saw the deployment of Australian-led international peacekeepers in the tiny nation that won independence from Indonesia in 1999.

As the head of Fretilin, East Timor's largest political party, Dr Alkatiri will be able to contest the presidential election called for April 9.

That would appear to rule out a presidential run by Nobel peace prize laureate Jose Ramos Horta, who replaced Dr Alkatiri as prime minister last June 26.

The East Timorese Prime Minister said last Wednesday that he would run for the presidency only if there were no other candidates.

Mr Gusmao, who called the elections on Saturday, was elected president in April 2002 and has repeatedly said he will not run again.

But with the field cleared for Dr Alkatiri to take the presidency, an intriguing political possibility looms with rumours that Mr Gusmao will make a run for parliament as member of the opposition Democratic Party.

The former leader of Fretilin's military wing during the Indonesian occupation is East Timor's greatest national hero. His massive personal popularity could be enough to propel his new party to victory in parliamentary polls to be called after the presidential election.

This could see a prime minister Gusmao facing off against a president Alkatiri, reversing the roles of last year, when Australia led a force of 3200 foreign peacekeepers to East Timor in late May after the country descended into chaos following the sacking of 600 mutinous soldiers.

Sporadic gang-related violence has continued in the Asia-Pacific region's youngest country, which has been plagued by poverty and high youth unemployment since independence in 2002.

The changing political environment in Dili came as Foreign Minister Alexander Downer moved to invoke a rarely used "national interest" exemption clause to fast-track ratification of the Timor Sea Treaty through the Australian parliament more than 12 months after the signing of the historic agreement.

The Joint Standing Committee on Treaties was given barely 24 hours' notice yesterday that they would meet Mr Downer tonight and hear why he wanted the committee to rubber-stamp the deal.

In Dili, ratification of the Treaty on Certain Maritime Arrangements in the Timor Sea (CMATS) has been held up because of ongoing civil strife stemming from last year's political unrest.

Under CMATS, East Timor's revenue share of the Greater Sunrise oil and gas prospect straddling the boundary of the so-called Joint Petroleum Development Area could be as much as $19 billion because of a newly agreed 50-50 split with Australia.
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5 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Deixadas cair acusações contra Alkatiri
The Australian
Mark Dodd
Fevereiro 06, 2007

Os procuradores deixaram cair uma investigação às alegações de que o antigo primeiro-ministro Timorense Mari Alkatiri ordenou um esquadrão de ataque para matar rivais políticos, abrindo o caminho para o líder da Fretilin se candidatar às eleições presidenciais de Abril.

O Dr Alkatiri, forçado a resignar no ano passado sobre alegações depois de uma luta de poder com o Presidente Xanana Gusmão, disse ontem que lhe tinha sido dito pelo gabinete do procurador-geral que a investigação fora encerrada e que não seria tomada mais nenhuma acção por falta de evidência.
"As falsas alegações emitidas com extrema parcialidade política e a maior má vontade foi concluído não terem base depois de submetidas ao escrutínio judicial," disse o Dr Alkatiri em Dili.

O Dr Alkatiri, que há muito negou qualquer procedimento errado, disse que as alegações foram uma "campanha de difamação politicamente motivada instigada contra o meu bom nome e carácter em Timor-Leste, Austrália e noutros sítios ".

O Vice-procurador de Timor, Ivo Valente, disse que nada sabia dos alegados desenvolvimentos, mas realçou que o caso do Dr Alkatiri estava nas mãos do procurador-geral, que está a viajar na Austrália.

O Dr Alkatiri foi alegado, por um antigo ministro do seu gabinete, ter tido um papel no desassossego que matou pelo menos 37 pessoas e viu o destacamento de tropas lideradas pelos Australianos na pequena nação que ganhou a independência da Indonésia em 1999.

Como responsável da Fretilin, o maior partido politico de Timor-Leste, o Dr Alkatiri poderá concorrer nas eleições presidenciais convocadas para 9 de Abril.

Isso parece pôr de lado uma candidatura presidencial pelo laureado do Nobel da paz José Ramos Horta, que substituiu o Dr Alkatiri como primeiro-ministro em 26 de Junho passado.

O Primeiro-Ministro Timorense disse na passada Quarta-feira que só se candidataria à presidência se não houvesse outros candidatos.

O Sr Gusmão, que convocou as eleições no Sábado, foi eleito presidente em Abril de 2002 e tem dito repetidas vezes que não se candidatará outra vez.

Mas com o terreno limpo para o Dr Alkatiri tomar a presidência, nasce uma possibilidade política intrigante com rumores de que o Sr Gusmão se candidatará ao parlamento como membro do Partido Democrático da oposição.

O antigo líder do ramo militar da Fretilin durante a ocupação Indonésia em Timor-Leste é o maior herói nacional. A sua massiva popularidade pessoal podia ser suficiente para impulsionar o seu novo partido para a vitória nas eleições parlamentares que serão convocadas depois da eleição presidencial.

Isto podia dar num primeiro-ministro Gusmão a enfrentar um presidente Alkatiri, trocando os papéis do ano passado, quando a Austrália liderou uma força de 3200 tropas estrangeiras para Timor-Leste em Maio passado depois do país ter caído no caos depois do despedimento de 600 soldados amotinados.

Esporádica violência relacionada com gangs tem continuado na mais jovem nação da região da Ásia-Pacífico, que tem sido atingida pela pobreza e desemprego juvenil desde a independência em 2002.

A mudança do ambiente politico em Dili acontece quando o Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer se mexeu para invocar uma raramente usada cláusula de dispensa de "interesse nacional " para apressar a ratificação do Tratado do Mar de Timor no parlamento Australiano mais de 12 meses depois da assinatura do acordo histórico.

Ao Comité Conjunto sobre Tratados foi dado um aviso de menos de 24 horas, ontem, para se reunirem com o Sr Downer hoje à noite para ouvirem porque é que ele quer que o comité assine de cruz o acordo.

Em Dili, a ratificação do Acordo sobre Certos Arranjos Marítimos no Mar de Timor (CMATS) tem sido atrasado por causa da luta civil em curso que derivou do desassossego político do ano passado.

Sob o CMATS, os rendimentos de Timor-Leste da parte das prospecções de petróleo e gás da Greater Sunrise que se situam perto da fronteira da chamada Joint Petroleum Development Area podem atingir os $19 biliões por causa de um novo acordo de divisão de 50-50 com a Austrália.
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Anónimo disse...

Corrreio da Manhã 2007-02-05 - 08:32:00

Timor-Leste
Alkatiri espera desculpas de Xanana e Ramos Horta

O secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, confirmou esta segunda-feira o arquivamento do processo-crime aberto em Junho de 2006 contra si e disse esperar que o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o actual chefe de Governo, José Ramos Horta reconheçam "publicamente o erro" que levou à sua demissão.

"Eles sabem perfeitamente os corredores que fizeram para me forçarem a sair do Governo", disse Mari Alkatiri na conferência de imprensa realizada hoje, na qual anunciou o arquivamento do processo-crime iniciado contra si no ano passado.

Alkatiri dise ter sido "notificado pela Procuradoria-geral da República de que o processo foi arquivado por falta de provas", na conferência, onde estiveram também presentes líderes da Fretilin, membros do Executivo e simpatizantes timorenses e portugueses.

Mari Alkatiri não descartou a possibilidade de ser o candidato presidencial da Fretilin às eleições de 9 de Abril. "Cumpro todos os requisitos", disse o líder daquela formação política.

Mari Alkatiri disse estar em público para "pedir tolerância" e evitar uma guerra civil em Timor-Leste. O líder da Fretilin salientou, no entanto, que espera que Xanana Gusmão e de José Ramos Horta se retactem publicamente sobre a sua situação.

Recorde-se que o líder da Fretilin abandonou a liderança do Governo timorense a 26 de Junho de 2006 na sequência da crise política e militar de Abril e Maio, e pelo alegado envolvimento na distribuição de armas a civis. Alkatiri foi substituído no cargo por José Ramos Horta, que ocupava a pasta de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

O arquivamento do processo levantado contra Alkatiri, por falta de provas, já tinha sido noticiado em Dezembro, no entanto, não foi na altura confirmado pelo Procurador-Geral, Longuinhos Monteiro.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=230048&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

Timor: Francisco Guterres admite candidatar-se a PR

O presidente do parlamento timorense manifestou esta segunda-feira em Lisboa disponibilidade para concorrer pela Fretilin às presidenciais de 9 de Abril próximo, mas considerou que Mari Alkatiri «preenche perfeitamente todos os requisitos» para se candidatar.
«Claro que não (excluo a possibilidade de me candidatar). Nem eu, nem Alkatiri, nem qualquer outro. Tudo depende do que o partido decidir», afirmou Francisco Guterres aos jornalistas, durante uma visita protocolar à Assembleia da República (AR) portuguesa.
«Mari Alkatiri (ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin) preenche perfeitamente todos os requisitos para ser candidato, pois não tem qualquer mancha que o possa impedir. Mas cabe à Fretilin decidir sobre qual o candidato a apoiar», sublinhou Francisco Guterres «Lu Olo».
Por outro lado, Francisco Guterres considerou «uma óptima notícia» o arquivamento do processo que pendia sobre Mari Alkatiri ligado à alegada distribuição de armas a civis em Abril e Maio de 2006, decisão tomada hoje pela Procuradoria-Geral timorense alegando «falta de provas».
«Deixa-me muito satisfeito. E quando exige que o presidente (Xanana Gusmão) e o primeiro-ministro (José Ramos Horta) peçam desculpas publicamente pelos insultos de que foi alvo demonstra a seriedade do homem que é, pois não é vingativo», afirmou.
O envolvimento de Mari Alkatiri na alegada distribuição de armas a civis custou-lhe o cargo de primeiro-ministro, função de que se demitiu a 26 de Junho de 2006, sendo substituído por José Ramos Horta, até então ministro de Estado, Negócios Estrangeiros e Cooperação.
«Vão ter de se retractar. Com isso quero dizer que tenho vários canais para usar, mas acho que ainda podemos acreditar na grandeza moral dos nossos líderes. Que saibam reconhecer o erro», afirmou Mari Alkatiri ao anunciar o arquivamento do processo.
Francisco Guterres insistiu na ideia de que o ex-primeiro- ministro «não é um homem vingativo», sublinhando que a exigência de desculpas públicas «é o mínimo» que Mari Alkatiri pode fazer.
Sobre a exigência eleitoral da Fretilin, que reclama a realização das legislativas antes de 20 de Maio próximo, Francisco Guterres reiterou a intenção do partido em cumprir com a Constituição, sublinhando que qualquer data posterior àquela será «anticonstitucional».
A Constituição da República é clara e refere que todos os órgãos de soberania terminam o mandato a 20 de Maio. Se o presidente decidir marcar a data das legislativas para uma data posterior a essa data, do ponto de vista da Fretilin, é anticonstitucional», afirmou.
Francisco Guterres está em Lisboa desde sexta-feira para uma visita de trabalho a convite do seu homólogo português, Jaime Gama, com quem manteve hoje uma reunião de trabalho.
Diário Digital / Lusa
05-02-2007 18:29:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=261465

Anónimo disse...

Dr. Mari Alkatiri foi e é um verdadeiro homem de Estado, é dos poucos políticos timorenses que olha em frente, que sabe o que quer e que recusa ser uma borboleta voadora e efémera ...é um homem que vê para além do presente... duro, sem dúvida mas humano e eficaz.
Que venham pelo exemplo mil Alkatiris, espera-se que os seus opositores tenham a humildade de reconhecerem que estavam ou foram enganados pelos fracos de espírito e pelo ódio gratuito que não olhou a meios ... mesmo se tal, como se verificou, significasse o sacrifício e o martírio de inocentes.
Alkatiri não é homem vingativo, quer apenas justiça e essa é-lhe devida.
Se afirmam e cantam que Timor é terra de esperança será o momento certo para reafirmá-lo.
Aguardemos com paciência ... pelos valores que o Homem Timorense mais preza a DIGNIDADE e que tanto o elevou perante o Mundo.
Malai X

Anónimo disse...

E estranho ler esta parte da noticia: "Dr Alkatiri foi alegado, por um antigo ministro do seu gabinete, ter tido um papel no desassossego que matou pelo menos 37 pessoas e viu o destacamento de tropas lideradas pelos Australianos na pequena nação que ganhou a independência da Indonésia em 1999". Basta!
Ha que clarificar que antes da chegada dos australianos eram apenas 4 vitimas mas o numero subiu em flexa quando os australianos chegaram e, principalmente, depois da resignacao do Dr Alkatiri. Portanto, a responsabilidade da consequencia de incapacidade dos ambisiosos e da sede insaciavel pelo poder de alguns dirigentes nao devia ser atribuido ao Dr Alkatiri (37 mortos !!?????. Foi precisamente por causa das 4 vitimas que o Governo foi acusado de nao ter a capacidade de controlo a situacao e que o governo nao fez o suficiente para evitar derramento de sangue e perdas de vida (ate pelo proprio actual PM e era Ministro Senior e MNEC no executivo liderado pelo Dr Alkatiri) mas depois de chegar ao poder fez o suficiente para ....? Claro fez o suficiente mas para ele e para impor os interesses dos ...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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