quinta-feira, dezembro 14, 2006

TIMOR: a segurança é uma preocupação real diz I novo chefe de políciada ONU

(Tradução da Margarida)

TIMOR: a segurança é uma preocupação real diz I novo chefe de políciada ONU
Radio Australia - 14/12/2006 3:36:03 PM

A ONU em Timor-Leste expressou a sua tristeza sobre o que chama “a morte sem sentido” do intérprete da polícia da ONU, António Martins. O assassinato acontece quando o novo comissário da polícia da ONU em Timor-Leste, Rodolfo Tor, inicia as suas funções esta semana.

Apresentador/Entrevistador: Zulfikar Abbany

Entrevistado: Rudolfo Tor, o novo comissário da polícia da ONU em Timor-Leste

TOR: Oh sim, isso aconteceu assim naquele dia em que ele estava lá, ele foi vítima desse evento infeliz, mas isso não deve parar a missão de fazer o que está mandatada para fazer. Temos de realizar a nossa missão, o que aconteceu foi uma infelicidade mas temos polícias que investigarão isso.

ABBANY: E até agora não houve nenhuma menção sobre as rezões possíveis, se foi um ataque que visava um empregado da ONU ou um ataque ao acaso?

TOR: Não ainda não temos essa informação; ele foi vítima duma luta entre um grupo de pessoas. Por isso ainda temos de descobrir os motivos desse incidente.

ABBANY: Mas dada a situação desta morte e dado terem havido outras mortes recentemente e as notícias do aumento das patrulhas da polícia na capital, Dili, quão preocupado está que no começo da sua missão como comissário da polícia da ONU, quão preocupado está com a situação de segurança em Timor-Leste?

TOR: Com certeza que compreendemos que temos de manter a paz e a ordem em Timor-Leste e que temos de realizar as acções policiais requeridas nesta matéria. Por exemplo temos de fazer muito patrulhamento a pé e frequentes patrulhamentos por carro e aumentar a nossa presença na cidade de Dili.

ABBANY: Então os vossos planos imediatos para a segurança em Timor-Leste e digamos, particularmente na capital, Dili envolve pôr gente nas ruas, oficiais de polícia nas ruas, ou tem algum plano mais integrado, isto é com a elite política em Timor-Leste?

TOR: Sim, nós temos um plano operacional em efectividade para manter a paz e a ordem. Providenciamos segurança, providenciamos a presença policial, realizamos investigações policiais de casos, e podemos reforçar a coordenação com as forças aqui presentes, incluindo a força de segurança internacional da Austrália e Nova Zelândia.

ABBANY: Mas, quero dizer, acabou de ser acordado que a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste realizará a maioria do policiamento em Timor-Leste. O que é que isso significa?

TOR: Sim, significa que agora mesmo aplicaremos a lei e manteremos a paz e a ordem na área, e ao mesmo tempo construiremos a polícia nacional de Timor através do reforço da sua capacidade para realizar as suas funções através de treino e gerindo a polícia.

ABBANY: Portanto acredita que a situação política em Timor-Leste tem, digamos, estabilizado o suficiente para, continuará a segurança a ser um problema até mesmo às eleições, que estão previstas para o princípio do ano que vem?

TOR: Agora não estou em situação para falar sobre questões políticas, mas posso dizer-lhe que estamos no processo para isso e de facto houve vários eventos políticos no país para esta unidade e estabilidade política.

ABBANY: Só estou interessado em saber de si, como comissário da policia da ONU, se foi capaz de avaliar se os políticos em Timor-Leste observarão as tarefas de segurança na situação de Timor-Leste e que não tentarão estimular a situação na corrida para as eleições do próximo ano? Isso deve ser uma preocupação sua?

TOR: Sim, com certeza, acredito que toda a gente aqui está preocupada com eleições pacíficas no próximo ano. Por isso estamos em contacto estreito com o governo, com o desejo que essas eleições se desenrolam pacificamente.
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4 comentários:

Anónimo disse...

“Mas, quero dizer, acabou de ser acordado que a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste realizará a maioria do policiamento em Timor-Leste. O que é que isso significa? “ Pergunta nada inocentemente o jornalista da Rádio Austrália. É pena que não tenha tomates para questionar o Howard sobre o que afinal lá estão de facto a fazer os cerca de mil soldados Australianos, agora que já sabem que “a maioria do policiamento em Timor-Leste” está a ser feito pela polícia da ONU.

Anónimo disse...

"...é pena que não tenha tomates...". A Margarida cede ao facilitismo e entra na linguagem desbragada.
Desespero?

Anónimo disse...

É pena que a Malai Azul não tenha tomates para não censurar os comentários desbragados da Margarida.
Desespero?

Anónimo disse...

Tenho a preocupação de falar de modo a todos me entenderem e parece que acertei, também aí em Timor sabem o que é não ter tomates. E acho piada a quem chama a isto "desbragado" e não se escandaliza com os Australianos que aí estão a fazer de mortos e não prendem quem tão friamente assassinou camaradas seus de armas. Era com eles, com os Australianos invasores que se devia indignar, esses é que estão a alimentar o caos que se implantou em Dili, aliás, esses e os seus tão protegidos Xanana e Horta.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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