terça-feira, outubro 31, 2006

Dili gangs linked to political players

SMHT.com.au
Lindsay Murdoch in Dili
October 31, 2006

GANGS responsible for East Timor's violence, political intimidation, extortion and crime have been linked with powerful Timorese figures with political ambitions and the country's main political parties in an Australian-commissioned report.

Some of the gangs have infiltrated East Timor's security forces, while one of the most feared groups has links to former pro-Indonesian militia and has supporters in Indonesian West Timor, the report reveals.

The report, commissioned by Australia's agency for international development, AusAID, says many of the gangs appear to be led by former anti-Indonesian resistance fighters who have loyalties and enmities within factions of the the security forces and political parties dating back to their struggle for independence.

Many of the gangs have threatening names such as Provoke Me and I'll Smash You, Kung Fu Master and Crazy. Some gang members believe they have magical powers and that by injecting themselves with a medicine they become invincible and invisible, the report says.

Some have taken up the names of former militia groups that murdered an estimated 1200 people and destroyed most of the country's infrastructure after East Timorese voted for independence from Indonesia in 1999.

The report found that probably 70 per cent of young Timorese men are actively involved in gangs disguised as martial arts groups that preach principles of self-discipline and non-violence but which have committed most of the violence.

"Chronic unemployment, which exceeds 50 per cent nationwide but is higher in Dili due to the drift of youth from rural areas, means recruiting is easy for such groups from the legions of unemployed youth who feel socially, economically and politically excluded," says the report, obtained by the Herald.

The Prime Minister, Jose Ramos-Horta, said he was confident the figures behind the destabilisation campaign would be exposed within days.

"[They] know we are watching them and they know we are obtaining evidence about them," he said yesterday.

He said investigations were under way into who was fuelling gang violence by making the drug crystal methamphetamine, or "ice", and alcohol available to youths involved in street violence. Drug use was not widespread and there were only two or three flashpoints for violence in Dili, he said.

He also said a campaign aimed at denigrating Australian troops was part of the attempt to destroy the country.

One of the AusAID report's key findings is that hundreds of small youth-based groups are trying, in different but positive ways, to engage and unify their communities and it recommends they be given support.

It says a widely feared gang called Colimau 2000 is believed to have some following in refugee camps in Indonesia.

"There have also been allegations about the group having made contact with militia leaders in West Timor in order to plan a strategy to destabilise the country after United Nations peacekeepers leave; at least one source of this accusation is the Indonesian military commander in West Timor," says the report, which was completed last month.

It says other gangs are affiliated with powerful individuals with political ambitions, or even opposition parties. It does not name the individuals.

The report says one gang, Korka, is officially aligned with the ruling Fretilin party while another, PSHT, is widely identified with two opposition parties, Partido Democratica and the Social Democratic Party.

AusAID says the views and recommendations in the report are solely those of the report's authors, James Scambary, from Melbourne, and his research assistants, Hippolito da Gama and Joao Barreto.


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8 comentários:

Anónimo disse...

"The report says one gang, Korka, is officially aligned with the ruling Fretilin party while another, PSHT, is widely identified with two opposition parties, Partido Democratica and the Social Democratic Party."

Ora bem! Aqui esta! A Fretilin tem de facto o grupo korka OFICIALMENTE incorporado nas suas estruturas partidarias. A TVTL deu cobertura `a cerimonia de incorporacao onde o proprio Mari Alkatiri teve a honra de fazer o corte de fitas e fazer discursos.

Esse evento foi testemunhado pelos telespectadores da TVTL.

Anónimo disse...

- Korka: Possibly the biggest martial arts group, with up to 10,000 members. - Eh este o grupo de artes marciais formalmente integrado nas estruturas da Fretilin ha uns dois anos, mais ou menos. Talvez tenha sido uma primeira tentativa do senhor Vice-Presidente da Fretilin - recem nomeado! - de criar uma milicia do partido para os trabalhos sujos.

O relatorio parece ter-se esquecido tambem de explicar porque eh que os Colimau 2000 estiveram fortemente representados numa manifestacao de apoio a Rogerio Lobato quando ha uns anos o Presidente Xanana pediu que este fosse afastado.

Tambem ha figuras importantes da PSHT que sao dirigentes da Fretilin, bem como gente da oposicao, pelo que eh uma ideia cretina acreditar que a PSHT eh uma organizacao controlada pela oposicao.

Anónimo disse...

Xanana adverte Fretilin para não acolher milícias

Missão. Nações Unidas iniciaram nova missão, mas retiraram de Timor-Leste as suas forças de paz
Timor-Leste comemora hoje o terceiro aniversário da sua independência. A ocasião é de festa, mas o Presidente da República, Xanana Gusmão, alerta para uma nova ameaça o regresso de uma milícia partidária. E o perigo vem do próprio partido no Governo. O grupo de artes marciais denomina-se Korka, está filiado na Fretilin e o Chefe do Estado teme que inicie a prática de intimidações sobre a população, "só porque pertence ao partido do poder".

O aviso foi feito durante a cerimónia de Entrega de Soberania ao Estado Independente de Timor- -Leste, aproveitada por Xanana para fazer o balanço da democracia no mais jovem Estado do mundo. As conclusões, porém, não são muito animadoras.

"Durante este ano, continuamos a notar que a noção de liberdade é mal ensinada e compreendida nos grupos de artes marciais, que continuam a matar-se e, pior ainda, a fazer sofrer as populações", censurou o Presidente. Expressando a sua preocupação por a Fretilin ter acolhido o grupo, Xanana receia que isso possa abrir "um mau precedente quanto à utilização de jovens, porque pode conduzir à criação de milícias partidárias".

O discurso do Presidente não ficou marcado apenas pelas críticas à Fretilin. Houve também espaço para recordar a recente crise entre a Igreja Católica e o Governo. A decisão de tornar a religião numa disciplina facultativa no ensino público levou os bispos de Díli e de Baucau a organizarem uma mani- festação de 19 dias consecutivos para exigir a demissão do primeiro- -ministro, Mari Alkatiri. O protesto terminou na primeira semana de Maio com a assinatura de uma declaração entre ambas as partes. Quase duas semanas após esse acto, o Presidente timorense concluiu que a manifestação antigovernamental contribuiu para reforçar "consciência democrática".

Contudo, Xanana não atribui o mérito à hierarquia da Igreja, mas sim ao primeiro-ministro, Alkatiri, pela "paciência e ponderação com que soube lidar com a situação". Xanana recordou que a Constituição é clara quanto às competências de cada órgão de soberania e remeteu para o Parlamento a função "de legislar e de fiscalizar os actos do Governo".

O terceiro aniversário do fim da ocupação indonésia em Timor-Leste ficou também assinalado pela retirada dos capacetes-azuis armados do país e por um novo mandato da missão das Nações Unidas. Portugal irá manter dois postos de responsabilidade na nova missão que a partir de hoje inicia um mandato de 12 meses com a designação de Escritório da ONU em Timor-Leste (UNOTIL). Trata-se do comandante dos Observadores Militares, coronel Fernando José Reis, e o comissário Nuno Anaia, que irá continuar a ser o principal conselheiro do superintendente da Polícia Nacional de Timor-Leste.

A ausência de forças da paz na recente missão da ONU preocupa, no entanto, o comandante das Falintil. "As pessoas que tomaram essa decisão, ou que aconselharam essa decisão, não têm a noção do que é ter uma missão em Timor- -Leste sem apoio", advertiu o brigadeiro-general Taur Matan Ruak.

A crítica fundamenta-se na decisão do Conselho de Segurança que ignorou as recomendações do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e decidiu prescindir dos capacetes-azuis armados. Isto, apesar de Annan ter alertado, na última terça-feira, para o facto de a retirada das forças de paz poder ter um "impacto negativo" em Timor-Leste. O chefe da diplomacia timorense, Ramos-Horta, não hesitou em apontar o dedo ao Conselho de Segurança "Esse órgão não deveria tomar decisões que assentam na preocupação de poupar mais algum dinheiro."

http://dn.sapo.pt/2005/05/20/internacional/xanana_adverte_fretilin_para_acolher.html

Anónimo disse...

"East Timor: Ruling party shows its strength in double anniversary celebrations

Dili, May 20 (Lusa)...FRETILIN was formally organized as a pro-independence movement from Portugal in September 1974, but Friday's celebrations mark the creation of the party's precursor, the Timorese Social Democratic Association, on May 20, 1974.

The festivities coincided with East Timor's third anniversary of independence, following 24 years of Indonesian occupation and nearly three years under a transition UN administration.

In a wide-ranging speech to the nation Friday, President Xanana Gusmao issued an "alert" to the government and FRETILIN, noting that the ruling party recently accepted into its ranks a mass martial arts group with a violent history, including alleged participation in killings and arson.

The KORKA group's integration into FRETILIN's youth wing, Gusmão warned, could serve "as a bad precedent for the use of youths, as it could lead to the creation of partisan militias".

Later in his remarks to Lusa, Alkatiri downplayed the president's concern.

He said FRETILIN's inclusion of KORKA, a group that claims thousands of adherents, aimed "to change the philosophy of martial arts", transforming the past penchant for "violence into one of self- control".

EL/SAS.

Lusa "

Anónimo disse...

O Publico (31 maio 2005)

"(...)Desvalorizou a recente adesão à Fretilin de um grupo de artes marciais, Korka. Faz algum sentido um grupo de artes marciais aderir a um partido?

Não estão a aderir a partido nenhum. Estão simplesmente a aderir a uma força que tem um departamento de juventude e desporto que pode enquadrar esse tipo de forças. No bom sentido. Ainda bem que existe a Fretilin capaz de fazer isso. Se não ficarão como grupos discriminados, identificados com a violência, quando são afinal grupos de jovens que precisam de ser valorizados e apoiados.

Xanana Gusmão considerou esta adesão "um mau precedente", pois "pode conduzir à criação de milícias partidárias"...

Já disse ao Presidente e posso dizê-lo agora publicamente; discordo dessa opinião. Costumo concordar com muitas opiniões dele, mas desta discordo. Ele próprio está preocupado em enquadrar esses grupos, para os tirar da violência. A Fretilin o que está a fazer é precisamente isso."

http://www.pcug.org.au/~wildwood/05maio31port.html
Forcas diz o alkatiri, FORCAS. ELE DISFARCAR MUITO MAL AS SUAS INTENCOES.

Anónimo disse...

Ha tantos jovens e tantos grupos de artes marciais e porque o Mari so escolheu a KORKA so depois de o chefe falar publicamente que o grupo aderiu ao partido?

Anónimo disse...

Curiosamente a Tamagoshi sempre tão palradora, meteu a viola no saco face a este exemplo da FRETILIN.

Anónimo disse...

Tradução:
Gangs de Dili ligados a actores políticos
SMHT.com.au
Lindsay Murdoch em Dili
Outubro 31, 2006

Os gangs responsáveis pela violência em Timor-Leste, intimidação política, extorção e crime foram ligados a figuras Timorenses poderosas com ambições políticas e aos principais partidos políticos do país num relatório encomendado por Australianos.

Alguns dos gangs infiltraram-se nas forças de segurança de Timor-Leste, enquanto que um dos grupos mais temidos tem ligações com as antigas milícias pró-Indonésias e tem apoiantes no Oeste de Timor Indonésio, revela o relatório.

O relatório, da responsabilidade da agência para o desenvolvimento internacional da Austrália, a AusAID, diz que muitos dos gangs parecem ser liderados por antigos lutadores da resistência anti-Indonésia que têm lealdades e inimizades dentro de facções das forças de segurança e de partidos políticos e que datam da luta pela independência.

Muitos dos gangs têm nomes ameaçadores como Provoca-me e Esmagar-te-ei, Mestre Kung Fu e Doido. Alguns dos membros dos gangs acreditam que têm poderes mágicos e que por se injectarem com um medicamento se tornam invencíveis e invisíveis, diz o relatório.

Alguns usurparam os nomes de antigos grupos de milícias que assassinaram cerca de 1200 pessoas e destruíram a maioria das infra-estruturas do país depois dos Timorenses terem votado a independência da Indonésia em 1999.

O relatório concluiu que provavelmente 70 por cento dos jovens Timorenses estão activamente envolvidos nos gangs disfarçados como grupos de artes marciais que pregam princípios de auto-disciplina e não-violência mas que têm cometido a maioria da violência.

"Desemprego crónico, que excede os 50 por cento em termos nacionais mas que é mais alto em Dili devido ao fluxo das áreas rurais, significa que o recrutamento é fácil para tais grupos nas legiões de desempregados jovens que se sentem excluídos socialmente, economicamente e politicamente," diz o relatório, obtido pelo Herald.

O Primeiro-Ministro, José Ramos-Horta, disse que estava confiante que figuras por detrás da campanha de desestabilização serão expostas dentro de dias.

"[Eles] sabem que os vigiamos e que estamos a obter evidência sobre eles," disse ontem.

Disse que as investigações estão em curso sobre quem está a alimentar a violência dos gangs ao fabricar a droga cristal meta-anfetamina ou “gelo”, e a disponibilizar álcool aos jovens envolvidos na violência de rua. O uso das drogas não estava espalhado e só havia dois ou três locais principais para a violência em Dili, disse.

Disse também que uma campanha que visa denegrir as tropas Australianas faz parte da tentativa para destruir o país.

Uma das conclusões chave do relatório da AusAID é que centenas de pequenos grupos de jovens tentam, de formas diferentes mas positivas, engajarem e unificarem as suas comunidades e recomenda que lhes seja dado apoio.

Diz que um gang muito receado chamado Colimau 2000 acredita-se que tem alguns seguidores em campos de refugiados na Indonésia.

"Tem também havido alegações de o grupo ter feito contactos com líderes de milícias no Oeste de Timor de modo a planificar uma estratégia para desestabilizar o país depois da partida das boinas azuis da ONU; pelo menos uma fonte desta acusação é o comandante militar Indonésio no Oeste de Timor," diz o relatório, que foi completado no mês passado.

Diz que outros gangs estão filiados a indivíduos poderosos com ambições políticas, ou mesmo com partidos da oposição. Não indica os nomes dos indivíduos.

O relatório diz que um gang, Korka, está oficialmente alinhado com o partido no poder, a Fretilin, enquanto um outro, PSHT, está largamente identificado com outros dois partidos da oposição, Partido Democrática e o Partido Social Democrático.

A AusAID diz que as opiniões e recomendações do relatório são exclusivamente dos autores do relatório, James Scambary, de Melbourne, e os seus assistentes de pesquisa, Hipólito da Gama e João Barreto.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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