H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor Leste its own worst enemy?":
O que este autor descreve como "a surgical operation against the Timorese rebels" foi, na realidade, uma invasão de um país estrangeiro. Se nesse país existiam "rebeldes" ou não, isso não dizia respeito à Indonésia.
A "integração" de Timor-Leste na Indonésia só foi reconhecida por um país - A Austrália. E no entanto, Portugal é que é qualificado de "intransigente" neste artigo, que volta a desenterrar os mitos de que os timorenses são impossíveis de "pacificar" e que a Indonésia até trouxe "melhoramentos" económicos, sociais e físicos (!) aos timorenses. E mais não foi por causa das "intermináveis atrocidades" da "guerrilha".
Quanto à pacificação, não ouvi nunca nenhum timorense dizer que queria ser "pacificado" pela Indonésia. Mesmo que fosse impossível "pacificar" os timorenses, isso é um assunto que só a eles diz respeito.
Quanto aos "melhoramentos", onde estão eels? São as novas "urbanizações" de Comoro, sem saneamento básico e em cujas "ruas" não passa um carro dos bombeiros? O corte indiscriminado das acácias? A constituição de inúmeras empresas de generais indonésios que sugaram os recursos naturais de Timor durante 24 anos? As máquinas novinhas em folha da Moniz da Maia Serra & Fortunato roubadas? O "controlo de natalidade" que fez a população diminuir de 600.000, no último censo da administração portuguesa, para 500.000 no primeiro feito pelos indonésios? O antigo hospital de Dili e as melhores escolas de Timor transformadas em quartéis? O petróleo do Mar de Timor oferecido de mão beijada à Austrália? O aniquilamento cultural e etnológico do povo timorense? A "inovação" de se comer com a mão, em vez de usar talheres? O tabaco kretek?
Quanto às "intermináveis atrocidades", elas não foram da guerrilha, mas do Estado javanês, ao longo de 24 anos: Choques eléctricos nos órgãos genitais, decapitações, queimaduras de cigarro, arranque de unhas, violações, morte de bebés nas barrigas das mães, abertas à catanada, etc.
Será que o Sr. Alatas se esqueceu de referir isso, ou tem alguma "pedra no sapato"?
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